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História Dança da Extinção - Floresta das Almas


Escrita por: realYumesangai

Notas do Autor


#morte #vixx

Capítulo 13 - Floresta das Almas


 

Em algum momento o sangramento na cabeça ou no rosto, ele não tinha certeza, havia parado. Minseok andava de forma cautelosa, mas sem perder muito tempo, ele seguia pela estrada de terra, onde conseguia ver onde estava pisando e evitando encontrar com um errante.

Sua arma havia ficado embaixo do banco, e não havia nem sinal do carro e muito menos da arma. Ele tinha  a roupa do corpo e sangue seco no cabelo, no rosto e na camisa.

― Sehun! – Ele gritou sem se importar se iria atrair algum errante.

Ou talvez ele devesse levar em consideração já que não estava em posse de uma arma. Ele sabia que deveria ter pego o galho largado no meio do caminho, mas agora ele não queria perder tempo voltando.

A mata começou a se mover mais para frente e Minseok foi obrigado a parar, ele olhou rapidamente para os lados, mas não havia nada além de folhas, nem pedras.

― Wow! – O garoto que apareceu tinha a pele morena, cabelos castanhos e parecia ter corrido uma maratona. E ele também tinha uma arma em mãos.

Minseok imediatamente ergueu as mãos em rendição.

― Hey!

― Meu deus, você está sangrando! – O estranho se aproximou tão rápido que Minseok não teve tempo de recuar. – O que aconteceu? Você foi mordido?

― Não, eu... eu estava dirigindo, teve um acidente, eu não sei onde está meu carro, meus amigos ou minhas coisas... E quanto a você?

― Ah, aquelas coisas estavam atrás de mim, acabei saindo da rota e vim descendo sem controle, é muito ingrime.

― Eu acho que sim... – Ele olhou rapidamente na direção de onde o outro tinha vindo.

― Hakyeon. – Se apresentou estendendo a mão.

― Minseok. – Respondeu retribuindo o cumprimento. – Você está só?

― Não, meus amigos também estão por aqui, alguns errantes vieram e nós acabamos nos separando.

― Como pretende achá-los? – Ele não percebeu que estava o seguindo como se o estranho soubesse o caminho.

― Bom, o jeito é voltar para a estrada, certo? Nós podemos passar pelo seu carro, mas deve ter mais errantes, você não tem uma arma?

― Não, minhas coisas estavam no carro.

― Nós temos que achar seu carro então.

 

-/-

 

Jongdae quando mudou de rota e subiu uma encosta reparou numa loja com uma fachada de oficina. Ele decidiu que abrir a porta de ferro não era uma ideia inteligente, o barulho poderia atrair errantes.

 

Havia uma caminhonete estacionada na grama, ele verificou olhando pelo vidro, mas as portas estavam fechadas.

― Droga, droga...

Ele rodou a loja e descobriu que as pessoas realmente deixam a chave embaixo do tapete de entrada, ele devolveu a chave para o lugar –só por precaução- e entrou.

Não era como ele imaginou, a luz acendeu assim que ele pisou lá dentro, não era um buraco velho, tudo parecia novo, o chão era brilhante, as paredes eram brancas, haviam vários armários e bancadas, mas não havia nenhum carro parado lá.

― O que diabos...?

Bem no meio, havia uma maca, um errante estava preso pelos braços, pernas e pelo tronco, assim que a luz acendeu ele pareceu acordar e começou a se debater e bater os dentes, olhando na direção de Jongdae.

Era um garoto, isso era visível, talvez de sua idade.

Jongdae começou a abrir os armários e achou algumas ferramentas, ele pegou uma chave de fenda, e foi se aproximando da maca, pronto para atravessar o cabo e...

Suas mãos tremiam, o errante estava preso, não faria diferença, ele não precisava disso. Ele precisava achar seus amigos, ele precisava encontrar Suho que estava machucado, saber se Kyungsoo estava bem, Minseok e Sehun.

