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História For a Million - Tony Stark - Missão em Malibu


Escrita por: gzlppe

Capítulo 6 - Missão em Malibu


Fanfic / Fanfiction For a Million - Tony Stark - Missão em Malibu


Novembro de 2007


_Lisa pov's_


Acordei cedo sem nenhum pingo de sono ou vontade de ficar na minha cama, apenas querendo fazer algo para ocupar minha mente que pensa em por que um corvo se parece com uma escrivaninha.
Desde 5 da manhã, estou na academia da sede da S.H.I.E.L.D, com um saco de pancada tentando me esvaziar, já chegou até Clint para me acompanhar.

- Quem sair daqui com as mãos sangrando ganha donuts com chocolate quente da Starbucks! - ele propõe enquanto trocamos de sacos de pancadas.
- Vou adorar donuts com chocolate quente, Barton! - sorrio de lado e o mesmo sorri amistoso.
- É o que vamos ver! - tiro minha aliança e deixo na minha bolsa e ele fala com um olhar desafiador.

Clint Barton é um agente de nível 7, um nível abaixo do meu, mas ele é um agente especial da S.H.I.E.L.D. E ele chegou alguns anos após mim, e até hoje somos amigos, mas ele é mais chegado na Nat, já que ele ajudou no recrutamento dela, foi a maior confusão.
Ele é o melhor atirador e arqueiro que conheço, um dos poucos que sabem do meu passado, e por ele saber disso, sei do dele, conheço a família e tudo.

- O que as meninas estão fazendo? - a ruiva se aproxima enquanto eu e o outro esmurramos os sacos de pancadas - eita, musculosos…
- E aí, ruivinha? - pergunto ofegante sem parar o que faço, sentindo minhas mãos arderem - fez o cabelo? Anda mais linda e radiante!

Natasha Romanoff, também conhecida como Agente Romanoff ou Viúva Negra, a ruiva da porra toda, no começo quando eu ouvi o nome dela pela primeira vez foi por causa dela ser uma das maiores assassinas mais temidas da Rússia. 
A reputação dela ficou tão conhecida que chegou a entrar na lista liste de alvos da S.H.I.E.L.D e foi considerada uma ameaça potencial à segurança global ao ponto de S.H.I.E.L.D enviar Clint para matá-la. Mas acabou que a missão não funcionou como o planejado e cá estamos hoje.

- Sério? Dá para perceber? Isso foi resultado de uma missão na Argentina! - ela debocha tocando nos seus lindos fios avermelhados.

Não teve missão, ontem mesmo treinamos juntas e ela quebrou meu nariz. Até agora, mesmo com meu nariz consertado, sinto um desconforto onde ela meteu uma voadora.

- Mas eu não vim para falar do meu cabelo, loirinha. Fury está lhe chamando na sala dele! - ela indaga, me fazendo parar.
- Cacete! - digo ao ver minhas mãos sangrando e dormentes.

Pego minha bolsa e vou tirando minhas faixas, e vai saindo mais sangue. Jesus, tô virando mocinha pelas mãos, mas dor é grande.

- Quero meu combo do Starbucks no almoço viu, Robin Hood! - digo olhando para Clint que revira os olhos - com licença, galera do mal! - me afasto e sorrio para Nat.

