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História Dama do Fogo - A Rainha


Escrita por: daemyrax

Notas do Autor


Voltei mais rápido do que o esperado.
Boa leitura amorecos 💕

Capítulo 4 - A Rainha


Fanfic / Fanfiction Dama do Fogo - A Rainha

Reino do Fogo – Salão Real

Antes

E então deu-se que no período de um ano e meio de seu reinado, após o período de luto e a vitória nas guerras contra o sul, o rei e imperador Sasuke Uchiha anunciou um banquete para todos os príncipes e nobres de seu império.

Foram dias e noites servindo vinho comida e agraciando-os com as concubinas requeridas pelo rei aos seus convidados, Sasuke estava tomado pela luxúria e pela primeira vez sentia-se livre das obrigações de rei.

Era jovem quando assumira e desde aquele maldito dia de posse, tudo que o garoto queria era esvaziar sua cabeça das tamanhas guerras que enfrentava. Cheio de terras e riquezas, o jovem havia acabado de completar um ano ao lado de sua linda e amada esposa. Sasuke queria mostrar a todos naquele império o quão poderoso era e aquele banquete era exatamente para isso, aquele banquete mostrava a todos que além de poderoso, todos deveriam se curvar e obedecê-lo, todos em todas as potências mundiais deveriam reverenciar sua Majestade e grandeza.

No salão real, os mais nobres de todo seu reino lhe ofereciam seus presentes quando um – Kabuto, príncipe de Oto, as terras do leste se pôs de pé – Sasuke sabia exatamente sua estratégia com todos aqueles presentes oferecidos, afinal era muito melhor ter um reino e viver de bajulações a perdê-lo em uma guerra sangrenta.

- À saúde de nosso sábio rei – anunciou em bom tom a todos os nobres presentes. – Que ele viva para sempre em sua graça e bondade com os povos – ele convocou um dos servos. – Tragam-lhe os presentes oferecido pelo rei Orochimaru, das terras de Oto. Meu pai, o rei, o oferece em troca de paz para com os dois reinos.

Sasuke sorriu apenas estendendo as mãos as mãos para que levassem o que quer fosse aquilo, aos seus aposentos. Com cautela se endireitou no trono, a fim de olhar diretamente para os olhos do jovem rapaz pálido.

- Se você é meu súdito, e todos os meu súditos estão alegres e festejando junto a mim – falou, um tanto enrolado por conta da quantidade de vinho já ingerida. – Por que parece tão infeliz, meu caro?

O moço decidiu pensar em silêncio sobre tal resposta. Haviam concubinas, presentes oferecidos pelo próprio rei, comida, bebida mais ainda sim, faltava-lhe algo para alegrar completamente aquela festa.

Faltava uma jóia.

- Não vai responder ao seu rei? – insistiu o jovem rei com o sorriso malicioso que carregava desde o início daquela grande festa. – Me diga.

- Meu rei – começou. – Estava pensando que essa festa logo acabará e seus servos talvez estivessem tristes porque não podem fazer com que dure mais.

Sasuke riu, xeque-mate. Ele pensou consigo mesmo como conseguiria trazer aquele homem para dentro de seu conselho pessoal, iria totalmente contra as leis de Orochimaru que o primogênito herdasse a coroa, mas tinha certeza que ele o temia o bastante para questionar uma ordem sua.

Ele precisava daquela bajulação, precisava de toda aquela adoração.

- Você não pode mas eu, seu rei, tem este poder. Eu Sasuke Uchiha, rei e imperador dos impérios de toda Ásia – ele ditou aos escribas. – Declaro, que cada homem aqui reunido deve beber em restrições, seguindo seu próprio desejo. Tragam mais vinhos, comidas e mulheres para cada um destes homens.

E bebeu outra vez, lançando um olhar para o amigo loiro ao seu lado.

- Disse o rei! – Naruto zombou do amigo. – O que fazer quando nenhuma destas mulheres agradam ao teu amigo fiel?

Todos no salão sorriam e novas mulheres ainda mais formosas iniciaram uma dança perante os nobres. – Kabuto, me responda – o loiro chamou sua atenção – Qual das jóias do rei, desejaria para si mesmo?

Kabuto sorriu. – Elas são todas igualmente magníficas, Naruto. Certamente eu não saberia qual escolher.

- Vê isso, Majestade? – Naruto riu. – Não há no teu reino nenhuma jóia boa o suficiente para agradá-lo.

Sasuke realmente gargalhou naquele momento como não fazia há muito tempo. Ele sempre se irritava com Naruto porém naquele momento, sentia a pitada de ciúmes em seu amigo de infância para com o príncipe de Oto. Sasuke sabia que Naruto o provocaria até constrangê-lo perante todos ali presentes.