Ele não conhecia o errante, mas ele estava preso e nada poderia fazer. Ele pensou rapidamente no colégio, com Baekhyun e Chanyeol. Pensou no quanto aqueles dois haviam sido corajosos em atravessar aquela corda entre os dois prédios.

Jongdae recuou até bater com as costas na parede e algo cair em seu ombro, ele puxou o tecido e reparou que era uma espécie de macacão de oficina, ótimo, ele precisava mesmo de roupas que não estivessem molhadas.

 

-/-

 

Suho abriu os olhos, ele tentou se levantar, mas seu corpo não estava mais obedecendo, ele sentia constantes espasmos e calafrio, acabou se encolhendo ainda mais na terra, mas sentiu uma pontada na coluna.

Seus lábios estavam tão ressecados e rachados que ao tentar abrir a boca ele sentiu gosto de sangue.

Ele tentou olhar para o céu, por entre os galhos, porque ele sabia que seria a última vez.

Ele tentou tomar ciência do ambiente, o cheio forte do mato, da terra, do barulho dos pássaros, uma chuva fina começou a cair e ele fechou os olhos, tentou pescar as boas memórias, qualquer uma.

 

- Sabe qual a vantagem desse mundo? – Jongdae perguntou se apoiando no carrinho de compras.

- Tem vantagem? – Suho perguntou ajeitando o boné enquanto jogava algumas coisas da prateleira para dentro da mochila.

- Eu posso te dar qualquer presente. – Jongdae andou deslizando com o carrinho pelo corredor de molhos e massas. – O que você quer?

- Hey, nós não temos tempo para brincar, nós temos que ir embora.

- Suho! – Jongdae bateu o pé, mas ele estava rindo. – Aliás, quando você vai me dizer o seu nome?

- E você o seu? “Chen”? De onde veio isso?

O garoto riu de verdade.

- Jongdae.

- Junmyeon.

Suho se aproximou e o sorriso de Jongdae só aumentou. Ele jogou a mochila no carrinho e então subiu no carrinho e sentou nele, como uma criança, embora ele não coubesse muito bem, suas pernas estavam esmagadas na grade.

- Bem vindo ao expresso apocalipse! – Jongdae começou a narrar enquanto empurrava o carrinho. – Você pode escolher o que quiser pra comer, temos doces, balas, comida de verdade que da mais trabalho do que antes pra fazer.

- Pfff

- Pode escolher a roupa que quiser, pode escolher pra onde ir, pode andar sem rumo e... eu vou te seguir.

Suho pendeu a cabeça para trás.

- Por quê? Eu não sei para onde estou indo.

- É? Nem eu, mas eu quero seguir você.

- Não tem amigos para procurar? Parentes?

Jongdae roubou o boné do mais velho.

- Não.

Suho sorriu e puxou o rosto do outro para um beijo.

 

A chuva aumentou e quando Suho parou de respirar, ele estava sorrindo.

 

-/-

 

Baekhyun se jogou da cama para o chão, não era como se a queda fosse algo significativo, mas cair com tudo no chão, mais as dores que ainda estava sentindo no acidente, foi o bastante para ocupar seu cérebro.

Ele procurou por algo naquele quarto que fosse mais significativo do que a faca de cozinha que ainda estava consigo, mas é claro que não havia nada de útil.

A casa estava vazia, ele decidiu seguir na direção do corredor suspeito, da única porta com um cadeado, o chão estalava bem mais por ali, certamente era um acesso para um porão.

― Merda. – Ele sacudiu o cadeado, mas nada aconteceu, tentou puxar e chutar a porta, mas ele não era forte para isso.

A porta da cozinha no final do outro extremo do corredor, estava aberta, ele voltou a mexer nas gavetas, mas sua melhor arma seria uma panela ou a chaleira. Ele precisava de algo melhor do que isso.

Um assobio e passos na entrada de casa.

Ele apertou a faca e viu a figura de Ravi no corredor, ele estava indo em direção ao seu quarto, ele poderia sair correndo e fugir pela porta de entrada.

