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História DAMAGED - Bughead - CAPÍTULO XVIII


Escrita por: Carms

Notas do Autor


Oiii cheguei. Cap pequeno, mas é importante.

Capítulo 18 - CAPÍTULO XVIII


CAPÍTULO XVIII

JUGHEAD JONES

Eu não podia acreditar que tudo tinha desmoronado em dez minutos que fui ao bar. Como isso era possível?

Quando eu saí estava tudo ótimo,  e quando eu voltei estava tudo acabado.

Ainda tentava entender o que se passou.

Betty me acusava de furar os preservativos de propósito numa tentativa desesperada de não perdê-la. Mas isso não fazia sentido porque em primeiro lugar: ela queria ter filhos um dia, bastava eu pedir, certo? Em segundo lugar: eu tinha pavor em sequer pensar em ser pai. Era tipo uma fobia. Eu nunca faria isso. Prometi a mim mesmo que nunca teria filhos, não faria nenhum inocente passar por esse mundo terrível.

Então o que diabos ela quis dizer? Por que ela não colocou a cabeça para funcionar e percebeu que não fazia sentindo?

No momento eu estava com um nó na garganta. Queria gritar de ódio.

Eu não acredito que vou perdê-la por um motivo que nem entendi direito do que se tratava.

Ainda tentei ir atrás dela, para entender melhor o que houve, mas o elevador já tinha se fechado. Pensei em pegar as escadas, mas senti uma presença atrás de mim.

Na porta do quarto ao lado, minha melhor amiga me encarava.

- Você entendeu o que houve aqui? – Perguntei a ela.

- Você estragou tudo, como sempre. – ela disse, em seu olhar eu via tanta frieza como nunca vi antes.

- Do que você está falando? Será que só eu não entendo o que porra está acontecendo?

- Ela percebeu quem você é. Um desesperado por atenção – ela falou com tanto veneno que mau a reconheci.

- O que você fez?

- Quando você disse que sua amante não sabia que a gente estava junto, eu lembrei imediatamente dela. Lembrei de quando te liguei e ela atendeu, disse que você não tinha contado a ela e logo ela foi embora e você teve aquele episódio em que foi ao hospital. Não precisa ser muito inteligente.

- O que você fez? – Repeti, agora um pouco mais alto.

- Quando você apareceu com aquela caixa de camisinhas eu soube que ia atrás dela e se ela fosse burra como eu fui ela cairia nas suas garras de novo. Como eu ainda tinha suas chaves, aproveitei seu horário de trabalho e fui lá furar uma por uma. Nenhuma mulher, por mais que queira ter filhos, jamais aceitaria uma imposição assim. É como violar o corpo dela. As decisões dela.

- E no que isso seria bom pra você?

- Eu quero te mostrar que você não pode brincar com a vida das pessoas – ela começou a chorar, visivelmente magoada.

- Mas você não brincou só comigo! A Betty não tem culpa de nada e, sorte dela, ela usa anticoncepcional,  se não ela poderia ser mãe. E então teria uma terceira pessoa envolvida. Você tem noção?

Ela fungou.

- Eu fiquei cega de raiva.

- É,  você ficou cega sim. Agora ela nunca vai me perdoar.

- Então eu dei sorte – e um sorriso perverso surgiu em seu rosto.

- Eu pensei que você era minha amiga.

- Eu era – disse e se voltou para seu quarto, fechando a porta.

Fiquei parado no corredor desnorteado. Não sabia o que fazer e nem como agir.

Não fui atrás da Betty porque imaginei que ela precisava de tempo para assimilar tudo. Talvez ela percebesse que não fazia sentido e quando eu fosse falar com ela estivesse mais aberta a me ouvir.

Resolvo tentar dormir. Não consegui. Rolei na cama a noite toda. Pensei em absolutamente tudo, em perder a Betty, em perder meu emprego... tudo se acumulou em minha mente e eu acabei quase bebendo aquele vinho sozinho. Mas eu não podia fazer isso.

A ordem da minha vida de agora em diante era avante e não para trás. Eu não podia retroceder.

Fui tomar um banho e dei de cara com uma quantidade enorme de preservativos no chão, molhados. Imagino o pânico que a Betty sentiu ao ver que elas não funcionavam, o que se passou pela sua cabeça.

Eu nunca saberia como era dentro da mente ou do corpo de uma mulher, mas Tabitha sabia e disse que ela se sentiria violada.

Violada.

De novo.

Me desesperei. Imaginando que o meu grande amor estava sentindo uma dor muito maior que a minha.

