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História Daddy's Little Boy - Tirando uma casquinha


Escrita por: bonjourtk

Notas do Autor


Oi gatinhos!

5 dias! Voltei relativamente rápido, né? Corri bastante rss

E é isso. Sem mais enrolações.

Perdoem os errinhos e boa leitura!

Capítulo 8 - Tirando uma casquinha


Fanfic / Fanfiction Daddy's Little Boy - Tirando uma casquinha

Jungkook se encontrava sentadinho na minha cama, me aguardando pacientemente. Ou nem tão pacientemente assim já que o barulho de seus pés batendo no chão era notável. Mas mesmo assim. Ele estava aqui, sentado e em silêncio. 

Devo mencionar também que ele parecia um tanto curioso. O mais novo me observava atentamente, porém toda vez que eu virava para vê-lo ele fingia estar distraído com suas unhas. 

O Jeon é uma pessoa difícil, entretanto, sua curiosidade era compreensível. 

Eu estava quase entrando no meu guarda-roupa. Na parte onde guardo meus casacos para ser mais direto. Foi lá, atrás de todos os agasalhos que eu havia escondido os presentes. 

Não sei ao certo se é um bom esconderijo visto que a minha mãe tem total acesso ao meu quarto, porém foi o melhor lugar para esconder aquelas sacolas grandes e coloridas que minha mente foi capaz de encontrar. 

Estava sendo difícil achar aquele presente por ser algo pequeno, por ser escuro dentro do armário e também por eu não saber em qual sacola situava-se. 

Contudo, depois de alguns minutos procurando, obtive sucesso em minha busca. Foi da terceira sacola que tirei aquela fitinha leve, macia e cor de rosa. 

— Achei! — comemorei breve e assim Jungkook foi avisado, se levantando e caminhando até mim. — É este aqui o seu presente. — expliquei segurando as duas pontas do objeto e mostrando-o ao garoto. 

— Uma... fita? — perguntou incerto, com as sobrancelhas se unindo e pequenas ruguas se formando na parte visível de sua testa. Jungkook tinha uma franjinha linda que cobria quase tudo. 

— Uma fita. 

— Okay. Antes eu estava com medo de que fosse uma calcinha, mas talvez isso seja até melhor que meias. Você tem permissão para fazer um penteado bem top no meu cabelo com essa fita, Daddy. — brincou debochado. 

— Ela não serve para amarrar no cabelo, Baby. Para de graça. 

— Não vejo nenhuma outra utilidade, me desculpe. 

Estendi meus dois braços, ambas as mãos lado a lado e meus dois pulsos se encostando. Olhei para o mais novo em expectativa porém ele nada fez, nem moveu-se. 

— Faz assim. — ditei o cutucando e o Baby, mesmo que acanhado, espelhou minha ação, estendendo os dois bracinhos em minha direção. 

Jungkook observava meus atos minuciosamente e atendia a meus pedidos da mesma forma, bom, até agora pelo menos. Até o momento onde envolvi seus pulsos com aquela fita e ele recolheu as mãos me olhando torto. 

— O que você vai fazer? — questionou confuso enquanto tentei voltar a onde estávamos antes, porém ele se afastou, me impedindo. 

— Só... Só me deixa fazer, Jeon. — se eu revelasse o que faria, ele com toda certeza complicaria. Seria uma pedra no sapato. 

— O que?

— Colabora, Baby. 

— Você vai me amarrar? — indagou apreensivo e por aquilo ser verdade, fiquei em silêncio. — Responde. 

— E se eu for? Não confia em mim?  — acredito que todos, ao menos uma vez na vida, vivenciam aquela famosa situação onde a melhor opção parece ser apelar. Só que se apelação for dirigida ao Baby Jeon Jungkook, é provável que não funcione.

— Hm... Deixa eu pensar. Não? — e não funcionou. Ele respondeu como se fosse óbvio, tinha até um pouco de humor em sua voz. No entanto, é evidente que as súplicas não acabariam por aqui. 

— Como não? A gente se conhece desde que você nasceu! 