Baekhyun deu um passo, mas ele bateu na mesa de madeira que fez um barulho ao arrastar pelo chão.

― Ah, você estava se escondendo então. – Ravi comentou com um sorriso sinistro.

― Me deixa ir embora, ok? Eu não tenho nada a oferecer.

―Taekwoon acha que você tem, eu posso pensar em algo útil pra você antes que ele... ache a sua utilidade.

Baekhyun engoliu em seco, eles estavam basicamente brincando de cada um numa ponta da mesa.

― Eu realmente não tenho nada de especial, ok?

―Além disso, Hyuk está indo para uma armadilha, Taekwoon disse. Eu não posso deixar um dos meus amigos ir para uma armadilha orquestrada pelo seu grupo, sabe?

― Eu nem sei o que está acontecendo, eu só quero encontrar meus amigos e nós vamos embora, ok? Só isso.

― Só isso. – Ravi repetiu rindo. – Sabe, quando eu te vi pela primeira vez eu pensei que você fosse um pouco mais do que isso. – Disse apontando para ele como um todo. – Achei que fosse mais corajoso, você não está se saindo diferente dos outros e isso é um pouco decepcionante, mas você continua bonito de se ver, então... – Meio que deu de ombros.

Baekhyun não tinha certeza se queria entender de verdade do que o outro estava falando. Ele queria ter mais força para lutar, seu corpo inteiro estava tremendo, não sabia como não havia derrubado a faca.

Errantes ele conseguia enfrentar, mas uma pessoa, viva, um ser humano pensante?

Ravi continuou mexendo a boca, mas Baekhyun não estava prestando atenção, ele teve que sacudir a cabeça para voltar ao foco.

― ...Tem o nome de todos eles aqui. – Disse enquanto tirava a camisa, havia tatuagens em seu peito e vários nomes em seus braços. – Qual o seu?

Baekhyun correu. Ele ouviu um eco em sua mente o mandando correr e foi exatamente o que ele fez.

― Sabe. – Ele conseguia ouvir a voz controlada de Ravi. – Algumas pessoas lutam contra, outras congelam e algumas correm, sabe quais são as mais divertidas?

Baekhyun correu para a sala, mas ele percebeu tarde demais que a janela de lá tinha grade, a porta da entrada se abriu, mas havia uma segunda porta de ferro e essa estava fechada, ele sacudiu a porta.

Ele virou o rosto com os olhos cheios d’água, Ravi estava parado com um sorriso. Baek esticou a mão para pegar a arma na parede. O outro não estava preocupado, ele foi se aproximando lentamente.

Baekhyun esticou a arma e puxou o gatilho, mas o clique foi vazio.

― Idiota. - Ravi fechou a mão no cano da arma e num puxão conseguiu tirá-la das mãos de Baek. Ele sacudiu a arma novamente e o punho de madeira acertou com tudo no rosto de Baekhyun.

Ele tropeçou com a mão no rosto e caiu sentado, zonzo.

― Você é o tipo que chora? Ou o que grita?

Ele pisou no tornozelo de Baekhyun e o garoto gritou de dor.

― Tão mais divertido.

Ravi abriu a fivela do cinto. Baekhyun ergueu o rosto e soltou um rosnado de raiva, enquanto as lágrimas ainda caiam.

― Eu sou o tipo que luta. – E jogou o corpo contra o de Ravi o derrubando contra uma mesinha de madeira.

 

-/-

 

Hyuk tirou uma chave que estava presa numa corrente da calça e abriu a porta dos fundos de uma loja com fachada de oficina, as luzes se acenderam assim que eles colocaram os pés lá dentro.

O garoto empurrou Kyungsoo na direção de uma maca, havia alguns fios e aparelhos ligados. Preso pelos braços, pernas e pelo peito havia um errante. Com um pouco de cabelo, rosto rasgado, braços e pernas que não condiziam com o corpo, havia fortes linhas de costura e pus, sangue ou que quer que fosse saindo entre elas.

