História Dance With Me - Nash?

                “-O Matt não tira os olhos de você o caminho todo- quando ela termina de falar o Taylor estaciona  o carro, nós entramos na boate, ela é enorme e bem arrumada, já tinha muita gente dançando na pista, então começa a tocar Iggy Azalea e Isa me puxa para dançar, estava tocando Work e nós começamos a tocar como no clipe dela, é eu realmente pretendo não ficar sem fazer nada essa noite.”

Ian POV.

                -Ah, no pescoço é sacanagem- ela murmura, e eu rio, vejo que ela esta novamente mordendo o lábio então não aguento, a puxo para um beijo, extinguindo qualquer espaço entre nós, o beijo é muito bom, misturado com o gosto de chantili e chocolate com morango, eu aperto ainda mais minha boca contra a dela, e então faço o que eu mais tinha vontade, eu mordo seu lábio inferior e dou um leve chupão no mesmo a fazendo gemer, eu separo nossas bocas encostando sua testa com a minha, ainda bastante ofegante e claro ela não esta muito diferente, eu respiro fundo, isso não devia ter acontecido! Ela tem idade para ser minha filha, e eu sou seu professor, isso não devia ter acontecido! Ela me encara, seus olhos são lindos, eu sei que devo soltá-la mas eu não quero, a burrada já foi feita mesmo ela passa as mãos em meus pescoço e arranha de leve, me fazendo abafar um gemido, então ela puxa minha nuca e voltamos a nos beijar.

Meu Deus o que essa menina faz comigo?

Eu agarro sua cintura intensificando o beijo, eu nunca tinha dado um beijo que me deixasse tão louco, ela morde meu lábio inferior e logo em seguida suga o mesmo, me causando calafrios, eu agarro sua coxa e ela entrelaça suas pernas em minha cintura, nós não paramos o beijo, eu começo a andar em direção ao bar e então eu a escoro em um pilar de madeira, nós ficamos sem ar, ai por que é tão necessário respirar? Assim que nós separamos nossos lábios eu começo a espalhar beijos por todo seu pescoço, Ian ela é sua aluna! Ela é só mais uma garotinha mimada, uma criança... uma criança, nesse momento eu paro com os beijos, não, eu não posso me aproveitar dela, ela me deixa louco mas... mas ela é só uma criança, isso não pode acontecer eu não sei aonde eu estava com a cabeça, ou melhor eu não sei como eu fui perder ela de vez...

Ema POV.

                -Ian?-  o que aconteceu, do nada ele para os beijos, ele me encara e então larga minhas pernas me colocando novamente no chão se afastando, ele balança a cabeça negativamente- O que foi?

                -Não, isso não devia ter acontecido- ele respira fundo e passa a mão no cabelo de uma forma sexy, ok parei, então ele me olha- Você é só uma criança...

                -UMA CRIANÇA? SÉRIO? VOCÊ NÃO PARECEU SE IMPORTAR COM O FATO DE EU SER UMA CRIANÇA- eu faço aspas no “criança” deixando bem claro o deboche na minha voz- A alguns minutos, atrás você nem se importou Ian Somerhalder- ele balança a cabeça em frustração, frustração? Quem devia estar frustrada era eu, mas eu me sinto com raiva, e humilhada, ao mesmo tempo me sinto como uma idiota, o que um cara como ele iria querer comigo? Nem como mulher ele me vê, e nesse momento tudo que eu mais quero é ser infantil.

                -Olha... eu não sei aonde eu estava com a cabeça... me descul- eu não espero que ele termine a frase, eu vou até ele e o empurro para dentro da piscina, é pois é, mas dane-se, se ele me acha infantil é o que eu vou ser, o que ele estava pensando? Em me trazer aqui, me iludir como uma garotinha mimada do colegial? Pois se enganou, eu não sou uma garotinha, e muito menos mimada!

