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História Daddy's Little Boy - Sentimentos


Escrita por: bonjourtk

Notas do Autor


Olha só quem chegou rápido, gatinhos!

Bom, está aqui o cap de vocês e espero que gostem. Eu queria agradecer mais uma vez aos comentários, fico toda derretida com tanta gente sendo meiga <3

E é isso, vou deixá-los tirar suas próprias conclusões, mas acho que o Tete conseguiu amolecer de vez o coração do Baby, hm?

Perdoem os errinhos e boa leitura!

Capítulo 22 - Sentimentos


Fanfic / Fanfiction Daddy's Little Boy - Sentimentos

Naquele mesmo dia após acordarmos juntos, realmente tivemos o tal almoço na casa dos Jeon’s. O Baby queria apenas subir para checar seu filhote felino de uma vez, porém aquilo não se concretizou instantaneamente. Sua mãe apareceu para nos recepcionar e quando seu pai se juntou à equação devo dizer que tivemos uma refeição regada a perguntas.

Eles pareceram querer intercalar as dúvidas com assuntos mais amenos, embora tudo tenha ficado claro no momento em que aquilo se iniciou. Aquele papo de que pais reparam em coisas que não imaginamos só podia levar a um lugar e eu e Jeongguk já tínhamos certeza que a questão a ser levantada ali seria sobre um provável relacionamento.

A princípio as questões foram mais inocentes, como a tia Sook perguntando se terminamos de assistir a série pois aquela noite juntos a custou uma dormida peculiar – o tio foi muito relutante em deixar o gato Steve dormir sozinho e na calada da noite o trouxe para o quarto do casal. Sook, mesmo que muito generosa, reclamou do bichano ter dormido em seu travesseiro e com o rabo em sua cara.

Com o tempo as perguntas foram ficando mais incisivas e difíceis de responder, até que nossa suspeita finalmente tomou espaço; seus pais começaram a rir e perguntaram com todas as letras se estávamos juntos.

Pensem em uma perguntinha difícil de responder. Eu queria dizer que mil vezes sim, mas parecia tão complicado com a carinha confusa do Baby. Depois de um momento de silêncio e nós dois nos olhando procurando uma saída, acabei rindo também. E o cerejinho, apesar de eu ter reconhecido seu riso como o mais puro desespero.

— Quanta pressão, tios. — soltei entre risadas e vi meu pitico voltando a comer sem saber como lidar com a situação. Tadinho dele.

— Vocês dois são monstros. — murmurou quase inaudível.

Os tios nãos eram intimidantes, entretanto, pareciam se divertir com nossa hesitação. Havia um “te pego no pulo” escrito na testa do pai da família.

— Não vejam como um interrogatório, amores. Nós só queremos saber, vocês andam tão juntinhos... — Sook buscou atenuar um nervosismo viável levando em conta nosso contexto. — E sempre que eu pergunto o Guk foge de uma resposta.

— É que nem nós mesmos sabemos bem. — me afeiçoei de um semblante de falsamente triste, tentando salvar o cerejinho daquele constrangimento e recebi um olhar mais aliviado de sua parte.

O Baby tinha sido tão afável comigo nos últimos dias, eu apreciei profundamente o voto de confiança e não achei que ele merecesse essa pergunta afiada logo de cara. Mesmo eu tendo muita certeza quanto aos meus sentimentos, compreendia que Jungkook e eu cruzávamos tempos diferentes.

— Entendi, mas se acontecer alguma coisa vocês falam? — Sook sorriu divertida. Ela esticou a mão até alcançar a orelha do filho e fez um breve carinho ali. — Eu quero estar por dentro das novidades, então faça o favor de me contar, ouviu Plimplo?

O Baby afundou um pouco no banco e tentou cobrir o rosto.

— Ouvi, com certeza. — replicou faltando estapear a própria testa.

