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História Daddy ; jaeyong - Peixinhos, pique-esconde e reunião de pais


Escrita por: jyminx

Notas do Autor


hoje temos MAIS UMA surpresa no final do cap, não se esqueçam de ver antes de irem embora hein...

boa leitura meu amores ♡

Capítulo 60 - Peixinhos, pique-esconde e reunião de pais


Junhee mal tinha noção do horário, apenas sabia que ainda estavam longe do nascer do sol, mas aquilo não fora o suficiente para impedir a pequena garotinha de o acordar em plena madrugada, mas Jun sabia que a mesma não tinha culpa, e jamais poderia ficar bravo ao ouvir a voz aguda e manhosa de Wonnie chamar por si.

"Papai?" Foi o que o rapaz pode ouvir ao abrir a maçaneta do quarto ao lado, a vista ainda se encontrava embaçada mas pode ver a garotinha em meio a colcha de joaninhas e com os fios finos completamente bagunçados, a cena o fez rir.

– O que foi, princesa? – Apenas observou a garotinha erguer os braços para si, então adentrou mais ao cômodo e a pegou no colo rapidamente, sentindo a cabeça da mesma ser apoiado por seu ombro largo.

– Não consigo dormir, papai. – Se aconchegou no colo do maior e fechou os olhinhos.

Com calma, Junhee retornou ao quarto onde o casal dormia e deitou-se na cama, tomando o maior cuidado para não fazer movimentos bruscos e acordar Chan, que dormia como um anjinho. Assim que deitou-se na cama, arrumou a pequena sobre si, que insistiu em deitar sobre o tronco do maior, coisa que Jun não negou já que a garota era pequena e leve, logo sentiu Chan se aproximar e se aconchegar por ali também, então antes de pegar no sono novamente, Jun não conteve seu maior sorriso, aquela era sua família agora e jamais deixaria de lutar para protegê-la.

A manhã chegou poucas horas depois, e quando o despertador soou alto pelo quarto, Chan acordou quase que num pulo, vendo a irmãzinha dormindo serenamente ao seu lado.

– Jun? Amor? – Olhou para os lados enquanto acariciava os fios da menor – Bom dia, princesa... Vamos, está na hora de acordar.

Após muitos murmúrios e suspiros, Chan conseguiu acordar Wonnie e levá-la para escovar os dentinhos, mesmo que a garota exercesse suas funções matinais de olhos fechados por estar com preguiça demais para abri-los.

Quando Chan seguiu para a cozinha na tentativa de procurar pelo namorado, foi pego pelo cheiro maravilhoso da comida sendo feita. Se aproximou aos poucos com Wonnie em seu colo e observou a bancada sendo preenchida com um café da manhã completo.

– O que é tudo isso? Onde aprendeu a fazer tanta coisa assim? – Levo a mão até a forma de muffins de banana, tentando roubar um mas logo sendo repreendido pelo mais velho.

A bancada continha muffins de banana, uma salada de frutas cortada em cubinhos com iogurte grego, mistos-quente recém preparados e 2 canecas de cappuccino para os dois mais velhos e um smoothie de frutas vermelhas para a pequena.

– Na internet, eu acho... A gente tinha muita fruta aqui em casa e eu tive que dar um jeito para não estragar tudo! – Caminhou até o namorado e depositou um selar rápido sobre os lábios do mesmo, ouvindo a garotinha ao lado resmungar um "ew" mas logo encheu as bochechinhas da mesma de beijos, o que a fez cair no riso.

A família logo se sentou para comer, e por mais que a manhã costumasse ser um horário de preguiça, os três ali adoravam poder ter aqueles momentos pela manhã, onde vez ou outra Jun contava sobre o sonho maluco que teve durante a noite de sono, até mesmo aumentando a história para arrancar risadas da garotinha enquanto Chan olhava para o namorado e pensava em como o mesmo poderia ser tão cara de pau.

Assim que o café da manhã terminou, Chan se ofereceu para lavar a louça enquanto Jun tomava o próprio banho, todos se revezavam para poder se arrumar e ajudar uns aos outros, então enquanto agora Chan tomava seu banho, Jun arrasava na tarefa de prender maria-chiquinhas em Wonnie, logo fazendo um hi-five com a mesma pela missão concluída.

– Vamos, amor! – Junhee dizia na porta enquanto segurava a mãozinha da garota e tinha a mochila da mesma em seu ombro.

Chan terminava de colocar alguns muffins de banana na lancheira da menor para que na mesma os comesse no intervalo, havia colocado o suficiente para a mesma e também para Mark e Seungmin, as vezes sentia que as crianças eram como seus sobrinhos ou coisa parecida.

– Pronto! Terminei! – Arrumou a própria mochila nas costas e seguiu até a porta do apartamento, não hesitando em sorrir ao ver Jun com seu costumeiro uniforme branco, parecia ficar mais lindo a cada dia.

Logo já se encontravam no carro, a primeira a chegar ao seu destino seria Wonnie, que recebeu muitos beijinhos e mensagens positivas antes de ser levada pela funcionária da escola para dentro da instituição, as vezes a garotinha achava que era mais fácil para si se despedir do que para os maiores, que perdiam bons minutos repetindo as mesmas frases e gestos, era um tanto hilário.

– Agora nosso destino é a universidade! – Jun batucou os volantes – Sabe? Adorei meus anos de universidade mas espero não entrar nesse lugar novamente.