                -Faça bom proveito da sua piscina, e do seu jantar, eu não faço questão de ficar aqui nem mais um minuto, caso se sinta sozinho eu tenho certeza que na sua lista de contatos tem muitas garotinhas iludidas que correriam para te fazer companhia- ele me encara e seu olhar é surpreso, e aborrecido, mas eu estou pouco me fodendo com o que ele pensa ou deixa de pensar de mim- Só eu quero que você lembre muito bem disso, eu não sou uma mimadinha que vai sair correndo atrás de você assim que estalar os dedos, eu tenho o mínimo de amor próprio para não ser capacho de uma pessoa tão arrogante como você- eu me viro pegando meus saltos no chão, então caminho em direção a saída sem nem me importar com nada, somente com o fato de que eu quero sair dali o mais rápido possível.

                -ESPERA, EMA!- escuto ele gritando ainda dentro da piscina, então eu começo a correr, assim que eu saio da sua casa, eu corro em direção a estrada, mas que maravilha! Eu nem sei em que quinto dos infernos ele me trouxe! E além de estar com raiva estou com a cara coberta de chantilly. Eu começo a caminhar, e pra minha infelicidade, ou não, nunca se sabe, a estrada esta vazia, a quanto tempo de um ponto de táxi eu estou será? Tá calma respira, vamos ver, eu estou perdida, com raiva, sem dinheiro, e para ajudar me lembro de esquecer a merda da bolsa com meu celular na casa dele! O maravilha, meu dia não é mesmo?

                                               “”

Eu continuo andando na beira da estrada já deve fazer umas duas horas que eu estou andando, a eu desisto! Meus pés vão me matar se ficarem mais um minuto nessa porra de salto, eu os tiro dos meus pés e sento no meio fio,  até que escuto barulho atrás de mim, quando olho vejo que é uma van prata, esta tocando uma musica muito alta parece ter acabado de sair da farra, eu em.

Nash POV.

Nossa aquela festa estava incrível, pena que eu não bebi muito, nem creio que eu e o Cameron vamos acomodar toda essa cambada no nosso apartamento, vão dormir lá o Taylor, o Aaron, a Lox, o Sammy e o Kian que estavam com nós no final da festa.

                -Gente vocês viram aquela casa lá atrás?- pede o Lox com os olhos brilhando, ela sempre fala que quer ter uma casa na praia, a casa realmente é linda- Era linda! Eu ainda...

                -VOU TER UMA CASA NA PRAIA IGUAL!- todos nós gritamos em coro, a cortando para finalizar sua frase, sempre que nós passamos por uma casa perto da praia ela faz isso, ela faz uma cara emburrada e todos rimos dela, eu me distraio por um momento olhando pela janela, e vejo uma menina sentada no meio fio, pera aquela não era a...

                -EMA! – eu grito e a menina olha, é ela! A van já estava muito a frente, todos se assustam com meu grito, mas eu não me importo, corro até o Cam e peço para ele parar de dirigir, e assim ele faz.

                -O que foi dude?- o Cam pergunta, eu o ignoro e saio do carro em um pulo, quase me mato mas beleza, eu corro até onde ela estava sentada, agora ela se encontra de pé encarando a van, assim que ela me vê fica confusa, mas um sorriso lindo se abre em seu rosto, que sorriso é esse? É desumano alguém ter um sorriso tão lindo! E com covinhas! Ela tem covinhas!

                -Nash?- ela junta as sobrancelhas ainda sorrindo quando eu me aproximo, eu não perco tempo e a abraço, tirando-a do chão e girando, ela ri pedindo para eu parar, eu a coloco novamente no chão, e ela me encara – o que...- ela morde o lábio, ah não faz isso!- o que tá fazendo aqui?

                -Bom pelo jeito salvando sua noite de uma chatice completa- ela solta uma gargalhada tão gostosa que eu não resisto e rio com ela- Perdeu meu número?- ela faz uma cara confusa- eu tinha pedido para me ligar se viesse para L.A mas...

                -Ah...- ela cora, meu deus que linda! Tá Nash você esta passando muito tempo com o Taylor, tá ficando gay- Eu pensei que não tinha falado serio- ela ri sem jeito.

                -Eu falei seríssimo! Mas tá perdida?- ela olha para os lados por um instante.

                -Na verdade, sim, eu não faço ideia de onde eu to...e to sem celular- ela fala decepcionada, até imaginei aquele emoticon amarelinho com uma gotinha em cima da cabeça, eu rio com meu pensamento.

                -Quer uma carona?- ela ergue as sobrancelhas ironicamente.

