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História Dancetale - Dançando Sob as Estrelas - Capítulo 12 - Queda


Escrita por: AJey e Luluiz

Notas do Autor


Olá meu povo aqui estou eu com mais um capítulo de Dançando sob estrelas hm

O cap tá imenso meu povo


PELA PRIMEIRA VEZ EM TODA A HISTÓRIA DESSA FIC NÃO TENHO NADA PRA FALAR AQUI ENTÃO UAU


foto do sano pistola porque hoje as coisas ficam tensas

Espero que curtam a leitura aí minha laia, qualquer coisa só DAR SODA CAUSTICA pro meu coautor Luluiz esse safado sem vergonha



AJey

Capítulo 13 - Capítulo 12 - Queda


Fanfic / Fanfiction Dancetale - Dançando Sob as Estrelas - Capítulo 12 - Queda

 

 

 Após aquela situação um tanto violenta que rolou entre ele e Suzy, Chara não teve sequer um minuto de paz. 
 Tudo o que rodava na cabeça dele era o quão estúpido havia sido, e para alguém orgulhoso como ele sempre foi, aquilo era sim um gigantesco avanço. Mas mesmo assim, a ideia de ir falar com ela definitivamente não era uma opção. 

 Isso, claro, até ele notar que se não fizesse isso, aquela gata teimosa ficaria o dia inteiro sem olha-lo. 

 

 

Então, lá ia ele, com um curativo na bochecha e as mãos atrás das costas.
  Não foi complicado encontra-la. Suzy tinha uma rotina entediante, então quando não estava na cidade nevada, ela com certeza estaria moscando perto do castelo.

 Chara foi lá e bingo, ali estava a gata, treinando seus passos de balé sobre as ardósias do jardim. Toriel não se importava, na realidade, gostava de assisti-la dançar pela janela do quarto.
  Ele andou até ela e pigarreou. Estava envergonhado demais para encara-la, então somente fitou o chão enquanto esfregava nervosamente a ponta do pé sob o calçadão de pedra. Mesmo estando cabisbaixo pode sentir os olhos cor de oliva da outra o encarando.

 

 

- Olha, eu sei o que você vai dizer mas eu peço que cale a boca e me escute - Levantou a cabeça e enfim a encarou. Ela não parecia irritada. Estava mais curiosa do que com rancor. - É que assim, eu...Você sabe, eu sou meio otário e blá blá blá...Eu não queria, tipo, ter feito nada daquilo e...Não, na verdade eu quis, mas é que... 

 

 

- Você... - Ela deu um passo na direção dele, com a voz tímida o bastante para leva-lo a crer que não guardava rancor. Estava baixa demais, como sempre. - Você está tentando m-me pedir desculpas...?

 

 

- Não! Claro que não! Eu estou só.... - Fez uma pausa, juntando as duas mãos na frente do corpo e respirando fundo.- Só assumindo que errei e pedindo desculpas. É, talvez eu esteja pedindo desculpas mas olha, não espalha tá ok? Nem se acostuma, isso não é do meu fei.... 

 

Ela não o deixou terminar. Se surpreendeu quando sentiu a mão felina da amiga tocando com cuidado o curativo na bochecha.

 

 

 

- Foi eu que fiz isso?..... - Perguntou ela. 

 

 

- Ah? Uh, sim, acho que sim. Mas deixa eu terminar. Eu....-

 

 

- Ah cara, me desculpa! Eu não queria fazer isso. Tipo, eu não sou de machucar as pessoas, me desculpa de verdade... 

 

 

- Suzy, você pode por favor parar de pedir desculpas por tudo e me escutar? - Vendo que ela o olhava com atenção de novo, respirou fundo e a encarou. - Olha, eu não queria ter feito aquilo. Uh, talvez eu tenha querido sim, okay, mas eu não queria ter te envolvido tanto e essas coisas. O que eu quero dizer é que você tem razão, certo? Eu não gosto tanto assim da Frisk. Eu acho que sou meio irritado, mas você pode por favor voltar a ser minha amiga? Eu gosto de ter você por perto.

