Uma decrépita e decadente criatura, ela lembra um cadáver mas, na superfície de sua pele, colunas de espinhos porosos de função e origem desconhecidos, sua musculatura é totalmente diferente à de um humano normal, possuindo uma fenda dividindo todo seu torso e deixando exposta uma gosma luminescente oval entre o que seria um tórax. Os "trapézios" do monstro juntam-se a sua cabeça, evidenciando a ausência de um pescoço. Seus olhos comportam-se de forma aterrorizante, a esclera e a íris não se distinguem, são homogêneas: completamente negras, semelhantes a buracos negros, a pupila é um minúsculo ponto branco que destaca-se em meio à vasta escuridão que a rodeia.
Bia e Hud se entreolham, o medo é visível no olhar de ambos mas, até mesmo na mais aterrorizante situações, soldados são ensinados a lutarem. Bia mira cautelosamente na criatura enquanto Hud posiciona-se na lateral do possível fogo de Bia.
O monstro direciona sua visão para o teto do cômodo e solta um berro quase mudo, possuidor de vários estalos e rasgos, provavelmente pelo formato de suas cordas vocais, sua mandíbula abre quase 180°, evidenciando seus afiados enormes dentes.
Uma rajada de tiros sai da submetralhadora de Bia, varando a criatura por inúmeros tiros que, por reflexo, corre para entre os cilindros, quando se depara com Hud e sua faca militar, quase do tamanho de um facão, atravessando sua cabeça pela abertura em sua boca.
— Que criatura horrível! Você ta bem Bia? — pergunta Hud ainda com seu antebraço dentro da boca da criatura, enquanto escorre um líquido negro bem esverdeado e denso
Enquanto Hud olha para Bia, esta vê a mandíbula do monstro se fechando no braço orgânico do soldado
— Ahhhhhhhhhhh! Caralho — grita Hud enquanto abre a boca do monstro com seu braço mecânico — EU VOU TE MATAR!
Hud consegue tirar seu braço do interior da criatura e este ainda é usado para abrir verticalmente a enorme boca, uma força absurda exercida pelo soldado divide a cabeça do monstro em dois, rasgando as fibras podres que a conectavam. A criatura ainda se mexera mas logo foi fuzilada por Bia e parou de se mover.
— HUDSON! — grita Bia enquanto pega um objeto em seu traje: uma pequena seringa
O antebraço de Hud tinha sido perfurado de um lado ao outro do membro, um dos dentes da criatura ficou presa entre o rádio e a ulna (ossos do membro) e a musculatura e ossos estavam expostos, muito sangue que jorrava como água em uma torneira. Bia injeta a seringa, passa um spray na abertura e rasga suas mangas de sua camisa e forma uma grande bandagem que, em conjunto com os outros processos medicinais, estancou o sangramento.
— Você lembra minha mãe — sussurra Hud sentado ao lado do corpo da criatura
— Você sabe que eu sempre ouço as coisas — sussurra Bia de volta com um olhar carinhoso
— Aliás, o que é aquilo? — pergunta Hud
— Provavelmente uma arma biológica que a HAS não conseguiu controlar — responde Bia — Aliás, quando vai rolar nosso primeiro beijo?
Hud aprontou-se e beijou Bia, pegando-a totalmente de surpresa.
— Tem alguém além de nós aqui? — pergunta Hud
— Aaa... Só estou ouvindo nós 2 — afirma Bia meio sem jeito
Hud faz uma cara safada
— A você não tá pensando niss... Uiii! — fala Bia sendo puxada por Hud
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