- Que indelicado – Sasuke chutou a taça de cristal a sua frente, pela primeira vez levantando-se do trono. – Kabuto, está me dizendo que eu, sua Majestade real, Sasuke Uchiha, não possuo nenhuma jóia esplêndida o bastante para refletir a minha glória?

- Meu senhor – o platinado desafiou sua paciência como aquele tom calmo demais. – A mais linda jóia de meu rei não está entre nós neste momento.

- E onde estaria? – questionou Sasuke. – Diga imediatamente para que eu mande trazê-la.

- Majestade, as jóias mais preciosa de um homem são a graça e a honra de sua esposa – o homem sorriu em vitória. – Não há beleza em todo império que possa ser maior do que a da rainha Karin Uzumaki.

Sasuke sorriu.

- Concordo plenamente – disse o melhor amigo do rei. – Não há nada neste império que se aproxime do esplendor de Karin. Que ótima escolha como rainha, meu senhor.

- Kakashi! – ele chamou pelo Grão-Duque – Tragam para mim Karin. Que a rainha venha dançar para mim e todos os príncipes usando a coroa real e que todo o meu reino veja o esplendor e beleza de minha esposa.

[...]

No outro palácio, próximo ao do rei, a rainha Karin e toda a sua formidável beleza estavam entre as esposas dos nobres e princesas daquele império.

Ela estava propondo o seu próprio banquete e desde o início da grande festa de seu marido, ela não se cansava de mostrar cada vez mais seu poder sobre aquele reino.

Sabia desde que se entendera por gente sobre aqueles atos acontecidos no futuro, fora ensinada e treinada para aquilo, para governar aquele país porém Karin não imaginou que aconteceria tão cedo.

Havia acabado de atingir a maior idade quando a notícia da renúncia do trono do fogo espantou a todos. Sasuke seria o próximo rei por conta da morte do temido Fugaku Uchiha e ela reinaria ao seu lado. Ela seria sua rainha, venerada e adorada pelo povo de toda a Ásia. Karin não se importava com quanto ele a amava, era mais importante que ele a quisesse. E por mais que as atenções dele fossem rudes e bruscas, ela aprendera a lhe dar mais prazer do que qualquer outra mulher que ele tivera. Ele chamava a mulher de sua formosa deusa, porque se um dia houve uma Dama do Fogo, esta devia se parecer com ela, sua nova rainha que o havia encantado tanto.

Ela entendia o poder que isso dava a ela. O poder que sua beleza dava a ela. Homens eram simples. Eram manipuláveis. O rei era seu fantoche, e ela ia mantê-lo assim. Então por fim, Karin endureceu o coração e deixou o orgulho subir a cabeça.

E aquilo lhe trouxe consequências.

- O representante do rei deseja vê-la, Majestade – disse uma de suas criadas. – Ele pede para ser recebido.

- Mande que entre. – ela ordenou enquanto sua visão era preenchida pela peça trazida do país do gelo para entretê-las.

O homem velho e com uma cicatriz no olho se apresentou. Karin sabia que ele era o Grão-Duque e que nada de bom viria daquela presença.

O que Sasuke queria? Não estava em sua festas? Não estava tão distante dela? Não estava a ignorando há malditos dois meses.

Ela pensou por certos segundos o que acontecera com seu marido, ela era jovem, a mais bela de todo aquele império de acordo com seu próprio esposo porém, Karin se sentiu inútil ao pedir um herdeiro ao seu marido e ele lhe recusar tal pedido.

Foi então que ela decidira apenas lhe satisfazer e se um dia o pedisse um herdeiro, ela lhe daria apenas para que lhe roubasse a coroa como punição.

Era egoísmo, mas como o próprio Sasuke sempre dizia: poder vem antes de tudo, inclusive do amor.

- Não fique aí parado Grão- Duque, fale de uma vez o que quer – ela ordenou sem qualquer tipo de afeição. – O que o trouxe aqui em meus aposentos?

- O rei ordena a presença de minha senhora. – ele disse. – Ele ordena que se apresente em seu palácio usando a coroam real.

- Com que propósitos?

- Está mostrando os seus objetos mais preciosos aos nobres do império. – falou com calma. Ele já sabia qual era sua resposta. – O rei deseja que Vossa Majestade real dance para ele e todos os príncipes do império.

Um suspiro coletivo foi ouvido pela rainha e ela sorriu. – Diga-me Kakashi, eu sou um desses objetos?

- Ah minha rainha, o mais lindo e valioso de todos eles – disse o homem de cabelos grisalhos. – Ele quer que todos vejam a beleza de sua magnífica esposa.

- Não é lisonja para uma dama – ela iniciou colocando-se de pé. – Muito menos para uma rainha ser mostrada diante de homens bêbados depois de vários dias de festa.