 

 

Ela ficou por alguns segundos apenas parada, o encarando com os grandes olhos arregalados e as mãos contra o peito, como se estivesse se defendendo de ataques.
  Chara quase morreu de alívio ao perceber que pouco a pouco, os cantos da boca dela se torciam em um enorme sorriso.

 

 

 

- É claro! Somos melhores amigos de verdade, lembra? 

 

 

 

- Uh...É, acho que sim. Então.... - Disse ele, olhando desconfortavelmente para o chão. - Isso é tudo? Quero dizer, é só isso? Nada aconteceu? 

 

 

- Sim, eu acho que sim.

 

 

 Os dois ficaram numa constante troca de olhares intimidadoras, num clima arenoso de constrangedor enquanto suspiravam e causavam sons com a boca. 

 Afim de quebrar o silêncio, Chara deu um passo a frente.

 

- Então Suzy...Eu pensei no que você me disse. Sobre você...Gostar de mim? Wow, isso não parece lá uma ideia muito real. Mas então, o que você acha de, uh, fazermos algo mais tarde? Não sei, vai que rola algo... 

 

Ele ficou satisfeito ao vê-la dar um imenso sorriso e chacoalhar a ponta da cauda felina. Aquilo significava uma vitória no ponto dele.
 Quando ela abriu a boca, Chara esperou um grande e harmonioso ''sim'' vindo em sua direção. 

 

 

- Mas é claro que não! - Disse ela, mas dizia simplesmente com um sorriso tão grande, tão animado que não parecia estar falando sério. Era como se estivesse feliz em ouvir aquilo mas...Estava negando? 

 

 

- Ah que b...Espera, como assim não?!

 

 

- Não! - Ela repetiu, dessa vez estendendo a mão felpuda e pousando na bochecha 'boa' dele, ainda com aquele sorriso presunçoso. - Charinha, eu gosto muito de você! Mas eu não acho que nós dois fomos feitos pra ficar juntos. Você sabe, você é tão...Explosivo. Mas eu prometo continuar sendo sua melhor amiga!

 

Ela se inclinou na direção do rosto dele e ali deu um beijo ternuroso, antes de sair saltitando, cantarolando alguma musiquinha como uma criança que acabou de receber um doce. 

 

 Chara demorou para entender o que tinha acabado de acontecer. Precisou chacoalhar a cabeça umas duas vezes e esfregar os olhos para ter certeza de que estava acordado. Mas ah, infelizmente estava. 

 Nada pode fazer, a não ser observar a garota saltitante desaparecer do campo de visão. Havia levado dois foras em menos de dois dias. No entanto, talvez fosse merecedor.

 

 

 

 

 

 

 

 Ao abrir os olhos, Frisk não teve de fazer esforço algum para se lembrar da noite passada. Já se viu deitada naquele ambiente estranho e familiar. Não havia dúvidas: Mais uma vez, acordara na cama de Sans. 

Se levantou ainda meio grogue de sono e viu somente seu corpo em meio a uma bagunça de travesseiros, lençóis e edredons. Quem visse, julgaria que ela talvez houvesse tido uma noite meio doida. Mas de certa forma, foi exatamente isso que aconteceu. 
    Sans não estava ali. No lugar dele, uma flor ecoante ligeiramente caída para o lado, pulsando, indicando ter um recado para ser ouvido. Sim, uma situação diferente, um tanto estranha. 

 Frisk estendeu a mão e tocou uma das pétalas azuis com a ponta do dedo indicador, fazendo uma voz fluir de dentro dela. A reconhecia. Era a voz do Sans. 

 

 

              Eu amo você. 

