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História Dallas - Tobias - capítulo 8


Escrita por: biancamota

Notas do Autor


Quero compartilhar que esse capítulo ia sair só semana que vem, mas Deus fez a Vanessa sentar na minha frente na aula, e, se eu zerar a prova de matemática, vai ser culpa dela que não me deixa fazer mais nada que não seja escrever

Capítulo 8 - Tobias - capítulo 8


Tobias - capítulo 8   21/03/2019

Quarta era um dia ruim. Um dia péssimo, odioso e ruim. Não tinha conseguido ir para aula, e todas as horas tinham se arrastado em compromissos tediosos e insuportáveis. 

Graças a Deus hoje era quinta. E eu estava determinado a conseguir o telefone de Dallas.

–Tobby, tenho quase certeza que todos os papéis de Velozes e Furiosos já foram preenchidos. Você pode ir mais devagar! –Kylie estava grudada no painel do carro, agarrando seu café. 

–Você viu que o Paul Walker morreu, né? Posso substituir ele. –fiz uma curva que a fez berrar. 

–Seu cabelo nem é loiro! 

–Eu posso descolorir! –fiz outra curva, e Kylie bateu no meu braço. 

–É, e eu posso tatuar “Hitler” na minha testa. 

–Ei, não vamos ser radicalistas. –olhei para ela. –Tem que ser na nuca. Você pode querer usar a testa para escrever “Tobby” um dia; não vai arriscar. 

–Ah! Você é impossível. 

Ela passou um tempo quieta, de braços cruzados. Estava realmente chateada, e eu entendia.  

–Kylie? Sei que você queria ter ido com o tio Evan e o… -não consegui terminar a frase. -Mas dessa vez não deu. Mesmo. 

Minha irmã fez um beiço, relembrando que era apenas uma menina de onze anos. As vezes eu esquecia. 

–Tá. Eu sei.

Minhas duas únicas aulas com Dallas eram as primeiras, e eu só tinha mais dez minutos para entrar na sala. Estava mais do que ferrado. 

–Beleza, é o seguinte: eu vou estacionar e você vai fazer igual aqueles personagens de desenho animado, que só dá para ver a perna girando rápido porque eles correm igual a velocidade da luz. –parei o carro, abrindo sua porta. 

–Mas... 

–Vai, vai, vai! Perna Longas, Tom e Jerry, Pica-Pau. Gira essas pernas aí, Kylie! 

Ela bufou e saiu correndo, batendo a porta do carro com força. 

–Amo você, meu xuxu! –berrei, o mais alto que pude. Todos no raio de dez metros pararam para analisar a situação, mesmo que já estivessem acostumados comigo. 

–Tobby! –Kylie parecia prestes a voltar para o carro para me bater. Ela que tentasse! 

–O que foi? Você prefere outro legume? 

Duas quadras e sete minutos depois, eu estava entrando na escola com o coração na boca. Era patético estar tão nervoso para ver uma menina, mas tinha aceitado que aquela seria provavelmente minha vida dali para frente. 

–Trenty! –Dimmy berrou, assim que pisei no corredor. –O galo cantou hoje, foi? 

Tinha três minutos para não me atrasar e conseguir um bom lugar perto de Dallas.

–Sim, sim. O galo cantou, o sol apareceu, rosas são vermelhas e violetas são azuis... –dois minutos. –Vaza, Dimmy! Tô atrasado. 

–Caramba, desde quando Francês virou tão interessante? –ele começou a caminhar do meu lado, enquanto eu tentava correr. –Espera. A gente tem uma professora nova, e eu não sabia? Ela é gostosa? Ah, o que eu tô falando? Óbvio que ela é. Você tá correndo! Ela deve ser divi... 

–A gente pode conversar sobre você ser um idiota depois? Preciso realmente entrar naquela sala. 

–Mas aí é Literatura Inglesa, cara. 

–Tchau, Dimmy!

Dallas estava na primeira cadeira, com ninguém sentado atrás dela. Parei na sua frente, aproveitando que todos estavam ainda em pé, mas demorou apenas alguns segundos para entender que ela não iria olhar na minha cara. 