O informante baixou a cabeça em reverência. E pigarreou procurando convencê-la. Kakashi sabia as consequências para um ato como aquele.

- É a vontade do rei – ele rebateu com a voz baixa. – Deve usar a coroa real e se apresentar diante do Vosso Majestoso marido.

Ela caminhou em passos lentos e determinados procurando o intimidar. Karin bufou baixinho, o que era aquilo agora? Sua palavra não valia mais de nada dentro de sua própria casa? Dentro de seu próprio palácio?

- Pois bem – ela começou andando sem se importar de machucar alguma garota com o par de sapatos feitos de ouro puro. – Diga ao seu rei que eu me recuso.

A rainha permaneceu de queixo empinado. Sua coluna estava ereta por causa do espartilho que a amarrava, mas ficou ainda mais rígida depois daquele olhar obscuro que ele lhe lançou.

Após isso, Karin estava aborrecida demais na hora do jantar, a rainha não foi para o salão de banquetes formal; em vez disso, pediu que lhe enviassem uma refeição leve para o quarto. Esperou até o último minuto, sabendo que os cozinheiros teriam preparado várias carnes assadas e iguarias para que escolhesse entre elas, antes de mandar um criado buscar apenas pão, queijo e vinho.

Os cozinheiros iam reclamar sobre o desperdício de uma maneira que jamais fariam se o rei fizesse o mesmo, mas ninguém faria isso na cara dela, e isso era tudo o que importava.

Karin sabia que Sasuke jamais se importaria, ele amava a luxúria a por mais que nos primeiros meses de seu casamento eles amassem um ao outro, aquilo provavelmente não acontecia mais naquela época. Sabia disso pois ele havia lhe mandado para um palácio só seu e para a boa entendedora que era, aquilo era o bastante para dizer-lhe que ele apenas a desejava, e quando queria algo, descia até seus aposentos para possuí-la e então sair no dia seguinte.

Karin queria ser obedecida, queria ser venerada como seu esposo era e o quanto mais rápido os criados aprendessem a fazer o que lhes era mandado, melhor. Ela por parte, tinha sido forçada àquele reino e àquele casamento contra sua vontade, mesmo que tivesse crescido sabendo que estava prometida à ele desde o berço, mas estava aprendendo a tirar o melhor da situação.

Sua vida podia ter sido bem pior.

Ela era a rainha e sabia que não seria um simples convite para ser exibida e talvez até tocada por bêbados cheios de dinheiro que lhe tiraria a coroa.

[...]

O clima ficou pesado naquela sala do castelo real, Sasuke estava bufando de raiva e nem mesmo o efeito do álcool parecia fazê-lo diminuir.

Como ela podia humilhá-lo daquela forma? Como poderia sequer pensar em desobedecê-lo...

- A rainha Karin se recusa... – ele gargalhou arremessando o vinho. – Ela se recusa... A rainha Karin desafia o rei recusando a minha ordem?

- Não somente o rei, mas a todos os oficiais deste reino – lembrou Kakashi. – Uma ordem real deve ser cumprida, e se sua própria esposa não a cumpre, quem irá cumprir?

Seu sangue parecia ferver e sua cabeça podia explodir a qualquer momento.

- De acordo com a lei, o que se deve fazer à rainha Karin?

O jovem rei perguntou aos conselheiros do local e ao próprio Kakashi. Ela não obedeceu à ordem do rei transmitida pelos oficiais. Ele estava furioso, ninguém jamais poderia desobedecer sua lei, ele a convocara e como boa esposa, Karin deveria ir até sua presença usando a coroa.

Quem diabos ela pesava que era?

Sasuke indignou-se pois suas intenções eram as melhores possíveis. Ele talvez a amasse porém queria que todos – exatamente todos – daquele reino tomassem consentimento disso. Queria que todos soubesse que ele tinha uma linda esposa e só sua.

Então Kakashi respondeu na presença do rei e dos nobres: – A rainha Karin não ofendeu somente o rei, mas também todos os nobres e os povos de todas as províncias do rei Sasuke, pois a conduta da rainha se tornará conhecida por todas as mulheres, e assim também elas desprezarão seus maridos – disse o Grão-Duque, com sua sabedoria. – O rei Sasuke ordenou que a rainha Karin fosse à sua presença, mas ela se recusou. – pausou estendendo-lhe o cetro real. – Por isso, se for do agrado do rei... Que meu senhor emita um decreto real, e que seja incluído na lei irrevogável da Ásia determinando que Karin nunca mais compareça na presença do rei.

Kakashi naquele momento não poderia estar mais feliz, ela era péssima no final das contas e a causadora de tantos rebeldes se levantarem no reino. Ela nem ao menos cumpria seus deveres de rainha, tudo que queria era poder e mais jóias.

