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História Dama do Fogo - O Passado


Escrita por: daemyrax

Notas do Autor


olaaaaá
olha quem resolveu aparecer depois de tanto tempo com mais um capítulo.
então gente eu me explico nas notas finais, vamos a essa belezinha.
boa leitura ❤

Capítulo 7 - O Passado


Fanfic / Fanfiction Dama do Fogo - O Passado

Reino do Fogo – Muitos anos Antes

A moça bela e tímida corria desesperadamente para casa com os cabelos negros como a noite a balançar pela brisa. Estava assustada e ao mesmo tempo curiosa, o que exatamente era aquelas sensações que vinha sentindo? Todo aquele calor e formigamento nas mãos, aquela luz cor-de-rosa intensa quase vermelha que vinha lhe acordando no meio da madrugada há noites...

Era algo confuso e tão lindo que Mikoto não resistiu. Ela sabia dos boatos, sabia as punições e ainda assim, estava correndo o risco praticando aquilo que todos chamavam de magia. Ela era uma bruxa? E se era, era uma bruxa boa ou má?

Ela correu rapidamente para dentro da casa que ficava rodeada pela floresta densa. Floresta que dividia-se com o Bosque do Gelo. Ela estava decidida a compartilhar aquilo com mais alguém, tirar das costas não só o peso de saber sobre as canalhices de seu pai ou o afastamento de sua mãe, mas que ela era especial, tinha dons e talentos peculiares para fazer o que quer que lhe viesse na mente.

- Irmã! – ela gritou para Hasamy, a Uchiha mais velha. – Aconteceu algo incrível hoje, você precisa ver isso.

Hasamy por sua vez havia herdado tudo de seu pai. Ele era um Hyuuga temido e general das tropas do Reino do Gelo quase nunca estava em casa e ainda assim, para ela, estar ali era como se seu pai estivesse também. Hasamy tinha não só seus olhos como também puxara sua parte altruísta, ela era uma guerreira em treinamento até aquele momento.

Fora algo totalmente inesperado, algo que ela lutava para esconder da irmã há exatamente um ano daquele dia e agora estava tão apavorada quanto Mikoto.

- Consegue ver?

A mais nova perguntou acendendo novamente a magia em sua mão. Ela pensou em uma bola de cristal em sua cor favorita, pensou em criar um diamante ou até mesmo uma rosa branca. Mas em sua mão a luz vermelha se materializou até que virasse um cordão.

– Diga-me irmã, isso é...

- Magia. – Hasamy concordou. – Você tem magia? Mas... Como?

A Uchiha mais nova sentou-se na cama. Estava encrencada, ela já estava perdida e estaria ainda mais quando sua irmã soubesse me que havia se metido ou com quem havia se metido – ela, Mei Terumi a famosa bruxa má do Fogo – não era uma pessoa boa, Mikoto sabia disso, ela era perversa e sem escrúpulos obceca pela maldade e por mais doloroso que fosse saber, ela era amante de seu pai.

Mikoto havia fugido furtivamente com a mentira de que ia buscar mais lenha para a lareira, quando na verdade havia ido espionar seu pai e a mulher em que ela estava envolvido e para sua desgraça, naquele dia, Mei havia lhe visto e havia ficado furiosa.

Ela a atacara sem nem ao menos saber na cabeça, com uma bola de fogo criada por ela mesma. Mikoto ficará tão apavorada que correra, não por medo de ser ferida mas por medo de ferir mais alguém, ela não se importava com Mei, se importava com qualquer outra pessoa que lhe fosse uma ameaça e lhe obrigasse a atacar sem querer.

Logo a magia floresceu impedindo de morrer congelada no rio das Aguas Claras.

- Eu... Eu Estava caminhando pelo bosque atrás de uma coisa – ela mentiu. – Então, precisei atravessar o riacho rapidamente para fugir de um urso que me perseguia...

