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História Cura e Compaixão - Paraíso Particular - Parte 2


Escrita por: SenjuGabi

Notas do Autor


Mais um galera! Boa leitura!

Capítulo 14 - Paraíso Particular - Parte 2


Fanfic / Fanfiction Cura e Compaixão - Paraíso Particular - Parte 2

- Sakura, como está a Karuna? - Tsunade entra aflita no hospital improvisado, pois o prédio já havia sido destruído por Pain.

- Senhora Tsunade, a pulsação está normal e o coração batendo, porém ela não reage. Está desacordada há mais de 12 horas.

A hokage que já estava cansada devido a luta que estava travando com Pain, e pelo gasto de chakra que usou em uma técnica para proteger o hospital e os moradores da Vila, ela comparecera no hospital para recuperar as energias com chakra medicinal e saber notícias de sua prima. Enquanto isso, o time de Guy, Shikamaru e Kurenai lutavam e todos os outros ninjas lutavam ferozmente contra Pain.

- Muitos ninjas já morreram - A hokage dizia com um tom de angustia ao se lembrar de Kakashi - E os que estão na batalha estão exaustos - A Senju se aproximou de Karuna e depositou sua mão na testa da garota, liberando um pouco do seu chakra medicinal para fazer um check-up- Karuna, bem Karuna provavelmente está em coma, não sabemos quando irá acordar e se irá acordar - A mulher deixa uma lágrima solitária rolar.

- Primeiro Jiraya, depois Kakashi Sensei, agora Karuna Sensei! Não senhora Tsunade não podemos perder mais ninguém, não podemos! - A rosada dizia em prantos - E Naruto? Cadê o Naruto?

- Já mandei chamar Naruto, e soube que em menos de meia hora ele chegará para nos ajudar! Sakura ... Deixo este hospital em suas mãos, voltarei para o campo de batalha e com a minha vida protegerei todos de Konoha, e você quero que fique aqui, a Vila precisa de uma ninja médica talentosa como você - A hokage diz seriamente olhando nos olhos da garota e sai para enfrentar o inimigo.

- Pode deixar, Senhora Tsunade - Sakura sussurra observando os outros pacientes.

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Karuna estava sentada a mesa com seus pais, sua avó e Akira

- Quer dizer que este é o meu irmão? - A garota perguntava curiosa.

- Sim querida, este é Akira-kun, seu irmão mais novo - A mãe responde gentilmente.

- Mas, Mas como pode ser? Ele nem chegou a nascer - Indagava com uma dor no peito.

- Lembre-se Karu, este é o seu paraíso particular, Akira pode não ter nascido na Terra, mas a sua essência em espirito já existia desde o ventre da sua mãe, ao você ficar coma nós viemos para cá, para o seu paraíso para te ajudar a voltar - O pai explicava calmamente enquanto bebericava sua caneca de café.

- Mas isso é muito confuso, é muito confuso.

- Sim, quando está na linha de decisão, no seu caso em coma, o seu espírito fica nesse universo particular, até decidir se de fato irá se juntar conosco no nosso paraíso ou voltar a vida - a mãe dizia gentilmente.

- E como é o paraíso de vocês? Daqueles que morreram mesmo.

- É meio complicado descrever, digamos que nossa essência em espirito convive com quem realmente amamos - Kazuaki lança um olhar alegre para sua esposa, filho e mãe - E podemos conviver juntos em diversos lugares e momentos, podemos conhecer o paraíso particular um do outro, podemos conhecer outros mundos e universos, podemos até mesmo conviver por alguns minutos com vocês na Terra, porém não podemos tocá-los e vocês não nos podem nos ver, só em caso de uma extrema ajuda e necessidade, onde esteja só, pois pela lei do universo quando você morre você deve cada vez mais se afastar da sua antiga vida, pois o mundo dos humanos e dos essência em espirito são diferentes, mas podem se encontrar em casos atípicos de ajuda, como este por exemplo.