– Amor! Não fala assim! – Chan riu, tapando a boca do maior.

– Eu estou sequelado depois de anos nas mãos daqueles professores, você sabe quantos ossos um cachorro tem, Chan? – Viu o menor rir alto, e quando se deram por si, já haviam chego ao destino – Está devidamente entregue!

– Certo, muito obrigado e tenha um ótimo dia de trabalho. – Encheu o namorado de selares, o que logo se tornou um beijo lento e demorado, mas antes que pudessem continuar com seu momento de carícia e afeto, puderam ouvir batidas na janela.

– Desculpa estragar o momento fofo mas a gente vai se atrasar, Junhee-hyung! – Sicheng batia na janela e falava o óbvio, fazendo o mais velho ali querer o matar por estragar o momento.

– É melhor eu ir indo! Eu te amo, até mais tarde. – Deu um último selinho demorado no mais velho e saiu do carro – Bom dia, Sicheng!

– Bom dia, Chanzinho, boa aula! – Acenou para o garoto e logo adentrou ao carro do mais velho – Toca pro trampo, motorista.

– Eu vou te jogar do meu carro em movimento, Dong Sicheng. – Encarou o melhor amiga e riu.

– Bom dia para você também!

E assim seguiram até a clínica, iniciando mais um cotidiano dia na vida nem um pouco convencional daquele trio.

Wonyoung podia ter apenas 3 anos, ainda havia muita coisa que não sabia mas havia algo que a garota entendia melhor do que muitos por aí, família. Todos os dias a pequena observava os pais de seus colegas de classe os buscarem, normalmente um pai, uma mãe, ou ambos, a garota entendia que sua família era um pouquinho diferente, ao menos tinha lembranças de seus pais biológicos, mas não era como se aquilo fosse um problema para si, entendia que podia não ter a família mais convencional do mundo, mas o amor que recebia era gigantesco e jamais poderia reclamar, mas as vezes era como se sentisse falta de algo que jamais teve.

Quando o sinal tocou, a pequena pode ver os alunos saírem da sala gradativamente, acompanhados por seus devidos pais, e quando a mesma pode encontrar Junhee em meio aos adultos ali, ela não hesitou em correr até o mesmo, sendo pega no colo rapidamente.

– Papai! – O abraçou, e naquele momento, ambos puderam sentir o coração cheio de amor, Junhee piscou algumas vezes para espantar as lágrimas. Ser pai nunca havia sido em de seus principais planos de vida, mas agora com a pequena em seu colo, não poderia negar que sentia-se completo, sentia um amor inexplicável crescer dentro de si cada vez mais, havia se tornado pai da forma mais improvável no mundo, mas não importava, Wonyoung era sua filha e toda a bendita vez que a garotinha o chamava de papai, o mesmo tinha que controlar as lágrimas, ainda estava se acostumando com seu pequeno pedacinho de alegria.

A garotinha de fios escuros sentia o coração bater rápido de tamanha alegria, agora teria seu pai para buscá-la todos os dias, e depois de tanto tempo apenas apenas observando o ato tão simples acontecer somente com os outros, agora que podia experimenta-lo também, era de encher o coração de alegria, e como se as coisas já não pudessem ser melhores, quando a pequena abriu os olhos e observou seu outro pai ao lado, a garota se sentiu no céu.

Não importava a origem do relacionamento dos dois mais velhos, Jun e Chan, com a pequenina, agora eram seus pais, pais de coração, e era isso o que importava, e jamais sairiam do lado de sua filha, cuidariam e protegeriam a mesma com suas vidas, e ali naquele momento num abraço triplo e cheio de amor, Wonyoung se sentiu realizada, talvez nem soubesse o que a palavra realização significasse, mas a sentia com muita intensidade.

– Temos uma surpresa para você... – Chan pegou a mochila de joaninhas, a colocando sobre o próprio ombro, resultando numa imagem engraçadinha do garoto não tão alto com a mochila infantil.

– Hoje nós vamos almoçar num lugar muito legal, com uma pessoa muito especial! – E aquela havia sido a última informação que a pequena havia recebido por parte dos mais velhos, pois durante todo o trajeto, os mesmos evitavam o assunto e não davam resposta alguma a pequenina, que já se sentia completamente frustrada com a situação.

O trajeto era um pouco longo, e Wonnie já sentia que poderia morrer de fome ali mesmo, mas quando ouviu Chan avisar que haviam chegado ao destino, a mesma canalizou toda sua fome para sair daquele carro e procurar por sua surpresa.

O lugar era muito bonito, era cercado de árvores e não muito longe dali podia se ter a vista de um lago parcialmente cercado de árvores, e em meio a tanto verde, havia um restaurante com uma grande afluente a frente, onde muitas pessoas se reuniam em volta para uma pesca familiar. O restaurante era muito colorido e reunia muitas famílias par grandes almoços, e conforme a garotinha ligava os pontos, entendia que estavam num restaurante que provavelmente servia muitos peixes, e isso a  fez sorrir pois realmente adorava peixes.

– Vamos, ele já está lá dentro! – Jun guiou o namorado que segurava a pequena em seu colo.

Conforme foi adentrando ao local, a menor o achava cada vez mais bonito, mas as vezes era um tanto difícil se concentrar quando se estava tão ansiosa assim. Caminharam até uma mesa mas antes que Wonnie pudesse ver algo, teve sua visão tapada por Junhee e suas costas largas demais para deixar que algo pudesse ser visto.