Desde que se entendia por gente, ele via o quanto a rainha Mikoto era formidável em suas escolhas, suas preocupações tanto com o povo como para com seu marido. Não era o um ato machista. Era a lei, ele fora criado para dar aos outros o conhecimento da lei e de como em hipótese alguma, ela deveria ser descumprida.

- Também... Dê o rei a sua posição de rainha a outra que seja melhor do que ela – completou por fim, aos sons de aplausos de todos os nobres. – A rainha Karin por desobediência a uma ordem real, em nome do conselho, eu digo que deve ser destituída do trono.

- E que assim seja feito. Escribas! – ele chamou, tomado pelo vinho. – Que seja escrito para cada província e para cada reino em sua própria língua. – o Uchiha hesitou, por mais que a parte pensante de seu cérebro berrasse lhe dizendo que após a sobriedade chegar ele se arrependeria, Sasuke era teimoso demais. – Que seja levado uma carta pessoal feita Pelo Grão-Duque ao rei Uzumaki, que eu declaro como próprio ato real que eu, o rei, não mais reconheço Karin Uzumaki como minha rainha devido a sua desobediência ao ousar se opor a uma ordem explícita do rei.

[...]

Na manhã seguinte, Sasuke estava inquieto, aborrecido consigo e mais aborrecido com Kakashi por dá-lhe aquela ideia tão absurda.

Ele chegou até mesmo pensar que seu conselheiro, a pessoa que praticamente havia ocupado o lugar de autoridade em sua vida após a vida tragada de seu pai ser um traidor. Um rebelde ou um conspirador.

Sasuke acabara de iniciar uma guerra e por fim, estava tão arrependido. Ela era sua rainha, sua esposa, ela era sua Dama do Fogo. Como diabos podia ter feito alo tão estúpido?

Naquele instante Sasuke odiou o vinho com todas as forças.

- Kakashi, traga a rainha de volta para mim – ele ordenou, porém aquilo mais parecia uma súplica – Por favor, traga de volta a minha mulher.

- Sinto muito Majestade, não existe mais uma rainha. Isso é algo que está totalmente fora de alcance agora – o conselheiro disse pela sexta vez. – Meu senhor assinou o decreto real.

- Foi uma decisão tomada as pressas, um ato impensado! – Sasuke explodiu.

Kakashi quase riu de seu desespero.

- Foi o vinho – insistiu o rei. – Eu revogo a minha ordem, revogo-a totalmente. Traga Karin, eu a quero aqui! – ele se pôs de pé em seu leito, caminhando até o homem. – Eu quero devolve-lhe a coroa, hum? O que me diz?

- Meu rei, foi um decreto real – falou calmo. – O rei não pode ser revogado e nem mesmo o rei pode ir contra a sua lei – Kakashi tentou tirá-lo daquela agonia. – Pense um pouco, peça a orientação dos outros Conselheiros, deite-se com quantas mulheres quiser para esquecê-la mas Karin não poderá jamais voltar a governar este reino ao lado do meu senhor.

Ele bufou jogando-se na cama outra vez, incapaz de olhar para o homem parado ali.

Horas mais tarde, estavam todos reunidos no grande salão de negócios do rei. Ele estava furioso – talvez devastado demais – para escolher ter tão reunião na sala de tronos. Sasuke não queria sequer direcionar os olhos para o trono de sua amada ex rainha.

Ele estava ofuscado, zangado e pior, havia sido ameaçado e seria questões de poucos dias para que o rei Uzumaki chegasse as suas terras para guerrear. Sasuke tinha plena certeza de que ele certamente o odiava após o que tinha feito. Karin ficaria para sempre com sua imagem manchada e sabia que seu pai não havia gostado nada da ideia.

Porém, era Naruto que mais tremia. Ele sabia o quanto seu tio poderia ser intimidante mas tinha total certeza de que ele era corajoso o bastante para afrontar Sasuke, talvez até mesmo tirar sua vida.

Aquele derramamento de sangue começaria em breve ao chegar nas terras de Suna e tudo era culpa da cabeça oca de Sasuke.

- Majestade, uma decisão precisa ser tomada as pressas – disse Kizashi, um dos mais antigos conselheiros do local. – O império precisa de herdeiros, o senhor precisa de uma rainha e dar a ordem aos soldados que se preparem para a batalha.

- O que acha da ideia de se casar com outra princesa? – ofereceu seu tio Hizashi, irmão de Hiashi. – O que me diz de Temari a filha do rei de Suna? Ela parece muito bela e educada.

Sasuke revirou os olhos.

– Ela me parece um tanto mimada demais, Karin perdeu o trono por conta disso.