O silêncio paira entre a família. Parecia que tudo era fantástico entre eles e Karuna não sabia se queria voltar.

- Karuna nee-san quer ver as minhas técnicas ninjas? - Akira pergunta animado.

- Claro... opa, você é um ninja?

- Sim! Já me formei na academia, e já vou em  algumas missões para ajudar a manter a paz na vila, afinal este é meu paraíso particular, quer conhecer? - O garoto se levanta estendendo a mão para irmã.

A Senju fica receosa, e olha para os pais e avó.

- Pode ir querida, ele só quer mostrar o paraíso dele, você pode voltar para o seu quando quiser! Estaremos aqui no teu paraíso te esperando e assim que aparecer qualquer sinal te avisamos para voltar a sua vida - sua mãe diz gentil

Karuna se levanta e dá a mão para Akira, e num piscar de olhos a cozinha com sua família desaparecera, eles estavam no pátio da academia ninja, com outras crianças da idade de Akira, no lugar do roupão, a garota vestia seu costumeiro vestido rose com uma trança pelo longo cabelo. O garoto grita e acena para os colegas.

- Heeei, pessoal, tudo bem com vocês?

As crianças devolvem o cumprimento, e algumas se aproximam deles.

- Akira-kun quem é ela? - Uma garotinha de cabelos longos meio azulados e olhos negros pergunta.

- Está é minha irmã Karuna, Mika! - O garoto dizia sorridente.

- Aaah esta é a famosa Karuna, se ela está aqui quer dizer que ... - Mika pausou olhando para o garoto.

- Não! Ela está em coma, ainda não foi decidido o que irá acontecer com a essência dela, porém todos acreditamos que ela irá voltar, afinal a Vida é o lugar dela, Konoha precisa dela ainda! - O mais novo a olhava com um brilho nos olhos - Antes que ela se vá, queria mostrar meu paraíso particular para ela.

A garotinha concorda, se afastando dos dois com as outras crianças e voltam alguns a brincar e outros a treinar.

- Que tal um mano a mano? - O garoto a desafia com um sorriso - Pelo colete percebo que é uma Jounin! Isso vai ser muito interessante! - dizia já em posição de luta.

Karuna dá um sorriso e também entra em posição, esperando pelo ataque do garoto. Akira avança para a irmã que não fazia nada além de se defender, o garoto era rápido e extremamente forte. O mais novo estava dando um trabalho para Karuna, para segurar as pancadas fortes do garoto, que teve que deixar de apenas defender para atacar também. Os dois entre risos continuavam lutando, até que Akira se afastou lançando um shuriken gigante, Karuna se desvia, porém a Shuriken se transforma em Akira, pronto para dar um golpe na irmã Karuna rapidamente se desvia e Akira avança com o seu soco direto ao chão abrindo uma cratera enorme, devido a extrema força, fazendo Karuna sentir orgulho. O garoto com um sorriso no rosto repara na cratera que criara, volta para perto da irmã oferecendo os dedos em sinal da união após o final de uma luta amistosa. A garota lhe dá os dedos e o puxa para um abraço, afagando os seus cabelos.

- Estou orgulhosa de você, onde quer que seja esse mundo estranho de entender, você é um ótimo ninja! Tem uma força incrível! - dizia emocionada.

- Papai sempre me treinou bastante, olha isso! - O garoto se afastou de Karuna indo em direção a um passarinho ferido com a asa quebrada que estava no chão, o pega e com as duas mãos prende pássaro, após alguns segundos ele abre as mãos e o pássaro voa cantando. - Técnicas médicas, estou aprendendo também, e particularmente eu amo. Quero ser um ninja médico como o papai. - O garoto dizia feliz.

- Mas, se aqui já é o paraíso, e todos provavelmente estão mortos, você não precisa curar, não é? - Indagava confusa. Akira ri da cara de dúvida da irmã - Ué, que foi?

- Karu, aqui é o meu paraíso particular, e aqui tudo pode acontecer! - O garoto ria

Karuna começou a rir também, as coisas eram confusas, mas estar ali com ele era maravilhoso.

