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História Dancing in the Dark (Taeny) - Cap 3


Escrita por: yultaev

Notas do Autor


yoyoyo mais um cap lindo e maravilhoso espero que gostem e boa leitura

Capítulo 3 - Cap 3


Tiffany’s POV

Minha mãe estava ajeitando algumas coisas em casa e meu pai já havia saído para trabalhar mas enquanto minhas aulas não começavam, eu seguia aproveitando cada segundo do resto das férias para perder tempo apreciando cada cantinho da casa. seul tinha um clima muito agradável e fresco, diferente dos dias nublados de jeonju, era sempre ensolarado e esse tempo era ótimo para encostar na amendoeira e sentar na grama para ler um bom livro do bom e velho Rick Riordan.

-Prince! Prince! -um grito autoritário interrompeu a minha leitura e eu abaixei o livro, sendo surpreendida por um beagle correndo em minha direção- Não, Prince!

Tentei me levantar a tempo, mas o diabinho já tinha agarrado a barra da minha calça, fazendo-me gritar desesperada, para logo em seguida sentir o baque de minha cabeça na árvore e um corpo caído sobre o meu.

-Desculpa, de verdade, me desculpa! -a menina morena com uma corda de enfeite na cabeça me ajudou a sentar na grama, preocupada, segurando o cachorro com força e sentando em minha frente enquanto eu hiperventilava, encarando o capeta em seus braços- Você está bem? -ela passou levemente a mão em minha cabeça- Ele não costuma se comportar assim em público..

-Todo mundo em seul passeia no quintal alheio? -foi tudo que eu consegui dizer, com a voz presa, passando a mão nas costas de minha cabeça, que doía fortemente.

-O quê? -ela perguntou rindo- Acho que você bateu com muita força.. -ela disse no mesmo tom e eu assenti rindo com ela- Sou seulgi e esse é Price.

-Tiffany. -estendi minha mão e ela apertou, sorrindo. -Você é nova aqui, não é? Essa casa sempre ficou vazia, todo mundo se aproveitava da sombra da sua árvore.

-Você é a segunda pessoa que invade o meu quintal, e eu me mudei ontem. -disse num tom sério e ela riu

-Se não colocar cerca, vai ser sempre assim.. -ela acariciou a barriga do cachorro que agora abanava o rabo, deitado de barriga para cima em seu colo.

-Você mora por aqui? -perguntei curiosa, ainda esfregando a mão atrás da cabeça, sentindo uma pequena dor aguda, me lamentando pelo galo que provavelmente iria se formar.

-Hm.. -ela pareceu pensar e sorrir um pouco, apontando para a casa um tanto quanto luxuosa à direita da minha- Ta vendo essa casa amarela aqui? -assenti com um murmúrio- Minha casa.

-Vizinha? -perguntei de olhos cerrados e ela assentiu- Uau, que.. estranho.. -disse rindo e ela assentiu rindo, novamente.

-Você vai gostar muito daqui, cara! -ela disse num tom descontraído, como se já tivesse esquecido que o capeta do seu cachorro quase me causou um traumatismo craniano- É muito fácil se enturmar.

-Sério? -disse com um sorriso tímido- Eu sou o que se pode chamar de pessoa introvertida.

-Não parece! -ela sorriu, dando um leve empurrão nos meus ombros- Mas me diz, você não era daqui da cidade, né?

-Não.. -respondi com um sorriso

-Você tem cara de ser americana.. –ela semi serrou os olhos com o tal Prince no colo, - É sério, só de te olhar dá pra saber que não é daqui.

-Sou da Califórnia, mas faz muitos anos que me mudei pra coréia, morava em jeonju, e agora estou aqui. Falei fazendo gestos com as mãos

-parece ser uma merda mudar todo tempo assim..

-Obrigada. -disse com um sorriso e ela se desculpou encolhendo os ombros- Também nunca gostei muito de lá..

-Foi por isso que se mudou?

-Na verdade passei na faculdade.

-Universidade de seoul? -ela disse se balançando, num tom mais do que empolgado e eu assenti, desconfiada.

-Como.. você sabe? -perguntei de olhos cerrados e ela riu

-Não se mudaria por causa de uma faculdade se ela não fosse renomada.. -assenti, faz sentido- Eu também vou fazer lá.

-Meu Deus! Isso é sério? -ela assentiu- Que curso? Não vai me dizer que é arquitetura!

-Química! -ela gritou em meu rosto e eu soltei um alto ruído de comemoração, ela parecia ser legal.