 

 

Deu um imenso sorriso ao ouvir a mensagem principalmente por ele nunca dizer essas coisas em voz alta, estava digamos que satisfeita. Pegou a flor com cuidado em mãos e mais uma vez escutou seu conteúdo. A voz dele parecia estranha, baixa demais. Mas com certeza se dava pelo fato de ela ainda estar dormindo quando aquilo fora gravado. 
 ''Por que sempre que acordo no quarto do Sans, eu estou sozinha e tem alguma coisa do meu lado?'' Pensou enquanto sorria um tanto desajeitada. 

 

 

 

- Finalmente

 

 

 

Frisk levou um susto ao escutar a voz de Sans tão perto, pois acreditava estar sozinha no quarto. Mas estava errada. Segurando uma xícara com o que parecia ser café dentro e trajando seu capuz na cabeça, Sans surgia da varanda com uma serenidade nos olhos, e uh, olheiras. Sempre estranhou o fato do esqueleto ter olheiras. Mas nunca questionou.

 

 

 

- Heya criança, como cê tá? - Perguntou, bebericando um pouco do conteúdo na xícara.

 

 

 

- Bem mas...Eu não vi você aí, e muito menos você levantando. 

 

 

 

- Claro, cê tem o sono de uma pedra e eu sou suave como uma gazela.

 

 

 

Ambos sorriram com o comentário, e após isso, um silêncio nem tão constrangedor pairou por todo o ambiente. 

 Frisk olhava desconfortável para as próprias coxas enquanto levava o cobertor até os ombros, podendo sentir os olhos do outro vidrados em si enquanto bebia. 

 

 

 

- Uh, isso aí é café, é? - Perguntou, indicando a xícara com os olhos. 

 

 

 

- Nem, é ketchup. Quer provar? - Disse ele, piscando para ela.

 

 

 

Frisk fez uma cara de nojo enquanto olhava para o outro lado. 

 

 

- Argh, nem pagando. 

 

 

- É um baita preconceito seu es...Eita. - Ele se auto-interrompeu com uma voz assustada. Foi o suficiente para fazer Frisk voltar a olha-lo, confusa. 

 

 

 

- O que foi?

 

 

Ele não disse nada, deu alguns passos na direção da cama. Parecia um pouco surpreso, mas por qual motivo? 
   Primeiro, ele somente aproximou os dedos do rosto dela e a fitou, como quem quer ter certeza que a aproximação não iria assusta-la ou coisa parecida. Visto que não - Por algum motivo, tinha essa estranha mania de se certificar. Não era a primeira vez que fazia - capturou-lhe o queixo com a mão e delicadamente virou a cabeça para o lado, deixando boa parte da região clavicular e do pescoço expostos. 

Escutou um som semelhante a um ranger de dentes seguido de um '' iiihh'' vindo do outro, o que foi suficiente para deixa-la alerta.

 

 

 

- O que você tá vendo aí?

 

 

- ....Olha kiddo, talvez você devesse usar cachecol por um tempo curtinho. - Disse ele, deslizando o dedo por aquela região.- Tipo meses.

 

 

Com o cenho franzido, ela deslizou para fora da cama e foi aos trombolhões em direção ao espelho mais próximo, não tendo a mínima ideia da situação em que estava. 

 

- Olha, se for por causa das mordidas eu já te disse. Eu não vejo problema, na verdade até gosto de....SANTO DEUS! - Viu no espelho uma série de roxos imensos semelhantes a hematomas. Alguns eram superficiais, já outros eram tão fundos que ficou surpresa ao perceber que não haviam sangrado. O que deu nele noite passada? 

 Olhou para ele incrédula, boquiaberta, enquanto tapava o pescoço com os braços totalmente constrangida.
 Ele estava sentado sobre a cama com as pernas cruzadas e um olhar um tanto perverso no rosto, com a xícara ao lado da boca e um ar solene.