– Princesa, temos alguém para te mostrar, ele é alguém muito especial para mim, e ele queria muito te conhecer... Eu tenho certeza que você também vai adora-lo! – Jun olhou nos olhos da garotinha antes de se afastar um pouco para que a mesma pudesse ver quem tanto escondiam.

A princípio, a menor se agarrou mais a Chan quando observou o homem a sua frente, o mesmo tinha muitos traços semelhantes aos de Jun, o que a confortou mas ainda sim, era um completo desconhecido, o homem tinha os fios grisalhos e um sorriso idêntico ao do filho, e a pequena jamais negaria que os olhos do senhor transbordavam em paixão por ver a pequena, agora ao vivo.

Por alguns segundos, todos ficaram em silêncio enquanto Wonyoung analisava o homem da ponta dos pés até os fios grisalhos, mas algo logo tomou toda sua atenção, uma pequena joaninha vermelha pousou sobre o ombro do homem, e aquilo fora o suficiente para fazer a mesma dar seu maior sorriso.

– Wonnie, esse é o meu pai... Ele é seu vovô! – Junhee sorria, incentivando a pequena.

Aquele momento era muito mais importante do que a garota pudesse entender, durante semanas, o pai de Jun fez o possível e o impossível para ajudar o filho a conseguir a guarda de Wonnie, mesmo não a conhecendo, entendia o amor do filho pela mesma, e por Chan também, então conforme o tempo, o amor que antes pertencia somente a Jun, também se tornou um amor do Sr. Park, que já amava muito a neta e o genro, então deu seu melhor para garantir que todos ficariam juntos no final.

– Vovô? – Aquilo era bom demais para a garotinha, quando achou que estava prestes a perder tudo o que tinha, perder quem mais amava, a vida havia dado suas voltas e agora sua família só aumentava, e para si, aquilo era sua maior alegria no mundo todinho, nunca havia tido um avô e por mais que estivesse com vergonha, não poderia resistir ao homem de sorriso alegre que atrai joaninhas para seu ombro.

Então num ato de coragem, a pequena estendeu os braços para o mais velho, que a recebeu com todo o amor do mundo.

– Papais! É uma joaninha! – Wonnie sorriu, apontando para o pequeno bichinho vermelhinho, atraindo sorrisos para si – Eu adoro joaninhas, vovô!

Os três mais velhos ali se seguravam para não derramar lágrimas, pois no fundo tinham muito medo da garota se fechar para novos relacionamentos, sabiam que Wonnie havia enfrentado coisas demais para uma garotinha de apenas 3 anos, mas o sorriso do Sr. Park havia a conquistado, assim como o jeitinho único da mesma pode o conquistar antes mesmo do homem poder vê-la.

O mais velho ali sempre teve o sonho de ter netos, e por mais que tenha sido de uma maneira um tanto repentina, já podia sentir o amor crescer em si, Wonyoung era sua neta e se dependesse de si, a mimaria muito.

O almoço ocorreu tranquilo e a pequena se sentia cada vez mais a vontade com o seu novo avô, e assim que terminou a sua refeição, caminhou até o lago acompanhada do mais velho, onde observaram os peixes nadarem, a cena foi o suficiente para fazer Jun e Chan caírem no choro não muito longe dali. Sr. Park apontava para cada peixe e dizia o nome das espécies, recebendo muita atenção da garotinha que adorava ganhar novas informações.

– Obrigado, Jun... Por completar nossa família! – Secou os olhos, abraçando o namorado com muita força.

– Obrigado por me dar uma família, por me dar uma razão para lutar... Eu te amo! – Beijou a testa alheia, ainda observando o pai e a filha de longe.

Família se tratava de amor, se tratava de cuidado e proteção, e não importava se não tinham laços sanguíneos, o laço formado em seus corações era o mais forte e jamais seria rompido.

*»»——⍟——««*

Taeil encarava seu reflexo toda bendita vez que passava pelo espelho, vestia uma roupa comum que costumava usar todos os dias para trabalhar, calça e e camisa social. O Moon andava de um lado para outro dentro do próprio escritório fornecido pela universidade, se sentia completamente ansioso e aquilo era uma grande tortura para si.

Tentava se distrair observando a decoração do escritório ou organizando algo, mas o ponto ali era que tudo estava devidamente em seu lugar, tudo muito bem organizado. O escritório não era grande, ao contrário, era consideravelmente pequeno, continha apenas uma mesa com um tamanho agradável que podia ser muito bem utilizado, e uma pequeno sofá preto de dois acentos e uma grande luminária ao lado do mesmo, o escritório continha um pequeno armário e mais algumas prateleiras com livros e alguns pequenos vasos de flores artificiais, na realidade, aquilo nem era muita coisa mas quando não se tinha para onde ir, aquele escritório se tornava uma boa moradia, ou quem sabe o próprio carro no estacionamento da universidade.

Quando o despertador de Taeil soou alto pelo pequeno escritório, o mesmo rapidamente correu até o próprio sofá e se jogou sobre o móvel, pescando o celular e adentrando a agenda de contatos, facilmente achando o contato de Doyoung, que sempre ficava nos frequentes.

– Doyoung-ah! Como você está? Dormiu bem? Imagino que tenha acordado agora pouco... – Taeil tinha uma expressão apreensiva enquanto balançava os pés de forma ansiosa.