— Eles estão confusos ainda, querida. — Joon Jae pareceu recordar e pensei que nos daria algum auxílio. — Mas eu quero ficar por dentro das novidades também, estamos de olho em vocês dois. Sabe que o Gukkie nunca namorou, não é Kim Tae?

Eles estavam nos sacaneando, porém mesmo assim fiquei contente. Eles deixaram claro que tínhamos apoio, então a única coisa que me impedia de ficar com o Baby era o próprio.

E eu daria tempo ao seu tempo.

 

Depois da sobremesa conseguimos fugir para o quarto do meu pitico. O convenci a terminar a série e de hoje não passaria, ao menos era esse o combinado.

— Fifilho! — comemorou todo alegre quando enfim encontrou Steve. O moreno o pegou sobre o tapete e deitou-se consigo na cama, o acomodando próximo a si. Me sentei junto a eles e alisei os pelos brancos da barriga do gato.

— Finalmente com seu filhote. — a carícia seguinte foi nas madeixas negras do meu ‘dongsaeng. Ele me fitou em silêncio até virar o corpo para mim e apoiar o queixo nas próprias mãos.

— Você tem segundas intenções comigo, não tem?

— Hm? — sempre tive segundas intenções, tanto que nem entendi em que sentido ele proferia agora.

— Aquilo que meus pais perguntaram. — voltou-se a Steve.

— Ah… — sorri pequeno. — Tenho sim, bebê. Desde o começo. — suas íris tornaram a mim, ele me encarou brevemente e então mirou os olhos ao chão. — Isso é ruim?

— Acho que não, só… Preciso pensar sobre. — a tentativa de conter a evidente euforia em meu rosto foi irrevogável.

— Eu tenho chance?

— Um interrogatório na sala e outro aqui, acho que chega de perguntas, né? — ele mordeu o canto dos lábios, esperto.

— Você acabou de fazer uma.  

— Shh… O bebê quer dormir. — o Jeon colocou o indicador frente a sua boca e em seguida apontou para Steve.

— O único bebê aqui é você e dormir você não pode, vamos terminar a série. — ignorando completamente nossos planos, Jeongguk apoiou a bochecha no travesseiro, a esmagando e abaixando as pálpebras. — Ei, Baby, Baby. — chamei-o, não obtendo retorno. — Você sempre dorme, cerejinho. Vou precisar de novas técnicas para te acordar.

Cobri sua boca com a minha e iniciei uma série de beijinhos.

— Sai, me deixa dormir. — a frase saiu abafada pela junção de nossas peles.

— Não.

Jeongguk me encarou desafiador e antes que eu me desse conta, ele subiu em cima de mim, me “prendendo” ao se sentar no meu colo e cortar a saga de selinhos. Seu ato seguinte foi o de deitar-se no meio peito e encenar um cochilo.

— Ah, Baby. Deitando todo fofinho em cima de mim você quer que eu te impeça como? — eu não seria capaz de encontrar forças e para piorar massageei a cintura fina. Se ele dormisse eu nem contestaria mais. — Não consigo.

— Fracote.

— Eu sou. — admito sem vergonha alguma, aproveitando para cheirar seu cabelo.

Sua cabeça descolou do meu peito ao que ganhei sua atenção e recebi um cintilar convencido de seus olhinhos. Não que eu tenha achado ruim, pois isso seria impossível devido ao beijinho que Jungkook me deu logo após.

O contato veio lento; os lábios coradinhos contra os meus sendo muito eficientes em me desmontar.

— Você me beijou. — cantarolei ao fim de um estalo curto.

— Está doido? Deve ter sido impressão sua. — contrariou na maior cara de pau. Soltei uma gargalhada.

— Baby!

— Alucinações.

— Ah não, vem aqui. — o puxei pelo pescoço e dei início a outro selar, desta vez um mais demorado e que permitiu um encontro de línguas. — Isso é tão bom. Dá vontade de… — fui interrompido em meio às palavras arrastadas.