- Bem, vamos voltar - Akira dá a mão para Karuna e a imagem do patio da academia começa se desmanchar dando lugar a cozinha da casa, com seus pais e avó a mesa, seu roupão vinho e seus cabelos soltos.

- Voltamos! - o garoto dizia animado se sentando a mesa.

- E aí querida o que achou? - Mayumi perguntou.

- A transição de tempo e espaço é meio louco, mas amei sentir um pouquinho do mundo do meu irmão, na verdade estou gostando dessa dimensão, paraíso, sei lá o que - Dizia com um riso - Bem, algum sinal?

- Até agora não querida, mas estamos atentos! - seu pai disse se levantando - bem, irei dar uma passada pelo distrito para verificar a saúde de alguns ninjas que acabaram de voltar de uma missão, estou aqui perto, se o sinal surgir estaremos prontos para te ajudar!

- Irei com você querido - Issa, a avó de Karuna disse se levantando - Preciso continuar a cuidar do jardim, Karuna querida, depois conversamos um pouco, ok?

A garota balançou a cabeça positivamente.

- Papai, irei com você! - Akira se levanta correndo até o pai para acompanhá-lo nas visitas.

A casa se torna vazia, ficando apenas Karuna e sua mãe, a mulher no entanto cantarolando começa a retirar a mesa, a filha comovida por estar sentindo e ouvindo a presença de sua mãe se levanta para ajudar a tirar a mesa também. Após retirar as coisas da mesa, Mayumi se direciona para a cozinha e começa a lavar os pratos, Karuna com passos leves, se dirige até cozinha, chegando próximo a pia e passa a observar a mãe que lhe dirige um sorriso meigo que logo é retribuído pela mais nova.

- Mãe! - A garota diz com os olhos cheios de lágrimas e com as mãos bolso do roupão,  contendo as lágrimas, Mayumi gentilmente fecha a torneira e com delicadeza se aproxima da filha lhe dando um forte abraçado que é retribuído por Karuna com tanta intensidade, as lágrimas contidas foram soltas com emoção e saudade, a garota mantinha os olhos apertados e com o rosto enterrado na curva do pescoço da mãe. A Senju mais nova sente a mão delicada da mãe passar pelos seus longos cabelos, ela queria que aquele momento se eternizasse. De repente a garota sente uma brisa invadir seu corpo e o canto dos pássaros da manhã, ela levanta a cabeça e abre aos olhos, não estava mais na cozinha, agora se encontraram no parquinho de Konoha, que no momento se encontrava vazio apenas com a presença sua e de Mayumi.

- Como viemos parar aqui, mamãe? - Ela perguntava curiosa se afastando da mais velha.

- Bem, esse é um pedaço do meu paraíso particular - disse sorridente se sentando num balanço, Karuna após observar o parquinho vazio, senta no balanço ao lado da mãe.

- O que aqui tem de especial para você?

- Muitas coisas, foi aqui que conheci meus verdadeiros amigos, e seu pai o amor da minha vida - dizia corada - e foi aqui que você deu seu primeiros passos. 

O silêncio pairou entre as duas, Karuna encarava os próprios pés, enquanto sua mãe a encarava de uma forma gentil.

- Mayumi-Chaaan!! - Ouviu-se uma voz de mulher ruiva, que estava chegando no parque acompanhada de um homem loiro.

- Kushina-chan! Minato-kun! - A Senju mais velha acenou para o casal.

- E quem é essa mocinha linda? - A ruiva perguntara.

- Essa é Karuna, minha filha!

- Ka-Karuna-chan? A última vez que vi era um bebezinho de dois anos - Minato dizia num riso tímido.

-KARUNA CHAANN!!! - Kushina abraçava a garota super animada a deixando corada.

- Calma querida, vai sufocar a garota - o marido dizia timidamente.

- Me deixa Minato, Karuna-chan, está linda! Naruto me disse que..

-Naruto?? - Karuna pergunta confusa.