– Bom tarde, Taeil... Eu não vou nada bem e você? Na verdade eu não dormi hoje, estou arrumando alguns portfólios e separando algumas coisas pro meu TCC, não parei até agora! – Doyoung dizia ao outro lado da linha enquanto andava de um lado para o outro numa sala reservada para como estúdio de fotografia, tanto Doyoung quanto os outros alunos de seu grupo se encontravam lá, e todos não paravam por um segundo sequer fazia horas, vez ou outra revezavam para ir ao banheiro, ou trazer energético e café.

O grupo não era muito grande e mesmo dividindo todo o trabalho, ainda tinha muita coisa para se fazer, o grupo continha Doyoung, Kihyun, Hongjoon e Hyewon. O grupo era muito talentoso e todos eram muito bem reconhecidos pela universidade, então sabiam que todo aquele trabalho resultaria num ótimo projeto e se formariam com um dos melhores TCCs já visto naquela universidade.

– Você precisa dormir, Doyoungie! E você não precisa da minha ajuda? Podemos nos encontrar e aí eu te dou algumas dicas... – Taeil falava vagarosamente, estava completamente apreensivo.

– Eu agradeço mas vou ter que recusar... Eu realmente estou muito ocupado e não posso abandonar meu próprio grupo... Sério, eu preciso ir Taeil! – Tentava ao máximo se livrar do mais velho, e talvez nem fosse por maldade, apenas estava abarrotado de afazeres, tinha compromissos e responsabilidades.

– Vamos lá, você descansa um pouco, eu te ajudo, vamos, eu preciso te ver, sério! Eu preciso mesmo... – Quase implorava com sua voz manhosa, o que só fazia Doyoung perder a paciência que já não lhe restava.

– Por quê? Por que quer tanto me ver? Por que precisa? – Começava a caminhar de um lado para o outro e assim que Kihyun notou o comportamento estranho, falou para o amigo ir continuar a ligação no lado fora da sala e aproveitar para jogar uma água no rosto.

– Você sabe o porquê, eu gosto de você, Doyoungie! – As pernas de Taeil pareciam balançar cada vez mais.

– Se gosta de mim, me deixe em paz pelo menos por agora, Taeil! Eu estou quase me formando e só deus sabe o inferno que eu estou vivendo, eu mal durmo ou como, tudo por causa de uma porcaria de TCC! Eu estou me matando de trabalhar porque eu sei que esperam o melhor de mim então eu preciso dar o meu melhor, preciso fazer isso por mim, se eu não fizer, quem vai? Você que não vai! É sério, eu preciso mesmo terminar! – Suspirou fundo, ao ponto que seu suspiro fosse audível do outro lado da linha – Sério, me faz um favor, não me procure até eu terminar esta droga de trabalho conclusivo, e eu sei que não me procura por sentimentos, mas nesse momento eu já nem ligo mais para isso, Taeil... Só me deixa em paz, está bem?

E antes que Moon Taeil pudesse jogar mais uma camada de insistência, Doyoung desligou a chamada e adentrou ao banheiro, jogando um pouco da água fria em seu rosto, que em partes o ajudou a despertar. Com o rosto ainda molhado, observou o próprio reflexo no espelho, tinha olheiras escuras e fundas, estava exausto, mas aquilo valeria a pena, sabia que o cansaço faria parte daquilo. Logo voltou para dentro da bendita sala e se sentou sobre o chão, separando as fotografias tiradas durante o mês.

Sentia-se levemente culpado por ter desligado na cara de Taeil, mas sabia que se ouvisse a voz do mais velho mais uma única vez, iria explodir, principalmente depois de cair na real sobre tudo o que aqueles encontros significaram para Moon Taeil, não que Doyoung fosse tão crente no amor, mas talvez naquela altura, já estivesse farto de toda aquela falsidade.

– Você está bem? – Kihyun se aproximou, abraçando o outro por trás, apoiando o queixo no ombro largo do mesmo.

– Ansioso, frustrado e cansado! – Riu um pouco, coçando os próprios olhos.

– Todos nós, Doyoung, todos nós... – Hongjoon sentou-se no chão, mais especificamente sobre o colo de Hyewon.

Depois de 10 minutos utilizados apenas para reclamar sobre o quão cansados estavam e o quanto dariam qualquer coisa par estarem em suas camas quentes assistindo algum filme e comendo besteiras, a verdade era que estavam destruídos mas sabiam que em poucos dias, tudo iria valer a pena, e se seguissem o cronograma, teriam dois dias antes da apresentação, uma para descansar após todo o trabalho manual e outro para aperfeiçoarem a apresentação.

Então após alguns goles de café e energético, todos voltavam para suas devidas funções.

Já ao outro lado do campus, Taeil passava as mãos pelos próprios frios, se encontrava completamente frustrado e ansioso, ainda mais do que antes, e como se já não fosse o suficiente, não demorou em receber mensagens de quem mais odiava, aquele bendito número que o mandava mensagem quase todos os dias, o relembrando da bendita dívida que tinha, Taeil já não aguentava mais, todo bendito dia quando resolvia por um sorriso nos lábios, aquelas mensagem chegavam e sua alergia ia toda para o ralo, não podia ter uma dia de sossego e paz, não podia viver como uma pessoa normal e fazer coisas normais, se sentia completamente perseguido, e a verdade era que Moon Taeil era realmente perseguido, e naquele momento, sentia que poderia morrer para acabar de vez com tudo aquilo.

