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História Dança comigo? - Capítulo 6


Escrita por: Mayaramara

Capítulo 6 - Capítulo 6


-Filho, esta é a Anne. Ela é amiga do seu irmão. –Disse Robert.

Amiga do irmão dele? Como assim? Alexander era irmão do Christopher? E Christopher era irmão da Sarah? Meu Deus! Onde eu fui me meter? Senhor eu quero sumir daqui. Que vergonha! – Pensou Anne.

-Eu sei que a Srta Delary é amiga do Alexander, mas eu queria saber o que ela está fazendo aqui.

-Ela irá jantar conosco Christopher. Ela é minha amiga e eu acho que eu posso trazer quem eu quiser aqui em casa não é?

-Alex, acho melhor eu ir embora. Não quero que vocês briguem. Eu vou ligar para o táxi.

-Não Anne, você é a minha amiga, e aqui é a minha casa também. Você foi convidada e daqui você não sai. – falou Alex com um tom irritado e olhava fixamente para o irmão.

-Eu prefiro ir embora. Não estou me sentindo bem com isso.

-Querida, por favor, fique. Gostamos de você e o Alex quase nunca trás ninguém de amigo. –Disse Beth.

-Tudo bem, eu fico.

-Venha Christopher, ou você irá nos envergonhar mais na frente da convidada.

-Não mãe, eu já vou me sentar.

Christopher se sentou a frente da Anne e ao lado dela Jenna, a noiva insuportável dele.

-Bem, espero que gostem do jantar, em especial você Anne. Eu e Janete fizemos com muito gosto. - Disse Beth com um sorriso encantador.

O Jantar estava por incrível que pareça tranquilo, a comida estava maravilhosa, Beth realmente cozinhava muito bem.

-Anne querida, gostou da comida? – Perguntou Beth.

-Muito, está delicioso. Este tempero deu um toque especial no frango.

-Pelo jeito que falou, parece que entende de comida Anne. - Falou Sarah.

-Sim, minha tia ela me ensinou a cozinhar, e eu adoro. É a minha segunda paixão.

-Segunda? –Perguntou Christopher, com os olhos curiosos.

-Sim, a primeira é a arte, seja ela qual for. A dança, o canto, a atuação. Todos eles são maravilhosos.

-Uau, você fala com tanto amor. – Disse Robert.

-E a sua tia, mora com você? – Perguntou Beth.

-Não, ela mora em Easton. Ela não pode se mudar por causa da doceria.

-Doceria? Sua tia vende doces? – Perguntou Jenna, com um tom de sarcasmo.

-Sim, nós temos uma confeitaria. Eu passei a minha infância lá, e eu adorava ficar entre os doces, sentir o cheiro dos bolos saindo do forno. Do chocolate, de ver a reação das pessoas quando entravam lá.

-E porque não optou por fazer gastronomia? – Disse Robert.

-Eu fiz um curso, mas a minha tia disse que via em meus olhos o meu amor pela dança, e disse que seria bom que se caso eu me cansasse de dançar poderia virar confeiteira.

-Bom argumento da sua tia. –Disse Robert.

-Mas e a sua família Anne, como eles são? Perguntou Sarah

-Maravilhosos. Eles são tudo o que eu tenho. Minha tia dedicou a vida dela para cuidar de mim, e meu tio me deu de tudo para que eu fosse feliz. –Disse Anne com emoção.

-E seus pais? Eles te rejeitaram? –Perguntou Jenna, mas com interesse de fazer com que Anne ficasse nervosa.

-Jenna, pelo amor de Deus, respeite a Srta Delary. –Disse Christopher com um tom de fúria.

-O que foi amor? Eu só perguntei, se ela não quiser responder não responda.

-Não, tudo bem Srta Morgan. Minha tia sempre falou da minha mãe. Ela faleceu quando eu era bebê. Ela ficou doente e não resistiu, e os cuidados ficaram por conta dos meus tios, que também são meus padrinhos.

-E seu pai? –Perguntou Christopher que cada vez mais prestava atenção em Anne.

-Dele eu não sei nada, não tenho fotos, e a minha tia pouco fala dele, ou melhor, ela não fala dele.