                -Ah, não sei, vai que você seja um psicopata? Um cereal killer, um estuprador, um homem com abstinência por um longo período...

                - Homem com abstinência por um longo período?- ela ri confirmando com a cabeça- Isso você sabe que eu não sou... apesar de você não se lembrar de tudo... podemos dar um jeito nisso...- ela ri novamente- e alias não tem muito o que eu vá fazer já que tem outras 5 pessoas na van...

                -Meu Deus!- eu ergo as sobrancelhas surpreso- já penso eu ser estuprada por 5 pessoas?- eu começo a ter um ataque de risos e ela me acompanha.

                -Olha é uma ideia obscura, teve ela agora?- ela revira os olhos tentando abafar o riso- mas eu nunca dividiria você se eu tivesse novamente -  Ok, esta batendo seu Record de coisas gays, palmas.

                -Uma carona seria ótima- ela muda de assunto corada, eu sorrio, então eu coloco minhas mãos em suas costas e nós caminhamos até a van, os meninos e a Lox estavam do lado de fora me esperando.

                -Ah tá explicado!- grita o Taylor e todos olham para nós, eu olho para Ema e ela esta corada, eu rio, todos começam a fazer algazarra.

                -Tá, tá, já chega, essa é a Ema uma velha amiga... Cameron será que da pra dar uma carona para ela?

                -Claro! Mas vão ter que se apertar ali atrás.

                -Não tem problema, você pode sentar no meu colo princesa- diz o Sammy pegando a mão dela e dando um beijo- Sammy ao seu dispor- ela ri e me olha nervosa.

Ema POV.

                -Não tem problema, você pode sentar no meu colo princesa- diz um menino muito gato, ele pega minha mão e me da um beijo na mesma- Sammy ao seu dispor- eu dou um sorrisinho nervoso e olho pro Nash, ele esta fuzilando o tal do Sammy.

                -Sai fora Sammy- diz o Nash com raiva, nossa, será que ele fico com ciúmes?

                -Tá calma, pessoal, vamos  que o tempo é curto- diz um moreno alto, ele entra no banco da direção, assim que todos entram, entra o Nash e ele me puxa para o seu colo, eu congelo de vergonha, fico totalmente estática, o que faz ele rir.

                -Calma, eu não mordo- eu o encaro, Idiota!- só se quiser...- ele fala ao pé do ouvido me fazendo arrepiar, eu dou um sorriso sem jeito- aqui pega...- ele me alcança um lenço, só agora percebo que ainda estou suja com o chantilly, eu agradeço e começo a me limpar.

                               “”

                -Obrigada pela carona- eu falo descendo da van, Nash desce logo atrás- Bom tchau Nash- eu digo e ele me abraça.

                -Espero que agente volte a se ver.

                -Eu também- ele me da um beijo na bochecha e entra novamente na van, depois de eu me despedir dos outros ele vão embora e eu subo para o meu apartamento, assim que chego vou direto para o meu quarto, jogo os sapatos em algum canto e me jogo na cama, até que a noite não foi tão ruim, eu gostei de rever o Nash, e ele lembrou o meu nome, o que é engraçado por que quando eu o encontrei saindo da minha casa eu não lembrava nem da sua cara, eu respiro fundo processando tudo que aconteceu.

                “Mas eu ainda sou bem mais nova do que você, quer dizer, o que um magnata como Ian Somerhalder quer com uma garotinha inocente?”

Tudo gira na minha cabeça, as falas, o que eu senti.

                “A por favor! De tudo que você é com certeza inocente não é uma delas [...] e eu também não sou um velho, to bem longe disso, então por que não, você é a primeira garota que me interessa, sinceramente nenhuma criança me atrai, mas você, bom como eu disse chega até a me irritar, por isso quero te conhecer”

                “Então quando eu pedi para falar sobre você, você mudou de assunto”

Por que aquela insistência de me conhecer? Eu não entendo, se ele não quer uma “criança” por que? Por que ele vem e bagunça minha cabeça?

                “Onde estão seus pais?”

                Quando ele perguntou isso eu fiquei tentada a simplesmente levantar e ir embora, tudo que eu mais quero é esquecer, esquecer meu passado, esquecer o que ele fez.