Com o peito apertado e o coração acelerado, Taeil saiu do próprio escritório e caminhou até o estacionamento da universidade, procurando o próprio carro em meio a tantos outros, e assim que o encontrou e adentrou ao mesmo, trancou as portas e bateu no volante, soltando um grito consideravelmente alto.

Sentia que iria enlouquecer a qualquer momento e sabia que não deveria envolver Doyoung ao seus problemas, mesmo que indiretamente, apenas queria estalar os dedos e resolver todos os seus problemas, mas lá no fundo, sabia muito bem que seus problemas eram apenas consequências de seus próprios atos.

E agora teria de resolvê-los.

*»»——⍟——««*

Se fingir de morto era uma boa alternativa na cabeça de Jaehyun naquele momento. Sua cabeça estava simplesmente a mil e todos seus pensamentos pareciam ter um único direcionamento, Taeyong. Os últimos dias haviam sido bem confusos, era muito difícil vê-lo e não poder beija-lo, não poder ir até o apartamento do outro encher um pouco o seu saco ou simplesmente perguntar como tinha sido seu dia, sem parecer no mínimo constrangedor.

Jung realmente queria resolver aquilo o mais rápido possível, sentia falta de Taeyong e tinha certeza que o amava. Estava pensando em como resolver, sabia que Taeyong estava machucado mas também queria que ele entendesse seu lado.

Ambos teimosos demais. E eles sabiam que seria uma luta para sobre quem cederia primeiro e abdicaria de seus pontos pra voltar pra os braços alheios. Entretanto, apesar de ambos quererem demais fazer isso, o orgulho os prendia, então seguiam da mesma forma.

Mas a razão de Jaehyun querer se fingir de morto, não era exatamente essa. No momento ele estava no carro se encaminhando para a escola de Mark para que pudesse comparecer à reunião de pais, com o Junmyeon.

Sabia que uma hora ou outra eles teriam que se ver ou até conversar, mas não achava que seria tão cedo e nem em um momento como aquele.

Estava indo direto da clínica para a escola, sequer teve tempo de trocar sua roupa, ainda estava de uniforme. Pensou em pedir para Taeyong ficar mais um pouco com Mark enquanto estava na reunião, mas já não se sentia no direito de pedir esse tipo de coisa, então simplesmente o deixou junto com o Seungmin e a Wonnie todos no apartamento com Chan, que se dispôs a cuidar deles durante a tarde e enquanto os pais e o Jun iam na reunião.

Deixou seu carro no estacionamento da escola que tinha poucos carros já que possivelmente só os pais da reunião e o professor estavam ali. Sentia seu coração apertar levemente um tipo de nervosismo o atingir em cheio.

Prolongou o máximo que conseguiu sua caminhada até a porta da escola, se o vissem provavelmente o perguntariam se estava bem, já que caminha de forma tão lenta e com uma feição aflita. Quando cruzou a porta, conseguiu ver uma explosão de cores, a parte infantil do local era muito bonito e colorida, o que fez toda sua preocupação diminuir um pouco.

Avistou o diretor do local um pouco mais no fundo do corredor conversando com algumas pessoas, sempre com o sorriso bem largo. Até passaria lá para dar oi, mas seus olhos foram mais rápidos em encontrar Junmyeon na porta de uma das salas, convidando os pais para entrarem.

Resolveu parar de fugir e encará-lo logo, era o melhor a se fazer, só torcia para que seu próprio coração não o traísse.

– Quanto tempo, Jaehyun... – Junmyeon proferiu assim que terminou de cumprimentar o mãe que, anteriormente, estava na sua frente.

O sorriso que tanto conhecia já estava em sua frente mais uma vez. Seu tom de voz, a postura, a forma de se gesticular... Nada parecia ter mudado, o que de certa forma foi bem estranho, sentia como se tivesse com 19 anos de novo.

Escutou uma risada tímida escapar da boca alheia, que logo foi em encoberta pela mão.

– Não precisa ficar assustado, vamos entrar? Tenho muitas coisas boas para falar sobre seu pequeno garotinho

Mas não tinha mais essa idade e muito menos as preocupações daquela época. Então apenas sorriu e entrou na sala, talvez fosse melhor conversar com o outro quando sua mente resolvesse parar de lhe pregar peças.

Ao entrar na sala, logo acenou para a mãe de Seungmin que estava sentada na primeira fileira, estava com um lindo vestido amarelo florido, que ressaltava seus cabelos longos que eram da exata cor dos do pequeno. Tinham algumas cadeiras vazias, o que fez Jaehyun se sentir um tanto perdido, mas conseguiu se encontrar assim que avistou Junhee acenando para si algumas cadeiras dali, oferecendo a do seu lado para o chefe.

– Nossa Jun, eu estou tão avoado que eu nem lembre que você vinha, se não, eu passava para te buscar quando eu tivesse saindo da clínica!

– Não tem problema, eu tive que passar no mercado antes! – Jun sorriu para si enquanto o observava o outro se sentar. – Quando eu tava saindo o Mark pediu para dizer que ta com saudade já e ai a Wonnie e Seungmin pediram para dizer que estão também.

– Sinto que isso foi quase uma ameaça para que a próxima reunião eu que cuide deles... – sorriu ao lembrar dos pequenos, ficava muito feliz pelos outros dois gostarem tanto dele.

– Eu acho que foi!