Ela estava mentindo descaradamente e sua irmã sabia disso. Mikoto procurou ser mais convincente e levantou-se, recebendo a brisa suave da janela.

- Foi muito rápido mas parece que... Hasamy sei que parece loucura – fechou os olhos brevemente. – Mas eu atravessei o riacho, próximo da colina, me parece que minhas mãos me impediram de cair do penhasco para o rio. Eu não sei se estou ficando louca mas algo me empurrou novamente para a ponte quando eu deveria ter caído na água.

Hasamy sorriu, ela não tinha sua magia no fim das contas. Seria algo mais suportável, algo no qual poderia ser controlado. Ela sabia que qualquer coisa seria muito melhor do que ter até que parar de respirar por minutos para não congelar tudo. Qualquer coisa seria melhor do que dormir e acelerar o tempo para o inverno ou até mesmo matar quem ama por não saber controlar os poderes.

- Eu acredito em você – ela sussurrou.

- Essa nem foi a pior parte – confessou a menor. – Eu meio que criei um campo de papoulas na vinda para cá e transformei um pássaro em gente. Eu posso desfazer só ainda não sei como. Meu Deus estou perdida.

Ela gargalhou aproximando-se da irmã. Como explicaria para seu pai o que ela era? Na verdade Mikoto se questionava o que ela era, de quem havia herdado o dom? Sua mãe tinha magia também? Mikoto pensou no instante seguinte que talvez seria por isso a fascinação e a queda de seu pai por feiticeira.

Ela não queria ser má, estava longe disso.

- Há algo que preciso lhe mostrar também – Hasamy chamou sua atenção. – Não tenha medo, não vou machucá-la mas agora que sei que você possuí magia, tenho algo em mente.

Ela se levantou rapidamente indo até a porta e trancando-a. Hasamy sabia que poderia ser catastrófico porém, se Mikoto tinha poderes como realmente dizia, ela poderia ajudá-la a controlar seus próprios poderes ou até melhor isso, ela poderia ajudá-la a se livrar daquela maldição.

Fechou os olhos procurando concentra-se em algo bom, algo que não fosse a decadência de sua família. Ou seus dons destrutivos ou a morte de seu amado. Algo que fosse além de tudo.

Ela se concentrou em Hiashi não sabendo exatamente o porquê mas gostando da calma que lhe viera. O príncipe que havia lhe salvado de ser devorada por uma fera e que agora não deixava seus pensamentos um só segundo.

Mikoto por sua vez olhava atentamente para a irmã, procurando entender o que era todo aquele brilho branco misto com azul em suas mãos. Era fascinante. De repente o clima havia ficado frio naquele quarto, os pequenos e quase imperceptíveis flocos de neve dançavam sobre suas cabeças e um sorriso gritou em seu rosto.

Hasamy tinha magia de Gelo, ela era capaz de criá-lo ou manipulá-lo, ela concluiu.

- Há muito tempo eu guardo isso apenas para mim – confessou a irmã. – É torturante, não posso dormir para não congelar tudo ou estar de humor alterado. É como se eu perdesse o controle disso, sabe. Não é um dom agradável, Mikoto, é o próprio caos. Isso me leva a fazer coisas terríveis

- Como o quê? – ela perguntou em sua inocência.

- Matar as pessoas que eu amo.

[...]

Mikoto

Mikoto se dirigiu até os estábulos procurando terminar seus serviços antes que sua mãe voltasse e ficasse furiosa ao ver que não terminara o que lhe foi ordenado.

Ela – apesar de tudo e todo aqueles dons presos dentro de si – era uma moça obediente, era linda e tão educada quanto uma dama da nobreza.

- Vamos lá – ela disse assim mesma, canalizando o poder nas mãos. – Não deve ser tão difícil empilhar lenha e fiar algumas palhas.

Ela deslizou suavemente as mãos sobre os grandes pedaços de lenha, aquilo era muito mais fácil do que deixar suas mãos calejadas por horas tentando mantê-las empilhadas perfeitamente como sua mãe gostava.