 

 

- Uh, você pediu pra eu fazer de novo...Eu só obedeci ordens da minha princesa favorita. - Disse enquanto piscava para ela, puxando para baixo parte de seu lábio inferior com o dedo indicador, o bastante para Frisk poder ver um de seus caninos, simplesmente enorme e com cara de quem poderia fazer um estrago pior.

 

 

- Ai nossa, foi um estrago. - Sussurrou enquanto caçava um cachecol de Papyrus para vestir. Não fazia frio lá fora, mas ventava, e isso era o suficiente para servir de desculpa. 

 

 

 

- Kiddo, mudando de assunto, tô precisando de uma ajuda tua. 

 

 

 

- Ah sim? E o que seria? - Perguntou sem dar tanta atenção, olhando em baixo da cama afim de pegar emprestado algumas coisas.

 

 

 

- Enquanto tu dormia, eu fiquei meio, uh, entediado. Aí prendi meu dedo nesse trambolho. Dá pra me ajudar a tirar?

 

 

Ela franziu o cenho e levantou uma sobrancelha com o comentário tão repentino, levantando os olhos por cima da cama e o encarando sem entender muito bem o que raios ele queria dizer com aquilo.
   Sans estava com o braço estendido, e em seu dedo indicador havia algo semelhante a um anel de cobre meio enferrujado e definitivamente muito antigo. Marcas castanhas um pouco acima do dedo indicavam uma falha tentativa de tira-lo dali.

 

 

- Como raios você fez isso? Ou melhor, POR QUE você fez isso?

 

 

- Longa história. Tu não acordava, aí eu queria algo pra fazer..

 

 

- E resolveu enfiar o dedo no primeiro anel que encontrou? Isso foi bem aleatório. - Dizia enquanto agarrava o objeto em volta do dedo do outro e o puxava sem usar tanta força, mas ele nem se movia. - Nossa isso está realmente preso. Isso é possível?

 

 

- Claro que tá, heh. Ele prendeu no osso.

 

 

Frisk nada mais disse. Começou a puxar com as duas mãos, usando toda força que continha em seus braços. Sans precisou se segurar na cabeceira da cama para não voar para frente. Se alguém visse aquela cena, a julgaria no mínimo ridícula. 

No entanto, um '' tlack'' retumbiu no ar e imediatamente Frisk se viu caída no carpete. 
 Sentia algo em sua mão, então triunfante concluiu que havia conseguido retirar o anel. Mas o sorriso sumiu de seu rosto ao notar que Sans se contorcia na cama, berrando e se debatendo com tanta violência que com certeza metade do reino estava escutando.

 Ao olhar para sua mão, ela não viu ali só o anel: Ela havia arrancado fora o braço esquelético dele.
   Só conseguiu soltar um grito estridente enquanto arremessava o pedaço de esqueleto para os pés da cama. Se rastejou para trás até sentir a parede em suas costas a impedindo de se afastar mais, mas estava tão desesperada que mesmo assim pressionou as costas, como se tentasse se fundir a ela e desaparecer do quarto.

 

 

- SANS! AI MEU...SANS! PARA DE GRITAR! - Berrava enquanto tentava controlar os próprios membros que insistiam em tremer com toda aquela situação. 

 

Contudo, aos poucos, ela foi notando que Sans não estava mais gritando. Um som tremendamente familiar fluía da garganta dele, era semelhante a um som de tosse, como se tentasse puxar o ar com dificuldade. Não, ele não estava colapsando.. Aquele MALDITO esqueleto estava rindo. 
  Demorou alguns segundos para Frisk se tocar do que estava acontecendo, nesse meio tempo apenas o fitou com mil e um pontos de interrogação acima da cabeça, ainda com a respiração ofegante e os olhos arregalados. Mas aos poucos as peças foram se encaixando.

 

 

- Ah kiddo, kiddo. Você precisava ver sua cara! heehehe, eu pedi uma mãozinha e você pegou o braço inteiro. - Ele não parava de gargalhar, aquilo estava começando a deixa-la furiosa. - Se gosta tanto de mim a ponto de querer um pedosso era só dizer.

