1. Spirit Fanfics >
  2. Daddy ; jaeyong >
  3. Tinta neon, carros esportivos e livros

História Daddy ; jaeyong - Tinta neon, carros esportivos e livros


Escrita por: jyminx

Notas do Autor


oi xuxus, antes do cap começar, queríamos avisar que domingo que vem (21/06) as 15:00(horário de brasília) vamos fazer uma live no insta @jyminx para falarmos sobre o fim de daddy e o começo de FY, esperamos vocês lá!

Capítulo 62 - Tinta neon, carros esportivos e livros


Em mais uma típica noite, o bar em que Chan trabalhava encontrava-se lotado. A faixa etária das pessoas que frequentavam o local variava de 18-24, então o público alvo eram os universitários e ah, como eles amavam aquele lugar. As luzes neon que deixavam tudo mais intenso, as músicas de ótima qualidade, sem contar em todos os atendentes extremamente bonitos e os assentos aconchegantes.

Aquele seria o último dia de Chan trabalhando ali, seu coração chegava a apertar ao lembrar de tudo que havia aprendido, todas as lembranças boas e todos os amigos que fizera. Não podia negar que estava feliz com seu novo trabalho, havia sido chamado para dar aula de dança em um estúdio, para crianças de 5-8 anos, era tudo que estava faltando para sua vida ficar perfeita, finalmente depois de tanto tempo, as coisas estavam dando certo.

Os outros funcionários do local estavam tristes de terem que deixar o raiozinho de sol deles partirem, mas sabiam que era para o melhor e também, não é como se fossem parar de encher o saco do mesmo no kakao ou convida-lo para tomar algo ali depois das aulas.

– Hangyul a mesa 3 está te chamando! – Seungyoun alertou o amigo enquanto preparava duas bebidas diferentes ao mesmo tempo, o que parecia uma ser vermelha e outra azul. – A menina realmente gostou de você hein, acho que você não vai ganhar só gorjeta na hora que ela for embora...

Mia revirou os olhos na hora que escutou Seungyoun. Só conseguia imaginar que se essas meninas ficassem 2 minutos com o Hangyul perceberiam o quão insuportável ele é, mesmo que fosse bonito, ele era um insuportável muito bonito.

– Espero que de mesmo, vai que ele para de encher meu saco depois disso. – Mia soltou, por mais que seu tom de voz indicasse que ela não estava nem um pouco feliz com a situação.

A garota estava cortado em uma rapidez admirável os morangos que eram usados nas bebidas, não sabia como mas o que eles haviam preparado para a noite toda, havia acabado em menos de duas horas, talvez porque Chan indicasse para todo mundo o "Grand Smash" ou o "Strawberry Kick", que usavam muitos morangos, mas isso era ótimo porque realmente eram uns dos melhores e seu preço era mais elevado.

– Poxa Mia, uma pena que eu só tenho olhos para uma pessoa, não é mesmo? – Hangyul pegou o bloquinho de anotações, colocou-o no bolso, alcançou a bandeja e colocou os drinks que estavam prontos. Mas antes de sair pra entregá-los passou atrás da menina e deixou um beijo em sua bochecha. – Não precisa ficar com ciúmes...

Mia automaticamente bufou fazendo Chan e Seungyoun, mesmo que um pouco longe, escutarem e começarem a gargalhar alto. A relação dos dois era o maior entretenimento que tinham ali durante as noites. Hangyul já havia deixado claro faz séculos que era perdidamente apaixonado pela garota de cabelos cinzas e ela sabia que no fundo gostava de volta também, mas negaria até o último segundo.

– Eu posso denunciar ele por assédio ou desacato à autoridade? – Virou-se para Seungyoun que continuava concentradíssimo na preparação das bebidas.

– Olha, até poderia se você não estivesse sorrindo e com as bochechas vermelhas... – o aspirante a advogado respondeu sem pensar duas vezes, desviando seu olhar pela primeira vez dos copos para encarar a menina e lançar lhe uma piscadela.

– E-Eu... Não to com as bochechas... – rapidamente se virou e viu seu reflexo no espelho que tinha atrás deles. – Aish!

– Puts, se perdeu no personagem... – Chan acrescentou passando atrás da garota indo atrás da essência de baunilha e da calda de chocolate. – Tá tudo bem, Mia, a gente não comenta com ele!

Antes que Chan voltasse para sua posição mais uma vez com os ingredientes, Seungyoun os tirou de sua mão, assustando o garoto.

– Entrega para mim esses aqui na mesa 7, pode deixar que eu faço esse! – Seung lhe indicou alguns drinks a sua frente e Chan logo se dispôs a fazer o que lhe foi pedido, pegou mais uma bandeja e foi entregar para as mesas.

Saiu do balcão com um enorme sorriso no rosto, por mais que não fosse o melhor trabalho do mundo e as vezes ter que lidar com alguns clientes ignorantes e inoportunos, adorava trabalhar ali, poder inventar ago novo quando davam liberdade, preparar as mais bizarras combinações e ver como elas eram magníficas ou mesmo receber um sorriso como resposta quando gostavam daquilo que havia sido preparado, era muito gratificante.

– Boa noite, meninos! – Chan alcançou a mesa 7, que tinha quatro meninos, os quais reconheceu assim que chegou perto. Eram Junhoe, Mark, Jinhwan e Jooheon, ficou extremamente feliz ao ver que eram conhecidos. – Nossa ao que devo a ilustre presença desses astros da quadra?

