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História .Daddy’s Babyboy (Hiatus) - Surpresa Inesperada


Escrita por: sukexy

Notas do Autor


Hey!!❣️

Preparados para mais um capítulo? Espero que sim!💞

Boa leitura, meus anjos!💛🌼

Capítulo 4 - Surpresa Inesperada


Fanfic / Fanfiction .Daddy’s Babyboy (Hiatus) - Surpresa Inesperada

— Caixa postal novamente — Shisui suspirou — Ei, se acalma — pediu ao ver Itachi continuar andando de um lado para o outro na sala.


— Me acalmar? Meu irmão está com o celular desligado e saiu sem nos falar aonde ia, eu não tenho notícias dele há uma hora e meia, e daqui a pouco temos que trabalhar! — expôs, passando a mão no cabelo bagunçado — Eu não sei por que ele faz isso, não sei o motivo de toda essa distância… Fizemos algo? — Se sentou, fitando o chão.


— Eu não faço a mínima ideia — foi sincero e afundou-se no estofado — Algo pode ter acontecido com ele em algum lugar, sei lá…


— Que lugar? A escola? — indagou — O acampamento?


— Que acampamento, Tachi? — retrucou, confuso.


— Que fomos no ano passado, foi quando buscamos ele para ir embora que tudo começou, não lembra? — Franziu o cenho.


— Bem… não — Fez uma cara sem graça — Está falando de quando fomos acampar com Sasuke e Sakura na época chuvosa do ano retrasado?


— Sim, isso! — Riu soprado, mas sem humor — Não faço a menor ideia do que pode ter acontecido enquanto não estávamos lá.


— Já tentou perguntar diretamente para ele? — indagou Shisui — Ele pode estar com algo entalado.


— Já tentei tantas vezes que perdi a conta. Ele nunca citou que alguma coisa o incomodava ou se qualquer coisa havia interferido no seu comportamento — Respirou fundo e fechou os olhos — Sempre que eu entro no assunto do acampamento, ele desconversa e finge que nada aconteceu.


— Já tentou pressioná-lo a falar? — Olhou para o teto pensativo.


— E perder o que restou do nosso laço? Nunca! — exclamou convicto, olhando para o primo — Não posso perdê-lo mais do que já perdi, eu não aguentaria conviver com isso… — Colocou as mãos no rosto, sentindo os olhos arderem — Eu não sei mais o que eu faço, estou perdido em pensamentos ruins, é como uma nuvem preta em cima da minha cabeça — desabafou, sentindo algumas lágrimas molharem a palma de sua mão.


— Ita… por que nunca me disse sobre isso? Há quanto tempo está guardando isso pra si? — se preocupou, chegando perto do outro e colocando uma mão por cima de suas costas — Ei, sabe que pode me contar tudo, não sabe? Somos primos e temos um ao outro, confia em mim, não é?


— Claro que eu confio, Sui… — Levantou o rosto e sorriu fraco — Eu só não queria te preocupar…


— Ia me preocupar de qualquer jeito — Continuou com o semblante triste — Conta tudo pra mim, não é bom guardar tudo isso, vai fazer mal para o seu psicológico… — Acariciou levemente as costas alheias.


— É… acho que preciso mesmo desabafar com alguém — Riu fraco, tombando o corpo até a cabeça pousar no ombro alheio. O Uchiha mais velho ficou imóvel e suas bochechas levemente rubras.


— S-sim, você precisa — Mordeu a própria língua por gaguejar — Vai, pode começar, estou aqui para te ouvir — assegurou, passando os dedos entre os fios do outro, que se sentou novamente, sorrindo fraquinho. Itachi respirou fundo, se preparando para soltar tudo o que estava entalado em sua garganta. Shisui se ajeitou no sofá, pronto para ouvi-lo e o aconselhar sinceramente. Iria ser uma longa conversa, provavelmente, chegariam atrasados no trabalho, mas o psicológico do outro era mais importante que isso…



❆❆❆



Neji entrou na biblioteca e agradeceu pela paz que sempre encontrava ali, era tão relaxante curtir o silêncio que se instalava no local… Normalmente, somente ele e a própria bibliotecária ficavam lá durante o intervalo, era impressionante que nenhum outro aluno se interessava em ler algo.