- Mas veja só, as guerras entre o país do fogo e Suna desapareceriam. – insistiu o irmão do rei do Gelo.

- Tio, eu já lhe disse e repito, eu não vou mais me casar com alguém que não conheço só para obter vantagem – ele bufou. – Por favor, não ocupe o lugar de minha mãe em tentar me convencer disso.

- E o que acha de uma plebéia? – disse Kakashi, sabiamente.

- Isso com certeza irá acalmar um tanto as ações dos rebeldes. – Hizashi concordou.

- Certamente, não podemos correr o risco de ficar sem herdeiros – disse um outro. – Pela renúncia de Itachi, no caso de morte de vossa Majestade não haveria ninguém para comandar o reino. Não haveria herdeiros para o trono. Com a presença de uma rainha, tudo seria muito mais fácil.

Aquilo não o ajudava em nada, apenas o aborrecia ainda mais por ter sido tolo o bastante de decretar algo enquanto estava bêbado. Que tipo de rei faria aquilo? Era apenas mais um de seus atos impulsivos para sua enorme lista de vacilos.

- O que vocês me aconselham, senhores? – o rei perguntou, sua voz denunciava seu desespero. – Estou totalmente aberto a ideias.

Todos permaneceram em silêncio e em seus lugares, mas os olhos de Sasuke acederam um pouco brilho de esperança quando Kabuto deu um passo a frente, requerendo permissão

- Se for da vontade de meu senhor. – ele começou.

- Fale de uma vez. – ordenou Sasuke.

- Que o rei traga soldados de todas as províncias para defender o reino. E para um ato surpresa, que seja usado magia para tirar a vida do rei Uzumaki.

- Isso é ir contra a lei de Fugaku. – disse Shikamaru, entre o burburinho que se iniciara. – É feitiçaria, traição.

- Acusa o seu próprio rei de traição, Shikamaru? – perguntou, o jovem moço apenas negou. – Não sei se isso é do conhecimento de vocês – o Uchiha endureceu a voz. – Mas eu sou o atual rei e não meu pai. Seu compartilhamento é de meu agrado, príncipe Kabuto. Tragam-me já a melhor feiticeira de toda as minhas terras.

- Meu rei – Kabuto pediu sua atenção. – Se for agradável ao olhos do rei, e se for de sua vontade. Que os comissários saiam pelo reino e seja trazido para o harém do rei moças formosas e virgens de todas as províncias, incluindo princesas e toda a nobreza – o homem apoiou-se no batente da mesa. – Que sejam tratadas e educadas sobre como se comportar como uma rainha sob os cuidados da madame Kurenai, e aquela que parecer boa aos seus olhos e meu senhor se agradar, reine até o fim de seu reinado no lugar de Karin.

Sasuke ficou em silêncio, aquele era o mesmo conselho dado por sua mãe. Fim de rebeldes, fim de guerras entre povoados.

Uma rainha plebéia.

Assim foi feito, as guerras foram ganhas e mais uma vez, Sasuke tentou convencê-lo de abrir seu coração para outra moça. Outra que fosse igual a Karin. Outra fosse melhor do que Karin.

[...]

Salão das mulheres

Dias atuais

Sakura andava de um lado para o outro na varanda daquele salão. Elas eram tantas, tão mais bonitas, tão mais educadas e certamente muito mais nobres que ela.

Ela desejava saber por que seu peito se apertava e aquela sensação de perda sempre parecia lhe sufocar. Ele se preocupava com ela, ele a queria então por que diabos Sasuke parecia ter o mesmo comportamento com todas as outras ali?

Ela ficou bem aborrecida ao entrar naquele salão algumas horas antes, era sua primeira vez perante todas ali desde que fora mandada para um quarto solo e os olhares lançados ao foram nada acolhedores.

Elas a olhavam com repulsa e naquele momento Sakura se sentiu impura. Certamente estava mau falada entre elas.

- Senhorita – alguém chamou, era uma de suas criadas. – A rainha Mikoto exige a presença de todas no grande salão.

Sakura engoliu em seco, Sakura tremia só de ouvir aquele nome. Não sabia por quê nem como mas Mikoto aparecia em seus sonhos constantemente, ela estava sempre da mesma forma: bela e cheia de magia percorrendo cada veia de seu corpo.

- No futuro, haverá uma rainha encantada.

Ela dissera na noite anterior dentro de seu sonho, como se recitasse um encantamento. Sakura sempre estremecia com aquela voz, era tão suave, tão chamativa, como se a encantasse a cada palavra dita.

– Ela livrará o povo da devastação e então após séculos sangrentos os povos dessas terras verão a paz. Um reinado de bondade e graça.