 

 

Boquiaberta de incredulidade, Frisk se levantou meio cambaleando para os lados e agarrou o braço aos pés da cama, olhando para aquele pedaço grotesco e inerte com uma cara confusa de nojo.

 

 

- COMO isso é possível? - Perguntou enquanto chacoalhava o pedaço de osso no ar. 

 

 

- Esqueletinhos podem desgrudar seus membros, nem é surpresa, né não? - Ele novamente piscava para ela. - Heh, olha só sua cara, jeez kiddo como tu po...HEY! opa opa opa, fica longe dos meus ossos.

 

 

Ela havia segurado o braço com as duas mãos, como se agarrasse um bastão de beisebol. Tentou desferir um golpe em Sans usando ele como arma. Não foi muito efetivo, Sans sempre foi do tipo de se esquivar de qualquer ataque. Contudo, ela não desistiria tão cedo. Foi para cima dele enquanto tentava bate-lo com o pedaço de osso em mãos.

 

 

- Qualé kiddo, cê tá sendo um po- WOW! Cuidado com isso. - O braço quase acertou-lhe a cabeça, mas conseguiu abaixar antes do golpe. 

 

 

Mais uma vez, ela foi para cima dele e tentou golpear-lhe com o osso. Não estava brava de verdade, até sorria com toda aquela situação.

 

 

- Ô kiddo, meus ossinhos são sensí- JEEZ! essa foi por pouco. - Novamente, desviou de um ataque próximo ao pescoço. Mas dessa vez não deixou totalmente barato. 

 

 

 Ele esperou a melhor oportunidade para segurar os dois pulsos dela com apenas uma mão, meio complicado pois estava apenas com um braço sobrando. Mesmo em gigantesca desvantagem, conseguiu puxa-la para mais perto e prende-la contra si pela cintura. 
 Soltou uma risada anasalada ao vê-la franzir o cenho totalmente incrédula daquela ousadia, mas ele estava pouco se importando, era uma imensa tentação tê-la em seus braços como teve na noite passada

 

 

- Aquieta aí criança. - Sussurrou entre os dentes enquanto semicerrava os olhos para fita-la melhor. Frisk tinha um curto sorriso lateral, a respiração ofegante por causa de todo aquele esforço físico de mais cedo, mas definitivamente não parecia irritada. Saber daquilo foi uma deixa para Sans aproximar o rosto e mordiscar-lhe a bochecha carinhosamente, já que beijos podiam ser meio complicados para ele.

 

 

 

 

Batidas frenéticas na porta fizeram ambos saltarem de susto e se afastarem imediatamente. Ainda não sabiam de um possível relacionamento entre ambos, era melhor prevenir e evitar algumas reações. 

 A porta se abriu logo depois, e dali entrou um Papyrus totalmente ofegante e desesperado, quem o visse pensaria que correu uma maratona inteira para chegar ali.

 

 

 

- S..SANS! E...EU.. TROUXE NOTÍCIAS! - Dizia com dificuldade, tentando puxar o ar. - OH, QUE BOM QUE ESTÁ AQUI FRISK! AH...UFA...AHN, QUERO DIZER! TRAGO NOTÍCIAS URGENTES PARA VOCÊS DOIS!

 

 

- Nossa maninho, tu parece cansado. Por que não se senta?

 

 

- NÃO! EU, O GRANDE PAPYRUS, NÃO PRECISO ME SENTAR! - Dizia enquanto estufava o peito, orgulhoso de si mesmo. - VOCÊS DOIS, TORIEL ESTÁ CONVOCANDO PARA IREM VER ALGO NAS RUÍNAS! 

 

 

- Nas ruínas? O que é? - Perguntou Frisk. 

 

 

- É UM HUMANO! UM HUMANO CAIU DA SUPERFÍCIE! 