— Bom dia, senhora Chiyo — Sorriu simpático — Vim devolver os livros que peguei semana passada — Colocou-os em cima da mesa.


— Bom dia, Neji — desejou alegremente — O que achou deles? — perguntou, enquanto pegava um de cada vez e anotava algo no computador.


— Eles são ótimos e com histórias interessantes, mas eu os li rápido demais — se gabou, brincando com a idosa.


— Leu rápido demais, é? Na próxima eu te indico as enciclopédias — Os dois riram abertamente.


— Isso ainda existe? Pensei que haviam queimado quando a internet foi criada — brincou, mas realmente não sabia que aqueles livros ainda existiam.


— Muito engraçadinho você, mocinho — Estreitou a vista — Se tivesse acontecido isso, os livros normais também deixariam de existir.


— Não fale isso, por favor — Riu — Preciso deles mais do que preciso cuidar de mim mesmo.


— Cuidado, garoto, vai acabar morrendo antes de ler todos os livros que quer — disse de modo brincalhão, finalmente virando para ele — Mas admiro que goste de ler, menos da metade da escola faz isso, você é um exemplo — Sorriu gentilmente — Mas então, qual vão ser os próximos gêneros dos livros?


— Hm… Estou pensando em romance ou suspense — foi sincero, olhando ao redor — Você teria Julia Quinn aqui?


— Julia Quinn? — Checou a lista de escritores no computador — Sim, sim, ela está aqui. Qual a pedida?


— O que me recomenda? — Sorriu curioso, apoiando-se no balcão.


— ’O Duque e Eu’. Particularmente, Eu sou apaixonada por esse livro — Olhou animada para ele.


— Já ouvi falar, é tão bom assim? — interessou-se.


— Eu diria que é um ótimo romance, além da história ser cativante — foi sincera.


— Tudo bem, eu confio na senhora — cedeu — Qual corredor?


— O último na esquerda — Apontou e Neji assentiu — Boa leitura.


— Irei ler até o intervalo acabar. Antes que o sinal toque, eu passo aqui no balcão e assino, como sempre faço — avisou em antecedência, recebendo um assentimento em troca — Obrigado — Sorriu e foi até o corredor indicado.


Ao decorrer do caminho, se deparou com uma das mesas sendo ocupadas por outra estudante, o que era, para si, estranho. Decidiu ignorar e buscar o livro, que demorou pouco tempo para ser encontrado. Decidiu sentar-se na mesma mesa que a garota, já que a mesma lia silenciosamente e tinha cara de que não se importaria em dividir o espaço.


Neji se acomodou, pôs o livro na mesa, ligou uma das luminárias no mínimo e pegou seus óculos, colocando-os e parecendo mais nerd do que já era, mas nunca se importou em ser chamado assim.


Abriu o livro, viu a sinopse e começou a ler e folhear as páginas. O começo era simples, mas, ainda sim, intrigante. Poderia aproveitar mais o livro, se não fosse o olhar queimando sobre si. A suposta garota cismava em olhá-lo de cinco em cinco segundos, o que estava lhe incomodando um pouco e tirando sua atenção.


— Algum problema? — perguntou calmamente e a estudante sobressaltou minimamente.


— Problema? Que problema? Não há nenhum problema aqui — sua fala era rápida e o nervosismo estava exposto em seu rosto.


— É que está me olhando constantemente, tem algo de errado? — continuou com o tom leve, retirando os óculos.


— N-não… Quer dizer, si- Não! — a menina se embolava nas respostas.


— Está tudo bem? Parece eufórica — Fraziu levemente o cenho.


— É que… Você lê romances? — questionou quase em um sussurro — Eu nunca vi algum garoto ler um livro assim, só fiquei… bem, curiosa — Riu baixinho.


— Eu não leio tantos, prefiro suspense, mas não deixo de ser fã de uma boa história clichê — Sorriu com sua própria sinceridade, vendo-a fazer o mesmo.


— Sério? Meu Deus! — Riu surpresa — Eu preciso ser sua amiga, por favor! — suplicou, largando o livro.


— B-bem…


— A gente pode se encontrar aqui sempre durante o recreio, o que acha? — Sorriu abertamente.


— Eu-


— Qual seu nome?


— Nej- — Foi interrompido novamente, começando a se irritar.