– Oi Chan! – Mark o cumprimentou assim que chegou. – Estamos fazendo um esquenta, daqui a pouco começa a festa dos nadadores e sabe como é...

– Haja coragem para ir na festa deles, só acaba de tarde no dia seguinte, eles são muito insanos! – abaixou a bandeja para que pudesse colocar os drinks na mesa. – Imagino que o Mark tenha pedido o "Moscow Mule", certo?

– Em cheio, Chanzinho! – estendeu o braço e lhe entregou a bebida com vodka, cerveja de gengibre e limão.

– O "Manhattan", hm... me parece que é a cara do Jooheon – Estendeu o drink na cor vermelha com algumas cascas de laranja cortadas em formatos de flores, que Mia adorava tanto fazer. – O Whisky só pode ser do Junhoe!

– Não entendo essa fama de cachaceiro que eu tenho. – respondeu dando risada e pegando o corpo cheio da bebida e cubos de gelo.

– Talvez seja porque toda festa você faça competição de quem bebe mais e olha, sempre ganha. – Jinhwan comentou enquanto pegava sua "Pinã Colada" com leite condensado extra.

– Jinny, o Hanbin não quis vir? – Chan perguntou enquanto terminava de enfeitar a "Pinã Colada", que era um dos charmes de fazer aquele pedido, terminar de prepará-lo na frente do cliente.

– Olha, eu chamei ele para vir aí ele começou a falar alguma coisa sobre o fígado e depois sobre uns hormônios e quando eu vi ele tava falando do sistema nervoso. – Jinhwan soltou uma leve risada ao lembrar do namorado. – Ele percebeu que eu não estava estendendo um "a", me deu um beijo e falou para eu ligar para ele quando eu quisesse ir embora, que ele vinha me buscar.

– O Junhoe, você é companheiro de quarto dele tem anos, nunca aprendeu nada não? – Jooheon o cutucou.

– Ele começa a usar umas palavras muito difíceis e meu cérebro automaticamente desliga, é ótimo. É uma habilidade que a gente desenvolve com o tempo, já já você acostuma Jinhwan!

Chan conversou mais um pouco com eles e descobriu que Hongseok e o Jinho já estavam indo pra festa e que o Jongin passaria ali daqui a 15 minutos para buscar os quatro. Quando estava retornando para o balcão, uma menina o chamou e foi prontamente atende-la.

– Já são quase 23:30, melhor começar a passar a tinta né? – Seungyoun perguntou para a menina e enquanto voltava do estoque com mais dois medidores para facilitar seu trabalho. – Vai lá com o Hangyul que eu seguro a barra com o Chan, por enquanto.

– Por que eu tenho que ir com o Hangyul? – ela perguntou agressivamente e só percebeu quando um dos clientes a olhou de forma confusa e ela disparou um sorriso para ele, no intuito de disfarçar.

– Mia? Você sempre pinta a gente, eu só to falando pro Hangyul ir primeiro, quando ele sair, ele assume meu posto e eu vou. – Seungyoun dirigiu seu olhar para a garota com uma das sobrancelhas arqueadas. – Tá na defensiva é? Isso tudo é medo de ficar sozinha com ele?

– Argh, Seungyoun eu te odeio! – bateu a faca no balcão, saindo do mesmo logo em seguida bufando. – HANGYUL! – Gritou chamando a atenção do homem que estava atendendo a mesma menina pela décima vez, aquilo já estava tirando Mia do sério. – Me encontra no vestiário!

O garoto rapidamente terminou de atender e correu na direção de Seung, que estava usando os medidores que havia pego, ao mesmo tempo.

– Rapaz, eu nem comecei a usar os flertes diários, o que aconteceu? Ganhei na loteria? – Hangyul questionou o amigo ainda incrédulo da frase da menina um minuto atrás. – Eu to bonito? Meu cabelo tá legal?

– Vai logo idiota antes que ela desista, você está ótimo!

Hangyul ainda hesitou um pouco e Seungyoun ameaçou o bater caso ele não fosse logo, que ele não tinha feito aquilo de propósito pra ele estragar tudo. O garoto foi em direção ao vestiário tentando manter sua postura de durão mas estava se tremendo todo por dentro.

Todas as sextas-feiras eles ligavam a luz negra a meia noite, então sempre passavam tinta neon, pra que ficasse ainda mais divertido, tanto para os clientes quanto pra eles mesmos. As vezes faziam umas maquiagens mais trabalhadas graças a Mia, ou simplesmente passavam de qualquer jeito quando a folga da garota caia naquele dia. Chan um dia foi tentar pintar os outros garotos e não deu muito certo, o que era pra ser uma estrela fofa acabou parecendo símbolo de seita satânica., então decidiram que só deixariam ela fazer desenhos mais complicados.

Mas o ponto era que, ela nunca passava de forma separada, ela geralmente chamava todos de uma vez antes mesmo de abrir o bar e fazia os desenhos em todos de uma vez, mas devido a um problema que estava tendo na água, acabaram ficando arrumando e deixaram os desenhos para mais tarde.

Chegou no local, que era basicamente um pequeno banheiro com três cabines, tinha alguns armários para que pudessem guardar seus pertences e tinha um grande espelho em cima das 3 pias. Mia estava abrindo os potinhos de tinta neon e os colocando na pia para que conseguisse usar várias coisas sem ter tanto trabalho.