 

 

 

 

 

 

Frisk e Sans haviam teletransportado para a porta das ruínas. Seja lá o que houvesse caído ali, estava lááá no fundo, onde Frisk caíra pela primeira vez em muitos anos. Todos estavam achando estranho o fato de um humano ter caído, ainda mais pela nostalgia doentia de quando as duas raças ainda estavam em guerra. Pelo menos agora, Asgore não iria tentar mata-lo.

Enquanto iam para o destino marcado, a relação de ambos alternava entre conversas bobas e um silêncio totalmente matador. Apesar disso, Frisk caminhava descontraída, brincando com o braço de Sans que ainda estava com ela.

 

 

- Eaí kiddo, tá afim de devolver meu braço? - Puxou conversa. 

 

 

- Nop. - Ela estava distante, imersa em grandiosos pensamentos de como as coisas estavam acontecendo rápido demais, perguntas que tinha em sua mente e estavam a incomodando. Uma delas, sabia, não teria problemas caso perguntasse ao Sans. Então o fez. - Sanes, por que você quis me levar na superfície? 

 

 

- Hein? Uh, tá aí algo bem aleatório. Sanes? 

 

 

- É, Sanes. - Resmungou impaciente. - É um apelido, mas me responda.

 

 

- Uh welp...Eu sei lá. Achei que fosse gostar depois de tanto tempo aqui. Sabe cumé´, aqui em baixo fica bem pequeno depois que se acostuma.

 

Frisk já havia escutado aquilo antes. Toriel havia dito isso a ela a muitos anos atrás, e como estava certa. 

 

- Kid... - Sans voltou a chama-la. Parecia pensativo. - Por que tu não volta lá pra cima? Quer dizer, lá de certa forma é o teu lugar, né?

 

- Que tipo de pergunta é essa? Claro que não voltaria pra lá. 

 

- E por que? - Ele fez a pergunta que ela temia. Não saberia como responder aquilo. - Aqui em baixos só tem monstros e umidade e neve e...Ah, é isso aí, tu entendeu. Sabe, aquela vez que eu disse à você que tu devia aproveitar o que era dado a você...Aquilo é verdade. Mas agora é diferente, sacas? Você pode ir lá pra cima se quiser. Nada te prende aqui em baixo. 

 

Aquilo a calou de uma forma que nunca imaginou ficar sem o que dizer antes. Ele estava certo, sabia que estava. Sabia que a qualquer momento, ela poderia deixar tudo o que tinha conquistado ali para conquistar coisas novas na superfície. Essa era sua sina. Mas por que ela simplesmente se recusava a aceita-la?

 

- Sans. - Ela chamou cautelosa, depois de longos minutos em silêncio. - Eu poderia fazer tudo isso, mas eu nunca vou fazer. Cara, eu realmente não me imagino lá em cima, haha. É tudo tão...Grande. E tipo, essa não é nem a questão. A questão é que eu vou estar deixando uma vida inteira aqui em baixo. Uma vida inteira... - Retorquia enquanto olhava para baixo, para os próprios pés. - Eu sou uma humana, mas meu lugar é aqui. Minha mãe é Toriel. Asgore é meu pai. Asriel é meu irmão, e você é...

 

Ela resolveu parar por aí. 

 

Demorou muitos minutos de caminhada até Sans voltar a olha-la para puxar conversa novamente. 

 

 

- É. Acho que é. Depois de tanto tempo num lugar, fica difícil sair. Principalmente quando tu criou um laço com alguém. - Ele dizia, Frisk sentia um par de olhos em si, mas ela se recusava em encara-lo. - Mesmo lá em cima sendo mais seguro pra você. 

 

 

- Como assim mais seguro? Os monstros daqui não vão me atacar. 

 

 

- Não são desses monstros que tô falando, pivete. - Ele olhou para frente, suspirando. - É de outra coisa. Mas olha, esquece isso tá bem? As vezes eu esqueço de certos segredos que eu nem deveria falar.