Ela era um pouco perfeccionista em tudo que fazia, era quase um hobbie.

As madeiras recém cortadas empilharam-se rapidamente nas prateleiras e todo o local tomou um novo brilho, um brilho mágico e suave que lhe causou uma coceira gostosa no nariz. Logo ela se virou para a palha, estava fresca e ótima para fiar.

- Se mamãe me visse agora. – Mikoto riu. – Quem é a fracota agora.

...

Ao passar das horas, a noite finalmente alcançou aquela parte da floresta, Mikoto preparava seu jantar quando sua mãe chegara sorridente acompanhada de seu pai. Ela tentara ao máximo a raiva que sentia do homem naquele momento, seu pai era um traidor, pilantra e um folgado.

Que tipo de pessoa abandona a família para ir deitar-se com uma outra mulher? Que tipo de homem desonra sua esposa de tal forma. Aquele privilégio nem mesmo os nobres possuíam mais. Mikoto se enfureceu saindo porta a fora.

A noite fria logo a encontrou e por mais que seu poder a aconchegasse, ela ainda assim se sentia fria. Perdida e solitária. Vivia uma mentira e mentia para poder viver.

Ela caminhou pela neve até a antiga cabana de lenhas e se acomodou ali, queria se ver longe daquele povo, se ver longe de tudo e todos.

- Pensou que sairia sem que ninguém percebesse? – Hasamy adentrou o local chamando sua atenção. – Talvez devesse sair pela porta dos fundos, irmãzinha.

Elas riram.

- Eu só precisava de um pouco de ar, ainda estou mexida por conta de hoje. – Ela falou vendo a irmã se aproximar. – Como eles conseguem viver assim? Mendigando amor e fingindo estarem bem?

- É porque essa é a vida de casado, Mikoto. – falou a dama do gelo. – Tudo se trata de aceitação. Não diga fingir, é muito bruto. Eu gosto mais da expressão manter as aparências.

Ela refletiu.

- Nossos pais não vai bem há anos, Mikoto, você só atingiu a idade para ver e entender o que se passa. – falou ela.

- Isso é triste e muito desanimador.

- É sim, mas não há nada que possamos fazer. É a vida, talvez é o tempo. Temos deveres, aliás, eu gostaria muito que me dissesse o que realmente aconteceu nessa manhã.

Ela engoliu em seco afastando a imagem de sua cabeça. Mikoto não queria magoar a irmã com mais aquela notícia, ela já estava sobrecarregada demais. Triste demais para saber que seu pai tinha um caso com uma curiosa – e a pior de todas – feiticeira que por sinal agora, provavelmente queria a sua cabeça.

- Eu já lhe disse tudo, irmã.

Ela respondeu desviando o assunto.

- Você está mentindo para mim. – ela baixou a cabeça. – Ele estava com Mei outra vez, não estava? Aquela maldita feiticeira.

Mikoto virou-se rapidamente para ela. Hasamy sabia? Ela engoliu em seco procurando por onde começar. Estava tão desesperada para tirar aquele fardo que não pensara em uma alternativa diferente, algo que não fosse ocultar a verdade.

Não magoar ninguém.

- Você sabia? – questionou inocentemente. – Como?

- Da mesma forma que você, papai é péssimo em mentiras. Ele pensa que enganar a mamãe é enganar a nós duas mas está enganado.

- E como ele está enganado minhas doces crianças. – a voz dilacerante da feiticeira quase atravessou sua alma.

Elas olharam repentinamente para a mulher ruiva. Ela era alta e tão bonita que Mikoto chegava a tremer de inveja; os cabelos cumpridos e brilhantes, a pele branquinha e levemente corada nas bochechas. Ela tinha todo o porte para uma moça da alta nobreza e parecia ser jovem o bastante para serem confundidas como irmãs.