Ela é a minha melhor amiga, é bom ter mais uma mulher na equipe, aqui tem muitos homens, o que quebra é a Maria Hill, mas ela sempre tá por perto do Fury.
Vou ao banheiro e lavo minhas mãos, suspiro de olhos fechados sentindo a água gelada entrando em contato com minha pele ferida com uma leve ardência que, aos pouco, parou. 
Lavo meu rosto, tirando o suor, coloco de volta a aliança em meu dedo anelar, saio do banheiro e vou para a sala do chefe.
Fury foi quem me salvou das mãos da HYDRA, se não fosse pelo velho pirata, eu taria até hoje sendo uma doida recebendo uma tortura psicológica e soros de brinde. 
Enquanto estive sob o controle da HYDRA, passei por lavagens cerebrais da pesada, na qual deixou sequelas na minha memória e por isso, não lembro muito sobre minha vida passada.
Mal lembro dos meus pais ou das coisas que eu já estudei. 
Por conta das sequelas permanentes na minha cabeça, talvez nunca chegue a me lembrar de tudo corretamente. Só conseguirei resgatar uma pequena parte dela com estimulantes, mas isso nunca aconteceu. Já que não tenho nada estimulante da minha vida do passado.
Bato na porta, logo escuto a voz autoritária dizendo um "entre", assim faço, entro e fecho a porta e paro em pé próxima ao mesmo que está sentado com as mãos juntas em cima da mesa, me olhando com cara de quem tava querendo me matar.
Não lembro de ter feito algo, minha última ocorrência foi no mês passado quando tinha apostado com Clint sobre um cabaré. Esse dia foi massa...

- Romanoff disse que me chamou, senhor! - digo com a postura ereta.
- Relaxa, Wayne, não te chamei para dar sermões, ainda não! Sente-se, por favor! - ele aponta para um das cadeiras a frente de sua mesa.

Respiro aliviada e me sento na cadeira colocando minha bolsa no meu colo, com minhas mãos por cima.

- Vejo que anda treinando sem controle novamente... - Fury indaga após dar uma breve olhada na minha mão que roda minha aliança nervosamente - Lisa, você anda fazendo o seu tratamento psicológico?
- Ah... - desvio o olhar.

Faz algumas semanas que não ando indo ao meu tratamento psicológico, e tenho quase certeza que o homem a minha frente sabe disso.

- Eu tô bem! - sorrio levemente, com minhas mãos ajeitando meu cabelo e o mesmo balança negativamente com a cabeça.
- Agora tenho dúvidas se devo ou não lhe dar essa missão... - isso me fez arregalar os olhos.
- O quê? Missão? Para mim? - seguro os dois braços da cadeira - por favor, chefinho, eu estou ótima, só preciso de uma missão! - digo rapidamente - aonde vai ser? Na Alemanha? Chile? China? México? Brasil? Ai, eu sou doida para uma missão no Brasil!

Uma missão é tudo que preciso, melhor ainda se for em algum país que eu sou doida para ir. Fury apenas ri discretamente.

- Tem horas que eu esqueço que você é uma das mentes mais brilhantes deste mundo com esse seu jeito! - reviro meus olhos - a missão será aqui nos Estados Unidos mesmo! - Fury disse isso e eu murchei um pouco - parece que não quer mais.
- Eu quero, senhor!! - volto a me inclinar para frente na cadeira.

Esquece, uma missão nos Estados Unidos também pode ser boa. Apenas desejo que não seja em Nova York, mas fora isso, até fico animada.

- Certo, você irá para Malibu e irá administrar a sua empresa, mas não ao mesmo tempo... - minha crise de tossir que fez o interromper - alguma dúvida?
- Malibu? Califórnia? Perto de Los Angeles?? - pergunto tossindo seco.
- Sim, a própria Califórnia!

Respiro fundo e deixo minhas costas jogada na cadeira, sentindo um sorriso nascer no meu rosto. Paralisei lembrando que Fury disse que eu teria que administrar uma empresa.

- Por favor, senhor, prossiga! - digo sorridente já planejando mil coisas.
- Você irá ser uma estagiária do CEO da sua empresa Wayne Enterprises de Malibu, lá você não será Elisa Wayne, e sim Elizabeth Smith. Irá se encontrar com Willians, ele irá lhe atualizar sobre sua missão com mais detalhes! - Fury quase se vira, mas parece lembrar de algo - ah, e nem pense em fugir para Hollywood, se não eu coloco um agente na sua cola! 

Por um momento, olhei para Fury totalmente alheia, só depois toquei sobre estávamos falando. Ele não é doido de colocar alguém para cuidar de mim, mas mesmo assim, continuo com a cara de quem não está nem aí.