— Não inventa de fazer drama agora. Eu confiava em ti até duas semanas atrás, agora que sei que tu é doido não sei de mais nada. 

Soltei um suspiro porque ele obviamente não concordaria com aquilo. Eu já estava quase desistindo quando parei para pensar que existem outras maneiras de lidar com o Jeon. 

Ele não gosta de ser intimidado. 

— Então reformulando, Baby. — sorri vitorioso apresentando a fitinha. — Você tem medo de mim? Ou de fitas delicadas e cor de rosa? 

— O que? Mas é claro que não!

— Nesse caso... — apontei para os braços do baby, logo em seguida para a fita, deixando minha orientação no ar.

— Meu Deus! Você é um merdinha, Kim Taehyung. — e logo o moreno bufou, fazendo por fim aquilo que eu desejava.

Isso é o que eu chamo de anos de convivência. Ou de Daddy sabiucho. 

Se o Baby é, por que também não posso ser?

— Talvez eu seja, mas olha só, deu certo. — solenizei, circundando os pulsos do menor com o tecido fino e finalizando com um laço eficiente. 

— Qual é a finalidade? Aonde você quer chegar... — a frase morreu no ar no momento em que passei os braços do Jeon pelo meu pescoço. 

Ele estava apoiado nos meus ombros, e suas mãos amarradas encontravam-se rentes a minha nuca. Vale citar também que nossos rostos ficaram próximos. Bem próximos.

— A finalidade é ficar pertinho de você. — sorri contente ao responder. — Você não acha legal assim? Ficamos presos um ao outro. 

— Eu não acho nada. 

— Hm. — permaneci alguns segundos somente o analisando enquanto o moreno fitava o chão, todavia, como sonhar baixo é para os fracos e eu não me conteria somente com aquilo, fui o empurrando até a parede. 

— Que porra, Taehyung? — Jungkook soou atordoado no momento em que seu corpo se chocou contra a superfície lisa. — O que você está fazendo? 

— Só estou tendo uma tarde com meu Baby. — tentei passar segurança visto que ele parecia tenso, porém mesmo assim, seu semblante continuou o mesmo. 

— Então por que eu estou amarrado e sendo prensado na parede por você?

— Eu acho sexy quando uma pessoa é amarrada. Mas não se preocupe, só vai acontecer o mesmo selinho de todos os dias. 

— Você é muito estranho, céus. 

— As suas observações se tornaram tão frequentes que eu já nem me importo mais. Louco, escroto, estranho. Eu não ligo.

— Acho que você deveria, mas quem sou eu na fila do pão para querer falar alguma coisa? — ri por me lembrar do outro dia, de Jungkook e sua fissuração nas baguetes que a minha mãe compra. Ele até que está sendo maleável hoje. Talvez eu acabe fazendo um agrado o presenteando com uma mais tarde. 

— Bom, agora eu quero meu beijinho. Fecha os olhos. — pedi sucinto e Jungkook depois de me fitar desconfiadou, acatou ao solicitado. 

Uni nossos lábios no selinho de todos os dias, porém eu meio que me aproveitei da situação e o tornei diferente. 

O selinho de hoje não durou 3 segundos como o usual. Tinha se tornado um selinho demorado e a posição em quem estávamos não deixava a desejar. 

Minhas mãos descansaram na cintura de Jungkook e mesmo que ele tenha começado a resmungar por eu não me afastar, por instantes, senti seus lábios pressionando sobre os meus. 

Jungkook havia retribuído aquele selinho que foi um quase beijo. Por breves instantes ele cooperou e até senti seus dedos mexendo em meus cabelos. 

Mas como a vida não é um mar de rosas, no segundo seguinte o que senti não foi a sensação agradável de um beijo e sim a dor de um pisão no meu amado pé. 

— Ai!

— Era para doer mesmo! — Jungkook esbravejou semicerrando os olhos. — Você disse que só me agarraria se eu pedisse. 

— Eu não te agarrei! Foi só um selinho.

— Um selinho muito demorado. — completou.