– Oi gatinha... – cruzou a porta e sentiu uma onda de timidez automática, não lembrava quando tinha sido a última vez que se sentira assim, geralmente era cara de pau e ficava a provocando a noite toda, mas agora estavam sozinhos, então se certa forma era diferente.

– Olha, já vou esclarecer. – ela se virou já nervosa na direção do garoto. – Não tenta nenhuma gracinha, se não pode ter certeza que eu faço questão de garantir que você nunca mais vai conseguir procriar.

– Caralho... pode deixar. – sentou no banquinho que ela tinha colocado para si na sua frente. – Vai fazer o que em mim hoje?

– Não sei ainda, vamos logo com isso, tira a blusa!

– Mas a senhorita está dema- – Mia depositou um tapa no braço do garoto. – Aí! Eu nem falei nada, quem tá pedindo para eu tirar a roupa é você!

A garota virou de costas e começou a jogar todo tipo de praga em Seungyoun por ter metido ela naquela situação.

– Pronto, pode começar! – Hangyul a chamou indicando que já estava sem a blusa e já havia colocado os suspensórios brancos, que ficavam chamativos com a luz negra.

Mia estava mais do que acostumada a vê-lo daquela forma, mas só de pensar que aquela garota que estava flertando com ele a noite inteira teria a oportunidade também, fazia seu sangue todo ferver, sabia que não deveria se sentir assim, mas simplesmente não conseguia mais evitar.

– Eu geralmente faço nas suas costas, mas como você vai ficar no balcão agora, vou fazer no seu peito...

– Quem disse que eu vou ficar no balcão? – ele perguntou curioso, não se lembrava de ter recebido tal ordem.

– Eu to dizendo agora, você vai ficar no balcão.

Hangyul resolveu não questionar e apenas concordou. Poucos segundos depois, começou a sentir a tinta azul e o pincel tocando seu ombro. Ela começou a fazer diversos traços sem obter uma forma específica, parecia ser algumas grassas espirais, além de algumas linhas retas também grossas. Quando começou a chegar mais em baixo, pediu para que o garoto se levantasse para que ficasse mais fácil de pintá-lo.

– Cara eu acho que você nunca fez um tão bonito, mesmo que não tenha um formato específico, tá ficando tão legal! – Hangyul comentou enquanto olhava o próprio reflexo e ainda tinha a garota fazendo desenhos em seu abdômen, totalmente concentrada.

– Acho que eu acabei, você quer alguma coisa no rosto? – ela disse ainda o olhando na altura do abdômen, não havia tido coragem para o encarar e realmente esperava que ele não pedisse para fazer nada no rosto.

– Não precisa, ficou realmente muito lindo, eu to ainda em choque! – agora Mia já não estava próxima de si, ela começou a passar tinta nela mesma, então Hangyul pode analisar com mais cuidado o que ela havia feito. – Você quer ajuda?

– Não precisa, obrigada, eu vou terminar a minha quando fizer a dos outros meninos. Mas já que você se ofereceu, você pode só arrumar essa parte do meu delineador que saiu? – apontou pro cantinho do seu olho que estava sem a maquiagem na cor branca.

– Mia aí você já tá exigindo muito de mim...

– Tá! Pode ir embora então, chama o Cho. – respondeu seca.

– Ei ei estressadinha, falei que tá exigindo muito mas não disse que não iria tentar, passa para cá o delineador branco! – estendeu a mão e logo recebeu o pequeno vidrinho com o líquido. – Fecha o olho.

Tudo ficou silencioso no milésimo seguinte em que ela fechou o olho, ele estava concentrado demais para não errar e acabar ferrando toda a maquiagem da menina e receber um chute no saco como resposta. Ela podia sentir a respiração pesada do outro em seu rosto, ele estava muito perto, centímetros era uma unidade de medida grande demais para descrever o espaço que existia entre eles, seu coração já não a obedecia mais, estava tão acelerado que podia sentir que iria explodir a qualquer segundo.

– Hangyul...

– Shiu, to terminando, não se mexe!

Mas para surpresa de Hangyul, a mesma não aguentou mais nenhum segundo e simplesmente o puxou pelos suspensórios, unindo seus lábios em um selinho que se tornou um beijo assim que Hangyul tomou consciência do que acontecia, largou o delineador no chão e pressionou o corpo da garota na parece de azulejos na cor vinho. Nossa como ela gostaria de poder o tocar naquele momento, mas o medo de estragar todo o desenho que havia feito a fez se limitar a colocar as mãos em seu pescoço e puxar os fios que ficavam perto do local, levemente. Ele tinha uma de suas mãos na parede e outra na cintura da menina, ele se sentia completamente fora de si, não conseguia acreditar que estava acontecendo mesmo.

Mia realmente queria ficar ali para sempre mas precisava pintar os outros garotos antes que desse meia noite, então o afastou devagar ainda recebendo diversos selinhos no processo e sentindo a respiração desse ainda mais pesada do que anteriormente. Ela só conseguia se perguntar porque havia demorado tanto tempo mesmo pra fazer isso. Ela deixou mais um beijo na bochecha do garoto e falou para ele ir embora antes que ela perdesse o controle.