- Então, é só isso? - pergunto seca - relaxa, tenho nenhum talento artístico, então, nem adiantaria muito eu fugir para lá... Mas eu posso dá uma passada por lá? 
- Sim, pode. - Fury revira seu único olho - você parte depois do almoço! 
- Senhor, tenho uma dúvida! Qual a razão d'eu me infiltrar na "minha própria" empresa? 
- Alguém está vendendo informações que só a Wayne Enterprises tem, e Romanoff me disse que seria bom te dar uma missão que fosse perto da praia! - ele entrelaça as mãos acima da mesa e eu assento.
- Ok, beleza! Eu dou conta e ela acertou, eu amo uma praia! - me levanto quase tropeçando nos meus próprios pés - vai dar certo, pirata! Eu vou arrasar e vou pegar o delator!
- É bom mesmo! - ele diz antes de eu abrir a porta - e não pise na bola, Wayne.
- Confia, Fury! E com licença, senhor! - digo e saio com tudo, vou andando sem rumo, desviando para não me esbarrar com ninguém.
- Hey! - ouço a voz da Nat atrás de mim e ouço a mesma se aproximar - o que você aprontou dessa vez? 

Olho para ela com um sorriso malandro e a mesma semicerra seus olhos.

- Tenho uma missão! 


[...]


Após arrumar minhas coisas, acabei encontrando em uma foto antiga.
Além de mim, tem mais dois garotos que parecem um pouco mais velhos. Um menino da pele escura e outro com uma pele muito clara, ambos muito bonitinhos, tento não pensar muito sobre eles, isso me dar dor de cabeça, mas a foto, os sorrisos da imagem, mas não consigo lembrar quem são eles.
Sei que essa foto foi no dia da minha formatura, não consigo lembrar muito sobre o dia e muito menos sei dos meninos, vai que eram alguns colegas de turma. Tem escrito atrás da foto com a letra que eu não conheço,
 "Anthony, Elisa e James".


[...]


- Fico muito feliz! - digo quando Clint me entrega um copo de chocolate quente com donuts.

O bom de se apostar com o Clint é que ele cumpre com o que diz, isso faz com que eu ganhe muita comida boa de graça, mas claro que perco muito nas apostas, sou meio azarada, mas uma azarada que se esforçar.

- Soube que vai para Malibu! - Clint se senta na mesa junto de mim, pegando um donut de chocolate - enquanto minhas missões são no fim do mundo... - ele reclama.
- Pois é, só para quem pode! - dou um beijinho no meu ombro e bebo meu chocolatezinho - ei, Flechinha, te adoro! - digo saboreando.
- Eu sei disso, loirinha! - ele fala de boca cheia.

Depois do meu almoço nada tão saudável assim, pego minhas coisas e dou uma despedida bem rápida aos meus coleguinhas, pego o beco para ir para Malibu, essa missão estragou meus planos.
Logo hoje que a Natasha iria me contar sobre a história dela e do Clint, em Budapeste. Eu morro de curiosidade para saber, quando ela disse que iria me contar, fiquei igual uma criança quando ganha seu doce favorito.
A viagem durou pouco tempo, foi até rápido, li um livro. Nesses últimos anos, venho estudando a áreas Bioengenharia e Biotecnologia, com um pouco de tempo em Física e Química, um estudo ótimo para passar o tempo.

- Boa tarde, senhorita Smith, sou Alexander Willians! - um homem me recepciona assim que saio do Jato segurando minhas mochilas - por favor, deixe eu lhe ajudar.

O mesmo tem suas vestimentas elegantes e pretas, cabelos grisalhos penteados para trás, mas sua aparecia não é tão velha assim, daria no máximo uns 45 anos para o homem alto.

- Não, obrigada, eu consigo levar! - digo sorrindo gentilmente - e prazer lhe conhecer, agente Willians! - o mesmo assente.