— Mesmo assim. Não enfiei minha língua na sua boca. Foi só um selinho. — argumentei e recebi um revirar de olhos do mais novo. — E você correspondeu! Senti seus lábios mexendo, senti até sua mão na minha nuca! 

— Isso... Não significa nada. Muito menos que eu tenha gostado. 

— Quem está falando é você. 

— Falando o que, Kim Taehyung? 

— Falando em gostar. 

— Você é surdo ou o que? Eu acabei de dizer que não gostei. Agora me solta. 

Ponderei as consequências de soltá-lo agora e cheguei à conclusão de que se eu desamarrasse a fita Jungkook iria embora. E eu não poderia deixar o Baby ir embora agora. Não depois do nosso selinho quase beijo de tempo record 10 segundos. 

— Não. 

— É o que? 

— Vamos ficar assim mais um pouquinho, Baby. — iniciei um carinho na cintura alheia para deixá-lo mais confortável ou qualquer outra coisa. Eu só queria que ele se sentisse bem, até porque se Jungkook resolver ser chato agora não vamos usufruir nada deste momento. — Tente aproveitar. 

— Aproveitar o que? Eu tenho coisa melhor para fazer. 

— Aproveitar a minha companhia, Jungkook. Quero aproveitar a sua também enquanto você está aqui comigo.

— Se eu não estivesse aqui agora eu estaria na casa ao lado. Não dá para você aproveitar minha companhia se tu estiver aqui e eu lá? 

— Não. Agora pare de ser chato e de fazer essa cara de sofrido enfurecido. Aproveita o Daddy aqui. — o menor chiou mas aos poucos sua expressão foi suavizando e terminamos encarando um ao outro. 

Até o Jeon olhar para baixo. A partir desse "até" foi ele analisando o chão e eu analisando sua face bem de perto. Ele tinha aquela marquinha na maçã do rosto e foi engraçado ver um rubor surgindo em suas bochechas. Jungkook era uma graça. 

— Vai ficar só me olhando? 

— Vou. — não contive um riso soprado. — Você é imprevisível. 

— E você acha isso engraçado? 

— Eu acho. Quer dizer, olha só isso que bonitinho. — cutuquei uma das bochechas que ainda se encontravam coradas e o mais novo tentou morder meu dedo. — 'Tá doido? 

— 'Tô. — respondeu sem delongas e voltamos ao silêncio de antes. 

Mesmo que permanecêssemos quietos, eu ainda tentava me aproximar de alguma maneira. E a maneira de agora era tentando encostar nossos narizes. 

Minha cabeça ia e voltava, brincando com a distância, com os poucos centímetros que nos separavam. E toda vez que eu chegava perto demais, Jungkook desviava o olhar para o chão. 

— Faz contato visual comigo, peste! — exclamei zombeteiro o levando a arregalar os olhos em escárnio quando finalmente tive seus mirantes nos meus. 

No entanto, uma hora a graça cessou e o que restou foram nossas orbes conectadas. Mas além disso. Não eram só os olhos de Jungkook que prendiam minha atenção. 

Nossas respirações colidiam. Eu sentia o hálito quente do Baby se encontrando com meu queixo, portanto, a boca do Jeon também entrava no meu campo de visão. E que tentação que era ficar olhando e não beijá-lo. 

O interessante é que esse desejo não parecia afetar somente a mim. 

— Você está sentindo vontade agora, não está? — perguntei, acarretando no mais novo parar de encarar meus lábios e se dirigir a meus olhos, abrindo e fechando a boca algumas vezes antes de responder. 

— Estou. — se eu fiquei surpreso? Em um nível bem alto. — Mas é pouca. É uma vontade com a qual eu posso lidar. — e foi nesse momento que Jungkook deu o sorriso mais filho da puta deste dia. — Vai ter que fazer melhor que isso para que eu te peça um beijo, Daddy. 

— Aish! Por que você tem que ser tão difícil? 

— Por que você tem que ser tão insistente? — questionou no mesmo tom. 