— De que ano você é? Segundo? Terceiro? — a estudante quase gritava.


— Espera! Vai com calma, tá legal?! — exclamou, recebendo um ‘shh’ de Chiyo — Desculpe — pediu à idosa — Olha aqui… para você ter suas respostas, precisa ir devagar! — esforçou-se para não gritar com a irritação que estava dentro de si — Primeiro… Meu nome é Neji Hyuuga, prazer.


— O prazer é todo meu, me chamo Fuu, quantos anos te-


— O que eu acabei de dizer? — Suspirou.


— Desculpa — Coçou a cabeça, com um semblante sem graça — Pode continuar — Se ajeitou rapidamente.


— Vou fazer vinte anos mês que vem e estou no terceiro ano, turma C. Vou cursar medicina e… Bem, você só precisa saber disso, eu acho — Pensou um pouco — E eu sou apaixonado por livros. De todos os tipos.


— Nossa… Você já decidiu sua vida toda? — Franziu o cenho, rindo no final ao ver o rosto mortal do Hyuuga — É brincadeira, eu só gostei de conhecer um cara que, além de ser fanático por livros, pode ter uma vida boa para sempre — Sorriu sincera.


— A-Ah, bom, obrigado — Ficou sem jeito — E você? Se apresente, estou curioso — Apoiou os cotovelos na mesa e colocou o queixo em cima das mãos, sorrindo.


— Tudo bem, tudo bem — Se animou, respirando fundo — Eu sou Fuu, tenho dezoito anos e estou no segundo ano, sala B. Eu… não sei ainda o que quero cursar — Quis enfiar a cabeça em algum lugar, com a vergonha que havia lhe tomado — Eu sou apaixonada por romances, principalmente. Mas às vezes eu dou uma olhada em suspenses ou ficção científica… — Ficaram olhando para o nada. Fuu balançava as pernas lentamente, procurando algum assunto — Posso perguntar uma coisa?


— Claro — Curvou os lábios em um sorriso fraco.


— Quer ser meu amigo? — Deitou a cabeça nos braços que estavam na mesa, olhando-o com esperança.


— Sim, com certeza — Sorriu abertamente — Preciso de uma amiga como você.


— Digo o mesmo — A atenção dos dois foi desviada para o som do sinal tocando — Te vejo na saída?


— Me vê na saída — brincou, sorrindo ao se levantar — Vamos conversando até as salas — Olhou para Chiyo — Podemos levar sem assinar? — exclamou ao longe. A senhora assentiu, rindo contidamente — Obrigado. Vem, vamos.


— Então… Qual seu gênero favorito? — Abraçou o livro contra o corpo, ainda olhando para frente.


— Eu já disse, suspense — Riu soprado.


— Tá, tá, mas qual seria o segundo então? — Franziu o cenho em uma falsa irritação.


— Comédia, com certeza, comédia — falou imediatamente — E o seu?


— Ah, bem, Vamos lá…



❆❆❆



— Nada? — Hinata indagou, vendo a rosada suspirar e negar, logo desligando o celular.


— Ele não responde — Cerrou os punhos — Idiota — soltou sem pensar duas vezes.


— Se acalme, minha flor — Sentou-se ao lado da Haruno na ponta da cama — Confie nele, aliás, Sasuke não é mais criança. Ele sabe se cuidar.


— Aham, fala isso para o Itachi — debochou, mostrando a tela do aparelho, onde o Uchiha citado ligava — Ótima hora para ligar, em? — ironizou, suspirando e atendendo — Alô?


— Sakura?


— Eu mesma.


— Recebeu algo??


— Itachi… — Suspirou — Não deu nem dez minutos desde a sua última ligação.


— Eu sei, eu sei… É que eu estou indo trabalhar e não vou poder olhar o celular. Vou precisar que me ligue se ele der sinal de vida, pode fazer isso?


— Clar-


— Me empresta aqui, Sakura — Retirou o telefone da mão da namorada — Oi, Ita, sou eu, Hinata.


— Oh, oi, Hina.


— Olha, tem uma coisa que a Sakura não consegue te dizer.


— O quê? Que coisa?


— Que a gente tem que aceitar… Sasuke não é mais um bebê, ele, com certeza, sabe se cuidar sozinho. Não concorda? — Sorriu.