— Cuidado com o que você vai falar. — alertou, ou melhor, ameaçou. Aquela testinha enrugada mesmo que meiga era sinal de uma agressão em potencial.

— Você precisa parar de ser tão desconfiado, neném. Eu só ia dizer que dá mesmo vontade de dormir.

— Bom mesmo. — retomou nosso ósculo, até que de repente se afastou. — Espera, você ‘tá dizendo que meu beijo dá sono?

— Não, cerejinho. Estou dizendo que é tão bom que fico relaxado.

— Ata, entendi.

— Sabe, já te beijei tantas vezes desde que você pediu que nem parece que a primeira vez foi ontem.

— É, não parece mesmo. — apoiou os cotovelos sobre mim e fitou-me pensativo. — Acho que a gente devia ficar uns dias sem beijo para isso não acontecer.

— É sério?

— Não.

— Aish, para de ficar querendo me dar susto!

 

[-] 

 

Um período de três semanas se passou e tudo correu melhor do que eu poderia imaginar.

Na primeira eu e o Baby ficamos um pouco afastados em consequência da nossa semana de provas. Ele ficou atolado de estudos, nada que tenha nos impedido de nos ver – uma vez que íamos juntos ao colégio todos os dias – mas reduziu minhas oportunidades de mimá-lo.

E com a chegada da tarde de sexta eu tratei de resolver o empecilho.

Comprei uma fatia de bolo red velvet e separei uma meia compridinha para entregar ao Jeonggukie. Estava investindo em presentes que fossem de seu agrado e não tão frequentes, os dava apenas às vezes. Ele ficava feliz com qualquer comidinha que eu oferecia e passamos aquela tarde montando o painel na parede de seu quarto outra vez. Eu disse que o ajudaria caso resolvesse pôr seus quadrinhos, bastidores e fotos na parede, e naquela sexta ele pareceu ter criado disposição.

Tinha cerca de três caixas embaixo de sua cama e foi necessária uma resumida limpeza. Apesar de todo o trabalho, o resultado final valeu a pena e a atmosfera do quarto ficou bastante aconchegante quando se ligavam as luzinhas pisca-pisca também postas no painel.

Na segunda semana, acredito que o dia de maior destaque foi a segunda-feira que passamos sozinhos na minha casa. Aprontamos na cozinha, e depois de arrumar a bagunça ficamos na maior preguiça. Jeongguk pegou meu caderninho de anotações e começamos um jogo de adivinhação e desenhos. Virou um desastre e no instante que ele veio completamente descarado querendo trapacear, sua ação rendeu um bom ataque de cócegas.

O Jeon ria gostoso e recebi vários chutinhos, isso até que deu a volta por cima e me imobilizou na cama. Aí a brincadeira levou um novo rumo; tentávamos prender um ao outro, nos apertávamos com força e rolamos inúmeras vezes entre os lençóis.

Os risos continuaram, mas com eles vieram os beijos e assim tivemos nossa segunda vez. O Baby se sentou no meu colo e nossos corpos se encaixaram tão bem, os movimentos pareceram deliciosos.

No fim de tudo aquilo me vi ainda mais rendido, como se fosse possível. Eu somente não sentia aquela sensação agradável de quando estávamos juntos passar, nem mesmo me importava com o que estivéssemos fazendo. Às vezes ele ficava estudando e só de poder deitar pertinho do corpo dele, mesmo que em completo silêncio, eu achava agradável.

Estávamos no último dia da terceira semana hoje, e no atual minuto eu me encontrava em casa, morrendo de vontade de vê-lo de novo. Um verdadeiro tolo.

A verdade é que não passamos tanto tempo juntos e os beijos que demos quando o deixei em casa já não pareciam mais suficientes. Era noite e boas horas haviam varado.

Não aguentando aquela saudade repentina, enviei uma mensagem.


 

Eu:

Você ‘tá com sono?
 

 

 

Baby:

Não muito

Por que?