Comecei a chorar e me odiei. Se eu tivesse sabido antes, ao invés de perguntas eu teria feito pedidos de desculpa. Eu pediria perdão por ela passar por aquele sentimento de novo. Explicaria que não fui eu quem fiz aquilo, mas assumia que era consequência dos meus atos passados.

Meu corpo todo doía. Eu preciso vê-la. Conferir se ela está bem.

No dia seguinte, eu parecia um zumbi. Me levantei apenas na hora do almoço porque tinha uma entrevista. Fui mas não estava de alma presente. Respondia tudo com respostas vagas e monossilábicas.

Algumas horas depois, já próximo de anoitecer, Brian me liga.

“Vai me demitir?” eu atendi perguntando.

“Queria poder, mas temos um contrato" ele respondeu.

“O que você quer então?”

“Estão reclamando que você foi mal na entrevista. Vai acabar com a reputação da NYT!”

“Eu não consigo me concentrar pensando nela” expliquei.

Ele suspirou alto. Ficou em silêncio por um tempo. Conferi se a ligação havia caído mas percebi que não. Então ele voltou a falar.

“Vou dar um jeito de ela falar com você amanhã”

“Jura?”

“Sim. Ela me contou o que houve e tenho que admitir que não faz sentido" confessou.

“Obrigado!”

“Vou confirmar horário por mensagem" e desligou.

Era uma esperança. Ela ia me ouvir!

Fiquei a noite inteira esperando, mas finalmente Huntz me mandou uma mensagem.

“Aí,  no seu quarto de hotel, amanhã às nove"

Suspirei de satisfação.

Me esforcei para dormir e estar disposto para nossa conversa de amanhã.

Pulei da cama quando percebi que faltavam dez minutos para as nove. Fui para o banheiro escovar os dentes e tomar uma ducha. Ao sair, ela já estava no quarto, me esperando.

Ela usava um vestido tão meigo rosa florido. Seus cabelos estavam soltos e ela parecia mais linda que nunca.

Me olhou e percebi a vermelhidão que cercava seus olhos.

- Oh, Betty, meu amor! – Fui em sua direção e ela me permitiu abraçá-la e aconchegou sua cabeça em meu ombro.

Me afastei para olhá-la.

- Você acredita que eu não fiz aquilo né? Foi a Tabitha. Ela queria se vingar e não pensou nos efeitos colaterais.

- Ela veio falar comigo.

- O que? O que ela disse?

- Me contou a verdade. Apenas.

- Então você sabe que eu não fiz aquilo.

- Sim. Eu acredito em você.

Suspirei aliviado.

- Graças a Deus, meu amor – tentei beijá-la mas ela não permitiu – o que foi? Não está tudo esclarecido?

Ela se afastou.

- Sim. Para mim está muito claro que isso aqui não vai funcionar.

Senti o chão se abrir.

- Por que?

- Ela me falou seu pavor em ter filhos e esse é o meu maior sonho,  Jug. A gente quer coisas diferentes.

- Mas um de nós pode mudar de ideia – falei em tom desesperado.

- Vamos deixar as coisas mais claras. Onde você quer estar em cinco anos?

- Com você.

- Não. Me diz. O que você quer ter em cinco anos? – ordenou.

- Uma casa grande em Cornelia Street. Um cachorro, você ao meu lado e uns três best sellers.

- Eu quero estar numa casa, não importa o tamanho, com um emprego estável e a casa toda bagunçada de brinquedos. Percebe?

Seus olhos se desmanchavam em lágrimas assim como os meus. Era isso, acabou.

- É só um de nós ceder – tentei uma última cartada.

- E você espera que seja eu, não é?

Sim, eu esperava que fosse ela a ceder. Eu não mudei de ideia por todos esse anos e não mudaria. Eu não conseguia. Eu queria muito mudar por ela, mas eu não conseguia.

- Eu te amo, Betty. E se um dia você mudar de ideia,  me procure porque eu sempre vou te amar.

Ela sorriu de forma triste.

- Eu te amo, Jughead. E se um dia você mudar de ideia, me procure.

Repetiu parte das minhas palavras.

Me aproximei e lhe beijei na testa. Ela se virou e saiu do meu quarto e, consequentemente, da minha vida.

Ao ver a porta ser fechada, a dor me tomou e eu caí ao chão, chorando.

Adeus, Betty Cooper.


Notas Finais


Então é isso.
Será que acabou mesmk?
Será que chegou a vez do Brian??
Tá pertim de acabar a história :(


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