– Chan de 0 a 10 o quanto você acha que tá rolando algo lá dentro com os dois? – Seungyoun o questionou enquanto limpava suas mãos com um paninho.

– Só pelo fato de a gente não ter escutado nenhum grito e nem dele ter sido chutado em 2 minutos, acho que 11! – falou rindo se esticando pra pegar um limão pra colocar na borda de um dos drinks que estava preparando. – Falando no diabo...

– Mia está te chamando, Seung... – Hangyul disse quase sem voz quando chegou no balcão, ele estava completamente atordoado tentando assimilar tudo.

– Mas ela caprichou hoje hein... – Seungyoun passou às mãos pelo avental e saiu de trás do balcão para ir em direção ao vestiário, mas não antes sem dar um tapa na bunda do amigo que estava quase como uma estátua.

– Rolou alguma coisa? – Chan perguntou baixinho.

– Chan, ela fez eu esquecer até meu nome, eu não sei como e nem o que aconteceu direito...

O mais novo deu risada e logo lhe entregou uma coqueteleira, para que o outro começasse a o ajudar com os drinks.

Mia conseguiu terminar as maquiagens faltando ainda 5 minutos para dar a hora. Ela deu mais destaque para as costas de Seung, sem não esquecer é claro de fazer desenhos na clavícula para fazer a mesma chamar atenção. Em Chan ela optava por fazer desenhos faciais, que eram ainda mais bonitos que os corporais.

– Gente eu vou lá ligar, okay? Chan avisa as pessoas que a luz negra vai começar! – Mia disse assim que retornou para balcão, parecia até que estava fugindo de algo.

Chan fez o comunicado quando estava faltando dois minutos e fez a contagem regressiva junto com as pessoas que ali estavam. Foi bem divertido na visão do garoto pois sempre era cheio mas hoje tinha uma quantidade bem maior de pessoas, então a animação quando a luz comum ficou fraca e a negra começou a tomar conta do bar enorme.

Quando retornou para o balcão encontrou um Seungyoun quase caindo no chão de tanto rir.

– Que foi?

– Meu deus minha barriga já tá doendo nao consigo parar de rir, olha o Hangyul!

Chan direcionou seu olhar para Hangyul que estava também tão confuso quanto si, não fazia ideia do que o seu amigo estava rindo tanto, não tinha nada errado.

– Meu Deus! – Chan colocou a mão sobre a boca, incrédulo.

– O que está acontecendo? Que reações são essas?

– Hangyul o batom que a Mia usa é de um material transparente que só brilha no escuro, o seu rosto - – Seungyoun começou a explicar mas sempre que o encarava por mais de dois segundos começava a rir automaticamente.

– Ela sabia, filha da put-

Antes que terminasse de falar, Mia passou pelos garotos lançando um beijinho para Hangyul, seu batom vibrava intensamente, mas não estava nem um pouco borrado, estava em perfeito estado.

– Não podia existir um dia melhor para eu ir embora. – comentou com Cho enquanto observavam Hangyul tentar amenizar o estrago no seu rosto, inutilmente. – A mesa 12 tá chamando, já volto, você pode fazer uma "Vanilla Rosê"?

– Quem pediu isso? Cara faz séculos que eu não faço um desses... Ainda tem extrato de baunilha e figos?

– Tem sim, está na geladeira!

Seungyoun foi com preguiça até a geladeira buscar os ingredientes, era o drink mais trabalhoso que tinham já que tinham que preparar o xarope na hora. Foi até a dispensa onde tinham um fogão e começou a fazer, usou água, figo, açúcar e baunilha, gastou cerca de 8 minutos só no fogo para então levar o produto para a geladeira para esperar esfriar. Saiu da dispensa com esperança de ter algum outro pedido para distrair sua cabeça, enquanto esperava o bendito xarope esfriar para então começar a preparar o drink. Porém, para sua sorte, tinha algo muito mais interessante que um pedido novo lhe esperando.

– Já não te disse que nenens não podem entrar aqui? – Seungyoun sussurrou no ouvido de Wooseok que estava distraído sentado em umas das cadeiras vinculadas ao balcão. O mais novo deu um leve pulo, devido ao susto que tomou mas logo recebeu um abraço por trás e um beijo na bochecha. – O que você está fazendo aqui tão tarde, mocinho?

– Eu não sou um neném, tenho 18 anos! – disse emburrado, deixando formar um bico em seus lábios, Seungyoun girou a cadeira agora podendo o encarar.

– Mas não deixa de ser meu neném. – levantou o rosto do outro pelo queixo e deixou um selinho demorado em seus lábios. – Quer tomar alguma coisa? Está com fome?

– Olha, se você quiser fazer aquele milkshake que você fez para mim da primeira vez, eu aceito... – disse com um sorrisinho bobo, enquanto ainda tinha Cho segurando seu rosto delicadamente. Recebeu mais um beijo e então Seungyoun retornou para a parte de dentro do balcão, para fazer o pedido do seu garoto.

Depois que se encontraram mais uma vez na festa da família de Doyoung, Wooseok pegou o telefone do mais velho e rapidamente começaram a conversar todos os dias. Seungyoun demorou muito tempo para ceder e deixar acontecer algo mais uma vez depois que descobriu a diferença de idade entre os dois e descobriu como ele vi já de uma família rica, tinha muito medo de acharem que ele estava se aproveitado. Lia casos diariamente de processos relacionados a isso e ele não queria que tivessem tal impressão. Mas depois de muita conversa e vários biquinhos do mais novo, Cho resolveu dar uma chance e encarar as consequências caso fosse preciso.