- Karuna, Kushina e Minato são os pais de Naruto - Mayumi explicou.

- O quê? Vo-vocês são os pais de Naruto? - pergunta assustada.

- Sim, nós somos! E queria agradecer por ter sido a família do meu filho, ele ama você como irmã mais velha, Naruto está passando por uma dificuldade agora, mas creio que eu e Minato fizemos tudo o que podíamos para ajuda-lo nessa luta contra o Pain.

Karuna ficara em silêncio, precisava de um tempo para digerir tantas informações.

- Ela está em coma Kushina-chan, eu e Kazuaki acreditamos que ela voltará a vida, estamos apenas aguardando o sinal para ajudarmos ela a voltar, enquanto isso estamos conversando e eu estou mostrando meu paraíso para ela. - Mayumi explicou.

- O que vocês fizeram para ajudar Naruto com a luta do Pain? - Karuna pergunta .

- Bem, como Naruto tem a raposa presa dentro dele, eu e Minato conseguimos entrar em contato com ele nesses momento que ele mais precisava, fomos até lá apara ajudá-lo nessa luta com o Pain e para controlar a raposa. Enquanto conversava com ele, Naruto me contou que você é como uma irmã mais velha e está com ele nas horas mais difíceis - A ruiva dizia agradecida.

- Acabei de voltar da minha comunicação com Naruto, a Kyubi queria dominá-lo na luta contra o Pain, mas fui ajudá-lo, incentiva-lo a usar o seu próprio chakra, e eu sei que ele vai conseguir. - Minato falava sorridente

- Naruto - A garota sussurrou - Ele é bem desleixado e bagunceiro com a casa, e tem um jeito um jeito extremamente escandaloso - diz num riso - mas é um ótimo garoto, é corajoso, companheiro e nesses últimos anos tem sido minha família.

- A parte do corajoso e companheiro ele puxou a mim, já desleixado e bagunceiro puxou você não é MInato-kun - Kushina dizia bagunçando o cabelo do ninja.

- Não esqueça querida, que a parte do escandaloso ele puxou você! - O loiro respondeu com um sorriso tímido fazendo todas cair na risada.

Karuna se sentia a vontade e feliz no meio deles, porém estava preocupada com todos da vila, especialmente com Naruto, tinha esperança que o garoto vencesse o maldito Pain, a garota também lembrou de Kakashi e quando parou de ouvir seu coração parar bater, queria vê-lo pela última vez, afinal o ninja, assim como Naruto também fora sua família nos últimos anos.

- Karuna-chan, obrigada por ser a irmã mais velha do nosso filho! - Minato e Kushina agradeceram se curvando, fazendo a garota fitá-los surpresa pelo gesto.

- Demos uma passadinha aqui no particular de Mayumi-chan pois ela queria nos mostrar alguém especial, foi uma prazer te conhecer, continue forte e determinada que se tornará uma ninja muito poderosa, e em breve você voltará para o mundo dos vivos - disse Minato.

- Com certeza! Sua mãe se tornou a minha melhor amiga na Aldeia, quando cheguei lá todas as crianças tiravam sarro de mim por causa do meu cabelo, e não queriam ser minhas amigas, mas Minato-kun e Mayumi-chan se aproximaram de mim, me fazendo se sentir em casa.

- E hoje, seu filho que me fez se sentir em casa quando voltei para a Vila - A Senju os fitava com os olhos lacrimosos.

- Estou muito orgulhosa de você! - Mayumi deu um beijo suave na testa da filha, fazendo a mesma se aninhar no seu colo. Kushina e Minato observavam as duas emocionados, sabia o que Mayumi sentia, pois sentiram a mesma coisa instantes atrás quando se encontraram com Naruto.

- Sua mãe foi uma excelente ninja, foi a melhor espadachim da Aldeia da Folha, éramos da mesma equipe, quanta falta sinto dá época do time 3 - O loiro dizia  nostálgico - Ah, e não posso esquecer que ela bancou o cupido para juntar eu e Kushina - dizia entre risos.

