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História Da série "A Caçada": A Rainha Vermelha - Sexto


Escrita por: JimmyWyse

Notas do Autor


Que tal a caçada?

Capítulo 6 - Sexto


Humes saiu pela porta da frente do estabelecimento seguido por Elys. Na rua, a chuva e o granizo caíam com força nos paralelepípedos, tornando as pedras escorregadias. Isso, obviamente, atrapalharia o trabalho de qualquer rastreador humano, porém não um Caçador.

– Está sentindo o cheiro, filhote? – questionou o Willow.

– Estou – foi a resposta sucinta da lobisomem. – Aqui vamos nós.

Por sorte, poucos humanos estavam nas ruas para presenciar o momento da mudança. Os que estavam, gritaram e correram por suas vidas. O rosto de Elys se converteu em espasmos, enquanto na pele mutada cresciam pelos e o nariz aos poucos se moldava em um focinho comprido. A armadura de couro foi levada ao limite, como sempre, pois era moldada para não romper em meio a uma transformação. No estágio em que se encontrava, não podia pronunciar palavras, mas, assim como um cão ou lobo, conseguiria fazer gestos e compreender linguagens.

– Você vai e eu sigo – falou Humes.

Elys se agarrou ao lado de um prédio e escalou como se fosse uma árvore, evitando as janelas para que os moradores não se incomodassem. Manter sua consciência ativa naquele estado de transmutação era extremamente cansativo, mas aquela estava longe de ser sua primeira dança. A exaustão só viria depois, quando estivesse em forma humana novamente.

Em cima dos telhados, corria sobre quatro patas e seguia o rastro de sangue humano que ficara no ar, misturado ao aroma típico de um nosferatu – termo usado para se referir a vampiros comuns. Quando chegou a uma esquina, saltou e aterrissou em outro telhado, no outro lado da rua.

Humes a seguia pela calçada, acompanhando seu ritmo acelerado com certa dificuldade. Até mesmo um Willow poderoso como ele tinha suas fraquezas; embora pudesse facilmente derrubar um lobisomem, não era tão rápido quanto um. Ainda assim, seguia o rastro, embora fosse, provavelmente, chegar atrasado para a festa.

Por cima dos telhados, Elys evitava os lugares mais sensíveis, pois poderia facilmente atravessar uma telha podre e cair na sala de estar de um pobre coitado. Com o foco dividido entre a caçada e a cautela, ela seguiu por cinco quadras, quando o cheiro a levou de volta ao meio da rua. Lá ela encontrou uma tampa de bueiro, a qual destruiu com suas garras – não era nem um pouco sutil em seu estado animal – para que pudesse adentrar os esgotos da cidade.

Correu pelos túneis a velocidades que o olho humano jamais poderia acompanhar, dilacerando todos os “sanguessugas” em seu caminho e se banhando em sangue de vampiros. Por um milésimo de segundo, se deixou perder o controle e simplesmente matar tudo. Sua consciência logo voltou e ela passou a seguir o rastro que vinha farejando há alguns minutos, ignorando os vampiros que tentavam agarrá-la inutilmente.

Elys chegou a uma câmara ampla e presenciou algo estranho: no chão, um homem se contorcia em espasmos de dor. À sua frente, Naztrak, um dos seis reis vampiros, vestido em sua típica túnica vermelha, segurava o corpo moribundo de uma mulher. Foi então que Elys reconheceu o cheiro de sangue humano e, logo em seguida, reconheceu o vampiro que vinha rastreando também: era loiro e carregava nos braços uma criança recém-nascida.

Elys avançou para cima do nosferatu que segurava o bebê, dilacerando sua a jugular com os caninos. Antes que a criança caísse no chão, ela a segurou com toda a delicadeza que sua condição atual permitia. Por sorte, a menininha ainda estava viva.

Ouviram tiros e mais tiros. Por dois minutos, todos ficaram estáticos e aguardaram mais uma chegada inesperada. Humes chegou correndo do túnel pelo qual Elys havia aberto caminho, atrasado como havia previsto, com as botas banhadas em sangue. Encontrou uma sala cheia de nosferatu, com Naztrak no meio, portando a Rainha Vermelha e com um cadáver humano repousando em seu colo. No outro lado da câmara, Elys, em sua forma bestial, portava um bebê nos braços.

Isso acabou de ficar bem mais interessante, pensou o Willow.


Notas Finais


Esse foi bem mais descritivo que os outros. Não fiquei muito satisfeito, mas o que vocês acharam?


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