Wooseok amava ir importunar o mais velho enquanto ele estava trabalhando, mesmo que esse insistisse que o lugar não era tão apropriado para ele ficar indo.

– Eu vim porque meu irmão tinha uma premiação para ir, aí eu pedi carona... – se debruçou sobre o balcão colocando a cabeça em cima de uma das mãos e ficando mais próximo do namorado.

– Hm... E ele vai vir te buscar? – Cho perguntou assim que terminou de cortar os morangos os levando para o liquidificador que tinha atrás dele. Enquanto batia a mistura, não escutou nenhuma resposta do mais novo, então quando se virou percebeu que estava cabisbaixo. – Hm?

– E-Eu...  p-pensei que eu...

– Que você... – Seungyoun se inclinou e deixou um beijo no cabelo do outro para incentiva-lo a falar sem medo.

– Que eu poderia ir para seu apartamento... – disse tao baixinho que o mais velho teve que se esforçar para escutar, enquanto colocava o milkshake em um copo.

– Ah, eu to achando você muito assanhadinho, não?  – Wooseok negou rapidamente e recebeu uma risada do Cho. – Claro que pode, meu amor, mas hoje eu vou um pouco mais tarde, tem problema?

– Não não. – pegou a bebida que agora estava pronta e tomou um gole. – Você está cheirando baunilha...

– Nossa, ainda bem que você lembrou, to infestado de baunilha porque tive que fazer um xarope, vou lá buscar.

Chan assistiu sorrindo os dois namorados e também ao ver que estava tudo bem entre Mia e Hangyul e que talvez aquilo se desenvolvesse em algo logo. Ficou muito feliz por ter tido a oportunidade de compartilhar de momentos tão bons com eles e de ter tido a oportunidade de os conhecer. Eles sempre teriam um espaço especial no coroação do pequeno.

Tirou seu avental e o colocou no seu armário, que seria de outra pessoas em alguns dias. Deixou um bilhetinho em cada um dos armários dos colegas dizendo o quanto os amava e como gostaria de poder continuar fazendo parte da vida deles, além de agradecer por tudo que já haviam feito por ele.

Não queria ter que se despedir como se nunca mais fossem se ver, então resolveu sair silenciosamente sem dizer "tchau" para ninguém, não era um adeus, não tinha necessidade disso.

Sentiu o vento gelado bater em seu rosto, mas não se sentia triste, sentia-se como se houvesse acabado de cumprir uma missão. Estava feliz e pronto para começar a nova fase.

*»»——⍟——««*

O loiro caminhava pela universidade com um sorriso radiante, afinal, todas as suas grandes preocupações estavam se resolvendo, e sentia-se em paz como nunca antes, enquanto vagava pelos corredores, recordava-se de tudo o que havia vividos naqueles anos, nos poucos mas verdadeiros amigos que fez, das festas que era levado a força mas adorava, de todos os bons momentos que tivera com Doyoung e Yuta dentro do dormitório, dos jogos pelos quais torcia loucamente por Yuta Nakamoto, eram tantas lembranças, e até mesmo as mais negativas o fariam sentir falta de tudo aquilo, aquele lugar não formou apenas um profissional como também formou um homem, e Taeyong sabia que despedidas eram necessárias e que doía, mas estava pronto para a nova fase de sua vida.

Pensava muito sobre o garotinho emburrado que tentava a qualquer custo chamar a atenção dos pais, e agora percebia o grande homem que atualmente era, responsável não só por si mas por uma pequena vida que estava prestes a completar seus 4 aninhos. Agora não era mais necessário pichar muros para poder receber migalhas de atenção, mesmo que fossem elas apenas broncas, agora já era maduro o suficiente e poderia dizer que por mais que tivesse demorado mais de 20 anos, o relacionamento com os pais estava finalmente começando a mudar, ainda não era o melhor do mundo mas sabia que aos poucos, as coisas se encaixariam, e bom, Taeyong havia aprendido a ser muito paciente, então esperaria quanto tempo fosse. Assim como esperou por Jaehyun, se apaixonar pelo mais velho estava longe de qualquer planejamento, Taeyong não poderia cogitar tal futuro nem na sua hipótese mais louca após usar algum tipo de droga alucinógena, mas cá estava ele, perdidamente apaixonado e quando os olhos foram de encontro ao objeto fino e prateado em seu dedo, o loiro pode sentir o coração errar algumas batidas.

– O que esse gatinho faz sozinho aí? – Jaehyun brincou, estacionando o carro frente a Taeyong, que se encontrava estático na calçada segurando alguns pertences que havia ido buscar.

O loiro demorou alguns segundos para notar que dentro daquele carro, era seu namorado, pois estava acostumado com o automóvel alto e branco que Jaehyun usava todo os dias, mas aquele dia em especial, o mais velho havia dito que teria um compromisso antes de ir buscar Taeyong na faculdade, mas o loiro não fazia ideia de que aquele compromisso fosse trocar de carro.

– O que é isso? – Taeyong arregalou os olhos, soltando uma risada alta.

– Meu novo filho... Entra! – Abaixou o óculos de sol e piscou galanteador.