                Ah, quando ele chupa o limão do meu pescoço... hum... aquela sensação... aqueles lábios em meu pescoço, aquele arrepio, ele não tinha o direito de me fazer sentir assim, não tinha o direito de me iludir para dizer que eu era uma criança... a me poupe.

                Por que será que ele não vai mais trabalhar na academia?

                “Sou eu quem faço as perguntas”

                Arg, mesquinho, idiota controlador!

                “Você, parece ser obcecado por controle, mas isso comigo não da muito certo”

                Ah, quando ele começa a beijar meu pescoço... IDIOTA!

                “Ah, no pescoço é sacanagem”

E quando ele me beija? Eu senti algo tão estranho, um calafrio por dentro, aquele foi o melhor beijo que eu já tinha dado na minha vida... por que ele tem que ser um idiota?

Eu me viro na cama cobrindo minha boca com o travesseiro e grito, grito com todas as minhas forças, grito para levar toda a minha raiva, então eu retiro o vestido ficando só com minhas roupas intimas e me deito novamente, assim que eu relaxo percebo o quão cansada eu estou minhas pálpebras vão fechando contra minha vontade e eu durmo.

( coloquem a musica Demons do Imagine Dragons, por favor )

Eu mal enxergo em minha frente, eu estou com dor e as lágrimas cobrem meu rosto, as roupas rasgadas me incomodam, eu me levanto e encontro minha mãe na cozinha, ela me olha assustada.

                -Meu Deus o que ele fez?- ela pede correndo em minha direção chorando, ela me abraça com força- Meu amor, me desculpa...

                -Mama, ele me machucou- eu choro mais apertando seus braços- por que?

                -Me desculpa meu amor, me desculpa, eu vou te proteger, tá?- eu faço que sim com a cabeça e ela me aperta mais contra si- vem vamos te limpar, e trocar essas roupas- ela me pega no colo e me leva até o banheiro, ela tira minhas roupas e meus olhos arregalam ao ver o sangue, ela chora muito o tempo todo dizendo “ desculpa meu amor, desculpa” eu ainda sinto muita dor, ela me lava e então me coloca um vestidinho florido, ela me pega no colo e me leva para sala, assim que nós entramos eu o vejo entrar em casa.

                -Não!- eu grito entre lágrimas, minha mãe se põem em minha frente, eu abraço suas pernas, ele carrega uma garrafa e esta caminhando um pouco estranho, eu não entendo o que aconteceu, mas me machucou, e ele me bateu falou coisas feias, eu não quero!

                -Sai da minha frente!- ele da um tapa em minha mãe e ela cai no chão chorando, eu corro até ela, mas ele me agarra pelas pernas.

                -MAMA!- eu choro me debatendo tentando ir até ela, ela esta com a mão no rosto chorando e me olhando- MAMA!- ele me puxa, e segura meus cabelos, eu sinto uma dor enorme na cabeça- NÃO MAMA! NÃO!- ela só me olhava chorando e murmurava “me desculpe” “me desculpe” “me desculpe” “me desculpe” se balançando agarrada as suas pernas- NÃO, POR FAVOR MAMA!

                -VEM AQUI SUA PESTE!- ele me arrastava de volta aquele lugar, eu não gostava de lá era escuro e frio- VOCÊ VAI FICAR QUIETA, EU NÃO QUERO UM PIO!

                -NÃO! ME LARGA! MAMA!

                -NÃO!- eu sinto as lágrimas em meus olhos, sempre que eu os fecho eu revejo tudo, tudo, eu não consigo controlar meu choro, os soluços escapam descontroladamente de minha boca.

                -Ema!- Sofy grita entrando no quarto, eu não preciso dizer nada ela sabe... ela vem até mim e me abraça fazendo carinho em minha cabeça.

                -Calma... foi só um pesadelo- eu faço que não com a cabeça- calma eu to aqui... você nunca mais vai passar por isso tá? Nunca mais.

                -Eu não aguento mais, sempre que eu fecho meus olhos...

                -Eu sei... eu sei, eu to aqui- ela se deita comigo ainda afagando minha cabeça, eu não quero mais fechar os olhos e lembrar, nunca mais.

“What happened when I was a child I will never forget, ever I close my eyes I see him again… Killing my mother”