Continuaram conversando calmamente por mais alguns minutos, majoritariamente sobre assuntos da clínica, que por mais que estissem fora dela, sempre havia algo para se discutir. Junmyeon esperou os dois pais que estavam conversando com o diretor retornarem para que fechasse a porta.

– Bom, primeiramente boa noite a todos! Fico muito grato de poder estar tento contato com os responsáveis de todas as crianças, imagino que vocês tenham suas responsabilidades, então obrigado por comparecerem! – ele caminhou para a frente de sua mesa, dando uma visão melhor do mesmo, que continuava sorrindo, transparecendo calma e alegria. – Peço que se sintam confortáveis, coloquei mais cadeiras que o necessário para que possam se sentar onde desejarem!

O professor fez um papel excelente durante toda a reunião, após se apresentar, mostrou qual seria o planejamento dos semestre e como os pais poderiam auxiliar em casa, para que tudo que estava sendo aprendido pudesse ser fixado e acima disso, ampliado. Fez um levantamento sobre o andamento da turma e de co eram uma turma tranquila, em especial por ser tão pequena. Deu algumas dicas para os pais de filmes e alguns desenhos que eram divertidos e que passavam bons valores, ainda mais nessa idade em que ainda se embolavam em algumas palavras e estavam tentando entender como o mundo funcionava. Sobre isso, não deixou de comentar como existiam muitas personalidades diferentes dentro da sala e como cada um tinha um jeitinho especial e único. Fez questão de perguntar o nome de todos os pais presentes para que a comunicação ficasse mais simples além de entregar o presentinho que as crianças tinham feito com a sua ajuda, para que fosse entregue na reunião.

Todos os pais pareciam muito satisfeitos com Junmyeon, ele tinha uma retórica encantável e fez todos ali se sentirem confortáveis e seguros de que seus filhos estavam em boas mãos. Abriu espaço para que fizessem perguntas e acrescentou que ficaria ali após o final da reunião para conversar individualmente sobre os filhos, caso tivessem interesse.

Alguns pais foram embora assim que ele disse que havia acabado, não deixaram de o agradecer e o dirigir algumas palavras dóceis mas logo foram. A mãe de Seungmin foi uma delas, sabia como a mesma era ocupada e dava o máximo para cuidar do filho sozinha. Jun foi o primeiro que conseguiu ser atendido pelo professor, Jaehyun não conseguia ouvir mas apenas pelo sorriso dele enquanto Junmyeon já revelava tudo, não que já não fosse óbvio que haveria apenas adjetivos bons para descrever a garotinha.

– Jun, tem problema o Mark ficar lá mais um pouco? Acho que vou demorar aqui... – Jung o perguntou assim que sua conversa acabou e pela troca de olhares Jun logo entendeu o que o outro estava tentando dizer.

– Pode ficar tranquilo, Chan já deu banho neles já que tinha roupinhas nas mochilas deles e se ele precisar dormir lá... – ergueu uma sobrancelha. – Ele já é de casa!

– Desculpa estar dando trabalho.

– Mark não é incômodo nenhum, além de que a Wonnie fica muito feliz com eles. – deu um rápido abraço em Jaehyun e logo segui para fora da sala. – Te vejo mais tarde ou amanha!

Se viu perdido mais uma vez, não conhecia os outros pais e por mais que tivesse ficado super calmo enquanto escutava o professor discursar, todo o nervosismo acumulado parecia ter retornado e a vontade de fugir voltou.

Mas a de conversar era maior, então ele continuou ali.

Esperou todos os demais pais terminarem de conversar para ter a atenção do outro homem, agora sozinhos.

– Vejamos quem sobrou... Jung Jaehyun. – sorriu ladino vendo o outro sentado sozinho em uma das cadeiras. – Quem diria que a gente ia se reencontrar em uma situação como essa, não é?

Junmyeon estava usando uma calça preta e uma blusa social branca, continuava com uma aparência bem jovem, mesmo que ja estivesse mais tão novo assim. Se direcionou para a própria mesa e passou a organizar alguns papeis que estavam ali.

– Nossa, nem me fala, quando eu vi que você era o professor novo eu achei que eu tava delirando. – Jaehyun o respondeu sincero, enquanto se ajeitava na cadeira para ficar mais confortável.

O professor assim que terminou de mexer nos papéis, caminhou em direção a Jaehyun, se sentando em uma cadeira ao seu lado.

– Certo você quer que eu fale sobre o Mark primeiro ou quer me atualizar do que aconteceu em 5 anos para você ter um principezinho agora? – inclinou um pouco a cabeça, ainda sorrindo, ansioso para escutar tudo o que o outro tinha para lhe contar.

– Acho que eu posso começar... – respirou fundo por ter que voltar nesse assunto que vinha lhe assombrando tanto. – Eu conheci uma garota em um feira da faculdade, nome dela era Seulgi, começamos a namorar, ela engravidou mas infelizmente veio a falecer no parto, então somos só eu e Mark.

Uma brisa leve vinda da janela os atingia, não deixando a sala nem muito quente e nem muito fria. Jaehyun já estava mais tranquilo,, não sabia se era pelo o local, que o fazia lembrar da faculdade ou o mais velho mesmo, que parecia estar super tranquilo.

– Meus pêsames Jae! – sua feição se converteu em tristeza, antes de proferir em tom sincero. – Desculpe ter tocado no assunto, não sabia...