-Sinto muito querida. –Disse Beth.

-Obrigada Beth.

-Vamos mudar de assunto né. –Disse Alex, tentando salvar Anne de suas lembranças.

-E o seu namorado Anne, ele não liga de você estar aqui, ao invés de ter ficado com ele hoje? –Disse Jenna.

Neste momento, Christopher parara de comer só para prestar atenção na resposta da Anne, parecia que ele dependia daquela resposta e estava estranhando toda aquela curiosidade. Enquanto a Anne morria de vergonha por estar sendo o centro das atenções, principalmente sobre namoros.

-Srta Morgan, eu não tenho namorado. E mesmo se tivesse acho que ele não se importaria de eu estar jantando na casa de um amigo com a sua família.

Christopher parecia soltar a respiração que nem mesmo ele sabia que estava segurando. Ele não sabia o porquê estava apreensivo com a resposta da Anne.

-Bem que você poderia namorar o Alexander. Vocês formam um casal tão bonito. – Disse Jenna.

Nessa mesma hora, Christopher começara a engasgar e não parava de tossir.

-Amor, benzinho, você está bem?

-Estou bem Jenna, eu só engasguei, mas já passou.

-Filho, você está bem mesmo?

-Estou pai, já passou.

-Então Anne, você poderia namorar o Alexander. Insistiu Jenna.

-Oh não. Alex é meu amigo, um dos meus melhores amigos.

-Quem sabe futuramente, já gostamos de você, e o Alex tem que nos apresentar uma namorada, não é Robert? –Disse Beth com um sorriso animador.

-Mãe, por favor, está deixando a Anne sem jeito. E como ela disse, somos amigos.

-Tudo bem meu filho. Vamos voltar ao jantar que daqui a pouco teremos uma sobremesa maravilhosa.

O resto do jantar ocorrera tranquilamente, sem questionamentos sobre a vida da Anne, principalmente sem o assunto de um provável namoro entre ela e o Alex.

-Bem, espero que gostem de sobremesa. Anne eu aposto que não deve estar tão bem quanto aos doces de sua tia, mas eu espero que goste. –Disse Beth.

-Imagina senhora Banks, quer dizer, Beth. O bolo está maravilhoso.

-Que bom que gostou. Mas eu faço questão que você me ensine a fazer alguns doces e a confeitar também.

-Apesar de achar que você não precisa, será um prazer.

Enquanto comiam a sobremesa, Christopher não conseguia parar de observar Anne pelo canto dos olhos. Ele não sabia o porquê tinha o interesse de ficar olhando para ela, mas era algo que ele sentia necessidade e que tinha que se controlar para ninguém perceber.

-Obrigada pelo jantar Beth, estava maravilhoso e eu adorei passar a noite aqui. –Disse Anne.

-Oh! Minha querida. Eu é que adorei te conhecer. Você é maravilhosa e claro quero que volte mais vezes. –Disse Beth dando um abraço aconchegante em Anne.

-Irei voltar com certeza.

-Ouviu Alexander, quero que traga a Anne novamente, ou melhor, se ele não quiser lhe trazer Christopher trás.

-Não! O Alex me trás outro dia aqui não trás Alex? –Disse Anne com olhar de súplica para o amigo.

-Claro Annelinda, sempre que você quiser vir. –Disse Alex, beijando a bochecha da Anne e olhando para o seu irmão.

-Eu não falei que vocês formam um casal lindo. Não formam meu amor? –Perguntou Jenna para Christopher.

-São perfeitos. Parecem até de contos de fadas. –Disse Christopher com ironia e fúria no olhar.

-Quem sabe não é Anne? –Perguntou Alex.

-Alex, acho melhor irmos. Amanhã tenho que acordar cedo.

-Mas amanhã não terá aula, Srta Delary. – Disse Christopher.

-É que eu tenho um compromisso, por isso eu tenho que ir.

-Claro, um compromisso. –Resmungou Christopher.

-Vamos Anne. Beijos família, até daqui a pouco.

