Anne sorria feito uma boba com toda aquela revelação. Ela havia sonhado com isso, e estava acontecendo, ele realmente tinha falado que sentia algo por ela, mesmo sem aquelas três palavras, ela sentia que ele estava sendo sincero.
Assim que chegou à área da piscina, Henry ficou hipnotizado por aquele corpo, ele não conseguia parar de olhar e babar por ela, e estava claro que ele estava caidinho por ela.
Anne estava tímida com aquele biquine e tratou logo de entrar na piscina junto com as suas amigas.
-Finalmente Anne, que demora hein! –Disse Melissa.
-É que eu estava criando coragem para descer com esse biquine. –Anne disse, tentando esconder o real motivo da sua demora.
-Coragem pra que? Com esse corpo eu iria querer usar e abusar de biquines. –Disse Sarah dando risada.
-É que eu quase nunca uso, quer dizer, eu quase nunca vou à piscina. –Anne disse, dando de ombros.
-Por quê? – Perguntou Sarah.
-Eu não sei nadar, eu tentei, eu juro que tentei aprender, mas não consegui. –Anne disse rindo.
-Sério? –Perguntou Sarah e Melissa.
-Sim, eu sou daquelas que só ficam na beirada da piscina.
-Se quiser podemos te ensinar, ou o Christopher, ele é ótimo, é como se fosse um peixe. –Disse Sarah, sorrindo.
-Não! Eu não quero, talvez um dia. –Anne disse vermelha de vergonha.
O papo entre as três estava ótimo, pareciam que se conheciam há anos. Logo após um tempo, Christopher apareceu e não conseguia esconder um sorriso e a empolgação de saber que iria terminar algo que deveria nem ter começado, e de saber que poderia ter a Anne para ele. Em falar em terminar, assim que chegou à área da piscina, percebeu que Jenna estava afastada de todo mundo, em uma espreguiçadeira tomando sol e bebendo alguma coisa que ele nem quis saber, e seu ar de mandona exalava, mas ele nem quis ir ficar com ela, logo se juntou com o seu irmão e a presença que estava lhe incomodando, o Henry.
Ele sentou com eles, mas eu olhar tinha uma única dona de cabelos longos e castanhos de uma inocência sem tamanho, mas de corpo escultural. Christopher tentou disfarçar, mas parecia que tudo o que ele fazia era em vão, até que Henry conseguiu lhe tirar a atenção.
-Hoje eu vou chamar a Anne para jantar. –Disse ele, dando um sorriso malicioso.
Christopher ficou maluco com a ideia, e foi logo tratando de acabar com essa história.
-Você não vai jantar com ela. –Disse com o maxilar serrado e os olhos em chamas.
-Quem é você para me proibir de alguma coisa? –Perguntou Henry, que já estava nervoso com a intromissão dele.
Christopher queria gritar para Henry o que havia acontecido entre ele e a Anne, mas acho melhor ficar apenas entre os dois, por enquanto.
-Sou amigo dela, e chefe.
-Amigo dela? Desde quando você se importa ou é amigo de algum funcionário. Faça-me rir, Christopher, você nunca se importou com eles, e que eu saiba a Anne é muito responsável, ela não irá faltar do trabalho só porque irá sair comigo.
-Não interessa. A Anne é amiga da minha família, portanto é minha amiga também, e eu sei que ela é responsável, esqueceu que ela é MINHA assistente pessoal? –Disse ele, dando ênfase no “minha”.
-Ei, vamos parar, por favor? Estávamos muito bem sem brigas. –Alex disse, tentando apaziguar os ânimos dos dois.
Christopher e Henry se olharam, e se olhar pudesse matar com certeza os dois estariam mortos.
Depois da pequena discussão, eles mudaram de assunto, mas não conversavam entre si. Jenna entrou na piscina e logo quis chamar a atenção do Christopher, o chamando e mandando beijos, enquanto ele a ignorava e quando olhava para a piscina era apenas para olhar a Anne, que conversava e sorria discretamente para ele.
-Anne querida você não vai nadar? –Perguntou Jenna com falsidade.