– Não tem problema, já faz muito tempo e apesar da perda, eu agradeço por pelo menos o Mark ter sobrevivido. – suspirou aliviado, sabia que tinha muita sorte por ter ganhado seu filho, ele corria tanto risco como ela. – Por incrível que pareça isso é muito mais fácil de falar do que... d-do que...

Eles poderiam até estar diferentes, mas Junmyeon conseguia ver com clareza os traços do tímido garoto que sorria com os olhinhos enquanto caminhava por todo o campus com alguns livros na mão.

– Do que a gente admitir nosso relacionamento anos atrás? – completou sincero, sabia do que Jaehyun estava falando e talvez sentisse tanto remorso quanto si, mas sabia que não tinham culpa na época. Jaehyun assentiu de certa forma até triste. – Nos éramos muito jovens, não se culpe, os relacionamentos homossexuais eram condenados como doença até então, hoje em dia são mais aceitos mesmo que alguns olhem torto. Mas só era viável se nós fôssemos muito fortes e estivéssemos prontos para lutar contra toda a sociedade e você sabe que a gente não estava.

A primeira vez que os dois se viram foi em serviço comunitário em que envolvia filhotinhos e crianças, nesse dia trocaram muitos beijos e vários sorrisos em uma cabine do banheiro do local, afinal, não poderiam ser pegos não só por estarem trabalhando ali, como não poderiam ser vistos de forma alguma. Mesmo que isso não fizesse tantos anos, a Coreia era muito rígida com homosexualidade, o que provocou que por mais que tivessem se divertido e gostado muito da companhia um do outro, não voltassem a se procurar.

Bom, isso deu certo... por um tempo.

Até que se encontraram novamente em uma festa, sabia que acabariam se encontrando um hora ou outra depois, mas não sabia que seria tão rápido e nem que aquilo lhe traria tantos sentimentos. Não conseguiu evitar senão ir atrás do departamento de pedagogia e o encontrar propriamente na faculdade e finalmente conseguir pegar seu número. Os dois tomaram o máximo de cuidado possível, ninguém sabia da relação com exceção de Irene que Junmyeon já havia confiado para contar sobre o primeiro beijo. Por mais que quisessem se encontrar fora do dormitório de algum dos dois, nunca conseguiam demonstrar nada, tinham medo. Medo de serem julgados, medo de não serem aceitos.

E esse mesmo medo foi o causador de não terem conseguido levarem para frente.

– É bizarro pensar que eu escondi até do meu melhor amigo, eu ia te ver com as desculpas mais absurdas que alguém já inventou! – riu de si mesmo apenas ao se lembrar como gaguejava toda vez que precisava mentir pra Johnny e como tinha certeza que o outro sabia muito bem que estava mentindo, mas confiava o suficiente em si para não questionar nada. – Eu já disse para ele que eu estava participando de um grupo de yoga que estava indo fazer excursão, no dia que a gente foi naquela lagoa.

– E ele acreditou? – Jaehyun negou com a cabeça, o fazendo gargalhar em seguida.

– Depois falei que tava indo pescar com meu pai e ele acreditou.

– Lá era tão lindo... – Junmyeon mantinha um pequeno sorriso no rosto. – Você lembra que você ia me abraçar mas acabou escorregando em uma pedra e foi direto para água?

– E tem como esquecer? Eu jurei que eu ia morrer e você só rindo de mim.

– A água nem batia no seu ombro, você se assustou a toa. Vendo de longe foi uma cena incrível!

Momentos divertidos como aquele cercaram a mente dos dois. Todas as vezes que iam atrás do prédio de engenharia, que era sempre vazio e ficavam horas conversando, comendo frutinhas (que Junmyeon sempre fazia questão de carregar consigo) ou simplesmente se beijando. Quando costumavam ir no cinema e sentiam coragem durante uma hora e meia para segurarem a mão um do outro na frente de outras pessoas, apenas porque estava escuro. Ou simplesmente quando ficavam no dormitório um do outro mais atrapalhando o outro do que ajudando a estudar como sempre prometiam.

– Eu. Não. Acredito. Que você ainda tem o Snorlax que eu te dei! – Jaehyun se levantou assim que conseguiu enxergar a pequena pelúcia, pendurada na bolsa do professor em cima da mesa. – Não acredito que você guardou... – alcançou o pokemon e o segurou, lembrando exatamente de como tinha se esforçado para achar aquela edição limitada, que era a favorita do Kim, apenas para o deixar feliz. – Eu devia ter ficado com ele para mim, é muito fofo.

– Ei! – protestou ainda sentado, rindo quando Jaehyun se virou e piscou para si. – Esse foi o preço por eu ter te feito conhecer o incrível mundo dos pokémons, que por um acaso eu sei muito bem que você ainda gosta...

– Não acredito que o Mark me dedurou! – Jung desprendeu o chaveiro peludinho e voltou o segurando para continuar brincando com o mesmo. – Eu não sei se é exatamente o certo, mas eu não gosto muito desses programas que passam hoje em dia, eu geralmente deixo ele assistir só aqueles que eu acho que vão fazer bem para ele.

– E você está mais do que certo, tem vários desenhos que eu simplesmente não sei como vão ao ar! Mas sobre ele te dedurar... Meu deus, depois que ele me falou que você era pai dele, eu simplesmente não consegui deixar de perceber como vocês são muito parecidos!

– Você acha? – perguntou curioso, era comum escutar esse tipo de comentário, mas conseguia ver tanta semelhança assim.