— … — O silêncio começou a preocupar as duas.


— Itac- — Foi interrompida pelo apito da ligação, avisando-as que o Uchiha havia desligado — Oi?! Ele desligou na minha cara! — esbravejou a Hyuuga, discando o mesmo número novamente.


A ligação caiu na caixa postal e a perolada teve vontade de tacar o aparelho na parede.


— Hinata, calma! — pediu ao ver a namorada se controlando para não quebrar algo.


— Grr! Que ódio que os Uchiha’s me dão às vezes! — Estava quase arrancando os próprios fios de cabelo.


— Você precisa relaxar, vem, senta aqui… — Puxou-a calmamente para a mesma se acomodar na cama de novo — Ele, provavelmente, vai ligar. Não deveria ter falado isso justo para o Itachi, você sabe como ele é…


— Ele tem que admitir que Sasuke não pode mais viver debaixo das asas dele, o garoto já atingiu a maioridade, Sakura! — explicou.


— Eu sei, minha linda, mas Itachi sempre foi de tratar o Sasuke como se ele nunca crescesse. E a gente não pode fazer nada, sabe disso, não sabe? — Se entristeceu minimamente, acariciando os cabelos quase negros da outra.


— Sei… Óbvio que sei… — Suspirou, se jogando para trás e deitando na cama, olhando para o teto — Eu só queria poder fazer algo, ele é muito superprotetor, e isso irrita até os que não têm a ver com isso — Fechou os olhos — Espero que ele entenda que Sasuke pode fazer o que bem entender agora — Descansou realmente por um momento, sentindo a outra deitar-se ao seu lado.


— Vamos relaxar um pouco… Dormir… Ou comer algo… Precisamos esquecer um pouco esse ‘sumiço’ do Sasuke — Abraçou a menor, que se aconchegou em seus braços — Descansa, pode ser? — Hinata assentiu e a rosada desferiu um leve beijo em sua testa, ouvindo uma risadinha baixa — Eu te amo…


— Eu também te amo… Descansa também, ouviu?


— Ouvi, amor, pode deixar… — Fechou os olhos, se sentindo no melhor lugar do mundo: nos braços de sua namorada.



✧✧✧



— Itachi! — repreendeu — Você desligou na cara dela! — Arrancou o celular da mão do primo.


— Hm — murmurou irritado, apertando o volante com força para dissipar a raiva.


— Só vai falar isso? — Olhou-o desacreditado — Meu Deus… — Apertou o osso do nariz, fechando os olhos por um breve momento — O que deu em você, em? O que ela falou?


— Não importa — rebateu, prestando atenção na pista.


— Sim, importa. E eu quero saber — retrucou novamente — O que ela falou, Itachi? — perguntou novamente.


— Não quero falar sobre isso — murmurou, mesmo sabendo que Shisui lhe conhecia como a si próprio.


— Se não quer, é porque tem algo que você não aceita — respondeu com calma, porém com o tom de voz firme — Certo?


Itachi relutou, se esforçando em não demonstrar nada que não fosse a irritação dentro de si. Sentia o olhar do mais velho queimando sobre seu rosto.


— Itachi! — exclamou após um tempo de silêncio, assustando o outro.


— Tudo bem! — cedeu na hora do susto, logo parando o carro no sinal — Você venceu, tá legal? — Suspirou, relaxando os músculos no banco — Hinata só disse o que todos falam quando veem minha relação superprotetora com o Sasuke.


— Aaah…! — Levantou as sobrancelhas em um sinal de esclarecimento — Agora tudo faz sentido — Riu contido sem que o outro visse — Ela te falou que o Sasuke já pode cuidar de si mesmo e não precisa de você para isso?


— Sim, mas não foi tão grosseiro e- — Franziu o cenho, virando lentamente para o primo — Isso foi uma indireta, Shisui Uchiha? — Estreitou a vista.


— O que você acha, hm? — debochou com um semblante tedioso. Itachi lançou-lhe o olhar mais mortal que conseguiu; usava o mesmo com o irmão — É-é brincadeira!