Mikoto odiava admitir mas aquela mulher, mesmo que aquilo tudo fosse um truque, era muito mais bonita e que sua mãe e elas duas juntas. Ela não tinha trabalho, não tinha mãos calejadas, nem se sujava de carvão. Ela era quase uma casta alta se não fosse pela podridão que sua magia emanava.

Ela uma bruxa perigosa, das piores.

- O que faz aqui? – perguntou friamente.

- Isso são modos de tratar a sua quase nova mamãe, docinho? – Mei questionou com ironia. – Você andou bisbilhotando essa manhã, mocinha, me fez de tola e sabe... Eu não gostei nada. Eu quis estrangular você, acabar com esse rostinho que me lembra a sua mãe, fracassada.

- É muito fácil chamá-la de fracassada quando você não tem trabalho algum ao trapacear com sua magia. – Hasamy riu amarga. – Saia da minha casa, saia da minha família sua bruxa imunda ou eu garanto que irá se arrepender.

- Eu não tenho culpa se sua mãe não consegue segurar o homem dela em casa. – desafiou.

Mei era ousada, o tipo de mulher que mesmo antes de sua transformação em feiticeira, não se calava para ninguém. Tendo uma coroa na cabeça ou não. Ela não tinha medo, ela era do tipo que causava medo.

Há tempos vivia naquele ciclo pois acreditava que seu amado algum dia viria para seus braços. Ela não queria ser uma destruidora de lares, não queria destruir aquela família mas precisava, ela estava apaixonada. Loucamente apaixonada.

Ele era seu e não podia mas dividi-lo com mais ninguém. Mei há tempos vinha criando coragem para exterminar aquelas três mulheres a começar por a fedelha mais nova, ela não a odiava, jamais faria, Mei chegava até a admirar tamanha coragem que aquela garota tinha para confronta-la a mesmo sabendo o quão poderosa era.

Mikoto a fazia lembrar de sua época jovem, sua época onde vivia e não apenas existia. Uma época aventureira onde aquele poder não fluía junto ao seu sangue. Uma época onde ainda tinha a sua alma.

- Vocês sabem por que estou aqui, minhas garotinhas? – a mulher perguntou, sentando-se junto às lenhas. – Demorei uma década para ter tal coragem.

- Você veio nos matar. – disse Hasamy. – Papai não foi capaz de nós abandonar então você veio se certificar de que ele logo faria.

- Garota esperta.

Ela riu.

- Você não vai nós matar – Mikoto alertou com um riso fraco. – Sabe como sei disso? É porque eu vou te matar primeiro e vai por mim, vai doer tanto quanto toda a dor que já nós causou. “Mamãe

Ela não sabia se venceria, ela era totalmente inexperiente. Jovem e ainda uma aprendiz aprendendo o seu ofício. O seu dom.

Mikoto a atacara de todas as formas possíveis, ela sabia que aquilo, qualquer som, qualquer grito ou urro de dor sairia dali. Mei cuidaria para que ninguém notasse as duas meninas mortas no celeiro. Ela garantiria que estaria longe e ocupada o bastante quando o alvoroço começasse e a guarda do Reino fosse comunicada.

Ela estaria me escondida e inocente.

Mas aquele não era o plano de Mikoto, ela planejada aquilo desde o amanhecer quando a vira bisbilhotar, ela sabia que Mei viria e sabia o que precisava fazer para dar um fim naquela mulher.

- Eu não vou deixar que machuque mais ninguém da minha família. – bradou para a bruxa, ao ver o corpo inconsciente de Hasamy congelando o chão do celeiro. – Já chega de dor, já chega de brigas e já chega de magia.

E então, em uma conjuração feita em uma língua que nem ela mesma pensava saber aprisionou ao seu corpo, a alma pode de Mei Terumi. A bruxa.

Ela não machucaria mais ninguém, ela não faria mais nada.