Como se aquele errante tivesse perdido alguns membros e novos tivessem sido costurados, a pele era diferente o aspecto também, não havia sinal de infecção, não o aspecto das veias roxas, talvez fosse rejeição.

― O que está acontecendo aqui? – Kyungsoo perguntou se sentindo tonto com a figura, ele queria vomitar e desmaiar com o cheiro de podre naquele ambiente fechado, mas o ar era agradável e fresco, era bom ter saído da chuva.

― Bom, Doutor, esse é o meu amigo, ele precisa da sua cura.

Kyungsoo sentiu um calafrio com a presença tão próxima de Hyuk, sem falar que a espingarda ainda o incomodava. Se antes ele achava que o garoto era um sociopata, agora ele tinha certeza que era um psicopata.

― Eu disse a você, ela está em Jeju. – Falou olhando para o chão, qualquer coisa que não fosse aquela carnificina sobre a mesa.

― O que você acha disso?

― Os painéis solares são interessantes, o equipamento veio de uma ambulância, não? – Kyungsoo havia visto muitas séries médicas e também já tivera a experiência de andar em uma para não reconhecer.

― Nós não podemos movê-lo para o hospital, o mais próximo daqui fica ao sul. De onde vocês vieram, e você estavam com pressa, então eu não acho que seja uma opção.

― Não, não é. – Kyungsoo tentou não fazer uma careta ao pensar em tudo que Exodus havia os custado.

Ele se apoiou num balcão para recuperar o fôlego, quando reconheceu Jongdae encolhido ali atrás, usando uma roupa diferente, mas ainda era ele, ele fez um sinal para que Kyungsoo ficasse em silêncio.

― Então Doutor, você vai fazer sua mágica ou...?

Ele imediatamente se virou, ficando de costas para Jongdae e sentindo que precisava protegê-lo, tira-lo definitivamente do campo de vista de Hyuk, ainda que só fosse possível vê-lo chegando bem perto do balcão.

― Com que frequência você tem feito a troca de membros?

― Não é constante. – Ele cruzou os braços.

― Quando ele morreu?

― Tem um pouco mais de um mês.

Kyungsoo começou a rodar a maca analisando o estado do corpo, ele ainda queria vomitar, seu estômago estava sacudindo.

 

-/-

 

― Eu sabia que você não iria me decepcionar. – Ravi segurou Baekhyun pelo pescoço.

Mas o garoto era menor do que Ravi, ele conseguiu chutá-lo bem no peito, o derrubando. Ele se levantou rapidamente, tossindo e com uma mão massageando o próprio pescoço.

Baekhyun pegou a arma novamente e com o cabo de madeira acertou o rosto de Ravi, ele deveria estar igual ao garoto, com a metade do rosto sangrando.

Ele tentou acertar novamente o cabo da arma, mas Ravi agarrou a parte de madeira e conseguiu jogar a arma do outro lado da sala.

Ao correr para o corredor, Ravi o puxou pelo casaco e o bateu contra a parede, Baekhyun conseguiu de alguma forma se revirar e ficar com as costas contra a parede de madeira.

―Você ainda não me disse o seu nome. Vou ter que inventar?

Baek acertou uma cabeçada contra ele, foi cambaleando zonzo para o final do corredor, ele bateu contra um jarro de planta que caiu no chão, ainda tentando recuperar o foco ele reparou numa chave entre os cacos do vaso.

―Eu vou acabar com você... – Ravi estava com a mão sobre o nariz, que pingava sangue.

Baekhyun conseguiu destrancar o cadeado, mas antes de abrir a porta, Ravi o empurrou para o breu. Ele rolou a escada de madeira e caiu num porão escuro.

Suas costas se chocaram contra algo de metal e ele gritou com o impacto, antes que pudesse tentar se colocar de pé, algo puxou seu braço com força, seu ombro se chocou entre duas grades de metal e ele sentiu algo morder seu braço. Ele gritou e tentou puxar o corpo, mas sentiu mãos o segurando.

― Idiota. – Ravi falou do alto da escada e fechou a porta.