Será que eu tinha feito merda? Ai, não. Será que os garotos tinham inventado alguma coisa? Não, não, não. Já era. Eu ia virar o Robert De Niro naquele papel do velho que é abandonado pela mulher e pelos filhos e morre sozinho. Quem sabe eu nem teria mulher e filhos para me abandonarem. Era isso. O fim, total. 

Ok, drama. Eu estava sendo um bunda mole de novo.

Me sentei atrás dela, abrindo um sorriso. 

–Trenty! Não sabia que você fazia essa aula. –o professor me olhou duvidoso, se apoiando no quadro. 

–Na verdade professor, nem eu. Mas acho que Shakespeare também não sabia que ia matar o Romeu e a Julieta quando começou a escrever a peça. Então, cá estou eu. 

O Sr. FredErick  piscou, ainda confuso. 

–E o que tem a ver? 

–E o que não tem a ver? 

–Ah, jogadores de futebol... –ele levantou os óculos e apertou o espaço entre os olhos, exausto. –Abra o livro no capítulo quatro, e tente não reprovar na minha matéria. É realmente um pé no saco ter que montar provas de recuperação. 

Fiz uma continência, tentando amolecer o coração do cara. Assim que começou a escrever no quadro, falando alto demais para me ouvir, inclinei o corpo para frente. 

–Oi. 

Ela não mexeu nem um músculo. Nadinha, uma pedra total. 

–Eu falei oi. –repeti, em um tom mais alto. 

Menos que nada. Zero vírgula zero. Vácuo total. 

–Então tá, comunicação unilateral. Eu consigo trabalhar com isso. –me inclinei mais, até que meu nariz estivesse bem perto dos seus cachos. –Gosto do cheiro do seu cabelo. 

Bem pequeno, houve um tremor no corpo dela que me fez abrir um sorriso. 

Tobias um, Dallas zero. 

–Seguinte: você inclina a cabeça pro lado direito se for sim e pro lado esquerdo se for não. Tudo bem? –esperei. –Você não tá mexendo a cabeça. Como a gente vai conversar assim? 

Nada. Menos que nada. Eu podia escrever ela no American Idols, com o maior talento em “ficar parada”. Aposto que nem iria piscar. 

–Ok, você não tem resposta para isso. Entendi. Vou passar pra próxima. Você tá brava? 

Dallas respirou fundo, bufando. 

–Isso foi um não? Acho que pendeu um pouco pra esquerda. –virei pro lado, chamando uma garota que nos encarava. –Ei, o que você acha? Foi pra esquerda, né? 

Ela arregalou os olhos, surpresa, e depois mexeu a cabeça de um jeito doido. 

–Viu, ela também acha que foi um não. Foi um não? –ouvi sua caneta bater no caderno com força. –Dallas? 

Foi um movimento rápido até que ela estivesse virada para mim, soltando fogo pelos olhos. 

–Que inferno, Tobias! Será que você não entende que eu tenho problemas demais para lidar já? Não sei se a vida de vocês aqui é uma merda de um episódio de Simpsons o tempo todo, mas a minha é cheia de confusão em cima de confusão. Qual dificuldade das pessoas dessa cidade em me deixar em paz?

Então era isso. Eu tinha feito merda. 

Ela me encarava, de olhos arregalados. Essa era a Dallas. Parecia que ia quebrar a qualquer momento, totalmente frágil. Com a respiração forte e pesada, de tanto, sei lá, sentir.

 Todos estavam em silêncio. Não era todo dia que tínhamos uma cena dessa, em uma cidade pequena como a nossa. Aqui todo mundo se conhecia desde os dois anos de idade e não precisava berrar no meio da aula para resolver os problemas.

–Gabrielle? Você gostaria de se retirar por um momento? -o Sr FredErick  perguntou. A sala toda nos encarava, curiosa.

Abri um pequeno sorriso, porque queria muito abraçá-la e dizer que estava tudo bem. Mas pareceu demais. 

Dallas saiu quase que correndo da sala, de novo. Tão rápido que mal pisquei. 

 Merda, merda, merda. Não podia deixar as coisas assim.