 

Não respondi a pergunta, apenas olhei ao redor e em menos de 10 minutos já tinha arrumado uma mochila e descido pela janela do meu quarto. Atravessei a pequena área que separava nossas casas e subi a lateral da outra construção, me agarrando firmemente nas protuberâncias da parede, muitíssimo aventureiro.

Dei leves batidinhas na janela entreaberta, só para o menor me ver ali pois sequer esperei, abri eu mesmo o restante do vidro e adentrei seu quarto.

Ele veio até mim com os orbes escuros refletindo surpresa. Vestia uma blusa de manga longa, branca e solta em conjunto a uma bermuda preta; seus pés eram enfeitados pela meia clara com estampa de cenourinhas.

— Seu louco, escalou a janela? — ele questionou ainda espantado, contudo, não havia real irritação em sua voz. — O que faz aqui?

— Eu trouxe os presentes que você queria dar uma olhada, mas não precisamos se não quiser mais, eu só vim te ver mesmo. — expliquei lhe acarinhando no rosto e ele não pareceu aborrecido com a ação. Honestamente, nessas últimas semanas foram escassas às vezes que fui barrado.

— Você vai dormir aqui? — me limito a um menear de cabeça positivo e retraído. Mesmo ele não me barrando tanto, ainda tinha receio de estar sendo invasivo demais. — Então posso assumir que você só veio porque queria dormir comigo?

E inexplicavelmente ganhei uma pergunta fofa como resposta. Sorrio amarelo e o moreno entende que aquilo era um sim. Ele baixa suas íris e permite que um suspiro escape.

— Hm, vou deixar. — animo-me com a frase e lhe dou um selinho. Me afasto somente para tirar a mochila das costas, os sapatos e fico rapidamente descontraído. Já trajava meu pijama.

Jungkook retornou à cama e o observo cuidando da soneca que Steve dava em uma almofada na cadeira de sua escrivaninha. O gato era dorminhoco de carteirinha.

— E então? O que aconteceu de bom hoje? — arqueio minhas sobrancelhas ao que me aconchego junto do Baby no colchão.

— Eu comi pão e chocolate. — contou simples até que rememorou algo. — E você não sabe, olha o que o meu pai me deu! — esticou seu corpo até alcançar uma pequena câmera polaroid no móvel ao lado e me mostrar alegre.

— Uma câmera! — tentei parecer contente também, ainda que estivesse desinformado do significado da máquina.

— Não é uma câmera qualquer, Tae. É a câmera do meu pai de mil novecentos e bolinha!  — articulou me entregando. — Pesada, né? Essa bichinha viveu muito, mas até que está bem conservada. — a pegou de volta e sorri com todo seu entusiasmo. Meu cerejinho é tão espontâneo. — Essa câmera era o meu sonho quando eu era criança, eu tinha tanto olho gordo que ela até caiu da mão do meu pai e quebrou a lente. — ri com o comentário.

— Não acredito, Baby. — pensando bem, eu até chegava a acreditar. Ele sempre foi um nenis deveras travesso e petulante, coisa que não tardou a chamar minha atenção.

— É verdade, mas agora ele consertou e me deu. É toda minha! — deu uma risada maléfica e engraçada.

— E o senhor já fez alguma arte com ela?

— Já sim. — ele se esticou mais uma vez e puxou duas fotos que tirou do Steve. Em uma das fotografias o ângulo deixou o gato balofo, retratando como centro sua pancinha avantajada. E na segunda o meu pitico apareceu enquanto Steve tocava seu nariz com uma das patas.

— Me dá essa? — indiquei a segunda foto. Eu não poderia simplesmente ignorar toda aquela fofura. Ele sorriu pequenino e deu de ombros.

— ‘Tá. — comemorei internamente, encontraria um bom lugar para colocá-la. — Ainda tem bastante filme, dá para tirar outra se você quiser. Estou meio estranho nessa.

— Não está nada, mas se não for pedir muito eu queria tirar uma eu e você. — escantearia o filhote felino, mas ao meu ver uma foto Daddy e Baby era mais importante.