- Vovó me contou que te apelidaram de Senhorita Sangrenta de Konoha!

- Não precisam exagerar! - Mayumi dizia corada.

- Mas é verdade! Ninguém queria irritar a Senhorita Sangrenta, que era calma como uma borboleta, mas com raiva, nem queira saber querida - Todos caíram na risada - Bem, agora teremos que ir! Precisamos voltar para os nosso paraíso! Karuna-chan, amei te conhecer e por favor, continue a proteger o Naruto - A ruiva pedia com tranquilidade.

- Com certeza Kushina-san e Minato-san! Confiem em mim - A garota disse fazendo um sorriso surgir nos lábios do casal.

- Tchau Mayumi-chan, esperamos você e Kazuaki no nosso paraíso! - Ambos se despediam se desintegrando até desaparecer completamente.

E num piscar de olhos, Karuna percebeu que não estava mais no parque com sua mãe. Agora ambas estavam em pé numa sala de Treinamento Ninja.

- Como viemos parar aqui? - A garota dizia assustada andando pela sala, ao perceber que ia subir no tatame, tirou as sandálias, assim como sua mãe.

- Karu, aqui é outra parte do meu paraíso particular, às vezes gosto de vir aqui praticar. - A Senju se dirigia até um armário transparente onde continha uma grande coleção de espadas, Mayumi retirou uma Katana que tinha o cabo vinho com o símbolo Senju de ouro, a bainha também era de ouro e na mesma estava escrito “Senhorita Sangrenta de Konoha”, a mulher lentamente tirava a espada da bainha, trazendo amostra a lâmina brilhante, onde era possível ver o próprio reflexo. A mais velha lançou um sorriso para a filha que estava ao seu lado com os olhos fixos no objeto, lhe entregando a bainha como uma forma de pedido para segura-la. Mayumi lentamente se afastou de Karuna, dando alguns passos para frente, em direção a enorme parede espelho que tinha na sala. A Senju com a Katana empunhada e com os olhos fixos no espelho, começou a fazer suaves movimentos com a espada, fazendo a filha fita-la ainda mais curiosa. De movimentos suaves, a mulher passou a torná-los mais intensos, dando alguns saltos, mortais e soltando alguns grunhidos, era possível ouvir a lâmina cortando o ar.

Karuna observava cada movimento da mãe, que já estava assim há cerca de quinze minutos, estava orgulhosa por ter uma mãe tão forte, mesmo que não lembrasse dela como um ninja que ia para o campo de batalha. A mulher parou os movimentos, e meio ofegante se aproximou da filha que lhe entregou a bainha e guardou a Katana.

- Acho que estou fora de forma! - disse a Mayumi se sentando no tatame ao lado da filha, um pouco ofegante.

- Mamãe, como você se tornou uma Espadachim?

- Huuuumm - A mulher colocou a mãe no queixo como se tentasse se lembrar de todos os detalhes da história - Bem, na verdade sempre fui amante de Kenjutsu (Técnica da Espada), porém no clã Senju não éramos muito familiarizados com esses tipo de técnica, e na Aldeia da Folha também não tínhamos praticantes da mesma. Quando completei 12 anos, meu pai chamou um ninja da Aldeia da Névoa para uma vez por semana me ensinar e treinar o Kenjutsu. O ninja que me treinou foi o mestre Fuguki Suikazan, ele era o braço direito do Mizukage da época. Quando completei 16 anos, me mudei para a Aldeia da Névoa, junto com o mestre Fuguki e outros cinco espadachins fui treinada, e enviada para missões individuais e em grupo, e fiquei por lá por cerca de quatro anos, depois disso retornei para Vila com uma terrível dúvida.

- Que dúvida? - perguntou curiosa.

- Mestre Fuguki me convidou para fazer parte dos Sete Espadachins da Aldeia da Névoa.

Houve silencio entre as duas, Karuna fitava a mãe, se perguntando o que poderia ter acontecido.