Willians me levou até uma casa elegante que fica em um morro com a vista para o mar. Já fiquei interessada, e tinha uma puta de uma mansão do lado um pouco afastado, mas era meio próxima.
O agente disse que a casinha será meu cantinho durante o tempo que eu passar aqui. Achei bonito a decoração sem graça, com as paredes brancas e com uns quadros de paisagem sem um pingo de graça.
Em pouca conversa, Willians me avisa sobre amanhã começar meu trabalho na empresa e deixou uns documentos com as coisas para eu me manter atualizada no que está acontecendo lá, e que se eu precisasse de algo, ligasse para ele.
Tem até um carro e uma moto a minha disposição na garagem. 
Quando ele foi embora, simplesmente peguei um casaco e sai para a garagem atrás do carro, quase tive um filho ao ver que era um Audi R8 prata e uma moto Kawasaki Ninja preta com detalhes verdes

- Eu te amo, Nick Fury, seu velho pirata safado de um olho só!

Nessas horas seria bom se a Natasha e o Clint estivessem aqui comigo.
Entro no carro e no porta-luvas tem uma carta do Fury, dizendo que não era para eu destruir o carro, se não ele iria fritar meus livros e me mandaria para o espaço.

- Só uma voltinha não faz mal... - digo ligando o carro, fazendo o motor e os pneus cantarem.

Saio sem rumo pela estrada, nunca vim para Malibu e muito menos para Califórnia. 

- Tô fodida! - digo sorrindo e dirigindo o mais rápido possível.

Com certeza, Fury estaria se revirando no chão por me ver em alta velocidade nessa estrada. Daria para ter participado dos Velozes e Furiosos, eu faria sucesso. 
E chego em uma cidade que nem faço a mínima ideia, está escurecendo e ficando muito escuro para mim, que estou sozinha em um carro de luxo. 
Sei que sou meio doida, mas não sou louca de me arriscar assim, dou meia volta, na mesma velocidade que fui, eu volto.
Única coisa que percebo antes de dois faróis quase me cegarem, foi que o motor fez um papoco e saiu fumaça. Muita sorte da minha parte, deito minhas costa no banco fechando os olhos.

- Está tudo bem, senhorita? 

Viro minha cabeça e vejo um homem alto e robusto de terno se aproxima do carro junto de outro um pouco mais baixo também de terno. Vejo pelo retrovisor que o carro deles parado próximo, como se eles tivessem vindo da mesma direção que eu.

- Está tudo bem... - digo entrando em alarme, talvez não venha coisa boa desses dois.
- O que aconteceu? - ele pega uma lanterna e sem querer foca no meu rosto - oh, desculpe! - e ele foca no motor do carro.

E vejo que o motor está ainda saindo fumaça, saio em um pulo do carro e abro o capô e parece uma chaminé com o vapor, dei até umas tossidas.

- Puta que pariu! - digo baixo vendo que tem um defeito na bomba d'água.

O Fury vai me assar, cozinhar e colocar para os carnívoros me comerem de gafo e faca, com direito a vinho e sobremesa.
Passo minha mão no meu rosto pronta para gritar e me jogar no mar. E se eu me fazer de oferenda, os deuses do mar me aceitarão? Eu devo ter um gosto bom, já que os mosquitos estão quase me devorando...

- Se você quiser, podemos levar o seu bebê para a minha garagem, e eu posso dar uma olhada! - o homem mais baixo se aproxima de mim, por um segundo, tinha esquecido dos homens.

Olho para o maior e o mesmo não tinha cara de iria fazer algo de ruim, o outro só tinha uma cara de... Uau, bonitinho.

- Ah, não! Não precisa, obrigada! - digo sem um pingo de graça, sou muito nova para morrer.
- Tem certeza? Eu moro aqui perto! - ele diz e franzi o cenho.
- Você mora onde? - pergunto para confirmar.
- Na humilde mansão que fica num morro com a vista para o mar.
- Então, você é meu vizinho! - digo cruzando os braços e o mesmo me olha sem entender - eu acabei de me mudar para uma casinha que fica neste mesmo morro! 
- Pois pronto, ainda aceita a carona?

Mordo meu lábio, não tenho muita opção, sorri sem graça e aceito. E o grandalhão faz com que o meu carro fique atrás do deles e, não sei como, mas eles tinham um guincho elétrico.
Fiquei encabulada quando entrei no carro, a todo estante fiquei com um punho fechado pronto para socar, Deus queira que eles não tenham segundas intenções comigo.