-Tiffany! Vai comigo para falar com Senhor Kim? -Minha mãe gritou e eu me virei para vê-la escorada na porta de casa e assenti, para que ela entrasse novamente, com um sorriso no rosto, provavelmente porque me vira conversando com alguém. Ter filho antissocial é assim, qualquer conversa com o vizinho é motivo de orgulho.

-Hm.. -murmurei, segurando suas mãos para me levantar- Tenho que sair agora...

-Percebi. -ela disse com um sorriso simpático- Passa lá em casa hoje! -ela disse com o mesmo sorriso e eu assenti- É sério, chama lá assim que chegar, tá? -assenti novamente e ela prendeu o cachorro na coleira, indo para sua casa.

Seoul tem um pessoal muito estranho, mas pelo menos ela era simpática e acolhedora, disse dando ombros ao bater na porta aberta, chamando minha mãe para irmos.

-Quem era aquela? -minha mãe perguntou, dando partida no carro.

-Seulgi. -respondi dando ombros e ela assentiu com um barulho nasal- É a vizinha do lado, vamos fazer a mesma faculdade.

-Que bom, minha filha! -minha mãe acariciou minha mão rapidamente- Assim você se enturma.

-É.. -disse dando ombros e me encolhendo no banco.

Em cerca de vinte minutos chegamos no que eu posso chamar de condomínio de mansões. Era a arquitetura mais gay e luxuosa que eu já havia visto em toda a minha vida, as casas eram maiores que toda a minha antiga rua e no centro daquele "vilarejo" redondo, tinha um chafariz. Era impressionante e invejável, aquilo que você olha e pensa que nunca conseguirá ter na vida.

Minha mãe parou o nosso humilde corsa branco em frente ao enorme portão gradeado da maior das casas e ele foi aberto, minha mãe prosseguiu e eu fitava tudo completamente incrédula com aquele jardim, não era possível uma pessoa ser tão rica assim.

-Eunju hwang? -uma voz rouca e firme soou, fazendo com que eu desse um pulo no meu banco e fitasse o homem de terno debruçado na janela do lado do motorista- Pode deixar o carro aqui, a gente bota lá atrás.

"A gente bota lá atrás" Então tem mais espaço lá atrás? Jesus!

Minha mãe assentiu com um sorriso grato e deu um leve tapa no braço para que eu saísse do carro. De onde estávamos para entrada principal da casa não era muito longe, passávamos pela piscina e depois por grandes três degraus até uma enorme porta de frente, já aberta, dando num grande hall de entrada com estantes de livros, sofás e uma mesa de bilhar.

-Quantas pessoas vivem aqui? -sussurrei pra minha mãe e ela riu com desdém.

-Acho que quatro. -ela respondeu e eu franzi o cenho, tanto luxo para quatro pessoas, a vida não é justa- Pelo menos ele é bom com os outros.

Um homem alto e robusto num terno italiano vinha descendo as escadas com um largo sorriso e os braços abertos na direção de minha mãe, que o abraçou prontamente.

“eunju-ah!” -ele disse num tom alegre- Nem acredito que vou ter minha cheff favorita cozinhando para mim!

-É uma honra, estou muito grata, de verdade.. -minha mãe disse sorrindo afagando seus ombros e ele negou com a cabeça, estalando a língua.

-Faço com gosto, sempre que precisar, é só falar! -ele separou o abraço, respirando fundo ao colocar os olhos em mim- E essa garota, hein? É Stephanie? -minha mãe assentiu e ele sorriu largo- Como cresceu hein menininha!

-Eu.. -sorri mordendo o lábio inferior, tímida- Obrigada, de verdade, eu.. Minha mãe me falou tudo o que fez por nós, não precisava..

-Claro que precisava! -ele me puxou num abraço inesperado e apertado- É uma honra ajudar vocês, ainda mais com uma Hwang tão inteligente.. -olhei para os lados e vi minha mãe andando em direção ao corredor lateral acompanhada por uma mulher de uniforme- Sua mãe me falou que passou em primeiro lugar para arquitetura aqui na Universidade de Miami. -assenti com um sorriso tímido e ele apertou meus ombros- Um dia ainda vou querer uma casa com sua assinatura, estou apostando em você, Hwang!

-Eu nem sei como te agradecer, de verdade!