–Na verdade, Sr. FredErick , ela prefere Gabby. –ele me encarou, confuso. –Fora de hora? Desculpa. Acontece sempre. Posso ir no...

Ele suspirou, revirando os olhos.  

–Vai atrás dela logo, Trenty.

 

Eu nunca tinha conhecido alguém tão diferente quanto Gabrielle Douglas Dallas.

Já fazia um tempo que estava procurando por ela. Safford High School não era grande, nem um pouco. Mas Dallas era impecável nessa coisa de se esconder. Por que tinha que ter mania em sair correndo?  

Dallas um, Tobias zero. 

Depois de quinze minutos, a encontrei no armário de faxina, abraçando os joelhos. Encarava a parede, no lado oposto, e parecia prestes a quebrar -ou quebrar alguma coisa. Provavelmente a minha cara.

Eu poderia parecer um idiota, totalmente trouxa, mas queria MUITO abraçá-la. Ela era totalmente... linda. 

Me sentei ao seu lado, com as costas na prateleira e as pernas esticadas. 

Merda. Péssima ideia; meu tênis estava totalmente furado. Será que ela ia notar? 

Virei para o lado, vendo sua cabeça se enterrar entre os braços e o peito. Dallas definitivamente não queria conversar, mas eu achava que ela estava perdida demais para entender o quanto queria ajudá-la. 

Não sabia que sua vida era tão ruim quanto tinha feito parecer. Mas estava disposto a entendê-la.  

Simpsons. Essa era uma boa comparação. Que outra garota mencionaria os Simpsons em um xingamento? 

–Sabe, Dallas, bem que eu queria ter tido a família Simpsons que você falou. Seria bom. Mas eu nunca aprendi a andar de skate; ia afetar a abertura do programa. 

Seus ombros tremeram no que pareceu uma pequena risada, e me dei um ponto mental por aquilo.

Ficamos por um tempo quietos, um do lado do outro. Queria contar tudo. Queria falar que estava ali porque ficar perto dela me fazia querer mostrar tudo o que tinha. Não no sentido literal da palavra, claro. Aliás, não era interessante falar isso. Mas, de qualquer modo... Beleza. 

Era melhor pensar um pouquinho antes de falar. 

–Tá. Você tem cinco minutos. Comece a me convencer sobre esse… almoço. –ela esticou as pernas também, colocando a cabeça para trás. 

–Tem certeza? Eu esqueci os cartõezinhos em casa, talvez não fique um discurso bem elaborado. 

–Pode falar. Provavelmente eu não vou lembrar de nada; esse cheiro tá afetando meu cérebro. 

Meu coração martelava no peito. Apesar de sempre ter uma resposta na ponta da língua, tinha coisas que nem anos de terapia em comunicação conseguiriam tornar fáceis de falar. Nem lembrava a última vez que tinha conversado com alguém sobre minha família, ou sobre coisas realmente importantes.    

Queria sair com Dallas porque ela despertava em mim essa vontade de ser alguém melhor. De falar sobre meus problemas, sonhos, futuro, passado. 

O que provavelmente era muito idiota, porque só fazia quatro dias que a conhecia. Mas, mesmo assim...

–Minha mãe morreu. –saiu rápido, bem rápido. –Eu tinha dez anos, ela tinha leucemia... Aconteceu. 

Houve uns segundos de silêncio, onde notei que Dallas tinha trancado a respiração. Ou talvez tenha sido eu. Ou talvez os dois. 

Será que ela ia sentir dó? Não queria a dó dela. Não queria a dó de ninguém, na verdade. 

Não comentava isso com as pessoas, porque odiava aqueles minutos que se seguiam, onde tentavam me animar e me pôr para cima enquanto na verdade nem tinham conhecido minha mãe. Como se conseguissem entender o tamanho da minha dor.

–Puta merda! –Dallas virou para mim e bateu no meu braço. –Você me deixou ser uma idiota esse tempo todo. Puta merda! Você devia, sei lá, ter me batido. Puta merda! 

Aí, tinha doído. Ela batia muito forte.  

–Me lembra de nunca irritar você de novo. Posso cair morto se resolver me agredir. –esfregava o braço, só na precaução de ver se iria cair. 