Taeyong não tinha muito conhecimento na área de carros, na verdade mal sabia que Jaehyun tinha aquilo como interesse, pois por mais que o outro carro de Jaehyun fosse muito bonito, não chegava a ser um modelo que fazia todos na rua pararem para olhar, Jaehyun era uma grande caixa de surpresas.

– Então... O que é tudo isso? – Colocou os pertences no banco traseiro e logo já passava a mão por todo o painel preto com detalhes em vermelho do carro.

– Esse é o carro mais bonito que você vai ver em toda a sua vida, amor! É um Jetta GTI motor 2.0, 230 cavalos! – Jaehyun sorria para o carro preto com detalhes em vermelho e led, além dos bancos de couro preto, o que tornava tudo mais sofisticado, assim como o homem – É meu esportivo dos sonhos!

Taeyong não havia entendido absolutamente nada, mas não negava que era um carro muito lindo, e não suspirar era uma tarefa impossível quando se tinha Jung Jaehyun de social e óculos escuros dirigindo um carro esportivo, aquela era a visão do paraíso, ou do inferno.

Deram um selinho que o loiro fez questão de não separar por bons segundos, sentindo o gosto do hálito de menta do homem a sua frente. Logo Jaehyun já dirigia para o apartamento, mas fazendo questão de pegar os caminhos mais compridos apenas para testar o novo motor, fazendo questão de ouvi-lo roncar alto, soltando um sorriso sacana toda vez, e Taeyong suspirava toda a bendita vez.

O ar podia estar ligado mas Taeyong sentia o corpo queimar com a imagem bem diante aos seus olhos, querendo se atracar a Jaehyun o quanto antes fosse possível, e assim que pararam no sinal vermelho, o loiro voltou seu olhar as coxas do homem ao seu lado e sua única reação foi morder o próprio lábio inferior. Jaehyun já contava os segundos para que o sinal abrisse novamente, e agradecia por não terem tantos carros na avenida, então antes que desse partida, pisava no acelerador, ouvindo o carro roncar, e aquilo havia sido o ápice para Taeyong, que rapidamente avançou contra o pescoço alheio, chupando e mordendo o local com força, fazendo o homem ali arfar.

– Se segura, gatinho! – Piscou, apertando as coxas finas do Lee antes de levar a mão até a marcha e a trocando assim que o sinal ficou verde, então em poucos segundos o carro já havia atingido uma velocidade um pouco além da permitida, e por mais errado que aquilo fosse, Taeyong sentiu as pernas tremerem.

Todo o trajeto, Jaehyun fazia questão de acelerar o carro, e aquilo só aumentava seu ego pois sentia-se incrível com o carro novo, não que fosse se desfazer do antigo, mas juntou dinheiro por alguns meses para que pudesse comprar, ou como ele diz, investir no automóvel esportivo, Taeyong não fazia ideia de quanto aquele carro custou, mas concordava ser um grande investimento somente por ter a visão privilegiada do namorado dirigindo, mais gostoso do que nunca.

Por bons minutos, Taeyong pode jurar que nunca havia tido tanto autocontrole em toda a sua vida para não atracar-se ao Jung dentro daquele carro e ocasionar um acidente de trânsito, mas todo aquele autocontrole sumiu quando observou Jaehyun fazer uma balisa da forma mais sexy  do mundo, então o loiro rapidamente retirou o próprio cinto e levou as mãos até a coxa do Jung, a alisando e apertando.

– O que está fazendo, amor? – A voz do maior soou rouca, fazendo o loiro tremer levemente, mas sem respondê-lo.

E para a sorte do Lee, tiveram de parar em outro semáforo, tempo o suficiente para Taeyong afundar as unhas nas coxas alheias e avançar no pescoço do Jung beijando o local e recebendo suspiros em reposta.

– Tae... – Levou as mãos até a cintura alheia e a apertou, fechando os olhos ao sentir um chupão ser deferido em si.

Mas assim que o sinal verde foi mostrado, Taeyong voltou a sentar-se corretamente no banco do passageiro e colocar o cinto, sorrindo inocentemente, e Jaehyun pode rir da dualidade do namorado.

Assim que chegaram ao estacionamento do prédio e adentraram ao elevador, ambos já sabiam o que estava por vir, então qual era o problema em começar no elevador? Afinal, não é como se Minho nunca tivesse visto os dois ali se pegando pelas câmeras de segurança.

Jaehyun segurava com firmeza a nuca do Lee e o pressionava contra si, o sentindo suspirar contra seus lábios durante o beijo ofegante, que não parou por um segundo sequer, dificultando até a mesmo a tarefa do Jung de abrir a porta de seu apartamento já que era atrapalhado pelos beijos molhados do loirinho, então assim que adentrou ao próprio apartamento, não notou deixar a chave para o lado de fora, naquele momento tinha pendências maiores a serem resolvidas, então apenas puxou o Lee para o seu colo e subiu as escadas.

Assim que chegaram ao quarto, Jaehyun foi cuidadoso em colocar o namorado sobre a cama e retirar as poucas peças que o Lee vestia, depositando diversos selares sobre o corpo do mesmo, o fazendo sorrir bobinho.

– Eu senti sua falta... – Taeyong confessou, sentindo o pescoço receber diversos selares.

– Eu te amo. – Jung entrelaçou os próprios dedos aos do namorado e sorriu para o mesmo.