Sakura respirou fundo para afastar as imagens enquanto caminhava com graça para dentro do salão outra vez. Todos os olhares foram para ela mas de todos aqueles, seu coração acendeu quando Sasuke repousou seus olhos sobre ela.

Aquele olhar...

Seu coração se derreteu. Sakura conhecia bem aquele tipo de olhar, ela conhecia aquela curva tímida para um sorriso e os olhos brilhantes. Aquele era o mesmo tipo de olhar que Sasori tinha sempre olhava para ela, o tipo de olhar que a fazia quase morrer com tamanha felicidade.

- Bem estrategista você, não é “senhorita” – a voz de Ino penetrou seus ouvidos. – Abram alas, a prostituta pessoal do imperador se aproxima. – cochichou.

Vou matá-la. Ela pensou.

– Guarde as suas suposições para você, Ino. Não sou prostituta do imperador – Sakura se pronunciou para loira. – Eu realmente sinto muito se com um sorriso, chamo mais atenção do que você com um vestido decotado.

E voltou a caminhar até aonde havia sido instruída a ficar com graça e elegância. Não podia olhá-lo, não podia sequer se aproximar mas também não podia se conter.

Como diabos havia lutado contra algo tão belo? E se desse errado, era o destino. O seu destino.

Sasuke ignorando totalmente suas próprias ordens seguiu até a rosada em passos longos e firmes. Ele não podia ficar longe, não mais. Sasuke se perguntou por miseráveis dias onde havia visto aquele par de olhos antes porque era deles que sua noite era tomada. Ele sabia que em algum momento de sua vida, por mais rápido que houvesse sido, ele já tinha visto aquela adorável moça.

- Pode levantar o olhar, minha dama – o imperador pediu quando estava próximo o bastante. – Sakura, olhe para mim.

- Majestade. – saudou com uma reverência, levantando o tímido olhar.

Ele estava a poucos meros centímetros mas era o bastante para Sakura se perder com seu cheiro, aqueles olhos, como não havia notado o quão belos eles eram?

Ela suspirou baixinho enquanto esperava a palavra mas ela não viera, invés, Sasuke apenas deu meia volta, sorrindo o bastante para todas ali entenderem o significado daquele ato.

Ele não sabia como e nem quando aquela moça havia tomado tanto espaço em seu coração, Sasuke não sabia se estava apaixonado por sua beleza ou por sua coragem mas Sakura certamente estava em seu coração. Ele soube disso no momento em que perdera uma noite de sono por não parar de pensar no par de olhos esmeraldas.

Ele sabia que estava perdido desde o passei nas províncias quando ainda era apena um príncipe inexperiente.

- Sasuke querido – a antiga rainha chamou sua atenção. – Não gostaria de ditar sua decisão?

- Claro, mãe – ele pigarreou. – Bom, todas vocês sabem porque estão aqui, sabem o papel de uma mulher do rei, é servi-lo não importa qual seja sua petição.

Sakura baixou o olhar. Sasuke era mesmo esse tipo terrível de homem? Como diabos em uma hora ele a dizia se sentir única e então dizia que todas aquelas malditas garotas deveriam se tornar suas mulheres.

Ela sentiu o nojo percorrer seu corpo e a raiva lhe dominar. Ele era complicado como o inferno.

- Porém, eu, seu rei e imperador Sasuke Uchiha digo que em meu reinado, não terão de me satisfazer em nada – falou alto o suficiente para todos os presentes ali ouvir. – A única tarefa que eu ordeno a vocês é que dancem quando solicitadas e fique que claro. Apenas as garotas que citarei a seguir permaneceram no harém, todas as outras restantes. serão levadas para a casa das mulheres.

- Ino Yamanaka. – O Grão-Duque anunciara. – Princesa Temari de Suna, Princesa Tenten de Konoha, Miraily de Kiri..

Seu coração estava pronto para sair pela boca enquanto todas as outras baixavam a cabeça. Ela iria para casa das mulheres e para lá, Sakura não conseguia decidir o que era pior.

- Trinity, de Hegai; Konan de Ame e Sakura Haruno, de Konoha – o homem se virou para olhar. Seu coração quase saia pela boca e aquele sorriso lhe reconfortou de tal forma que Sakura mal podia se conter. – A preferida de meu rei.

[...]

No fim da tarde e antes da noite finalmente se erguer, Sakura se despia sem a presença de duas criadas quando a porta de seu quarto fora bruscamente aberta e por ela Kurenai passou aos pulos de felicidade.

- Sakura minha querida. – Kurenai cantarolou.

A morena mal podia conter o sorriso quando jóias e mais jóias entravam pela porta de seu quarto. Sakura prendeu o fôlego procurando calma mas ela não viera. Quando a terceira criada entrou, ela entendeu do que se tratava aquela invasão.