Anne estava furiosa com Alex por ele ter escondido que era irmão da Sarah e principalmente por esconder que era irmão de Christopher. E ela havia falado dele para o próprio irmão.

-Alexander Banks, como você ousa me trazer para jantar na sua casa, sem me contar quem era seus irmãos.

-Eu achava que você desconfiava que a Sarah fosse minha irmã. E o Christopher, aquele lá é um marrento, sempre quis ter um bom convívio com ele, mas parece ser impossível. Ele era pessoa que sempre foi mandão e tudo mais, mas depois que ele se mudou para Londres e começou a namorar a Jenna ele mudou. Ele voltou faz pouco tempo e está temporariamente morando lá em casa, mas ele comprou um apartamento e logo irá se mudar, acho que irá morar com a noiva chata.

-Você não gosta muito dela não é? –Perguntou Anne com certa curiosidade.

-Não, ela é chata, metida e ninguém tira a ideia de que ela está interessada em alguma coisa do meu irmão e não estamos falando em amor, porque aquilo ela não tem mesmo.

-Mas seu irmão ama a noiva? – Diga que não, diga que não, diga que não. Pensava Anne com certo desconforto.

-Pra falar a verdade, eu acho que não. Quer dizer, meu acho que meu irmão nunca se apaixonou de verdade. Ele gostava de uma pessoa, mas não chegou a amar loucamente, como as pessoas amam.

-Entendi. Mas mesmo assim eu estou chateada com você. E eu ainda por cima falei dele pra você, me sinto horrível.

-Anne, você só disse o que eu já sabia. Meu irmão não é fácil, mas sei que no fundo tem um bom coração e eu o amo apesar de tudo.

-Tudo bem. Espero que não me esconda mais nada, poxa, somos amigos.

-Pode deixar. Anne posso te perguntar uma coisa?

-Pode.

-Qual é o seu compromisso amanhã? Ou era uma desculpa para vir embora?

-Não era desculpa, é que eu vou tentar arrumar emprego, e como a semana foi corrida o único dia que sobrou foi sábado.

-Entendi. Então você quer arrumar um emprego?

-Quero e preciso. Eu tenho que pagar as contas, e meus tios não podem ficar me ajudando sempre.

-Se eu souber de alguma coisa eu te falo.

-Ah, obrigada Alex.

Os dois foram conversando durante o caminho, quando finalmente havia chegado à frente do complexo de apartamentos onde Anne morava.

-Entregue.

-Obrigada pelo jantar Alex e repito de novo sua família é maravilhosa.

-Obrigado Anne, e desculpa por eu ter escondido de o Christopher e a Sarah são meus irmãos.

-Tudo bem Alex. Somos amigos e eu não gosto de ficar chateada com você.

-Eu também não Anne.

-Bem deixe-me ir, beijos e se cuida em Alexander.

-Beijos Srta Delary.

Deitada em sua cama Anne só conseguia pensar naquele carrasco que tinha horas que era até simpático e em outras parecia que estava odiando a presença dela naquele jantar. As vezes tinha momentos que ela sentia que ele estava olhando para ela mas era só impressão mesmo.

Acordou no sábado com disposição para arrumar algum emprego que fosse meio período. Foi em várias lojas, mas todo mundo dizia a mesma coisa, que precisavam de alguém com experiência ou que se fosse por meio período não dava para contratar. Depois de muito andar, ela resolveu parar para comer alguma coisa. Entrou em uma cafeteria e pediu um bolinho de um capuccino. Enquanto esperava o seu pedido chegar, ela pensava o que o Christopher estaria fazendo neste momento, até que ouviu seu nome.

-Srta Delary?Que coincidência.

Quando ela se virou viu aquele homem perfeito usando uma camisa polo vermelha, calça jeans que realçava suas belas pernas e um tênis, seu cabelo de um jeito despojado e usando óculos estilo aviador. Deus, como ele pode ficar cada dia mais perfeito? –Perguntava Anne em sua cabeça.

-Senhor Banks?

-Posso me sentar com você? –Perguntou ele com um sorriso que fizeram as pernas dela tremerem.

-Eu não sei. Você está sozinho? Cadê a Srta Morgan?