- Você agora sou eu. – disse limpando o suor da testa. – E eu, serei você até o dia de nossa morte.

[...]

Sakura

Os estrondos de distantes trovões podiam ser ouvidos do outro lado da floresta que cercava as montanhas próximas ao Castelo, lembrando a tempestade furiosa que havia ocorrido naquele dia. A chuva, que seguia os raios e os trovões ensurdecedores, deixou para trás feno espalhado e profundas poças de água límpida nos recortes da grama cheia de musgo. O sol escaldante aquecia os penhascos e uma nuvem se formava com o vapor ascendente, espalhando-se em torno da montanha e se misturando com a névoa da noite que subia dos pântanos da floresta.

Um pássaro iniciava sua canção noturna e os últimos gafanhotos do verão haviam começado a estridular, quando tudo se calou, de súbito, e um silêncio absoluto caiu sobre todo aquele lugar. Nada mais era ouvido e os tentáculos cada vez mais grossos da névoa se moviam de modo fantasmagórico em meio à quietude adentrando suavemente meu quarto.

As estrelas que haviam iluminado o céu do anoitecer se apagaram quando uma grande sombra deslizou em frente a elas, espalhando o medo.

Eu procurava qualquer pequena coisa que fosse afastar meus pensamentos de Sasuke. Saber que ele corria perigo e que há um mês não dava quaisquer sinais de volta me deixava mais aflita que qualquer outra coisa.

A guerra se estendeu por aquelas quatro semanas de forma agressiva. O frio começava a se instalar passivamente pelo Reino e eu estava cada vez mais apavorada.

Sasuke me dera ordens para ser cumpridas antes de sua volta porém eu era covarde demais para cumpri-las e eu temia ser descoberta naquele momento de fraqueza.

- Obrigada. – eu disse á criada após destrançar meus cabelos.

Eu já estava para me deitar, não queria mais ser vista naquela noite e estava farta de tantos olhares críticos. Farta de Mikoto e suas teorias de que eu não era boa o suficiente e farta de Kakashi e a Coroa.

- Deseja mais alguma coisa senhora? – ela perguntou apanhando a bandeja. – Posso mandar que lhe sirvam o jantar em seus aposentos.

- Não, obrigada. Eu estou sem fome essa noite. – disse. – Diga para que me traguem apenas uma garrafa de vinho.

Ela sorriu gentil se retirando do quarto.

- Se a senhora precisar de qualquer coisa mande me chamar. – disse ela.

- Apenas mande que os guardas permaneçam de prontidão – avisei. – Ah, e por favor, diga a Princesa Hinata que por gentileza, eu gostaria de vê-la.

Hinata era única pessoa em quem eu dividia verdadeiramente meu tempo naqueles últimos dias, quando o Trono não me chamava. Ela se tornara muito mais que apenas uma aliada, ela era como uma irmã que eu nunca tivera. Sempre ouvinte e naqueles últimos dias uma médica excepcional.

Ela atravessou a porta com os cabelos soltos e um vestido fino cor de rosa. Estava pronta para dormir, eu pensei.

- Mandou me chamar, Majestade? – perguntou com um sorriso. – Eu estava prestes a me retirar quando fui abordada no corredor por uma serva.

- Sabe que não precisa de formalidades.

Eu sorri a repreendendo, logo sentando-me na poltrona junto a cama.

- Está passando bem, Sakura? – ela se aproximou. – Você parece pálida, minha amiga.

- Hoje foi um dia longo, estou exausta e não me sinto tão bem nos últimos dias. Como eu havia lhe dito, estou cheia de náuseas e... – eu olhei pela janela. – Isso não é uma gravidez, meu período já veio este mês. Só sinto que estou mais fraca a cada momento.

Hinata olhou com atenção enquanto andava de um lado para o outro no quarto. Eu sabia que ela tinha uma teoria, sabia que provavelmente não era boa a julgar por sua feição e pior, sabia que ela não queria acreditar em sua própria teoria.

