História Daddy Styles. - Sick

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Autora ~ Point Of View On. 

'É oficial, o avião cujo a One Direction está acabou de pousar no solo da América do Sul.'

Essa era uma das várias notícias que circulavam pelo twitter, facebook, noticiários de todo o mundo. Todos mantendo os milhares de fãs da banda atualizados. Os garotos e a equipe da banda haviam descido do avião. Estavam todos a caminho do hotel para descansarem, já que a viagem fora longa e cansativa para todos. Inclusive para uma pequena figura de olhos verdes. 

Harry estava com Vitoria em seu colo. A garotinha dormia pesadamente nos braços de seu pai, ela nunca havia feito uma viagem de avião, e sua primeira foi muito longa. Mas de dez horas de vôo foi muita coisa para o corpo da garota. Ainda mais que o ar condicionado gelado do avião fez a garotinha contrair uma gripe forte, que irá se fazer presente pela madrugada. 

As malas de Harry e Vitoria estavam em um daqueles carrinhos que o aeroporto disponibiliza para os passageiros. Um dos seguranças empurrava o mesmo, para que Harry pudesse segurar sua filha com cuidado. Ele sentia que a pele da menina estava ficando mais quente que o normal, e Harry estava ficando preocupado com isso.

Os carros que levariam todos os garotos e a equipe para o hotel, estavam esperando nos fundos do aeroporto, tudo para evitar escândalos e desordem no local. Harry entrou no carro assim que o viu. Era um carro preto, com todos os vidros fechados e também com a tonalidade escura. Abriu a porta e se sentou no banco de trás, com sua pequena no colo, agora deitada para que ela possa dormir mais confortavelmente. 

Logo após de Harry, Niall, Louis e Paul entraram no carro. Liam, Zayn, Mark e Louise iriam no outro seguinte. Niall pediu a Harry se ele queria que ele pegasse Vitoria, já que o vôo inteiro ele fora com ela no colo, quase nem conseguindo dormir, já que a garotinha começou a chorar no meio do trajeto, e ninguém soube o motivo. Harry apenas negou, falando que gosta de ter sua fila perto de si, longe, ele se sente mal. Com toda certeza, sair em turnê no mesmo dia em que Vitoria teve um ataque asmático, não fora boa idéia. 

Harry estava acabado, tinha olheiras fundas abaixo dos olhos, o cabelo estava jogado de qualquer jeito e o cansaço era perceptível ao longe. Todo o restante do trajeto foi em total silêncio. Todos estavam cansados, e precisam de um momento de silêncio para se acalmarem. Até mesmo Louis, que nunca fica em silêncio por muito tempo, resolveu abrir uma exceção e se calar. 

Assim que chegaram ao hotel, cada uma foi ao seu respectivo quarto que havia reservado. Os quartos eram os maiores quartos do hotel, possuía camas de casal, um só banheiro e uma janela com uma sacada e uma vista de boa parte da cidade. Era um quarto aconchegante, e silencioso. As fãs lá embaixo não estavam gritando, por respeito aos garotos. 

Harry pegou o pijama de Vitoria e o colocou na garotinha que ainda dormia. Ele colocou a mão na testa da filha e estranhou a temperatura de sua pele. E estranhou mais ainda, o fato de sua filha ainda estar dormindo. Ela sempre acordava para colocar o pijama. Os garotos haviam saído junto com alguns seguranças para comprar algumas pizza's e deixaram os dois sozinhos, alegando que voltariam logo. Harry tentou acordar sua filha, mas ela nem sequer esboçava alguma reação.

-Vitoria? Filha? Acorda amor. Papai está ficando preocupado. Vitoria acorda meu anjo. 

Harry chacoalhou o pequeno corpo da filha e o desespero tomou conta de seu corpo. Sua filha não estava acordando. Pegou seu celular e quando terminava de discar o número de Louise, escutou a voz de sua filha. 

-Papai... -Um suspiro saiu da boca de Harry e ele pegou a filha no colo.- Minha garganta tá doendo papai... 

-Vou pedir para a Louise comprar um termômetro. Eu acho que você está com febre. 

Harry pegou o celular que já possuía o número discado da mulher, e iniciou a chamada. Depois de quatro toques, ela atendeu. 

-Sim Harry. 

-Lou, tem como você pedir para comprarem um termômetro para mim? Acho que minha filha está com febre.

-Eu tenho um aqui Harry. Hoje não tem mais farmácias abertas. Amanhã eu mando comprarem um, okay? Vou levar o da Lux aí. 

-Obrigada Louise. 

-Disponha. 

Harry encerrou a chamada e se sentou na cama com a filha em seu colo. Harry estava sem camisa por conta do calor, e sua filha também estava, já que Harry parou de colocar o pijama assim que percebeu que sua pequena não estava bem. O contato da pele, fazia Harry perceber o quão quente sua filha estava. 

-Harry, aqui está o termômetro. 

Louise entrou no quarto e entregou o termômetro a Harry, que ligou e colocou o mesmo embaixo do braço de sua filha. Ele aconchegou Vitoria em seu colo e a deitou novamente no mesmo. Harry parecia calmo por fora, mas por dentro, o medo e o desespero estava o corroendo. 

-O que será que ela tem Louise?

A mulher caminhou até a cama e se sentou ao lado de Harry. 

-Ela deve estar com gripe. Não é algo para se preocupar muito. 

-Mas eu me preocupo. Ela é minha filha Lou, como não vou me preocupar? 