— Hump — Inflou minimamente as bochechas, voltando a dirigir — Não sei por que vocês se metem nesse assunto, eu, hein! — murmurou sozinho, arrancando risadinhas do mais velho — Estamos chegando, vê se não toca mais nesse negócio sobre eu e o Sasuke — o Uchiha ficou com aquela carranca até chegarem ao destino, não trocando nenhuma palavra com Shisui — Vamos logo, não esquece sua pasta — chamou ao estacionar o carro e descer primeiro. Olhou para trás e admirou o grande prédio — Eu ainda não consigo acreditar que vamos trabalhar aqui — Respirou fundo, contendo parte da ansiedade — Espero que eu não estrague tudo.


— Você não estraga nada — Desferiu um leve beijo na bochecha alheia, deixando Itachi confuso com o ato, mas aceitando por serem primos e terem uma intimidade incomparável… Só não entendia o porquê de ficar inquieto sempre que Shisui fazia algo diferente, como beijá-lo em sua testa, lavar seus cabelos para si ou segurar sua mão em público…



❆❆❆



Assim que Naruto fechou a porta, Deidara o puxou pelo braço até o final do corredor, onde ficava os setores de contas. Como sempre, estava cheio, mas só um ponto do local chamava a atenção do Uzumaki.


— O que eles dois estão fazendo ali? — questionou, se soltando e acompanhando o outro loiro.


— São os suspeitos de gastarem as quantias que haviam dentro das maiorias das contas bancárias do alto escalão — Checou algo na prancheta que carregava — O ruivo de menor estatura se chama… Sasori… — relutou um pouco para falar e o outro percebeu, mas não se importou — E o de maior se chama Juugo. Eles são dois dos três líderes que cuidam dos dados pessoais.


— E onde está o terceiro? — indagou, ainda mirando nos ruivos.


— Estou aqui, senhor.


Ouviu a voz conhecida atrás de si e sorriu levemente, se despreocupando.


— Olá, Kakuzu — cumprimentou, vendo-o andar atrás de si — Não sabia que fazia parte do trio.


— Deveria saber, com todo o respeito — retrucou e Naruto riu.


— Tenho coisas mais importantes para me preocupar — Ajeitou a manga da camisa — Boa tarde — Chegou perto da dupla suspeita — Me devem explicações, sim?


— Está muito calmo com essa situação, não é? — Deidara demandou, parando ao lado do mais velho.


— Não deveria se intrometer, ‘DeiDei’ — Sasori se pronunciou, olhando para o citado com deboche e vendo-o se irritar.


— Meu nível de intimidade me disponibiliza fazer perguntas que vocês não poderiam nem sonhar em perguntar — Sorriu falso.


— Isso não é jeito de falar com seu irmão mais velho — Riu irônico, vendo a cara de desespero do loiro.


— Irmão? — Naruto franziu o cenho, olhando para o menor, que se encontrava nervoso — Deidara?


— É muito bom saber que eu posso ter o privilégio de contar, não é, Dei? — Riu cínico e o citado arregalou os olhos.


— Sasori, não… — suplicou — Isso não, por favor.


— Durante a adolescência, Deidara passou por uns problemas com ‘nosso’ pai — ignorou completamente o pedido alheio, começando a se dirigir à Naruto — A rebeldia era o ponto forte dele, além da inépcia… Ou, se preferirem chamar assim, a estupidez — Teve a necessidade de rir contudo. 


— Sasori! — praticamente gritou, chamando a atenção de alguns funcionários e logo sentindo os olhos arderem — Para com isso, é desnecessário!


— Ele reprovou três vezes no primeiro ano da faculdade de direito, mesmo eu não sabendo como ele conseguiu chegar até lá — Enquanto o ruivo falava, Naruto tentava captar tudo, além de estar pasmo com aquela situação toda — E ele… bem-


— Não! — negou no desespero, sendo ignorado novamente.


— Deidara foi deserdado da família ainda na adolescência, mas ainda carrega o sobrenome, não é, irmãozinho? — Sasori sorriu maldosamente. Deidara abaixou a cabeça em vergonha, prensando os lábios um no outro ao ter olhares direcionados a si — Ele carrega o nome de Deidara Akasuna, mesmo não tendo mais o direito de ser chamado assim. Acho que é por conta do remorso, não?... Sabe, Deidara… deve ser muito humilhante ser o primeiro deserdado de uma família com a árvore genealógica esplêndida…


— Sasori, já chega — ordenou em tom firme — Eu não admito desrespeito em minha empresa, entendeu?