O rei queria vê-la, certamente. Teve certeza disso ao ver o magnífico vestido em sua frente, era mais lindo do que qualquer outro já usado, na verdade, era mais lindo do que qualquer outro vestido já visto por seus olhos.

- É tão...

- Maravilhoso, eu sei – Kurenai sorriu. – Este vestido foi a criação mais linda que fiz, eu o fiz para minha futura rainha.

Sakura sorriu.

- Por favor, aceite-o como um presente pessoal de sua serva – disse a nobre. – Sasuke a chamou, ele deseja vê-la imediatamente.

Seu queixo caiu, Sakura no fundo sabia que aquele dia Chegaria, era inevitável ainda mais nas condições que se encontrava. Ela era, sem sombra de duvidas, a moça que mais o rei havia achado graça e formosura. Mas fora outra coisa naquela conversa que lhe tirara da perfeita sanidade, que história toda de serva era aquela?

Era possível que... Não. Não podia ser, ou talvez até podia ser.

- Diga-me que não é o que estou pensando – ela disse. – Madame Kurenai, por favor, não me obrigue a me deitar com aquele homem.

- Sakura minha querida, para o seu próprio bem, dê uma chance a esse sentimento – a madame pediu. – Você é a preferida de meu rei e eu tenho muita certeza de que se ao menos tentar, é você que reinará no lugar de Karin.

Reinar... Aquela palavra, aquele simples palavra a fez quase desmaiar. Ser esposa de Sasuke, mãe de seus filhos e torna-se rainha da Ásia era consideravelmente uma opção boa de vida – em verdade uma opção ótima. – Viver no palácio, cercada de bajulações, jóias, príncipes e princesas... Sakura sorriu ao pensar. Ela não queria muito, ela queria apenas igualdade para com todos os povos. Ela queria amor entre os povos. A paz.

- Certo – falou por fim. – Seja o que Deus quiser, mas, caso amanhã me enfoquem, digam a meu pai e minha mãe que os amo com todo o coração.

[...]

- Os aposentos reais estão prontos, meu senhor. – Kakashi disse ao sorrir. – Meu rei parece muito feliz, devo achar que encontrou sua rainha?

Sasuke sorriu, despindo-se das roupas pomposas para uma mais simples. – Kakashi, eu devo agradecê-lo, eu nunca via tamanha beleza em todo o reino como a desta moça. Nem Karin se compara a formidável beleza de Sakura.

- Então quer dizer que meu amado rei finalmente fez sua escolha? – o Grão-Duque procurou conter a surpresa. – Digo, de acordo com meu senhor, a moça em que chamardes pelo nome reinará até o fim de seu reinado. Acabou de chamá-la por Sakura.

- Não é assim tão fácil.

- Como não? – ele se indignou. – Vossa Majestade é o rei, o grande Imperador do Fogo, como pode não ser fácil? Apenas ordene e Sakura será sua rainha, meu senhor.

- Aí é que está – falou Sasuke. –  Uma concubina me satisfaria a noite inteira mas após o almoço eu já haveria me esquecido de seu rosto - Sasuke sorriu ao lembrar-se de Sakura. - Uma rainha não, Kakashi, uma rainha deve ser conquistada. Há algo nela que me faz querer lutar para conquistar seu coração, não quero forçá-la a nada. Eu a quero por amor.

- Meu senhor tinha que escolher justamente essa? - o Grão-Duque de pôs a sair - Eu já estava até me divertindo.

- É Kakashi, eu tinha sim.

Kakashi sorriu, mas não o tipo de sorriso orgulhoso, ele sorriu o tipo de sorriso que um pai sorrir para o filho. Não havia satisfação maior do que aquela, não havia alegria maior do que ver seu menino rei feliz, apaixonado e desta vez não só pela beleza de uma moça.

Ele agradeceu aos deuses silenciosamente enquanto se retirava. Ela logo seria trazida, logo seria feira mulher por seu imperador e em todas as fichas apostadas pelo Graõ-Duque era de que no dia seguinte toda a Ásia conheceria sua nova rainha e se conhecesse bem seu garoto, aquela rosada não seria apenas sua rainha.

Ela seria sua Imperatriz.

....

Sakura caminhava em passos lentos e graciosos até a porta dos aposentos do rei enquanto sei coração rebelde faltava-lhe sair boca a fora.

Ela estava nervosa e indecisa, como poderia dizer que não podia se deitar com ele? Como poderia rejeitá-lo sem que o magoasse, ou pior, sem deixá-lo furioso.

A noite já havia caído e o cheiro emanava pelos corredores antes mesmo de se aproximar da porta. Ela havia parado subitamente, desejando ao mesmo tempo que fugir dali, entrar naquele quarto e ouvir o que quer que Sasuke queria lhe dizer – ou lhe fazer.