Dallas me encarava, de olhos arregalados. 

–Eu sinto muito, muito mesmo.  

–Eu sei que sente. –abri um sorriso, chegando mais perto do seu rosto. –Tá tudo bem. Você não foi tão idiota assim. 

Isso era diferente de como as pessoas reagiam. Dallas parecia verdadeiramente arrependida de ter assumido que minha vida era perfeita, mas não estava tentando me consolar ou me olhando com pena. Ela era... ela. 

–Fui sim. Eu comparei sua infância com os Simpsons. 

–Acontece. –dei de ombros.   

Dallas deu um sorriso gentil, respirando bem fundo. Estava tão perto que conseguia notar uns sinais minúsculos, bem abaixo dos seus olhos. 

–Você não vai me xingar nem nada? 

Eu queria beijá-la. Queria mais do que muita coisa que já havia querido em toda a minha vida. Mas e se eu estivesse interpretando totalmente errado e ela me desse outro soco só por tentar? E eram só oito e quarenta da manhã! Quem conseguia beijar bem essa hora? 

Merda. Merda, merda. 

Vi a ficha cair nela aos poucos. Mal pisquei os olhos e o momento tinha passado. Dallas estava se levantando. 

–Você devia voltar pra aula. Seu pai vai... Sei lá, ficar preocupado de você faltar assim. 

–Mas... 

–Não, é sério. Ele é o prefeito, não é? Você não vai, tipo, querer decepcionar ele. 

Ela virou, abriu a porta e respirou fundo. 

–Ex-prefeito. –corrigi. –Dallas. Você quer mesmo sair correndo de novo?  

–Sinto muito pela sua mãe; sinto mesmo. Mas isso não muda o que eu passei, também. Não quero sair com você, falar com você e muito menos ser sua amiga. 

Foi tudo rápido. Dallas saiu rápido, eu fiquei sozinho de novo rápido, e o momento passou rápido. Quando pisquei já havia batido o sinal para a segunda aula.

 

Passei um tempo no armário ainda, me recuperando de ser o trouxa que Deus tinha feito. Não, isso não tinha a ver com Deus. Eu que ia virar o Robert De Niro, e Deus não tinha nada a ver com isso. Menos que nada. Deus ia ter tido coragem de beijar Dallas quando teve a chance; qualquer um teria. Eu, não. 

Meu telefone tocou no segundo que comecei a caminhar para a próxima aula.

Roy parecia completamente irritado. 

–Eu odeio usar celular. Você sabe disso, eu sei disso, até minha vizinha sabe disso. Qual o problema de responder minhas mensagens? Não é nada saudável ficar com um eletrônico tão perto da cabeça; pode afetar seriamente o meu cérebro. E essa porcaria é grande demais. Por que eles fazem esses smartphones cada vez maiores? 

–Roy! O meu Zangado preferido. A Branca de Neve te deu férias? 

–Você continua tão engraçado. –quase ouvi ele revirar os olhos. 

–É sério? 

–É. Igualzinho a uma pedra. 

O cheiro daquele lugar, eu notei, tinha irritado profundamente meus olhos. Tentei limpar com a barra da camisa algumas vezes, mas parecia ter penetrado.  

–Então, o que você quer comigo que te fez sacrificar sua saúde? 

–Tô chegando na cidade em duas horas. Queria avisar. –ouvi um barulho de carro, no fundo da sua voz. 

–Calma. Isso quer dizer que você tá falando no celular enquanto dirige? –inspirei forte, sentindo toda minha pele ardendo. Era um cheiro insuportável de... alguma coisa. Inferno de armário de zelador. 

–Você acha que sou idiota? É claro que não! Eu tenho cérebro. –ele respirou fundo, irritado. –Tô em um posto de gasolina. 

–Hm. Qual posto? 

–Algum aqui perto de Claypool. Não sei, não olhei.  

–Hm. Eles tem uma loja de conveniência? Você podia ver para mim se aí vende aquelas balas azedas que eu gosto. 

Roy passou um tempo sem responder, pensando.