— E o que você vai fazer com ela?

— Segredo. — pôr na minha carteira, talvez. Ou colar na cabeceira da cama. Acordar com um fotinha do moreno próxima seria um estimulante e tanto.

— Então não. — um estimulante inexistente se eu tivesse meu pedido recusado.

— Vou criar um santuário só seu e colocar lá, está bom para você? — alfinetei.

— Assim eu deixo. — torci fracamente meu nariz perante ao cinismo. — Então, como vai ser a foto?

— Aqui mesmo. — arrumei um pouco minha postura e o moreno espelhou meu ato. Passei um de meus braços pelo seu pescoço e recebi um abraço meio torto de lado. Ele arrumou suas mechas escuras e puxou a máquina fotográfica no momento em que ficou pronto.

— Vão ser 5 segundos, tenta não piscar. — avisou e forjei um sorriso, indicando que permaneceria naquela pose. Ele cliclou no botão e no final do terceiro segundo corri para mudar toda nossa posição, nos encaixando e beijando sua maçã do rosto. Já que eu teria direito a uma única foto, queria que ela fosse natural e meiga, então torci para que desse certo quando o flash foi ativado. — Ah não, Taehyung! — reclamou enquanto ri por longos segundos.

Aguardei a foto ser revelada e constatei que concluí meu objetivo. O cerejinho apertou os olhos e riu surpreendido ao ser agarrado no momento da foto. Ficou muito legal e digna de namoradinhos, só faltava a parte do namoro.

— Ficou ótima, bebê! — comemorei, deixando de lado meu pensamento.

— Você realmente não bate bem da cabeça, vamos tirar uma nova. — exigiu já posicionando a câmera. — E não se mexe nessa!

Desta vez o obedeci e permaneci na pose inicial, respeitando que ele queria uma fotografia de natureza “civilizada”. Sorrimos juntos na foto e ao tê-la revelada notei que estava igualmente fofinha em relação a outra, porém ainda tinha preferência à tirada anteriormente.

— Eu quero a primeira, Baby. — peguei de sua mão e a guardei sorrateiramente, com medo de que ele a confiscasse.

— ‘Tá, então eu fico com essa. — recolheu a restante e colocou junto à câmera no móvel em que se encontrava quando cheguei.

— E o que você vai fazer com ela? — gracejei repetindo sua questão.

— Sei lá, se você se comportar posso até pensar em pôr no meu painel junto com as do Stevelino. — jogou as palavras ao vento e sem delongas me empolguei. Gostaria muito de fazer parte do panorama. — Calma aí, eu disse pensar.

— Põe no painel, Baby. Eu quero. — pedi manso, nos cobrindo com seu edredom e tocando sua coxa por debaixo do tecido espesso. O moreno se espreguiçou, ainda me enrolando para responder.

— Você disse que trouxe os presentes… — mudou de assunto e o pior é que teve sucesso em me distrair. Eu estava curioso quanto ao rumo que as peças escolhidas a mão iriam levar. Algumas seriam certamente descartadas, a respeito de outras eu tinha certas dúvidas.

— Sim, Gukkie. Estão todos aqui. — deitei de lado e o menor fez o mesmo, nos deixando assim de frente um para o outro. — Você quer ver?

— Não tenho certeza, eu quero? — entregou a dúvida a mim.

— Acho que não faz mal dar uma olhadinha, mas tem uma coisa que eu penso de vez em quando. — ele tombou a cabeça, indagando mudamente sobre o que eu falava. — O primeiro de todos os presentes, você não quis e eu troquei por uma meia, mas a calcinha ficou aqui com você, lembra?

— Lembro…

— Então bebê, você jogou fora? — um “não” baixinho veio como retorno e concluí que ela ainda situava-se aqui. — Você já vestiu? Tipo, só experimentar?