 

 

- As vezes eu sinto como se escondesse um livro inteiro de mim. - Resmungou enquanto aumentava a velocidade dos passos. Sabia que aquilo resultaria numa discussão caso prosseguisse no assunto.

 

 

- Meh, tem coisas que eu não posso falar.  

 

- Se coloca em risco à mim, talvez você devesse. 

 

- Ou não. 

 

 

 

Não precisaram nem se aproximar do local para avistar um empilhado de guardas reais, monstros de todas as partes do subterrâneo, uma bagunça tremenda cercando o ''cenário do crime''. Alguns guardas reais continham a multidão curiosa, Toriel e Asgore conversavam com Undyne, pareciam preocupados. 

Frisk sequer esperou Sans, correu até ele e abraçou a mamãe a cabra como tinha costume de fazer desde pequena.

 

- Oh! Olá minha pequenina. Papyrus deve ter chamado você. 

 

 

- Sim, ele chamou. Que bagunça toda é essa aí? 

 

- Oh, bem...Frisk querida, tem certeza que quer ver como está a, uhn...Vítima? 

 

Aquilo a fez torcer o nariz e encarar Toriel sem entender. Vítima..Da queda, certo? 
  Largou a mãe e se pôs, pensativa, ao lado de Undyne, que passava instruções estranhas para Asgore sem dar muita atenção para toda aquela zorra ao seu redor. 

 Estava tão confusa com todo aquele barulho que mal viu Sans se aproximando, tanto que se assustou ao senti-lo deslizar o indicador desde a base de seu quadril até a nuca. Aquilo a fez arrepiar.

 

- Eaí kiddo, não tá esquecendo nada? - Perguntou enquanto chacoalhava o braço esquelético que ela segurava antes, agora perfeitamente encaixado no lugar, novinho em folha. - Cê esqueceu o pobre coitado lá atrás. Ele se sentiu...Desabraçado

 

- Desa...Okay, eu vou ignorar isso. Onde está o humano caído? 

 

 

- Deve tá ali naquele montinho de guardas reais amontoados em uma rodinha. Só um palpite. - Ele apontou para um verdadeiro formigueiro de monstros que tentavam furar uma barreira de guardas reais protegendo alguma coisa. 

 Novamente sem esperar por Sans, disparou em direção à multidão e sem muitas dificuldades abriu caminho. Era fácil quando se era a princesa do submundo. As pessoas simplesmente deixavam você passar sob algumas ordens. 

Undyne foi logo atrás para se certificar que tudo correria bem. 

 

 No centro de todos aqueles membros da guarda real, estava Alphys ajoelhada sobre algo coberto por um pano azul desbotado. No canto, um froggit conversando com dois membros da guarda. Eles pareciam anotar tudo o que ele dizia. 

 

 

- Pirralha, tem certeza que quer ver isso? Talvez seja pesado demais pra princesinhas como você. - Dizia enquanto bagunçava os cabelos da Frisk, batendo na perna e rindo alto. - É zoeira, punk. Sei bem que tu tem estômago forte. Alphynha, sobe aí o lençol! 

 

Foi aí que Frisk notou, horrorizada, que o humano caído estava morto.

 

A cientista real, Alphys, encolheu os ombros e se assustou ao escutar Undyne. Essas duas estavam juntas já fazia um tempinho, em relacionamento sério e tudo. Eram muito fofas. Undyne dançava capoeira, Alphys kpop. Duas danças bem, uh...Distintas. Mas se combinavam tanto. 

 

Frisk se aproximou, relutante, do corpo coberto pelo tecido. Apenas o pulso do cadáver estava descoberto, e Alphys parecia medir alguma coisa por ali. 

 

- Ele tá morto? - Perguntou Sans, que apareceu abrindo caminho no meio de toda aquela multidão.

 

- U-uh? Sim, ele está. - Alphys respondeu tentando anotar algo em sua caderneta, um tanto desajeitada.