-Eu estou sozinho, Srta Delary. E eu não quero me sentar sozinho, sendo que eu te conheço e posso me sentar com você. – Disse ele que já estava puxando a cadeira para se sentar.

-Claro. –Disse ela com uma vergonha maior do que qualquer coisa no mundo.

-Você já fez o seu pedido?

-Sim Sr Banks.

-Que bom.

-É...

-Então esse era o seu compromisso?

-Como?

-Vir tomar café aqui. Era esse o compromisso que você falou ontem?

-Não. Era outro, mas não deu certo.

-Porque não deu certo?

-Digamos que fiz de tudo, mas não fui “aceita”.

-“Aceita” como?

-Porque o senhor quer tanto saber?

-E porque você quer tanto saber o motivo?

-Talvez porque é a minha vida.

-Eu só quero ter uma conversa amigável com a melhor amiga do meu irmão e tentar me dar bem com ela, já que acho que verei a Srta muito lá na casa dos meus pais.

-Olha se não quiser que eu apareça por lá é só me falar.

-Mas eu não disse isso. Eu apenas quero ter uma boa convivência. Afinal, sempre quando nos encontramos eu fui rude com a Srta. Primeiramente eu quase te atropelei, depois quando você estava passando mal e na casa dos meus pais.

-Eu tinha me esquecido que você quase me matou.

-Mas a culpa não foi minha. Eu não ando na rua com a cabeça no mundo da lua.

-Nem eu, aquele dia eu estava feliz e você veio com o seu carro em alta velocidade.

-Eu em alta velocidade? Faça-me rir Srta Delary. Eu estava na velocidade adequada, era você que não viu que o sinal estava verde. E posso saber por que você estava feliz?

-Porque eu tinha acabado de fazer a minha matricula na escola.

-Ah sim entendi. Mas vê se presta atenção nas ruas de Nova York.

-Se você não estiver nelas eu não precisarei prestar atenção.

-Nossa, a Srta sabe se defender.

-Sei fazer muitas coisas senhor Banks, só não queira ver.

-Nossa, que medo de você. –Disse ele em tom de ironia.

-Sem ironias, por favor.

-Olha ai, já estamos brigando novamente. Vamos encerrar o assunto ok?

-Ok.

-Srta seu pedido. –Disse à garçonete que não conseguia desviar o olhar de Christopher.

-Senhor Banks, seu pedido já estará aqui em um minuto.

-Obrigado.

-Nossa, eu achei a baba dela cairia no meu capuccino.

-Como disse Srta Delary?

-Achei que do jeito que ela babava por você, a baba dela iria cair no meu capuccino.

-Ah sim, eu nem reparei.

-Sei...

-E então, está gostando da escola? Dos professores? Dos novos colegas?

- Bem sim, eu estou amando estudar lá, sempre foi o meu sonho, e eu adorei os professores e os colegas.

-A Srta é bolsista não é?

-Sim, eu sou.

-Seu pedido senhor.

-Obrigado. –Christopher disse sem olhar para a garçonete que estava fazendo de tudo para chamar atenção.

-Senhor Banks, acho que deu a minha hora.

-Já Srta Delary? Você tem mais algum compromisso?

-Porque está perguntando senhor Banks?

-Pela sua pressa de ir embora.

-É que eu já acabei de comer e está na minha hora.

-Você pode me fazer companhia.

-Minha companhia? Como assim?

-Nos conhecemos e seria falta de educação você me deixar sozinho não acha?

-Desculpe-me senhor Banks é que eu... Bom, deixa pra lá. – Disse Anne com o pensando do porque aquele homem que é tão imponente, importante e arrogante estava sendo simpático e queria a companhia dela.

-Tudo bem. Só vou terminar o café e vamos embora. – Disse ele com um sorriso, mas que seus olhos pareciam que ele estava impaciente.

-Ok.

-Então, Srta Delary. Você ficou amiga rápida do meu irmão não é?

-O Alex é maravilhoso, ele foi o primeiro amigo que eu fiz, tenho os outros, mas com ele é especial.

-Especial como?

-Eu não sei, ele me entende sabe, somos muito amigos em tão pouco tempo.