— Com todo o respeito, chefe, mas ele é meu irmão — retrucou.


— E isso não te dá o direito de faltar com o respeito com ele — Olhou-o com superioridade — Que isso não se repita, Sr. Akasuna.


— Sim, senhor — murmurou, olhando para baixo, levemente encolhido.


— Podemos voltar ao assunto principal? — se referiu ao culpado do vazamento. Deidara assentiu, ainda sentindo vergonha de si mesmo, porém bem menos depois que seu chefe o defendeu — Dei, mostre-me o que descobriram até agora.


— Sim, chefe… — Elevou a planilha até o campo de visão alheio — Isso é tudo que sabemos até agora — O Uzumaki leu rapidamente, pensando em algo por um momento.


— Deidara, venha comigo — Pousou a mão nas costas do outro, o levando para o caminho contrário e longe dos outros três.


— Algo de errado? — perguntou, desconfiado.


— Não, mas preciso que faça algo para mim — Parou quase em frente à porta de seu escritório — Coloque câmeras em um ângulo que consigamos ver os monitores dos três. Fale com os responsáveis da segurança e diga para eles que quero que elas sejam instaladas até depois de amanhã.


— Pode deixar, chefe — Assentiu, sorrindo fraco — E obrigado por… aquilo lá dentro. Foi generoso de sua parte. Obrigado, de verdade.


— Não me agradeça, eu só fiz o que era necessário — Curvou os lábios em um sorriso encantador — Agora, preciso que agilize meu pedido. Tudo bem?


— Sim, senhor — Fez uma reverência rápida, partindo para o elevador em seguida.



❆❆❆



Deitado de modo contrário no sofá — com as pernas até em cima do encosto e a cabeça inclinada para fora do estofado —, Sasuke admirava o nada, vendo a sala de cabeça para baixo e se perguntando quando Naruto acabaria o compromisso. Estava há, mais ou menos, meia hora dentro daquela sala. A grande janela exibia a garoa no lado de fora do prédio, era fevereiro, o último mês chuvoso em São Francisco. Torcia para que março chegasse de uma vez por todas, trazendo consigo a primavera, que, na humilde opinião de Sasuke, era a época que continha o melhor clima: nem muito quente, nem muito frio; morno, como o outono. Pode-se dizer que essas duas estações do ano eram as melhores para o Uchiha, que se perdia em devaneios a cada cinco segundos.


Poderia ligar o celular? Poderia. Mas sabia que, se o pegasse, teria que tirá-lo do modo avião para sua internet móvel funcionar, e isso significava que as mensagens — e ligações — chegariam para si, o obrigando a responder todas elas.


Teriam coisas de seu irmão — provavelmente preocupado e furioso consigo —, de Shisui, de Sakura e de Hinata também, todos ‘desesperados’ pelo seu recente sumiço. 


Pensar nisso — sobre os citados estarem apreensivos por sua causa — o deixava estranhamente satisfeito. Talvez fosse o seu lado sádico, ou seu narcisismo falando mais alto. Era como se, ser o ‘assunto do momento’ — sendo ele bom ou ruim —, fosse só um gatilho para seu ego ser massageado. É, Sasuke Uchiha era um exibicionista nato e até gostava de ser chamado assim, já que estava acostumado a ser repreendido por isso desde a infância e havia acabado por se tornar um tipo de ‘elogio’.


Assustou-se ao ouvir a porta ser aberta, sendo assim, ao jogar o corpo para o lado, acabou escorregando no pequeno sofá, logo, caindo no chão.


— Merda… — xingou baixinho, passando a mão no local onde tinha batido a cabeça. Ouviu uma risadinha de fundo e, levando seu olhar até o dono dela, seu coração bateu mais forte, mesmo que por um segundo. Ficou encarando Naruto, com maestria. Os fios loiros ainda estavam bagunçados e grudados em sua testa. Havia tirado o blazer e ficado só com a camisa social branca com uma gravata preta, as calças ainda coladas e os olhos pareciam refletir a luz natural que invadia o ambiente.


— Está tudo bem? — Riu novamente, deixando a pasta em cima da mesa e se dirigindo ao Uchiha — Se machucou? — Ajoelhou, deixando um pé apoiado no chão e pousando o braço em cima do joelho levantado, segurando no queixo de Sasuke e fazendo-o olhar para si.