Baekhyun continuou gritando até que lentamente as mãos soltaram seu braço e então ele não estava mais sendo mordido. Ele retirou o braço com tanta força entre o espaço das grades que se desequilibrou.

― Me desculpe por isso, mas era o único jeito de não fazê-lo descer aqui.

― O-o que....? – Baek estava agarrado ao braço mordido, e então percebeu que não havia sangue, nenhum pedaço havia sido arrancado, embora ele pudesse sentir as marcas afundadas em sua pele.

Ele queria poder ver algo, mas o máximo que conseguia distinguir era uma cela relativamente grande que estava no meio do porão, e pela voz, um garoto estava falando, alguém com sotaque, estrangeiro possivelmente.

― Eles capturam pessoas, você precisa sair daqui.

― Eu não sei como.

― Tem uma saída de emergência, mas é uma armadilha, vai fazer barulho do lado de fora e eles vão pegar você, a única saída de verdade é aquela porta onde você veio.

― Quem é você?

― Zhang Yixing. – Ele falou em outro sotaque, talvez seu natural. Agora pelo menos ele sabia que o garoto era chinês.

― O que?

― Lay, pode me chamar de Lay. – Respondeu soando divertido. O que deveria ser estranho, ele estava preso numa cela que não o permitia ficar de pé.

― Eu preciso de um plano, não posso simplesmente voltar, ele vai me...

― Matar?

― Não... pior, eu acho.

Lay esticou a mão e tocou no braço de Baekhyun, o garoto deu um pulo, mas rapidamente se sentiu culpado, não era ele quem estava preso. Lay sabia que ele não podia ver, mas sorriu mesmo assim.

― Eu quero te ajudar...

 

-/-

 

 ― Parece que ninguém mais voltou para esse ponto. – Minseok estava puxando uma alça de uma mochila que havia ficado presa em uma das ferrugens.

Hakyeon olhava constantemente para os lados, mas assim que o outro pareceu ocupado com outra coisa no carro, ele direcionou a arma para as costas do garoto e a destravou.

Minseok ouviu o barulho e foi se virando lentamente, com os braços erguidos e visíveis.

― O que está fazendo?

― Não é pessoal, mas... eu não preciso de você.

Minseok olhou para as duas mochilas que estavam em seu pé, uma com roupas e comida e a outra com as armas iniciais de Sehun. Ele era um idiota, ele nunca deveria ter confiado tão fácil assim no outro.

― Não precisa ser desse jeito, eu posso ir embora, encontrar meus amigos e seguir para onde estávamos indo.

― É, mas esse mundo não é bem assim. – Hakyeon apontou com a arma, sinalizando que Minseok se afastasse dos suprimentos. – As pessoas sempre voltam para se certificar de que nada vai acontecer.

Minseok não conseguiu evitar uma careta ao pensar em Exodus.

― Viu? Você sabe como é. É assim que se consegue suprimentos, roubando. Ninguém quer se arriscar nos prédios.

― Nós nos arriscamos, eu e meus amigos. Num shopping, ele estava fechado e protegido.

― Sempre uma história altruísta.

O barulho do disparo e Minseok arregalou os olhos, Hakyeon tombou para trás, no susto a arma caiu de sua mão. Minseok imediatamente foi para trás do carro. A pessoa que atirou saiu da mata.

― Sehun! – Minseok saiu da defensiva e foi  correndo na direção do amigo, mas este o empurrou para trás de si, enquanto continuava com a arma apontada.

― Eles colocaram uma armadilha, por isso o carro capotou. Tem mais deles espalhados por aqui.

― Vocês que invadiram o nosso terreno! – Hakyeon gritou mostrando suas verdadeiras cores.

― O seu ombro foi raspando, o próximo não vai ser.

― Sehun! – Minseok colocou a mão no ombro dele. – Vamos pegar as coisas e ir embora.

― Não, ele não vai nos deixar ir. Tem os outros.

― Hunnie, ele está vivo, nós não matamos os vivos.