-Não estou falando para você não se preocupar. Mas sim, para que não ache que isso é a coisa mais grave que pode acontecer, porque não é. Se isso para você é o fim do mundo, quando ela ralar o joelho, você vai leva-lá ao hospital, achando que precisa dar ponto. 

-Ela é minha única filha, Louise. Essa preocupação é mais forte que eu. 

-Lux também é minha única filha, e eu não sou tão preocupada assim. O pai dela me ajuda e isso colabora para mim não ficar desesperada. 

-Exatamente Louise. Você tem ajuda do pai dela. Eu não, eu não tenho a ajuda da mãe de Vitoria. 

-Eu sei Harry. Mas tente não ser tão protetor. Apenas lhe digo isso. Vou voltar para meu quarto preciso descansar. Qualquer coisa, me ligue. 

Harry assentiu e assim que Louise saiu do quarto, o termômetro apitou. Ele tirou e viu a temperatura de sua filha. Ela estava com 39,7 graus. 

-Como Louise não quer que eu me preocupe? Olhe a temperatura dela. Oh meu Deus, o que faço agora? 

Harry se levantou e caminhou com a filha em seu colo até o banheiro. Lembrou que sua mãe dizia que quando ele estava com febre, ela lhe dava um banho com água fria. Tirou a roupinha de Vitoria e ligou o chuveiro, colocando sua filha em baixo. 

-Papai, a água tá gelada. 

Vitoria reclamou tentando sair de baixo da água fria, mas Harry a segurou. Ela doloroso ver sua filha a ponto de chorar de frio, mas era necessário. 

-Você precisa desse banho filha. É para sua febre passar princesa. 

-Mas eu tô com frio, Papai. 

Ela deixou algumas lágrimas caírem e elas se misturavam com a água. Ela tentava ao máximo sair, mas seu pai era muito mais forte que ela. Então, acabou se rendendo e ficou ali. 

Depois de alguns minutos, Harry enrolou ela na toalha e a levou para o quarto, colocando o pijama novamente, deixando ela sem blusa de novo, para ver quando a febre passava. Harry se sentou na cama e encostou na cabeceira com a filha no colo. A pele de Harry estava fria, mas a de Vitoria continuava quente. Harry havia comprado um remédio infantil para febre, já que fazia parte dos remédios que o médico receitou. Deu graças a Deus por isso. 

Vitoria acabou pegando no sono e Harry continuou acordado. A cada minuto que se passava, ele colocava a mão na testa de sua filha. Harry sentia seu peito se apertar a cada vez que media a temperatura e via que a febre continuava ali. Por hora, o cansaço que sentia havia sumido e o sono, se esvaído de seu corpo. Seus olhos ardiam, e várias lágrimas caiam de seus olhos verdes. Ele estava tão preocupado. Mal sua filha tinha saído do hospital e se recuperado da asma, já estava doente novamente. Seus braços estavam dormentes e doendo, mas nada disso o preocupava. Sua filha era mais importante que sua própria dor. Ele nem sequer sabia que tinha essa preocupação dentro de si. Com toda certeza, ter virado pai o amadureceu muito.

Depois de quase duas horas acordado, ele mediu a temperatura novamente. Ela estava com 37,5. A febre havia abaixado bastante, mas ainda estava ali. Harry agradeceu a Deus mentalmente e se permitiu dormir também, mas ainda com a filha no colo, e na mesma posição de antes. Quando amanhecer, tomava um remédio para dor muscular. 

Harry não estava pronto para passar por isso. Na realidade, nenhum pai ou mãe de primeira viajem está. Ver seu filho doente é uma situação desesperadora. Por momentos você esquece de tudo e a única coisa que você realmente quer fazer, é cuidar de seu filho. Cuidar de sua cria. 

Um filho é uma grande responsabilidade, e saber que ele está doente é uma culpa enorme para um pai. É como se a culpa de uma doença que o filho tenha contraído, fosse sua. Eles se culpam por não ser bons pais e até mesmo chegam a chorar. Mas, isso é uma reação da preocupação. É totalmente normal um pai sentir isso.

É nesse momento que um pai percebe que seu filho depende apenas dele. Apenas ele pode cuidar de seu filho. Apenas ele não mede esforços para fazer de tudo para seu filho. Um pai e uma mãe, matam e morrem por seu filho. E Harry não tinha dúvida. Se precisasse matar alguém para conseguir um remédio para a filha, ele mataria. 

 ... 

Na manhã seguinte, Harry desceu com Vitoria no colo. Ela estava com o rosto abatido e segundo ela, a dor de garganta ainda estava ali, e fora isso, ela espirrava e tossia a cada minuto. 

No café da manhã, Niall ficou com ela no colo e tentou dar comida para ela. Uma tentativa falha, já que ela não aceitava. Ela só comeu quando Louis deu bolo de chocolate para ela. Louis tinha mais facilidade com crianças, já que cuidou de suas irmãs, quando ambas eram pequenas. Harry não ficou muito no Hall do hotel. Aproveitou que só iriam sair mais tarde para passar o som, e subiu novamente para o quarto. Deixou a filha deitada na cama e foi pegar outro remédio para gripe. Assim que deu o remédio, Vitoria estava se rendendo ao sono novamente. Harry acabou tirando uma foto de sua filha (Foto da capa) e fez uma montagem com a foto que tirou do termômetro. Na legenda, colocou a palavra 'Sick'. Em poucos minutos muitas fãs perguntavam o que ela tinha, mas Harry não respondeu. Ele ficou velando o sono calmo de sua filha.

Esperava que ela melhorasse logo. Não iria aguentar outra noite dessas. Pelo menos, não outra seguida.