– E eu nem estou falando de aparência, vocês tem muitas manias em comum! Sempre que ele está nervoso, ele tem costume de morder o dedo, eu achei que a única pessoa que fizesse isso fosse você, mas parece que ele agora também. Sempre que ele vai comer, ele sempre corta tudinho para depois começar a comer, mesmo que sejam biscoitinhos, igual você faz. E quando ele está desenhando, ele deixa um lápis na orelha, que eu lembro muito bem que você fazia e eu amava te zoar.

– Ele faz isso do lápis também? Acho que vou ter que repensar no que eu ando fazendo, para não acabar passando alguma mania ruim!

– Pelo que eu consigo ver, você tem feito um trabalho incrível como pai! Mark é um aluno muito comportado e criativo, ele aprende rápido e tem facilidade em gravar as coisas. Eu vejo muito potencial nele, acho que vai ser um grande aluno quando mais velho, só não pode deixar ele esquecer disso e se perder, mas tenho certeza que você não vai!

– Eu sempre soube que o Mark era muito inteligente, eu sempre fui um pai muito bobão, ele só respirava e eu já tava falando que ele era a coisa mais linda do mundo, ele me olhava com uma cara estranha e depois dava risada, certeza que tava rindo da minha cara.

Pode lembrar-se de quando mark conseguiu andar pela primeira vez. Os dois estavam em um tapete peludinha, Jaehyun estava sentado e segurava as duas mãozinhas do filho para que ele conseguisse ficar em pé, o pequeno parecia estar fazendo um esforço enorme, claramente queria sentar novamente mas o pai sorria de forma tão linda que continuou. Jaehyun ainda segurando as pequenas mãos, se afastou um pouco, deixando um espacinho bem pequeno entre os dois. Soltou a mão do filho mas continuou com ela próxima dele, para que caso algo acontecesse, conseguisse o segurar. Conseguia recordar claramente como ficava repetindo "Vem pro papai, não precisa ter medo, vou te segurar", ainda que achasse que o garotinho ainda não conseguiria sozinho. Mas antes que pudesse imaginar, Mark deu 4 lacinhos bem desengonçados e se jogou no colo do pai, que já estava chorando de felicidade.

– Jaehyun? – Suho passou a a mão na frente dos seus olhos para chamar sua atenção.

– Desculpe, me distrai...

– Tudo bem! Espero não ser invasivo, mas você disse que era apenas você e o Mark, certo? Não tem outro alguém que você esqueceu de mencionar?

– Hm? – Jung ja não entendia mais o que o outro estava tentando dizer, outro alguém além de ele e Mark?

– Eu sempre vejo um rapaz vir buscá-lo, ele sempre me cumprimenta...

Ah. Taeyong.

– Ele cuida do Mark! – sorriu triste, infelizmente agora era realmente apenas isso que ele fazia. – Falando nele, preciso buscá-lo, antes que ele e a Wonyoung coloquem fogo no apartamento do Jun, mas muito obrigada pela conversa, espero que a gente possa se ver com mais frequência! – Já colocava a mão no bolso pronto para se levantar. – Antes que eu me esqueça, aqui o seu chaveiro.

Jaehyun estendeu o Snorlax de pelúcia na direção do outro, mas foi recusado.

– Pode ficar com ele!

– Não, foi presente e estava com você até agora, não vou fazer você se desprender das memórias só porque o chaveiro é fofinho.

– Jae, eu não preciso dele para manter as minhas memórias vividas e saber de todo o bem que você me fez, isso é apenas um mero objeto, as memórias irão continuar no meu coração, assim como estão no seu, mesmo você não tendo a pelúcia até então.

Aquilo definitivamente havia o atingido em cheio.

– Obrigado, vou aceitar então!

Deram um breve abraço e seguiram para fora do prédio.

Por mais que Jaehyun não tenha mencionado, Junmyeon entendia muito bem de linguagem corporal, mas mais do que isso, conhecia muito bem o outro. Sabia que o garoto que buscava Mark não era apenas uma mera babá.

Antes que o veterinário entrasse em seu carro, Junmyeon segurou seu pulso de forma gentil, o fazendo virar para si uma última vez.

– Jaehyun, não cometa o mesmo erro novamente! Não deixe mais nada o impedir de ser feliz.


Notas Finais


e vocês aí achando que o suho era do mal.......

...gente faltam 3 capítulos...(eu jurava que ia ser fácil me despedir mas eu já to sofrendo)

MAS,,, todo cap até o último vai ter surpresa, para compensar tudo que vcs fazem pela gente, que é muita coisa, cara vocês não tem ideia do quanto a gente morreu de felicidade vendo vcs postando o bingo no insta e lá no twitter mds, só faltou a gente explodir de tanto amor, obrigada por tudo ♡

e lá vai a de hoje...

fizemos um quizz de daddy para ver que personagem vocês são!!

https://pt.quizur.com/quiz/qual-personagem-de-daddy-e-voce-vAu8

link tá na minha bio do instagram e a gente vai postar no nosso twitter tbm (@/moontweil & @/bubbleyuta)
(lari mudou de conta)

convido vocês para fazerem, postarem e nos marcarem (tanto no insta quanto no twitter) para a gente poder interagir de novo 💗

podem mandar aqui também se quiserem!!
+++ vocês viram que eu respondi todos os comentários de vocês dos últimos caps (agora que eu aprendi kkkkk), obrigada mesmo por todo o carinho e por estarem ainda aqui, nada estaria acontecendo sem vocês!


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