― Não?! – Sehun devolveu, ele desviou os olhos de Hakyeon e essa foi a chance do garoto para pegar a arma novamente.

― Hunnie! – Minseok o empurrou quando Hakyeon pegou a arma.

O clique foi vazio para a sorte dos dois. Sehun esticou o braço e disparou acertando no peito de Hakyeon que caiu no chão. Uma chuva fina começou a cair enquanto os dois estavam sentados na terra.

Minseok segurou o rosto do garoto o fazendo encará-lo, o tirando da visão daquele corpo caído.

―Hey. Hey. Como você está?

Sehun encarou Minseok, pela primeira vez, ele tinha cortes no rosto, sangue no cabelo, ele parecia péssimo.

― Eu não posso perder você também.

― Sssh, está tudo bem agora. Vai ficar tudo bem, nós precisamos achar os outros. – Ele o abraçou e o Sehun o abraçou como se não fosse mais soltá-lo.

A chuva aumentou abafando as palavras de consolo de Minseok e fazendo com que o corpo de Sehun começasse a tremer.

 

-/-

 

Taekwoon estava andando em passos rápidos, já não bastasse a chuva atrapalhando sua visão e um grupo de estranhos rodando a região. Ele sempre contou com Hyuk para capturar alguns, mas ele sabia que algo estava errado, Hakyeon já deveria ter aparecido.

Não muito distante ele viu as luzes acessas da oficina, antes de chegar mais próximo ele ouviu um barulho de tiro, não era de espingarda ou rifle ou armas que eles usavam, mas decidiu que não iria se preocupar, não agora.

Primeiro Hyuk e a bobagem em que havia acreditado.

Taekwoon empurrou com violência a porta de entrada, apenas para ver um estranho com um bisturi nas mãos e Hyuk com a espingarda apontada.

― Hyung? – Hyuk se virou surpreso.

Kyungsoo aproveitou o momento de distração e cortou as fivelas com o bisturi e se abaixou atrás da maca.

― Hyuk, cuidado! – Taekwoon gritou e o irmão se virou a tempo do errante que estava na maca se levantar e esticar a mão sobre o cano da espingarda, seus dentes batendo, enquanto ele forçava o corpo para fora das últimas alças que prendiam sua perna e braço esquerdo.

― Hyung, me ajuda! É o Bin! Me ajuda!

Taekwoon destravou a arma, mas Jongdae que estava escondido, empurrou um carrinho móvel com ferramentas na direção do outro, o acertando até a altura da cintura. Ele puxou o gatilho e acertou um tiro acidental  que pegou no peito do errante.

― Hyung! – Hyuk gritou de volta.

Jongdae pulou para o lado de Kyungsoo e pegou o bisturi de sua mão e cortou as fitas que ainda prendiam  o errante que avançou em Hyuk que estava distraído com o irmão no chão. O peso do errante foi com tudo no garoto, o derrubando no chão, e ele mordeu seu braço.

― Hyuk!

Jongdae puxou Kyungsoo, ignorando e se esquecendo de seu ombro machucado, mas o outro não reclamou, apenas mordeu a bochecha e resmungou algumas coisas enquanto eles andavam apressados para o lado de fora.

― Você tem uma arma? – Jongdae perguntou assim que eles saíram de lá.

― Não...

Jongdae encarou o bisturi em sua mão.

― Vai ter que serv--

― Jongdae... – Kyungsoo agarrou sua mão com força, o garoto olhou para o amigo, mas rapidamente reparou que ele estava olhando para frente, para algo.

Para alguém.

Suho estava andando na direção deles, se arrastando, veias roxas visíveis, cabelo molhado com a chuva, mas não disfarçava a quantidade de sangue que estava em suas roupas, olhos nublados e o rosnado seco escapando de sua garganta.

 


Notas Finais


#Sehun precisa de um desconto do mundo #LAY #RIP #Eu sinto MUITO por fazer Vixx serem tão filhosdaputa #Aliás, eu sinto muito pela história toda.


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