Ele pensou em silêncio por algum tempo antes de responder e aquilo me deixou instigado. Teria o Jeon provado as peças e escondido a informação a sete chaves?  

— Teve uma vez… — Jungkook começou entre risos. — Eu coloquei ela em uma perna só e deixei largada no meu tornozelo. — gargalhei com a revelação.

— Por que você fez isso?

— Porque a renda até que é gostosinha e eu tinha lembrado dela, aí pensei em provar, sei lá. Acabei deixando ela lá, aquecendo meu pé. — me deu a explicação mais doidinha, a mente do Baby era um real emblema.

— E você estava com frio no pé? — assentiu inocentemente. — Mas e as meias?

— Eu tenho frio até no joelho, me respeita. — impôs rindo e terminei me entregando aos risos também. Coloquei minha palma sobre seu joelhinho só para conferir se ele não passava frio nesse exato segundo e voltei a descansá-la em sua coxa. Eu tinha muito apreço pelas pernas bonitas dele.

— Hm, mas se você pensou em provar, por que não vestiu tudo? — busquei soar sereno. Não queria pressioná-lo e temia tê-lo deixado inseguro por conta desse assunto.

— Não sei, a sensação foi estranha. — seu tom de voz não indicava incômodo, porém me senti mal por ter de alguma forma o feito passar por algo ruim.

— Desculpa ter tentado te submeter à isso. — exprimi, verdadeiramente arrependido.

O Jeon, por outro lado, manifestou não se importar.

— Já superei. E já descontei muito em você também, né? — estranhei a fala, embora tenha notado certa mudança em suas atitudes.

—  Eu percebi.

— O quê?

— Você menos do contra ultimamente.

— Ai, — grunhiu falho, como se tivesse sido pego no flagra. — É que… Não sei. Acho que a gente já se resolveu. Já fomos sinceros e... Se transamos é porque confiamos um no outro, né?

Um sorriso frouxo foi se abrindo e minha boca quase ficando dormente. Sua feição se tornou mais acanhada a cada palavra dita.

— Digo, sem camisinha. Mas enfim, não há motivo para eu ficar eternamente me vingando de você ou sei lá, sendo que você já se redimiu e demonstra se preocupar comigo. — meu coração se aqueceu e diante do esclarecimento cálido, não quis mais guardar meus sentimentos.

Não me sentia pronto para expor tudo, mas resolvi revelar ao menos o mínimo; ao menos a parte que me trazia segurança. Sequer acreditava que consegui velar por tanto tempo.

— Não é só me preocupar, eu sou apaixonado por você, Gukkie. — seu semblante mudou e a boca se partiu, no entanto, não esperei que concluísse fala. — Não precisa responder nada, okay? Eu estou falando porque é algo que eu admito para mim há tempos, eu apenas não disse em voz alta. Mas é isso, você é especial pra mim, eu só penso em você o todo o tempo e me sinto diferente quando estamos juntos, como agora, sabe? — respirei fundo e alcancei sua mão. — E se você quer saber você foi a primeira pessoa com quem eu transei sem camisinha. Quero algo sério com você, mas não precisa dizer nada agora, Baby. É um certeza minha e não sua, eu entendo que as pessoas têm tempos diferentes e não quero te pressionar. Só... Estou dizendo que sou extremamente apaixonado por você.

A verdade é que eu amava Jeongguk. O amava e queria dizer a ele, mas sentia que seria rápido demais e não queria deixá-lo sem ter como responder.

— Eu sei... Acho que você sempre deixou isso claro, eu só… — se interrompeu, parando um pouco e buscando concentração.

— Não precisa falar nada, está bem?

— Está, mas eu quero. — apertou minha mão. — Eu... Sei que não demonstro como você, mas eu retribuo do meu jeito.

— Eu sei, — dei o sorriso mais bobo da minha vida. — eu vejo isso.

— Aish… — ele tenta novamente falar alguma coisa. Coloco minhas mãos em suas bochechas, o mantendo pertinho.