-Entendo. O Alexander é assim mesmo, sempre foi muito rápido em fazer amizades e conquistar a todos. –Disse ríspido.

Quando Anne iria perguntar por que ele usou aquele tom de voz, o celular dele tocou. Ele pegou e fez uma cara de desgosto e atendeu.

-O que você quer? –Disse nervoso e saindo para atender fora da cafeteria.

Anne havia ficado um pouco curiosa para saber quem é, pois pelo jeito ele não tinha gostado nem um pouco da ligação. Depois de poucos minutos, ele voltara para a mesa.

-Então Srta Delary, onde paramos?

-Desculpe-me senhor, mas eu tenho de que ir de verdade. Estou cansada. –Disse ela com vontade de sair correndo de perto daquele homem tentador.

-Mas eu não acabei ainda.

-Eu sei e me desculpe, mas eu realmente tenho que ir.

-Tudo bem. Eu vou pagar e já volto. –Disse ele se levantando.

-Eu vou pagar também.

-Não precisa Srta Delary. Você me fez companhia e eu posso pagar.

-Eu sei que o Sr pode pagar, mas eu consumi eu pago.

-Você é teimosa igual ao meu irmão sabia? Não me custa nada pagar e eu vou pagar. –Disse ele com um olhar gélido.

Vendo o jeito que ele ficou, ela preferiu não entrar em uma briga e deixou-o pagar, já que seria a primeira e última vez que eles iriam comer alguma coisa juntos.

-Vamos.

Assim que saíram da cafeteria, ela estava pronta para seguir o rumo de sua casa, quando ele pegou em seu braço e nesse momento parecia que ela havia levado um choque de emoções diferentes e pela cara que ele fazia parecia que ele também tinha sentido aquilo.

-Eu posso te levar para a casa Srta, vai que alguém te atropela.

-Oh não Sr Banks. Você vai para esse lado da cidade e eu vou para  o outro, iria te atrapalhar e também assim eu poderei ficar longe de ser atropelado pelo SENHOR.

-Srta Delary, se eu lhe ofereci uma carona é porque não irá me atrapalhar, e bem, assim poderei saber que chegou bem em casa.

-Porque tanta preocupação Sr Banks?

-Se acontecer alguma coisa com você meu irmão me mata, assim como minha mãe, meu pai e minha irmã.

-Nossa, sou tão importante assim? Sinto-me lisonjeada.

-Você não imagina o quanto. Vamos?

Anne pensou antes de aceitar, mas bem que ela poderia aproveitar um pouco esse lado “legal” do Sr Banks.

Chegando ao estacionamento, ela congelou no lugar quando viu o carro, aquele era o carro. Se seu tio visse ele iria ficar babando, ela não entendia muito bem de marcas de carro igual ao seu tio, mas tinha certeza que aquele era muito caro e nem se ela trabalhasse a vida inteira poderia comprar.

-Vamos Srta Delary, entre no carro. –Disse ele abrindo a porta para ela entrar.

-Claro, desculpe.

Christopher saiu do estacionamento e seguiu as ruas de Nova York que por incrível que pareça, estavam tranquilas.

-Você está quieta demais Srta Delary. O que está pensando?

-No meu tio, bem em como ele estaria babando por este carro.

-Ele gosta de carros?

-Muito, ele sempre gostou de assistir programas de esportes e de carros.

-Então ele deve ter te ensinado alguma coisa sobre os tipos de carros e tudo mais.

-Ele tentou, mas era eu que não gostava. Eu nem sei que carro é esse, se ele estivesse aqui, com toda certeza saberia e ainda iria ficar falando sobre outros.

-Esse carro é um Dodge SUV, é um dos carros que eu mais gosto.

Um dos carros? É claro, ele deve ter muitos outros, quantos ele quiser. –Pensou Anne.

-E você tem carro? –Perguntou ele.

-Tenho, mas eu ainda não o dirigi, tenho um pouco de medo.

-Medo do que?

-É Nova York, é tudo diferente. Vai que eu me perco ou sei lá.