 

- Morreu na queda? 

 

- Uuuhh.... Aí é uma coisa, c-complicada.... - Ela puxou o lençol, descobrindo todo o corpo do cadáver. Ele era pouco mais que um adolescente, mas Frisk não conseguia notar na aparência. Tinha dado dois passos para trás, completamente horrorizada e com as mãos sobre a boca, ao ver a situação em que ele se encontrava. 

 

O humano estava sem camisa. Por todo seu corpo, marcas estranhas simplesmente deformavam a pele por toda a parte. Eram marcas circulares perfeitas, como se houvessem sido feitar por barras quentes de metal que vaqueiros usavam para marcar o gado. Mas eram gigantes, grotescas. Por todo o canto em que os círculos estava, a região não estava apenas em carne viva como também enegrecida e levemente arroxeada.

 

- E-eu...Eu tentei encontrar evidências que indicavam que ele morreu pela queda, m-mas! Acho que é óbvio que não foi isso e...E minhas análises indicam que ele, e-ele...Morreu depois de cair aqui. Algo matou ele.

 

 

Frisk sequer escutava o que Alhpys dizia. Estava hipnotizada, olhando para aquelas marcas horrorosas com um estranho fascínio mesclado de pânico. Onde já havia as visto antes...? 

 Seu estado de transe se quebrou no momento que  Sans fez um som de estalo com a garganta, a puxando para longe do corpo, de Alphys e da multidão. Ele não parecia estar nem um pouco satisfeito, seus olhos estavam totalmente negros. 

 

 

- ...Sans? Hey hey hey, calma aí! - Ela puxou o braço de volta, dando dois passos para trás. - Pra onde estamos indo?

 

 

- Pra casa. - Disse ele, somente. Como se parecesse óbvio. Mesmo estando visivelmente perturbado, sua postura ainda parecia relaxada, a voz ainda fluía calma, ele ainda sorria tentando transpassar uma certa serenidade. Mas os olhos negros o denunciavam. 

 

 

- Por que pra casa? 

 

 

- Olha kiddo, isso é algo sério. É mais grave do que você imagina, eu-...

 

 

- SANS! Você está agindo de uma forma estranha, sabia? Se tem algo te incomodando, você pode me falar, eu..- 

 

 

- ...EU já vi aquelas marcas antes, pivete. Não é algo que eu quero discutir agora. Por favor, vai pra casa e não sai de lá. 

 

Ela não fez nada. Ficou olhando para ele com o cenho franzido, totalmente séria, incrédula. Ele precisou ir até ela e a dar um empurrão delicado para se mover novamente. Tudo aquilo estava a deixando ansiosa. 

 

 

- Criança, se eu tô certo do que falo, tem uma coisa meio perigosa espreitando por aí. Especialmente pra você e pro Chara, mas é VOCÊ que tá sob os meus cuidados então por favor, vai pra casa. Quando eu chegar eu vou conversar com você. 

 

Estar sob os seus cuidados?

 

 

- Mas... 

 

 

- Tô mandando uns guardas pra te escoltar de volta. Não é seguro tu ir sozinha. 

 

 

- Mas e você?

 

 

- Eu já to indo, preciso falar com a Alphys antes.

 

 

E assim ele a guiou até perto de Toriel e Asgore, sem dar ouvidos a qualquer protesto que ela tentava dar. Após isso, ele foi em direção ao grupo de guardas reais, provavelmente iria chama-los, como prometido. 

 

 

Mas a cabeça de Frisk rodopiava. O que raios estava acontecendo?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Welp meus determinados eh isto aí o capítulo, ESPERO QUE ESSA FIC NÃO FLOOPE GENTE DEUS QUE ME LIVRE

KKKK VOCÊS AÍ ACHANDO QUE IA TER SUZY X CHARA KKKKKK AIAI AMO SER ESCRITORA



Hasta la vista queridetos



AJey


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