Hinata parou e foi até o parapeito, para onde as plantas e parou subitamente frente a uma delas.

- Morugem é uma planta antiga, uma das minhas favoritas. – ela disse tocando folhas da pequena planta. – Essa pequena planta, é uma poderosa erva medicinal. Trata dos piores males na Terra. Até mesmo o mais severo veneno.

Ela olhou novamente para mim.

- Eu não tenho certeza, Sakura. Mas acho que sei o que há de errado com você. – Hinata caminhou rapidamente até a porta, abrindo-a. – Eu irei estudar. Porém, minha amiga, isso me parece muito com... Veneno.

[...]

No dia seguinte eu havia acordado derrotada. Estava exausta e após aquela teoria de envenenamento, eu mal havia conseguido pregar os olhos.

Estava aflita.

Quem diabos queria me envenenar e por que... Apenas por ser uma plebéia? Seria Mikoto procurando aos poucos me matar ou algum nobre temendo o poder de uma rainha.

Era incontáveis os suspeitos.

- E quanto a Abunsibel, nossas tropas avançaram mas não obtive nenhum retorno, general. – eu disse bebendo um gole de chá. – Talvez eu concorde com meu marido em que o senhor não esteja mais adepto para o seu posto. Abunsibel é grande, bem povoada porém necessita ser tomada e logo.

- Vossa Majestade – ele começou. – Nossos homens estão lutando bravamente contra os soldados de Abfar, o rei de Abunsibel. Porém ele tem tropas admiráveis. Homens bem armados e treinados e com metade de nossos homens em guerra com o vosso marido, o Rei, ficamos cada vez mais fechados.

- Eu ando muito tolerante com o senhor, General Hidan. Há uma centena de soldados loucos pelo seu posto. Trate de o fazê-lo corretamente. Ainda hoje quero notícias de que conseguimos derrotar Abfar.

O homem assentiu curvando-se e logo se retirou. Eu pude sentir a fagulha de ódio passar por seus olhos e adicionei mais um à minha lista de suspeitos.

Hidan era desde sempre devoto à Sasuke e a família real. Era general desde a época de Fugaku e mantinha-se firme; nunca poupando soldados e nunca retrocedendo.

Ele era uma ameaça e ao mesmo tempo alguém pelo qual mantemos perto para nossa segurança pois era bom no que fazia. Eu bebi outro gole voltando outra vez minha cabeça para meu marido.

- Alguma carta enviada de meu esposo? – eu perguntei ao sacerdote.

- Nenhuma, minha rainha. Posso sentir que vosso coração anda aflito mas os deuses cuidarão do poderoso Sasuke Uchiha. – ele sorriu gentil. – Agora se me permite, gostaria de receber algo que foi passado a mim?

- Vindo de quem?

Eu o olhei seriamente levantando-me do trono.

- O próprio deus Set encarregou-se de me mandar uma notícia. – o velho se aproximou com cautela. – Sasuke é majestoso no que faz mas duvidou da ajuda de Set o deus do caos. Ele não está mais protegido e isso pode custar caro. Vidas podem ser tiradas. Coisas podem ser perdidas e o principal... O grande Império do fogo poderá perder seu bem mais valioso... Assim disse Set.

De repente as portas foram abertas com brutalidade e meus olhos lagrimaram ao ver tal imagem.

Não podia ser.

Aquilo não estava acontecendo.

Era ele.

O corpo pálido de Sasuke adentrou o Castelo inconsciente e ensanguentado.


Notas Finais


então meus amores, eu lhes devo uma explicação.
há tempos eu venho passado por alguns problemas pessoais e depressão. foram meses sufocantes e dolorosos com problemas tão altos que tentei até o suicídio.
eu amo escrever e amo cada um de vocês e espero de coração que não tenham desistido pois agora eu estou mais viva do que nunca.
obrigada ❤❤


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