-Ai Srta Delary, um dia você terá que aprender. Se você quiser eu te ajudo com o caminho, ou o meu irmão. –Disse ele em tom não muito agradável quando se referiu ao Alex.

-Vou pensar Sr Banks. Bem, mudando de assunto, este é o carro que quase me matou não foi?

-Sim, mas não foi minha culpa como eu disse.

-Foi um acidente tudo bem, aconteceu.

-Está entregue Srta Delary. –Disse ele um pouco sério. Sinceramente esse cara deve ser bipolar. Uma hora estava bem e agora com esse tom de irritado. Vai entender esse carrasco viu - pensava Anne.

-Obrigada pela carona Senhor Banks. Bom final de semana e manda um beijo para a sua família, especialmente para o Alex. –Disse Anne saindo do carro com um sorriso encantador.

-O prazer foi meu, Srta Delary, e eu irei mandar o beijo para todos e para o Alex. –Disse em tom ríspido o nome do irmão.

-Bem, até segunda então.

-Até.

Christopher esperou Anne entrar para poder ir embora, e ela ao chegar ao apartamento se jogou no sofá e ficou pensando naquele carrasco. Quais eram os motivos que fizeram o parecer simpático demais com ela, e será que ele realmente só foi à cafeteria para tomar café. Claro, Anne, ele não iria atrás de você. Nem nos seus sonhos, ou em suas histórias contadas em seu diário ele iria parar ali só porque te viu e porque quis a sua companhia. Tinha alguma coisa que ele escondia, mas o que será hein? -Pensou Anne. E como ele sabia o meu endereço? Ah claro, Alex deve ter falado. Para de pensar nele Anne, ele é noivo e nunca irá olhar para você com aquele olhar apaixonado, aquele olhar que todo homem quando ama uma mulher de verdade transmite, e nem irá escutar aquelas três palavras. Eu te amo nunca sairia da boca dele. Ai Anne pare de sonhar demais, pare, pare e pare! –Dizia Anne em seu subconsciente.

Depois de tanto pensar nele, ela resolveu ir tomar banho e escrever em seu diário, bem, ela tinha muita coisa para escrever, e ali naquele pequeno caderno ela poderia colocar tudo o que estava sentindo pelo senhor carrasco perfeito.

Anne acordou como de costume cedo, tomou o seu café e saiu direto para a SOAB (School of Art Banks), chegando por lá, avistou o senhor carrasco perfeito saindo de um dos seus belos carros e desfilando o seu poder, o poder que tinha sobre todas as mulheres, inclusive eu. -Disse Anne. E poder sobre todas as coisas, ele era ou deixava as pessoas sem palavras. Quando Anne tentou entrar rápido pela porta ouviu aquela voz a chamando.

-Srta Delary? Disse Christopher com aquela voz imponente, rouca e que a faz perder a respiração e os sentidos.

-Bom dia, Sr Banks! –Disse ela com o resquício que voz que ainda sobrava.

Assim, ele entrou sem falar mais nada. Anne prendeu e soltou a respiração para tentar aliviar ou esquecer naquele momento aquele homem. Depois daquele estranho comportamento do carrasco, Anne seguiu para as suas aulas, onde tudo aconteceu normalmente. No finalzinho da aula Alex havia sido chamado na reitoria, naquele instante Anne tinha ficado assustada e curiosa pelo motivo que havia levado ele para ir conversar com Christopher.

Logo após algum tempo, Alex foi em direção à Anne, que estava esperando-o no pátio.

-Graças a Deus Alex! O que aconteceu? Você demorou e eu fiquei preocupada.

-Christopher me chamou para tratar de um assunto importante.

-Ah sim, achei que ele fosse te dar uma bronca sei lá.

-Não Anne, esse assunto tem a ver com você.

-Comigo? Como assim? Alex, eu juro que eu não fiz nada, se eu fiz eu não me recordo, mas gente, Alex eu não fiz nada. –Disse Anne  desesperada.

-Calma Anne, respira. Eu sei que você não fez nada e Christopher também sabe.

-Então porque ele te chamou para falar de mim?

-Anne, ele te ofereceu um emprego.

-O QUÊ?

 

 



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