- Kurenai, me diga – ela chamou pela mulher. – O eu devo fazer? Como devo falar e agir, por favor estou no escuro.

- Minha senhora – ela sorriu tentando acalmá-la, invés disso apenas a atiçou mais com aquela reverência toda. – Seja você mesma, seja a garota doce e gentil que é. Sasuke não irá lhe fazer nada que não queira, confie em mim.

Sakura virou e deu passo um passo para a porta, tocado a madeira firme e bem polida. – Obrigada, madame Kurenai.

- Não há de que, e lembre-se, não o rejeite. Dê-lhe uma chance. Dê uma chance a você mesma.

Quando passou pelas portas, pôde sentir o aroma de lavanda lhe penetrar as narinas, trazendo a memória doas campos docentes de sua província. Era um quarto enorme com belíssimos e ricos móveis.

Havia uma cama que pegava quase toda uma parede e uma enorme escrivaninha com pergaminhos. Sakura baixou o olhar ao ver Sasuke sair provavelmente do banho trajando algo que ela intitulou ser um pijama.

Ela se perguntava como por Deus ele conseguia ser tão bonito e ainda assim ser tão simples. Sua barriga embrulhou e o frio não lhe abandonou. Era um perfeito quarto para um homem perfeito.

- Minha doce Sakura – ele falou, Sakura quase pôde sentir o sorriso se forma no rosto do rei quando ele lhe tocou o queixo. – Olhe para mim, deixe-me ter a honra de ver seus olhos outra vez.

- Meu senhor - ela o saudou. – Como anda meu amado rei esta noite?

Sasuke podia explodir em fogos de felicidades. Ela o havia o chamado de amado e céus aquilo nunca havia parecido tão bem aos seus olhos como uma reverência até aquele momento.

- Melhor do que nunca – ele sussurrou para ela.

De repente, Sasuke foi tomado por um novo sentimento. Era uma lembrança, ele concluiu.

Dois anos antes de torna-se rei, quando ainda era príncipe – um desajeitado príncipe – Fugaku anunciara um desfile, Itachi estava noivando e aquilo era motivo de festa para todo o império, o próximo Rei do Fogo finalmente poderia reinar como lhe era prometido por primogenitura e todos festejavam menos Sasuke Uchiha.

Ele estava aborrecido demais, eram pessoas falsas fingindo devoção e submissão ao rei, nobres cheios de boas intenções em troca de propina e daquilo, tudo que lhe restava era aguentar ate até o fim do desfile.

Porém, algo tedioso tornou-se quase o dia mais importante de sua vida.

Ela fora corajosa, audaciosa até demais em sua opinião para ela também era tão linda que Sasuke sentiu o coração apertar. Quem era aquela plebéia de cabelos tão peculiares? Ele jamais seria capaz de esquecê-la.

Ela salvara uma criança de ser atropelada e totalmente esmagada por uma carruagem real e fora o bastante para que ele se prendesse naquele par de olhos esmeraldinos.

- Você está ferida? – um oficial havia perguntado a moça.

- Estou bem, por favor, não me puna, senhor – ela pediu com doçura. – Eu não podia ficar parada olhando esta criança morrer.

- Fique quieta e apenas se afaste para prosseguir o desfile. O rei irá recompensá-la por seu ato heróico, Senhorita.

Era ela.

Ela era sua doce Sakura, aquela moça que tantos anos atrás o perturbou noites e noites de sono.

- Era você... – ele disse por fim. – No dia do desfile, era você... Como eu poderia ter me esquecido.

Fora surpresa o bastante para Sakura cambalear.

- O que disse?

Sakura se chocou com a parede. Como diabos ela não se lembrava daquilo? Como raios ela não havia percebido... Foram tantas noites perdida e apaixonada no olhar de Sasuke para com ela, tantas poesias criadas e tantos sonhos.

Sonhos que jamais haviam chances de cumpri-los e como obra o piedoso destino lá estava ele se lembrando dela que lembrava a si mesma do amor que sentira.

- O grande rei se lembra de mim? – sussurrou.

- É claro que sim – falou – Seu rosto brilhava nas ruas de Konoha no meio da multidão. Você salvou uma criança, foi muito corajosa. Como eu poderia esquecê-la?

Então, sem pensar nas consequências daquele ato, sem pensar em qualquer outra coisa, Sasuke a tomou para si, selando seus lábios em um doce, ansioso e tímido beijo.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, foi feito com muito amor.
Bom, postarei o próximo assim que der; com direito a um beijo arrebatador kkj.
Obrigada aos comentários e favoritos, amo cada um de vocês minhas queridas (o), sem vocês nada isso aqui seria feito.
Bjo da Mari 💕


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