- Então, por qual razão você veio se mudar logo para cá? - o bonitinho pergunta, o vendo de perto, ele é realmente bonito.

Ele tem uma barba muito engraçada, acho que é um cavanhaque, é, tá na moda... Ele tem uns olhos grandes e muito atraentes, interessante ele e seu cabelo escuro bagunçado muito parecido com o de ator pornô.

- Desculpe a pergunta, mas você é algum ator pornô? - pergunto séria e o mesmo arqueia as sobrancelhas aparentemente surpreso.

Escuto uma risada vinda do outro homem que dirige, mordo meus lábios para prender minha vontade de rir, às vezes, pareço que não tenho muito amor à vida. É por essas razões que o Fury criou uma restrição sobre missões para mim.

- Dessa eu não vou esquecer! 
- Tá me dizendo que pareço ser um ator pornô? - o homem barbudo pergunta, não vejo que ele parece estar com raiva, e sim curioso pelo que eu disse.
- Desculpe, é que você parece um pouco! - digo colocando a mão na minha boca sorrindo levemente, ele não me é estranho.
- E qual é seu nome? - ele pergunta.

Pisco várias vezes e fico pensando, falo meu nome de verdade ou o falso que me colocaram? 

- As pessoas costumam me chamar de tudo que não presta, mas meu nome é Elisa… Elizabeth Smith! - digo e o mesmo pisca várias vezes e parece ter se perdido nos seus pensamentos - e qual é o seu?

Ele me olha com seus olhos agora brilhando e meneia com a cabeça, dando um sorrisinho desconcertado.

- Sou Tony! 

Aí, sim, foi minha vez de piscar várias vezes, não sei o que deu em mim, acho que foi um bug na minha cabeça.
Acordo dos meus pensamentos com esse tal de Tony, estralando os dedos próximo do meu rosto.


- Ei, você está bem, Elizabeth? - ele pergunta.
- Estou! - dou um sorriso amarelo e desvio o olhar, poderia jurar que já fiz esses olhos achocolatados em algum canto - então, você é mecânico, Tony? - tento pensar em outra coisa.
- Pois é... Sou um pouco de tudo! - não deixei de rir por pensar nesse tudo, e ainda poder incluir a carreira pornô - você é muito risonha, não é?! - Tony aperta os olhos na minha direção e sinto minhas bochechas queimarem.
- Um pouco... - digo com a mão no rosto, com vergonha.
- E você faz o quê, risadinha? - franzi meu cenho com esse apelido.
- Você é muito curioso! - digo e o mesmo dá de ombros.
- Chegamos! - o homem da frente diz.

Ele saiu e abriu a porta para mim, vejo que estamos em uma garagem medonha, tem carros antigos e extremamente caros.
Ele deve ser um cara muito rico.

- Até amanhã, Happy! - Tony diz para o outro homem.

Espera, o outro se chama Happy?
Cara, adorei o nome, agora eu quero que o meu nome seja Sad.

- E obrigada! - digo para Happy que sorriu assentindo, abrindo uma porta de vidro e subindo umas escadas e me deixando sozinha com o mecânico - e obrigada a você, que está sendo muito gentil por ver meu carro!

Digo olhando para o homem que estava com um braço dentro do carro, ele me olhou e sorriu. Aquilo me fez viajar em outra época.

- Então, você é uma moça que gosta de máquinas velozes?! - ele indaga quebrando o silêncio que estávamos tendo.
- Nunca me importei com essas coisas, meu chefe me emprestou e eu acho que ele vai me cozinhar viva quando souber o que aconteceu! - rimos juntos.
- Muito caridoso o seu chefe! - Tony me olha arqueando uma de suas sobrancelhas - qualquer dia eu dou um presente desses para a minha secretária... - ele ri e balança a cabeça - não acho que seu chefe seja louco o bastante de te cozinha, ainda mais sendo linda, seria um baita de um desperdício. - me viro lentamente e arregalo meus olhos colocando a mão na minha boca.