- E qual foi sua resposta?

- Voltei para Konoha, em busca de conselhos da minha família. Fazer parte dos Sete Espadachins seria algo de orgulho e respeito para mim, porém isto custaria não ter mais convívios com minha família, meu clã e com Konoha. Na época Konoha e a Aldeia da Névoa estavam com um acordo de paz e parcerias, então mestre Fuguki não via problemas um ninja de Konoha ser um dos Sete, porém os meus contatos na Vila seriam cortados em vista da minha devoção ao grupo. Após algumas reuniões com o Clã, com o terceiro Hokage e o Conselho, chegaram a conclusão que eu poderia fazer parte do grupo.

- Pelo que sei, a senhora não fez parte dos Sete Espadachins, fez?

Mayumi soltou um leve sorriso.

- Depois de tudo isso, eu estava decidida a fazer parte sim. Eu estava há alguns meses em Konoha, passando meus últimos dias com minha família, clã e amigos, que ficaram felizes por eu decidir seguir meu caminho, mas tristes pela minha partida, porém, tinha uma pessoa que mexeu com toda a minha cabeça e minha vida - A mulher dizia entre risinhos e corada.

- Queeem???

- Oras, seu pai bobinha! - As duas deram risadas - Desde a época da academia eu gostava do seu pai, mas era tímida e nunca tive coragem de me declarar para ele. E seu pai, sempre muito brincalhão, esperto e solidário com as pessoas. Antes de eu ir embora para Aldeia da Névoa para ser treinada pelos Espadachins, o clã fez uma grande comemoração de despedida para mim, após a comemoração seu pai me convidou para dar uma volta na Vila, já era por volta das 8 horas da noite, e paramos naquele parquinho onde te levei. Nós sentamos no balanço, e lá seu pai me entregou esta Katana - Mayumi pega a Katana do chão entrega para Karuna - Aquele engraçadinho que me deu o apelido de “Senhorita Sangrenta de Konoha”. Na hora fiquei um pimentão, eu conseguia conversar com todos normalmente, mas seu pai conseguia me deixar desconcertada! - A mulher sorriu - E naquele dia após me entregar a Katana  ele me falou sobre o treinamento que estava tendo com Tsunade e o sonho de ser um ninja médico, conversamos por horas, e então ...

- Então????? - A garota estava agoniada de curiosidade.

- Ele... ele disse que me achava linda e que gostaria de ver em breve, me dando um selinho - A mulher estava corada.

- Aaaah que fofinhos, que lindo!! - Karuna segurava as mãos junto aos seios fazendo expressões fofas - Mas e aí, o que aconteceu quando você voltou??

- Bem, como te disse eu estava decidida, os meses se passaram e eu não conversei com seu pai pois eles estava em época de provas para se tornar Ninja Médico de Rank S, ou seja, um futuro diretor do Hospital de Konoha. Então estava em constantes treinamentos e testes. Passados os meses, no último dia, o clã decidiu fazer uma comemoração de despedida junto com toda Vila. Além de Konoha, os Seis Espachins foram convidados como uma forma de gratidão da parte de meu pai. No meio da festa seu pai apareceu, ele estava com uma cara péssima, como se não dormisse há dias. Caminhamos pelo distrito em silêncio, até eu ele quebrou o gelo perguntando sobre os meus anos de treinamento, eu dizia tudo de uma forma tímida e contente pela preocupação dele. Conversamos sobre as suas provas, e a ansiedade que ele estava para saber do resultado. Nem vimos o tempo passar, e quando demos por fé, estávamos longe da festa, perto do parquinho onde nos despedimos há quatro anos atrás. “Ora, veja só onde o destino nos trouxe” ele dizia segurando minha mão e me levando até o balanço, e eu como de costume com tal gesto já estava vermelha. “Quer dizer que a Senhorita Sangrenta vai embora de vez?” ele me perguntou, eu sussurrei um “sim” cabisbaixa, mirando os meus pés, “Sua Katana foi o melhor presente que eu ganhei, usei bastante durante esses anos e continuarei usando, obrigada mais uma vez, Kazuaki, Kazuaki-kun.” Eu levantei a cabeça para fitá-lo, e deparei com aqueles olhos cinzas repousados nos meus. “Fico feliz por você Mayumi-chan, mas confesso que estou triste” ele me disse e eu curiosa perguntei o porquê , porém ele não me respondeu, e tudo o que fez foi soltar dar um sorriso enorme e começar a se balançar como um garotinho de 7 anos, os seus cabelos nos ombros dançavam junto com vento, e eu o achando ainda mais lindo, o acompanhei na brincadeira e comecei a me balançar também.