-Não! –Anne disse, tentando acabar com o assunto.
-Já sei você não sabe nadar, não é?
-Não enche Jenna, sai daqui. –Disse Sarah com raiva.
-Tudo bem, estou saindo.
Jenna vai direto para Christopher, rebolando como sempre para chamar a atenção. Parou ao lado dele e começou a acariciar as suas costas e massagea-las, e depois começou sussurrou em seu ouvido:
-Vamos embora, ou vamos para o seu quarto. –Falou indecentemente.
Christopher revirou os olhos e sentiu náuseas ao escutar aquela voz. Minutos atrás estava com a mulher perfeita, e agora estava ao lado da chata da Jenna.
-Não! Eu quero ficar aqui conversando. Se você quiser ir embora para descansar pode ir. –Christopher disse sem olhar pra ela.
-Christopher, você está estranho. O que aconteceu com você? –Jenna perguntou com a sobrancelha levantada e cara de poucos amigos.
-Não aconteceu nada, eu estou ótimo. Jenna, eu tal jantarmos hoje à noite? –Perguntou sorrindo.
-Claro meu amor, eu estava morrendo de vontade de sair para jantar com o meu noivo lindo. –Disse ela toda sorridente e beijando-o.
Anne olhou na mesma hora do beijo, e se sentiu triste e traída ao mesmo tempo. Tudo bem que eles não tinham nada, mas ele havia dito que sentia algo por ela, e que nunca iria desistir.
Depois de um bom tempo, as três decidiram sair porque já estava ficando tarde, e os pais da Anne tinham que ir embora. Christopher a todo o instante não tirava os olhos da Anne, quando ele percebeu que ela estava saindo da piscina, pegou a toalha antes mesmo de o Henry pensar em fazer isso e foi logo lhe entregar com um sorriso que ia para o corpo e para o rosto dela.
-Aqui está a toalha, Anne. –Disse, lhe entregando uma toalha.
-Obrigada, Christopher.
-Não se esqueça do que aconteceu no quarto, hoje a noite toda essa merda terá um fim. – Disse sussurrando no ouvido dela.
Anne o olhou e sorriu. Ela havia acreditado nele, mas ao mesmo tempo estava com medo dele ter se arrependido de tudo e voltado atrás.
Rachel e Jonathan estavam se despedindo de toda a família Banks, e prometendo que logo voltariam e que marcariam alguma coisa. Anne estava conversando animadamente com Sarah, Mel e Alex. Christopher foi levar Jenna para a casa dela, não queria adiar e nem demorar muito com esse jantar, e Henry estava absorto a todos os assuntos, enquanto olhava a Anne.
-Anne, posso falar com você? –Perguntou Henry.
-Claro! – Disse ela, sorrindo.
-Bem, eu estou querendo fazer isso desde o dia em que eu a conheci. Você quer jantar comigo, na sexta feira? –Perguntou.
Ela não sabia o que responder, não sabia se era uma boa ideia esse jantar, pois sabia que Henry achava que poderia ter algo a mais entre eles.
-Eu não sei Henry.
-Como amigos, vamos jantar como dois amigos que somos.
-Tudo bem! Como amigos eu aceito jantar com você.
-Então estamos combinados, depois nós vemos a hora direitinho.
-Ok! Até amanhã, Henry. –Disse ela, lhe dando um rápido beijo na bochecha.
-Até. –Henry retribuiu o beijo.
Depois de todos se despedirem, os três foram diretos para a casa. Anne não conseguiu parar de pensar no beijo e na revelação do Christopher, e estava curiosa para saber como seria a reação da Jenna, ao saber que ele iria terminar o relacionamento. Ela não poderia estar feliz com isso, porque ela não era assim, mas era impossível não ficar radiante diante desse acontecimento.
Ao chegar a casa, os pais dela foram arrumar a mala, porque tinham que ir embora, mesmo a contragosto. Ela foi ajudar a sua tia que estava triste por ter que ir embora e ficar longe da sua filha.
-Mãe, fica mais um tempo aqui. –Disse Anne.
-Se eu pudesse eu ficaria, mas tem a confeitaria, e as encomendas para entregar. –Disse Rachel, com uma voz triste.
