História Cúmplices de um amor - Prólogo

Uma noite do ano de 2003:

- Senhor Jacques meus parabéns! Agora o senhor é bisavô de duas lindas garotinhas. – disse a enfermeira trazendo uma delas para a sala.

- Você já sabe o que fazer não sabe? – especulou velho homem – Livre – se de uma delas pode ser essa que está com você agora.

- O senhor tem certeza de que quer mesmo fazer isso? Podia ao menos avisar a sua neta que teve duas meninas. – disse a mulher.

- Você foi muito bem paga pra isso. Ande logo antes que minha neta acorde. – mandou Jacques e a enfermeira saiu.

- Ela nunca vai saber desta menina, por mim Rebeca nunca teria tido essa filha.

Com a enfermeira:

Eu não acredito que estou fazendo isso. Como pude ir tão baixo assim? Estou com uma criança que a mãe nem sabe que existe e que o avô quer que eu dê um sumiço. De repente a menina começa a chorar e nesse pequeno período que me viro pra trás sinto apenas uma pancada e mais nada.

Com Otávio:

- Hoje o dia foi puxado não é mãe? – pergunto a minha mãe e me jogo no sofá.

- Olha meu filho merecemos um descanso. – disse minha mãe.

- Pode ir meu sobrinho eu e sua mãe fechamos tudo – disse tia Piedade.

- Sem essa tia, eu vou ajudar vocês com tudo – então me levanto mais nesse momento ouvimos um grande barulho.

- Meu Deus! – saímos correndo e vemos uma batida muito feia na frente da porta.

Meu primo Denis tirou uma mulher de dentro de um carro e Fabiano veio puxando um homem de dentro do outro carro.

- Acho que eles estão mortos! A batida foi muito feia. – disse tia Piedade.

- Espera estão ouvindo isso? – então todos se calaram e começaram a ouvir um choro de bebê. Não sei por que mais eu entrei com tudo nos destroços apenas ouvi os gritos da minha mãe.

- Cadê você? – foi quando me deu conta que estava todo cortado, mas eu tava tão perto daquela criancinha que me estiquei com tudo e peguei o bebê conforto.

- Otávio Neto você ficou louco? – perguntou minha mãe com muita raiva, mas amansou assim que viu a menininha em meus braços. – Que lindinha!

- Eu vou ficar com ela mãe! Vou registra-la e cuidar dela. –digo com convicção.

- Tem certeza disso? Cuidar de uma criança é dureza e você perde noites de sono e... – disse Denis mais é interrompido com um puxão de orelha de tia Piedade.

- Tenho sim – então nós entramos.

- Tudo bem meu filho amanhã resolvemos tudo. – disse minha mãe indo se deitar.

- Qual nome você vai dar pra ela? – perguntou tia Piedade.

- Manoela. Ela se chamará Manoela.

Com Rebeca:

- Oi vovô! – cumprimenta Rebeca.

- Oi minha neta. Como está se sentindo? – pergunta Jacques

- Bem melhor, mas onde está minha filha? – perguntou Rebeca.

- Está no quarto dela com a Marina, espere que vou mandar traze – la.

Alguns minutos depois:

- Toc, toc olha quem chegou? – brincou Marina.

- Minha filha, minha menina. – disse Rebeca estendendo os braços e Marina a entregou.

- Qual vai ser o nome dela? – perguntou Marina sentando na cama.

- Isabela, vai ser Isabela.

12 anos depois:

Com Otávio:

Estava tendo um sonho maravilhoso e não sei por que minha cama está mais confortável que o normal, mas isso tudo acaba quando sou sacolejado como um louco por duas meninas que amo muito. Quando abro os olhos lá estavam minha filha e minha irmã mais nova com sorrisos que me contagiaram.

- Bom dia Manoela! – disse me ajoelhando na cama e a abraçando.

- Bom dia papai! – disse ela com sua voz doce.

- Bom dia Helena! – digo me levantando e abraçando minha irmã.

- Bom dia, mas não temos muito tempo a perder. – diz Helena se desfazendo do abraço rapidamente.

- Como assim? O que tem hoje? – eu sabia o que era, mas queria me fazer de desentendido.

- Paizinho você esqueceu? – perguntou Manoela triste. – Hoje é a final do concurso de bandas!

- É claro que eu me lembro meu amor! – digo dando um abraço bem apertado nela.

- Então vamos nos arrumar logo! – disse minha irmã nos apressando.

Com Isabela:

Eu estava tendo um sonho maravilhoso: Estava no palco cantando para um estádio lotado, todos aplaudiam e gritavam meu nome. Fãs jogavam flores no palco e gritavam que eu era a melhor, logo em seguida todos começaram a gritar: Isabela! Isabela!

- Isabela! Isabela acorda! – disse Marina, minha babá, me sacudindo.

- Aff Marina me deixa! Hoje é domingo e eu não tenho motivo pra acordar cedo. – digo virando para o outro lado.

- Você prometeu que iria comigo ao concurso de música e que eu iria poder ver meu Ofélio cantando – diz Marina com um ar sonhador.

Me sentei na cama tentando me lembrar quando foi que eu fiz essa besteira.

- Você tem 40 minutos pra descer e tomar café – diz Marina indo em direção à porta mas ela se vira e fala: - Ah! O André já está esperando lá embaixo.

- Peraí! Ele também vai? – perguntou me levantando e escolhendo uma roupa.

- Claro! Ele disse que é uma ótima oportunidade já que agora ele tá fazendo parte de uma banda – explica Marina.

- Uma banda que daqui a duas semanas terá o privilégio de ter a mim como vocalista. – digo indo em direção ao banheiro.

- Te esperamos lá embaixo. – diz Marina saindo do quarto.

Todos diziam pra mim que eu não tinha talento pra cantar, mas eu sabia que sim. Eu implorei todos os dias pra minha mãe me colocar numa aula de canto e acaba que no final ela aceitou. Agora três vezes na semana nos últimos meses tenho dado o meu melhor e espero muito poder passar.

Ser cantora é o meu grande sonho e eu farei o possível e o impossível para realiza-lo!