- Continuaaa, estou morrendo aqui de curiosidade!! E aí o que aconteceu??

- Nós começamos a nos balançar mais rápidos, como duas crianças ríamos, seu pai ainda estava com o jaleco do hospital, que esvoaçava junto com vento. Eu já não aguentando de tanto me balançar fui parando, porém seu pai querendo fazer graça continuava mais rápido, quando percebi que uma caixinha de veludo vermelha caiu do bolso do jaleco dele, e ele nem percebeu. “Ei Kazuaki-kun, você deixou cair isso!” curiosa eu abri a caixinha que continha um anel lindo, seu pai parou o balanço rapidamente com os seus pés e ficou me encarando boquiaberto. Eu o fitei, e vagarosamente estendi meu braço devolvendo a caixinha.  “Quem é a sortuda?” disse com os olhos cheios de lágrimas me levantando pronta para ir embora “Para o meu azar, ela vai embora” E então me dei conta do mico que paguei, e entendendo o que estava acontecendo fiquei boquiaberta, e nos encaramos em silencio por um tempo, “ Comprei antes de saber da sua decisão, porém ontem a noite me encontrei com Kushina e Minato e eles e falaram que você iria embora, e esqueci de tirar a caixinha do jaleco” ele me disse envergonhado. Ele olhava para a caixinha nas mãos, e naquele momento, decidi pisotear a minha timidez, e estendi minha mão direita para ele, ele desviou seu olhar para mim confuso “Mudança de planos!” eu disse convicta, ele abriu um sorriso e disse “Mas, Mayumi-chan, e o sua entrada ao grupo dos espadachins? Você se dedicou anos e agor..” eu pousei meu dedo indicador nos lábios dele, pedindo para se calar, e ele com sorriso enorme abriu a caixinha, me pediu em casamento e nos beijamos.

- AAAHHHH Quanta Coisa Linda!!! - Karuna soltava uns gritinhos - E depois?

- Bem, quando voltamos para festa, chamei meus pais em particular, explicamos a situação, e ele pediu minha mãe em casamento para meu pai. Seu avô como gostava de Kazuaki aceitou de bom grado, e fez o anúncio do noivado ali na festa mesma e toda mudança de planos. Me desculpei com Mestre Fuguki e os espadachins, estava decidida a fica em Konoha, com minha família e construir uma. Eles entenderam, mas ficaram tristes. Depois eu fiquei sabendo que eles recrutaram um garoto de 12 anos, chamado Zabuza, que era da vila deles, completando os Sete Espadachins. E eu continuei na Vila participando de missões, usando o Kenjutsu e casei. Porém, depois que você nasceu que eu vi este lindo rostinho eu tomei a decisão de largar a vida de ninja e voltar toda a minha atenção para você.

- Mãe, a senhora poderia ter sido uma das Sete Espadachins! - Karuna perguntava comovida - A senhora não se arrepende?

- De jeito nenhum! Eu fui muito feliz com vocês, entenda Karuna eu amo você, e pela minha família eu faria tudo de novo! - A mais velha puxou a filha para um abraço fazendo carinho em seus cabelos. Karuna no momento nada disse, apenas queria que aquele momento se tornasse eterno.   

 

 

 


Notas Finais


O que vocês acharam? Esse cap foi mais Kawaii kkk.. comentem! Bye!


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