— Você já disse muito, certo? Não precisa se forçar tanto, nós podemos só dormir ou ver os presentes se você quiser. — Jungkook segura meus braços, todo coradinho. Sinto meu peito apertar, já pressentindo o que viria.

— Eu também estou apaixonado por você, Tae. Você pode ter começado fazendo o errado, mas chegou no momento certo e... Eu tenho um coração, não aguentei. — suspira nervoso e foi tanta emoção que pude sentir uma descarga de coragem me arrepiando. Confiança me invadiu para dizer.

Segurei o rosto do Baby com mais afinco, portando um sorriso inquieto.

— Porra. — acariciei o rostinho dele, apreciando e guardando cada detalhe.

Me prendi ao brilhinho em suas íris, as pintinhas que me conquistaram com tanta facilidade, aos lábios suaves; havia atingido todos os meus limites e almejava externar isso que sinto.

— Eu te amo. — confessei de uma vez.

Foi como queimar por dentro, repleto de ansiedade. Meu coração pareceu ter enlouquecido nesse momento e Jungkook piscou estático, a expressão indecifrável. Ao mesmo tempo que um grande alívio me preenchia, sentia-me completamente vacilante.

— E-eu... Acho que ainda não consigo responder isso. — o oxigênio voltou a adentrar meus pulmões quando o Baby finalmente expressou reação e liberou algumas palavras.

Eu sequer cogitei que ele responderia o mesmo, então não desanimei. Eu quis contar por mim; para me sentir mais leve e porque achava que ele merecia ouvir. Meu único medo era a confissão o afetar de forma negativa, e ao ver que isso não ocorreu respirei calmo.

— Tudo bem Baby, eu entendo. Eu só penso diferente, quer dizer, eu te conheço há tantos anos. Tem como não te amar? — seus dedos pálidos resvalaram os meus mais apropriadamente e aproveitei o afago. O toque era delicado e simples, porém mexeu comigo tanto quanto qualquer outra coisa relacionada a Jeongguk. A essa altura eu já não tinha as melhores estruturas. — Acho que em um certo ponto as coisas se misturam e eu estou bem certo de que isso aconteceu comigo. Todo o amor que eu já sentia por você antes se misturou com esse sentimento novo e romântico, entende? Eu te amo, de verdade. Mas tudo bem, não se sinta forçado a responder. Eu espero o tempo que for.

— Aish, você fala assim tudo explicadinho e eu fico sentindo que te devo uma resposta. — inquiriu dengoso e com certo pesar.

— Você não me deve nada Baby, nadinha enquanto tiver esse seu sorrisinho que é o mais lindo, okay? — circundei com meu polegar o formato sigular de sua boca, que se assemelhava a um triângulo miúdo. Outra particularidade que me tirava do sério. — Apenas se sinta confortável e bem. — o Jeon solta um resmungo e encosta a cabeça no meu peito.

— Eu queria responder, você vai ficar se sentindo rejeitado. — chegava a ser cômico a quantidade de vezes que Jeongguk me rejeitara no passado.

Foram tantas, compreender que ele não intencionava isso agora me trouxe uma felicidade imensa. O vi como um verdadeiro anjinho e prontamente me assegurei de tranquilizá-lo.

— Não vou. — distribuí diversos selares no topo de sua cabeça, ponderando bem o que desejava pronunciar enquanto inspirava o perfume característico de seus fios negros. — Mas, se você quiser fazer algo que signifique para mim tem uma coisa que eu gostaria.

— O quê?

Suspirei, reunindo outra parcela considerável de coragem.
 

— Você quer namorar comigo?

 


Notas Finais


E foi isso meus piticos! Teve confissão e pedido de namorinho irraaaaa

Tenho uma enquete de novo rss.

Onde vocês acham que é esse X:
a) o Baby aceita
b) o Baby nega
c) o Baby não nega e nem aceita

Espero que tenham gostado e até o próximo, nenês!

Beijobeijo da marie louise with luv


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