História Dança, mascaras e segredos - As vezes uma competição pode nos salvar da monotonia

- como você sabe... – perguntei sem jeito e ele sorriu.

- você parece meio deslocada... E também o fato de ter passado por aqui três vezes olhando para todos os lados – correi e ele colocou o pincel atrás da orelha e cruzou os braços – eu posso ajuda-la, oque você esta procurando.

- eu estou procurando o banheiro... Eu preciso me trocar... – disse levantando a mochila meio sem graça percebi que nunca tinha conversado com um menino a não ser Adrien sem meus pais ao meu lado.

- o banheiro e bem ali... – ele apontou para uma porta onde tinha uma fila enorme e meu sorriso desapareceu – eu... tenho um estúdio lá em cima se você quiser se trocar lá... Além da fila o banheiro tem muito pouco espaço, não se preocupe não tentarei nada...

Ele sorriu amigável e eu pensei ele não parecia do mal... Mais quem e nunca parece... Mais como eu não quero pegar toda essa fila.

- se for assim... Tudo bem, eu agradeço muito – ele indicou a escada e subimos.

Assim que ele abriu a porta entramos num grande estúdio de arte cheio de quadros lindo, olhei maravilhada tanto para os quadros como para a vista linda do rio sena, perto da janela tinha um sofá e do lado uma pequena geladeira.

- esses quadros são seus... – perguntei olhando um quadro de perto, ele assentiu meio sem graça – eles são lindos, você tem muito talento. Você pensa em seguir carreira, você faria muito sucesso.

- nunca pensei nisso... Eu acho que as pessoas mudam muito quando ficam famosas, deixam de pensar na arte pensam apenas em dinheiro... Eu não quero ser assim – eu sorri amigável – você pode se trocar ali.

Ele apontou para um biombo, caminhei ate atrás do biombo e abri a bolsa e tirei de lá uma calça larga preta com ajuste na cintura uma blusa se e que se podia se chamar algo tão pequeno de blusa era um tope vermelho e tênis pretos, achei também alguns lacinhos de cabelo. Tirei minha presilha de diamantes e prendi uma parte do meu cabelo para cada lado. Coloquei minhas roupas na mochila e joguei no ombro. Sai de trás do biombo me sentindo desconfortável com tão pouca roupa, o cara ruivo estava na pequena sacada olhando as estrelas. Como se soubesse que eu tinha terminado ele se virou, e sorriu.

- você esta linda... Quer dizer não que não estivesse antes – eu sorri.

- muito obrigada por deixar eu me trocar aqui, tenho certeza que nunca conseguiria achar o banheiro sem ajuda... Como sou mal educada nem mesmo me apresentei sou Ma... – lembrei que meu nome estavam em cartazes por toda a paris e se meus pais soubesse onde eu estava eu ficaria encrencada – mari...

- sou Nathaniel... Eu tenho certeza que você e muito bem educada, diferente de muitos lá em baixo – sorrimos e ele me olhou atentamente – então Mari... Você sabe meu talento nada mais justo que eu também saiba o seu...

- eu... Eu sei... – congelei eu sou boa em instrumentos clássicos mais não tão boa meu único talento era... A dança – eu sei dançar um pouco...

- então você veio para assistir a competição de dança... – olhei confusa – hoje tem um concurso para novos dançarinos de um grupo de dança de rua, estou muito curioso... Se você não veio pelo concurso, E encontrei você sozinha sem nenhuma amiga e como ficou bem claro que você não frequenta esse tipo de lugar... Oque você estaria fazendo aqui.

Olhei perplexa e ele escorou na grade da sacada despreocupado esperando a resposta.

- eu vim com uma ami... Colega, e ela meio que me largou pelo DJ assim que chegamos... E disse para mim me trocar e me... Divertir – sorri corando e ele me observou atentamente antes de sorrir mais uma vez – era menos patético na minha cabeça...

- você e amiga que Alya sempre tenta trazer aqui... Ela falou um pouco de você – olhei perplexa para ele – ela disse que você não se divertia faz apenas oque seus pais querem... Que esta deixando sua vida passar sem aproveita-la... Isso e verdade Mari.

- eu... Acho... Que... S...sim... – disse quase como um sussurro enquanto torcia a alça da bolsa entre os dedos.

- então tenho que deixa-la avisada da única regra desse lugar... Assim que se entra você tem que deixar seus problemas e obrigações do lado de fora, e o único jeito de você fazer isso e esquecer quem você é... – olhei meio indecisa – todos aqui usam apelidos e muitos mascaras para não serem reconhecidos, meu nome aqui e ilustrador sua amiga Alya e conhecida como wifi...se você vai ficar com a gente tem que ter um nome, mais a pergunta e você vai continuar aqui ou vai embora?...

- eu não sei... – abaixei a cabeça e pensei um pouco nunca tomei nenhuma decisão na vida sempre foram meus pais... Meus pais... Esta na hora de eu fazer algo por mim, levantei a cabeça com determinação e ele sorriu – esta na hora de arriscar, eu vou ficar.

- vem comigo... – ele pegou um pequeno vidro de tinta vermelha e mergulhou o pincel – vamos pensar em um nome para você.

Ele pintou meu rosto sobre os olhos como uma mascara camuflando meu rosto, assim que ele disse que eu estava pronta e ouvimos a musica parar lá em baixo.

Me olhei no espelho e realmente estava diferente eu não parecia mais aquela menininha neutra que fazia tudo que os pais mandavam eu parecia mais independente.

- esta na hora da competição – ele sorriu e me ofereceu a mão.