Que danado!

- Talvez ele seja, ele é louco o bastante para tudo! - digo e me aproximo dele, - O que foi danificado?
- Está tendo um vazamento de líquido arrefecimento... tem um problema na ventoinha... - ele diz mais para si.
- Isso pode estar diretamente relacionado com o problema da bomba d'água... - digo e o mesmo me olha.
- Além de ser linda, ainda sabe sobre mecânica? - ele pergunta tirando o blazer e a gravata preta.

Não sei se dou uns graças a deus por eu não ser cardíaca. Mas que peitoral definido que dar para ver pela camisa, miau. E ainda fica nesses flertes, quem ele pensa que é? Para ficar com a camisa social branca, ele pensa que eu gosto de striptease de homem? Pois ele acertou, eu adoro.

- Não sei como eu aprendi, apenas sei... - digo olhando nos olhos dele e o mesmo assente me olhando com a cabeça inclina, ficando com uma regata branca e a calça social, com sapatos pretos.
- Interessante... - Tony diz e se vira.

Ele se inclina para olhar dentro do motor e acaba me dando uma visão da sua bunda volumosa, o que esse homem usa?
Engulo seco e meneio com a cabeça, e passo a prestar a atenção nos carros, tem cara de valerem milhões.

- Ah, e quanto vai ser o seu serviço no carro? - pergunto olhando para ele e o mesmo me olhou franzindo o cenho.
- Quê? 
- Quanto vai valer o seu serviço? - pergunto me aproximando e pegando na minha bolsa.
- Ah, tá! Não vai valer nada, não! - e agora foi minha vez de franzir o cenho - não preciso de dinheiro, acho que já dá para perceber... - o moreno gira o indicador pela sala inteira.
- Mesmo assim, ou posso te ajudar, eu entendo um pouco de mecânica! - deixo minha bolsa no chão e subo minhas mangas.
- Não precisa.
- Por favor! Eu não consigo ver alguém fazer algo sem ganhar nada e eu sem fazer nada! - fui sincera.
- Tá, vem! - Tony se dar por vencido, me aproximo dele sorrindo contente - vamos ter que trocar...

[...]


Com apenas umas duas horas, eu e o mecânico Tony trocamos a bomba d'água que estava danificada e a correia, que faz o fluxo do líquido de arrefecimento se movimentar, também tava com um defeito. 
Ele testou o carro e deu certo, fiquei feliz pelo carro não ter morrido de vez, significa que Fury não irá precisar saber disso, o que me faz ter uma expectativa de vida melhor e maior ainda.

- Tem certeza que não quer um pagamento? - pergunto segurando minha bolsa pronta para pagar ele.
- Só aceito outro tipo de pagamento... - Tony me lança um olhar malicioso, mas desde o começo percebi que ele seria uma encrenca.
- Foi mal, mas eu sou da igreja! - digo me virando e arrancando uma risada do homem.
- Não sei porque, mas sinto que você passa é longe das igrejas... - dou ombros e entro no meu carro após tirar o guincho - mas eu estava brincando, você não precisa me pagar de nenhuma forma!
- Filantropo que fala, né? - ligo o carro e ele se aproxima limpando as mãos sujas de graxa na calça - e obrigada, Tony! Você realmente me salvou… E me desculpe por qualquer coisa! - digo sem jeito e com minhas mãos no volante e olhando para o mesmo.

- Tudo bem! - Tony sorri levemente e pisco várias vezes o achando familiar, ou a forma que ele sorriu para mim.


Estranho, isso na minha cabeça.

- Ah, boa noite! - digo sorrindo desconcertada.

- Boa noite... - ele fala de forma estranha e meneio com a cabeça, tiro meu carro do lugar saindo da garagem luxuosa do mecânico para chegar ainda hoje em casa.


Tenho trabalho amanhã e ainda nem li os documentos da atualização da minha missão, tô lascada. 
Respiro fundo relaxando, dou um jeito, não é à toa que estou viva até hoje, sempre tenho que dar meus pulos.




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