Taeyong já havia transado com Jaehyun diversas outras vezes, mas aquela era diferente, os beijos de Jung tinham um sabor mais doce, as sensações era cada vez mais intensas e assim que sentiu o membro alheio afundar-se em seu interior, gemeu alto, sentindo-se em seu paraíso pessoal.

Jung estocava vagarosamente enquanto dizia palavras ao pé do ouvido do Lee, palavras doces que o faziam suspirar, Jaehyun reforçava o quão lindo o loiro era e o quanto amava.

Ambos gemiam alto enquanto a velocidade das estocadas só aumentava, sentiam o corpo aquecer cada vez mais e a necessidade de um pelo outro nunca fora tão grande, os beijos lentos contrastavam com os movimentos rápidos e precisos , fazendo ambos revirarem os olhos.

A cada estocada, Taeyong gemia mais alto, fazendo os vizinhos terem a completa noção do que acontecia ali, mas estavam tão envoltos no próprio mundo de amor e prazer, que não poderiam dar a mínima para o que os vizinhos pensariam de si.

– Porra... – Jaehyun puxou o loiro para o seu colo e o deixou quicar sobre si, fazendo mesmo tremerem em prazer.

Quando atingiram o ápice, mantiveram contato visual, podendo observar ambas as pupilas dilatarem enquanto gemiam de forma exasperada, sentindo o prazer os consumir, então apenas caíram ofegante na cama.

– Quer um pouco? – Taeyong voltava da cozinha com duas taças numa mão e uma garrafa de vinho na outra, o loiro tinha os fios completamente bagunçados enquanto usava a camisa social de Jaehyun, que ficava consideravelmente larga em si.

– Quero sim... – Puxou o loiro para sentar-se em seu colo e acariciou as coxas do mesmo, o vendo encher as duas taças e logo dando um gole após o brinde.

Jung pode observar algumas marcas de chupões no pescoço do loiro e esboçou um riso fraco por isso, depositando um beijo em cada marquinha.

– Eu te amo!

– Eu sei! – Lee bebericou o vinho e sorriu. – Eu também te amo, bobinho.

Taeyong podia ser completo, mas com Jaehyun ao seu lado, sentia-se transbordando.

*»»——⍟——««*

Doyoung e seu grupo caminhavam pelos corredores de forma sofisticada, todos tinham posturas eretas e cada pequeno detalhe se encontrava meticulosamente perfeito, desde os fios bem penteado e organizados até as roupas limpas e engomadas.

Todos ali seguiam a estética de dark academia, mas diziam com propriedade que Hyewon era a mais bonita ali, com seus fios perfeitos com cachos nas pontas, os sapatos lustrados e o blazer que cheirava a lavanda, além da maquiagem perfeita nos mínimos detalhes, atraiam olhares de qualquer um que até poderiam ser confundidos com os alunos de moda devido a tamanha elegância.

Assim que adentraram ao salão destinado a exposição, que era dividido em 4 partes já que haviam 4 grupos, caminharam até a área destinada ao grupo, que continha diversas fotografias suspensas no ar seguradas por cordas quase que transparentes, além dos portfólios espalhados, com a coleção completa.

O projeto era inspirado na fotografia ao longo dos anos e como a arte era ensinada em épocas onde a mesma não era tão valorizada, então por semanas, estudaram sobre a importância da fotografia há algumas décadas atrás e a desvalorização da mesma, além de que todas tinham um conceito vintage, fotos do presente como se fossem tiradas há décadas atrás.

– A fotográfica é capaz de captar as mais diversas emoções como também momentos marcantes na história da humanidade, uma única fotografia pode representar coisas que a compreensão humana jamais entenderia, mas eu lhes pergunto: como nossos antepassados eram capazes de capturar momentos tão importantes se levarmos em conta, a desvalorização da fotografia e a não existência de recursos, como seria possível mostrar ao mundo coisas que somente seus olhos puderam captar?

As fotos em conjunto continha a visão dos quatro fotógrafos ali, até mesmo alguns trabalhos de Doyoung e Kihyun para a faculdade haviam sido incluídos no projeto, mostrando como uma simples fotografia poderia captar todos os sentimentos dos alunos ali, sejam em momentos de torcidas eufóricas durante um jogo, ou das lágrimas de mais uma formatura.

Hoongjoon tinha uma visão realista da sociedade, gostava de usar seu talento para mostrar a desigualdade e a realidade de muitas pessoas ao redor do mundo, e pode depositar aquilo em seu trabalho, assim como Hyeowon que gostava de captar a beleza humana, a anatomia, até mesmo havia incluído algumas fotografias que havia feito num projeto sobre corpos femininos, que mostrava a objetificação e a beleza da mulher, um trabalho muito elogiado por todos os professores.

O trabalho estava incrível, mostrava fotografias de luta, de dores, tristezas, mas também de muita força e alegria, e não poderiam estar mais orgulhosos do projeto.

A apresentação havia sido magnífica, todos ali não gaguejaram uma vez sequer, apesar do nervosismo, mantiveram-se intactos e perfeitos, e ao serem muito bem parabenizamos, puderem silenciosamente suspirar aliviados.

– Hyung! – Doyoung virou-se ao ouvir a voz chamar por si, logo notando ser Chan, mesmo que o rosto do mais novo estivesse cobertor por um buquê de margaridas branquinhas.