-Não precisa, eu gosto de fazer grandes investimentos! -ele se sentou no grande sofá de couro preto, indicando o outro sofá, de frente a ele e eu me sentei- Você me parece um bom investimento, pelo menos foi o que seu histórico me mostrou, e sabe como é, seu pai sempre foi um grande amigo meu.

-Ele ficou muito feliz com o emprego que conseguiu pra ele!

-Agradeça a meu irmão, dongho! Ele que é dono das lojas de construção, eu sou cirurgião plástico, faço reconstruções, não construo nada! -ele disse com uma risada equalizadora e eu acompanhei num riso tímido- Mas então, o que achou da casa de vocês?

-É maravilhosa, de verdade! Eu nem acreditei quando vi, em jeonju não tínhamos algo sim.

-Meu pai era arquiteto, foi ele quem planejou todas aquelas casas, inclusive a que você está morando e por alguma razão, aquela era a favorita dele.. E sabe de uma coisa? Os seus desenhos me lembram muito os dele. -eu mal fui capaz de responder, Bon-hwan sabia como fazer uma pessoa se sentir bem e honrada- Você é tímida feito sua mãe quando jovem! -sorri e ele negou com a cabeça, risonho- Quantos anos você tem, Stephanie?

-Dezessete.

-Só dezessete? Que prodígio! Minha filha tem dezenove e vai começar a faculdade junto com você, vai fazer química industrial.

-Na Universidade de Seul? -perguntei e ele assentiu. Claro que ela iria, onde mais a filha do cirurgião mais renomado de todo o país estudaria?

-Ela estava com a irmã, já era para ter descido! -ele disse estranhando a demora da menina- Taetae! -ele gritou e a resposta veio em um grito em inglês, seguido de passos arrastados na escada, revelando um rosto familiar com uma criança de mais ou menos sete anos no colo.

-Você? -dissemos em uníssono e o senhor kim franziu o cenho sem muito entender e Taeyeon colocou a menina no chão, cruzando os braços para me fitar.

-Vocês se conhecem? –O Kim mais velho levantou, apontando o dedo entre nós duas e eu fiz o mesmo, enquanto Taeyeon ria.

-Sua filha invadiu meu quintal e roubou meu sanduíche. -disse dando ombros e Taeyeon cerrou os lábios contendo o riso diante do olhar grosso de bom-hwan.

-O que foi? -ela perguntou com ar de riso, abaixando os shorts curtos- Era a casa da amendoeira, eu nunca achei que você iria ocupá-la e ela tacou uma amendoa na minha cabeça! –O senhor cruzou os braços e ela revirou os olhos.

-E o que você estava fazendo fora de casa ontem?

-Como se você me controlasse, appa. -ela respondeu no mesmo tom, se escorando no corrimão de mogno da escada- Estava dando uma volta de bicicleta.

-Roubou o sanduíche dela?

-Está tudo bem, ela foi.. bem.. simpática! -menti ao ver o tom grosso com qual ele a tratava e ela franziu o cenho para mim.

-Taeyeon não é de agradar os outros, não precisa mentir pra limpar a barra dela. -ele disse com desdém- Ela precisa aprender que o mundo não gira em torno das vontades dela e que é preciso ter educação com as pessoas.

-Vai mesmo me dar sermão na frente da filha da empregada? -ela disse num tom debochada e meu rosto aqueceu ou ver ela se referir à minha mãe naquele tom pejorativo.

-Ela tem mais educação que você. –O senhor kim disse num tom frio e Taeyeon bufou- Muito mais educação, além de ser inteligente, devia aprender com ela, Taeyeon.

-Terminou, ou tem mais? -ela disse acariciando os cabelos da pequena menina que fitava tudo com um olhar triste. Ele bufou e voltou o olhar para mim, ignorando o resmungar constante de Taeyeon.

-Já conhece a cidade, stephanie? -ele perguntou forçando um tom simpático, já que era evidente que só a voz de Taeyeon o irritava.

-Na verdade, não e..

-Perfeito! -ele me cortou e eu arqueei a sobrancelha, num tom curioso- Taeyeon vai mostrar pra você!

Abri a boca em sinal de incredulidade e a garota pareceu explodir por dentro, bufando e subindo as escadas em passos firmes sendo seguida por Bon-hwan e seus gritos.

-Não liga não. -a pequena menina puxou a barra da minha blusa e eu franzi o cenho sob seu sorriso fraco- É assim todo dia, mas tae é muito legal. -ela disse sorrindo e eu assenti.

Coitada por viver naquele meio, pelo visto dinheiro não compra família unida.



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