O Uchiha admirou novamente os orbes turquesa, que pareciam ser infinitos de tão encantadores que eram. Se perdeu naquela imensidão por tempo demais, arrancando um sorrisinho do loiro.


— Espero que não esteja ferido — Se aproximou do menor e desferiu um beijo suave em seu pescoço, o suficiente para fazê-lo arrepiar-se, ainda mais quando o Uzumaki continuou perto da pele alva, respirando lentamente — Você é muito lindo… sabia? — sussurrou próximo ao ouvido alheio, retirando um suspiro de Sasuke. Naruto teve de sorrir ao virar o pescoço do outro para a esquerda e ver o trabalho bem feito que tinha feito ali — E fica ainda mais com as minhas marcas… Precisa se ver no espelho.


— Espero que eu consiga fazer isso logo — Riu soprado, apoiando a cabeça no ombro do homem. Ficaram em silêncio por um tempo e Sasuke sentiu as têmporas latejarem — Cacete… — murmurou, cortando o momento e pressionando os dedos sobre o local dolorido.


— Dor de cabeça? — perguntou, se levantando e estendendo a mão para o menor fazer o mesmo. Sasuke assentiu, sentindo uma dor forte — Imaginei, a pancada não foi tão fraca — Foi em direção à parte de trás da mesa, sentando-se na cadeira e abrindo uma gaveta específica. Retirou dela uma cartela de comprimidos — Está vendo aquele frigobar perto do outro sofá? — indagou à Sasuke, que assentiu, mirando sua atenção no móvel — Pegue uma das garrafas d’águas e traga aqui.


O Uchiha fez o que foi pedido, pegando uma garrafa térmica de plástico transparente na cor vermelha, levando-a até a mesa.


— Aqui, vai se sentir melhor — Entregou o comprimido ao menor, que engoliu-o rapidamente, tomando a água junto. Assim que tomou, o mais novo colocou a garrafa no lugar de origem, voltando para perto de Naruto, mas, agora, também atrás da mesa — Senta aqui — Sorriu docemente, batendo de leve em sua própria coxa. Sasuke nunca admitiria em voz alta, mas adorou o convite, sendo assim, sentando-se de lado no colo alheio e deixando as pernas por cima de um descanso — para os braços — do assento. O loiro acariciou uma das pernas alheia, tirando um sorriso ladino do outro.


— Adora minha coxa, não é? — Passou a língua nos lábios, encostando as testas e ficando a poucos centímetros da boca de Naruto.


— Com certeza — Sorriu antes de tomar os lábios em um beijo não tão castro. Sasuke mudou a posição, apoiando cada joelhos em um lado do corpo do homem, sentando em seu colo novamente e continuando o beijo. Segurou nos dois lados do — lindo — rosto de Naruto, enquanto ele levantava levemente sua a blusa alheia e apertava a cintura, esta que serviu de apoio quando o mais velho inclinou-se para frente, obrigando Sasuke a fazer o mesmo, porém para trás. O momento foi cortado, não só por causa de seus pulmões que gritavam em busca de ar, mas também porque ouviram batidas na porta.


— Senhor Uzumaki?


Sasuke pôde jurar estar tendo um pesadelo. Ouviu a tão temida e conhecida voz, que nem sonhava em escutar naquele momento tão inesperado.


— Me permite entrar, chefe? 


Naruto sorriu bem de leve e o moreno sabia o que ele diria a seguir.


— Pode ent-


A boca do homem foi tapada com rapidez — e talvez até com mais força do que deveria —, fazendo-o franzir o cenho para o Uchiha e tirar a mão do mesmo de cima dos seus lábios.


— O que houve?! — perguntou baixinho, meio perplexo com a atitude alheia.


— Ele não pode entrar — Olhou preocupado para o Uzumaki.


— Chefe? Está aí? — Bateu novamente na porta.


— Por que não, garoto? — Ainda com o cenho franzido, indagou, tanto com curiosidade quanto com estranheza.


— O cara lá fora…


— … Sim? Continue, baby, está me assustando — foi sincero.


— É o meu pai.


Notas Finais


E aí? Gostaram? Então, por favor, se puderem, comentem!❤️🍓

Até a próxima💖

Kissus!💜


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