– Chan! – Puxou o mesmo para um abraço e logo tratou de pegar o buquê, inalando o cheiro gostoso das flores. Era muito importante para si ter o garoto ali, mesmo que não exigisse a presença do mais baixo, sabia que durante semanas, a vida do mesmo se resumiu num grande caos e agora que tudo estava se encaixando e voltando a funcionar, não queria atrapalha-lo, mas saber que o mesmo pode dar algum tempinho de seu dia somente para ir ver a exposição, fez Doyoung ter o coração aquecido, mesmo que não fosse muito de demonstrar.

– Está tudo tão tão tão tão lindo! – Falou de forma exagerada enquanto segurava os braços do Kim o chacoalhando – Eu amei, demais.

– Obrigada, Chanzinho, fico feliz que tenha vindo! Veio sozinho?

– Uhum... Jun ficou em casa com a Wonnie mas ele pediu para avisar que vem amanhã no segundo dia de exposição. – Mostrou seu maior sorriso. Doyoung não era tão próximo a Junhee mas eram consideravelmente bons amigos, e não podia negar que tinha um carinho muito grande pelo mesmo, afinal, Jun amava Chan de uma forma que Doyoung admirava – Mas e então... O professor que você estava ficando, ele vem?

– A presença dele não é necessária aqui mas se ele quiser vir, a exposição é um evento público! – Doyoung deu de ombros – Mas eu meio que dei uma fora nele... Então...

– VOCÊ DEU UM FORA N– Teve a boca coberta antes que pudesse terminar a frase, mas mesmo assim, haviam atraído diversos olhares.

Doyoung rapidamente puxou o amigo para fora do salão e se esgueirou em algum canto.

– Eu vou te contar, calma! – Suspirou, vendo o amigo cruzar os braços – Então, ele estava agindo meio estranho, sei que ele está me escondendo alguma... Eu não sei o que exatamente, Chan, mas acho que ele estava ficando comigo por dinheiro, mas ao mesmo tempo, não consigo sentir raiva, eu estou até preocupado com ele. Mas de qualquer forma, ele estava pedindo para me ver todos os dias, mas eu estava ocupado com o TCC, então disse para ele não me procurar mais!

Chan tinha a boca aberta num perfeito "O" mas não emitia som alguma, seria cômico se não fosse trágico. Chan não conhecia muito Taeil, sabia das transas casuais do amigo mas nada além disso, e por mais que preferisse Jinyoung mil vezes mais, não se meteria naquela enorme confusão, até mesmo evitou tocar em seu nome, pois por mais que Doyoung não fosse falar, Chan sabia que uma enorme confusão acontecia ali dentro.

Após conversarem por bons minutos sobre os dramas da vida de Kim Doyoung, o menor se despediu com um abraço muito apertado e fez questão de dizer o quanto amava o maior e o quão orgulhoso estava, além de ficar na pontinha dos pés para encher o melhor amigo de beijinhos.

Naquele horário, Doyoung apenas se despediu do grupo de TCC e prometeu de marcarem de sair para beberem juntos com o pessoal do curso de fotografia. Enquanto seguia seu caminho, enfiou as próprias mãos nos bolsos do grande casaco cor de whisky e refletiu consigo mesmo durante todo o trajeto até seu dormitório, que em poucos dias, não seria mais seu.

Assim que adentrou ao quarto, pode ver um embrulho preto sobre a sua cama, então rapidamente foi até o mesmo e o pegou em mãos, aquilo havia sido uma grande surpresa e não teria paciência para abrir delicadamente, então apenas rasgou o embrulho, tendo a visão de um livro de capa dura branca, por alguns segundos quis gritar alto, afinal, era um livro sobre fotografia contemporânea que esgotou em menos de 24Horas e Doyoung não conseguiu comprá-lo, e agora ter um exemplar em suas mãos novinho era um ótimo motivo para querer gritar para todos o quão feliz estava.

– O que é isso? – Falou consigo mesmo e franziu o próprio cenho ao retirar um pequeno e fino envelope de dentro da primeira página do livro.

"Espero que goste, Donnie"

  E aquilo fora o suficiente para fazer o coração de Doyoung se estraçalhar em milhares de pedaços, depois de tudo aquilo, Jinyoung ainda tinha seu coração tão puro e doce, e Doyoung já não podia mais negar que aquilo mexia consigo, mas antes que pudesse ter mais alguma reação, pode ouvir batidas em sua porta.

– Doyoung? Sou eu, Taeil! – Ouviu mais batidas – Tudo bem se não quiser falar comigo, eu vou entender, mas eu quero me desculpar com você... Eu gosto de você! Se você puder abrir a porta para conversamos e...

Doyoung encontrava-se estático e sentiu que poderia morrer ali mesmo quando ouviu o celular começar a tocar, indicando uma ligação, e quando olhou no visor do celular, viu que tratava-se de uma ligação de Jinyoung.

Aquilo só poderia ser uma grande brincadeira do destino, e por mais insano que aquilo pudesse ser, Doyoung entendeu que estava na hora de fazer sua escolha.

– Atender Jinyoung, ou abrir a porta para Taeil?


Notas Finais


ooooi meus amores! como vocês estão?

estamos no nosso penúltimo capítulo :( e meu deus já já acabou tudo, na verdade não tudo pois logo logo vai ter capítulo de forever young!! A gente tá super animada, e vocês? Bom, nos vemos domingo que vem na live.

tchauzinho!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...