Nós éramos amigos desde os dois anos de idade. No início, era porque nossas mães eram amigas, e fomos simplesmente obrigados a coexistir e aprender a brincar juntos. Depois, era porque ele tinha se acostumado a ouvir minhas piadas sem graça e eu a aturar seu mal humor. 

Roy era um ano mais velho, então tinha se formado no ano passado. Uma das pessoas mais excêntricas que eu já tinha conhecido, mas tinha sido o melhor amigo do mundo quanto minha mãe morreu. Eu nunca ia esquecer daquilo. 

–Você tá se aproveitando para ver quanto eu aguento falando no telefone, não é? 

–Talvez. –dei uma risada, quando o ouvi bufar. –Como você sabia que eu não tava na aula? 

Ele fez um som de desprezo, como se fosse óbvio. 

–Agora que começou a segunda aula. Nessa hora você sempre tá no hospital.

–Ah. Verdade. –me enfiei no banheiro masculino, porque não podia arriscar ser pego pela Sra. Jones no meio do corredor em horário de aula, falando no telefone. –Como foi lá em Boston? 

–Ah, tinha feijão cozido, torta de creme, chá da tarde... 

–Parece bem... 

–Estrangulador. Horrível. Não sei como você me convenceu a viajar. 

Abri um sorriso convencido, porque ele não estava vendo. 

–Qual é, Roy. Você é meu melhor amigo desde... Enfim, sempre. Saber, como seu melhor amigo, parceiro, companheiro, cara que você ama tan.. 

–Bleh. -ele fez um barulho de vômito do outro lado da ligação. Idiota.

–Saber que você nunca tinha passado nem da fronteira do Arizona em quase dezenove anos é muito triste. Tava na hora de conhecer o mundo, de... 

–Não. –ele passou um tempo sem me responder mais nada. –Eu tava bem lá em casa, sem aquele monte de comida gordurosa e cheia de colesterol. Juro, eu vi uma pessoa obesa, Trenty. 

Um importante item da lista de peculiaridades dele: Roy era simplesmente viciado em saúde. Uma vez, me obrigou a assistir um total de vinte e oito vídeos no youtube das vantagens da ingestão de alimentos verdes no corpo humano. Eu não lembrava uma única vez que tivesse comido uma batata frita na sua frente sem que ele vomitasse com os olhos. 

–Deu uma aula de como os carboidratos vão nos matar aos poucos? 

–Não. Não deu tempo; ele tava comendo um Mc Donald’s. Passei muito tempo calculando quantos anos ele tinha a menos de vida por comer aquilo. –ainda me surpreendia vê-lo falar desse jeito sem rir. 

–Tenho certeza que ele largou o hambúrguer na hora. 

–Na verdade, ele saiu correndo. –minha risada explodiu, involuntariamente. Meu Deus. Eu dava o rim esquerdo para ver aquela cena. –Eu até tentei avisar sobre os riscos de ter um ataque cardíaco, mas quando vi ele já tinha caído. 

Minha barriga doía, se contraindo com a risada. 

–Você matou um gordinho? 

–Você iria adorar se eu falasse que sim, né? –foi inútil, mas assenti com a cabeça. –Para sua infelicidade e pro bem da minha ficha policial, não; eu não matei o homem. Podemos mudar de assunto? 

–Ele foi levado em uma ambulância? –não conseguia parar de rir, notando o quanto Roy ficava cada vez mais irritado. 

–Preciso ir, Trenty. –ouvi um motor de carro ligando. –Não me irrita, e vai pra aula. Você está desperdiçando a... 

–Você acompanhou ele? Ele tá em coma? 

–Tchau, Trenty. 

–Você me ama. 

Eu ainda estava rindo. 

–Tchau, Trenty. –ouvi a porta do seu carro bater. 

–Espera. A casa tá em chamas: você salva um bolo de chocolate ou eu? 

Ele suspirou, cansado. 

–Você é psicopata e totalmente carente. Te vejo na Marny, pra almoçar. 

Então ele desligou, bem na minha cara. Houve uma pausa de alguns segundos até que eu conseguisse parar de rir. 

 


Notas Finais


nem preciso dizer que espero que vocês tenham gostado porque eu REALMENTE espero, mas vocês já sabem


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