O moreno conseguia ser irritante às vezes, mas agora eu não estava irritado com ele. Na realidade, ainda estávamos naquela mesma posição, o que levou minha mente a vagar em um dos meus pensamentos de horas mais cedo. 

Olhei para baixo rapidamente e minhas mãos pareciam ter criado vida própria. E ah, elas eram ousadas. Muito ousadas. Quando me dei conta, tinham saído da cintura, estavam na bunda de Jungkook e eu já havia dado uma apertada. 

O menor me fitou tão, mas tão indignado que tudo que consegui fazer foi dar um sorriso amarelo. Se ele não estivesse amarrado agora tenho certeza que teria me batido. 

— Kim. Taehyung. — proferiu pausadamente. Era morte na certa. — Você já ouviu falar em espaço pessoal? 

— Já...

— Então tire suas patinhas imundas da minha bunda agora. 

— Baby. 

— Tira! 

— Mas não é bom? 

— Não interessa! Estou mandando tirar.

— Certo, perdão. — me desculpei e subi as mãos. O mais novo ainda me olhava com raiva e apesar disso ser algo que ele fazia o tempo todo, minha intenção não era deixar Jungkook zangado agora. — Eu só queria tirar uma casquinha. Não fica bravo. 

— Não estou bravo. — o bico que tinha se instalado em sua boca não parecia querer colaborar com a resposta.  — E casquinha se tira com os olhos. 

— Não se for literalmente. 

— Ah, pelo amor de Deus. 

— Desculpa. — pedi de novo e o moreno negou com a cabeça. 

— Está tudo bem. 

— Eu não queria te irritar. 

— Aí já é mentira. Você está sempre querendo me irritar, da mesma forma que eu também estou sempre tentando te irritar.

— Ah, é verdade. Esse é o nosso lance. — sorri para o mais novo que tinha um sorrisinho minúsculo no rosto. Quase não dava pra ver, mas ainda assim, era um sorriso. — Só que eu não queria te irritar agora. Não desse jeito. 

Nos encaramos por mais um tempo, eu já ia soltá-lo, mas não resisti e acabei deixando mais um selinho em seus lábios. Nem me dei conta do que havia feito. Só aconteceu. 

— Baby! Eu te beijei de novo. Duas vezes no mesmo dia. — celebrei. — E você não fez nada para me impedir. Cadê sua moral de "sou difícil"? 

— E eu ia fazer o que? 'Tô amarrado. 

— Você podia ter virado o rosto ou desfazer o laço. 

— Lógico que não. — Jungkook revirou os olhos mais uma vez e desamarrei a fita. — Mas não pense que vai ficar assim. Beijou duas vezes hoje, não terá beijo amanhã. 

— Sou eu que faço as regras aqui, mocinho. 

— Pelo que eu sei as regras impõem somente um selinho por dia. 

— Isso se você não quiser mais. 

— Mas eu não quis, eu estava amarrado. 

— Agora você não está. — falei rápido e lhe dei mais um selinho, recebendo um olhar furioso e um empurrão. 

— Sem beijo por três dias! 

— Vai ter beijinho todo dia sim! 

— Isso não é justo! 

 

— É como você disse hoje mais cedo. "A vida não é justa". — sorri e passei meu braço por seus ombros, o guiando até a porta do quarto. — Mas agora que você já está aqui, aceita um pão? 

 


Notas Finais


Uma fita? Pois é gatinhos, uma fita rss

Olhem essa fanart rsrs http://weheartit.com/entry/245766896

A mudança que eu mencionei nas notas do capítulo anterior vai ser no tamanho dos caps. No próximo teremos um jantar e depois vou dar uma focada nos textings então os capítulos serão consequentemente menores, porém acredito que as atts serão mais rápidas.

Antes de ir eu quero panfletar uma oneshot aqui para vocês:
https://spiritfanfics.com/historia/roda-gigante-do-amor-7113754
É bem fluffyzinha, clichezinha mas eu gosto bastante dela e é a única das minhas OS que eu não tenho vontade de excluir. Se alguém tiver interesse...

Bom, é isso.

Até o próximo!
Beijobeijo


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