-Mas, você promete que irá voltar logo? –Perguntou Anne, abraçando-a.
-Claro! Quando menos você esperar eu estarei de volta.
As duas terminaram de arrumar e colocaram as malas do carro. Os três se abraçaram e falavam o quanto se amavam e o quanto eles iam sentir saudades dela.
-Mãe, manda um beijo pra Nic e pro Petter, por favor. Fala que eu estou morrendo de saudades.
-Pode deixar minha filha. A Nic estava doida para vir te ver, mas parece que ela tinha que fazer uma viagem de família, e não deu para vir, dessa vez. Mas, ela prometeu que viria logo. –Rachel disse.
-Entendi. Estou com saudades daquela maluca.
-E ela de você, pode ter certeza.
Ambos se despediram novamente e partiram. Anne entrou e foi tomar um banho e comer alguma coisa.
Eu te amo, Anne, com todas as forças do meu ser. Eu nunca amei tão loucamente e eu nunca tive um desejo infernal como eu sinto pelo seu corpo e por você. Eu preciso, eu necessito de você a todo o instante. Fica comigo, eu quero ter uma família com você, quero um futuro para nós dois. –Christopher sussurrava no ouvido da Anne enquanto beijava o seu pescoço e ela gemia baixinho e quase se rendendo a toda aquela paixão.
-Não! Ele não vai ficar com você! Eu prefiro matar você a ter que ver essa cena ridícula de vocês! –Gritava Jenna, que estava com uma arma na mão, e apontava para os dois.
-Jenna, não faça nenhuma loucura, você pode ir presa. –Christopher disse tentando amenizar aquela situação, e se pondo a frente da Anne.
-Eu não estou nem ai. Eu prefiro ficar presa a saber que vocês serão felizes. Ele é MEU, sua biscate e destruidora de relacionamentos. Eu te odeio e vou meter a bala na sua cabeça. –Gritava Jenna.
Quando menos eles esperavam, ela disparou a arma, e só podiam ouvir gritos de desespero...
-NÃO! –Anne gritou.
Depois de alguns segundos, ela percebeu que aquilo era um pesadelo, e que estava deitada em sua cama com o celular na mão e estava suada. Ela tentou acalmar a respiração e não pensar no maldito sonho ruim que estava lhe atazanando a mente.
Ela se levantou e foi para a cozinha tomar água, e tentar limpar a mente, quando estava imersa em seus pensamentos a campainha toca e ela pensa em não atender, já que não queria receber vista de ninguém, mas a pessoa insistia em tocar, então ela foi até a porta e abriu, dando de cara com Christopher, que estava todo arrumado, com uma calça jeans e blusa social. Ele estava com as mãos no bolso e a olhava de cima para baixo e antes mesmo que ela pudesse dizer algo, ele a agarrou e a pegou no colo e foi logo a beijando rapidamente. O beijo era selvagem e rápido, só se podia ver o enrolamento das línguas e o desespero dele. Se fosse para ambos morrerem, com certeza seria de falta de ar, porque com todo aquele beijo era impossível a passagem do oxigênio.
Depois de alguns minutos, ele a soltou e a colocou sentada em seu colo. Christopher não parava de sorrir, e ela estava curiosa para saber o que tinha acontecido.
-Anne, você deliciosamente sexy. Como eu precisava desse beijo hoje.
Ela sorriu e ficou muda. Ainda estava tentando voltar à respiração normal.
-Você está sem fala? Eu estou fazendo um esforço para poder voltar à minha respiração, mas eu precisava disso, e não iria aguentar até amanhã para lhe dar esse beijo e te falar uma coisa.
-O que? –Perguntou Anne.
-Acabou Anne. Aquele disfarce todo de namoro, aquele teatro de merda acabou, e eu não poderia esperar até amanhã, eu tinha que falar hoje, então eu sai do restaurante e vim pra cá correndo só para te falar que agora eu sou um homem livre. Livre da Jenna, mas de você não quero ser livre jamais.
Então ele a puxou para outro beijo louco e selvagem.
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