História Dancing in the Dark (Taeny) - Cap 24

Tiffany's POV

Todo e qualquer resquício de chuva já havia sumido do céu há mais de uma hora de estrada e eu me divertia com o jeito que quase nos despíamos pelo carro, tentando trocar a roupa para amenizar o calor que fazia agora com o sol brilhando no alto do céu sem nuvens.

O relógio marcava nove horas da manhã e eu estava com um top branco e calça jeans, no mesmo estado de Taeyeon, enquanto cantávamos Dance Dance de Day6 pelos pulmões, com os vidros abertos na estrada deserta em plena luz do dia.

-Yongin! -gritei levantando os braços assim que passamos pela grande placa que dizia "Bem vindo a Yongin". Taeyeon sorriu e diminuiu a velocidade na medida que o fluxo de carros ia aumentando e entrávamos na cidade.

-Yongin é Grande. -ela disse desanimada e eu suspirei, acariciando sua perna.

-Não importa, vamos ficar juntas e procurar, como fizemos em todas as cidades.

-Procurar até escurecer, depois procurar um hotel e argh. -seu tom desanimado estava me dando nos nervos. Ela está muito negativa e isso só faz mal à ela mesma- Yongi é cheio de crianças e familias felizes e pessoas radiantes com suas vidas maravilhosas... -ela disse de mau grado e eu revirei os olhos com sua mudança de humor repentina assim que entramos na cidade.

-Cadê a garota que estava cantando comigo? -perguntei séria e ela suspirou- Sério, Taeyeon! Cadê a garota determinada que estava disposta a atravessar o País? Estou te estranhando, Taeyeon! Estamos juntas nessa, lembra? Crianças e famílias felizes, ótimo! Gente bem humorada é muito mais gentil que fazendeiro desocupado, estamos bem paradas, então para esse carro no primeiro estacionamento que achar e vamos pegar os panfletos, como todos os dias que fizemos isso! -peguei fôlego depois de falar e ela acabou sorrindo junto comigo.

-Vamos lá então, capitã. -ela disse logo em seguida, entrando num estacionamento qualquer e revirando uma das mochilas em busca de blusas e a pasta de panfletos.

Apesar de todo o meu discurso "não desanime, nós vamos conseguir", Yongi estava realmente lotado e eu já estava prestes à arrancar todos os meus fios de cabelo. Os bairros eram enormes e tudo se resumia ao parque, mesmo estando em um bairro tecnicamente distante de lá, praticamente todas as famílias vinham de lá e os restaurantes faziam propagandas de lá e isso dificultava tudo, pois sempre tinham umas pessoas confusas sobre ter visto Haeyeon, eu vi umas setenta meninas parecidas com ela e Taeyeon já não aguentava mais andar debaixo do sol. Distribuímos panfletos em três grandes shoppings e íamos colando pelas ruas, passando em lojas, postos de gasolina. As horas passavam e eu estava exausta. As pessoas nos olhavam com pena quando sabiam o que estávamos fazendo e a maioria pedia panfletos para distribuir para conhecidos.

Era quase sete da noite quando já tínhamos vasculhado sete bairros inteiros e agora fazíamos buscas pelas partes mais concentradas de comércio por ali. Era como um enorme calçadão, completamente iluminado, cheio de lojas coloridas e atrações barulhentas para atrair turistas e crianças, além do cheiro de pipoca e outras guloseimas de rua.

-Você fica de um lado e eu de outro, pode ser? -Taeyeon perguntou, soltando minha mão e eu assenti, se não fizéssemos isso, sairíamos dali depois das dez da noite. Peguei mais um maço de panfletos e fui para as lojas à esquerda, enquanto Taeyeon se dirigia para as da direita.

Era um grande centro comercial, cheio de turistas, onde eu pude abordar muitas pessoas e colar panfletos em diversas lojas, sempre com respostas negativas, dizendo ser familiar, mas nada concreto, afinal passavam centenas de crianças por ali todos os dias. Suspirei e respirei fundo, colocando minha mão sobre a barriga que já roncava ao chegar na penúltima loja do enorme calçadão. Era uma pequena loja de brinquedos, tão colorida que chegava a doer a vista, as vitrines com borrões amarelos, verdes e rosas, exibindo os mais caros e bonitos brinquedos, com diversas crianças brincando em seus puffs lá dentro.

Suspirei novamente, ainda bem que Taeyeon não tinha ido naquela loja. 

-Boa noite. -disse, me debruçando no balcão do caixa e a jovem menina loira sorriu.

-Boa noite, parece cansada. -ela disse em seu tom divertido, ajeitando o avental vermelho decorativo e eu suspirei.

-E estou, muito. -disse sorrindo e ela fez uma carinha de dó, tinha lindos olhos azuis- Mas enfim, posso te pedir um favor?

-Claro. -ela sorriu e rapidamente rolou os olhos para os meninos que brincavam ali, para logo em seguida voltar a atenção para mim.

-Eu posso colar esses panfletos aqui? -mostrei-lhe um rapidamente e ela fitou curiosa- É a irmã da minha.. Minha melhor amiga, ela desapareceu, foi sequestrada na verdade.. -ela cerrou os olhos, focando-os na foto de Haeyeon exibida no papel e eu a estendi pelo balcão- Quer ver? -ela assentiu pegando a foto e arregalando os olhos.

-Eu vi essa menina! Eu vi essa garotinha, tenho certeza! -ela disse com firmeza e meu coração quase saiu pela boca, fazendo-me arregalar os olhos e abrir a boca em incredulidade.

-Co-como? Quando? -gaguejei e ela piscou seguidas vezes

-Hoje! -ela disse com total firmeza- O nome dela é Haeyeon, não é? -assenti, engolindo seco- Eu tenho certeza, ela estava com um cara de barba rala, disse ser tio dela, ela veio aqui, comprou algumas bonecas...

-Você viu o cara com ela? -perguntei rapidamente, quase desesperada e ela assentiu com a mesma expressão. -Você.. Você pode ficar aqui por dois segundos? Eu já volto, eu vou.. Vou chamar a irmã dela..

A loira assentiu e eu saí correndo para fora da loja, com o coração pulando e vi Taeyeon saindo da loja da frente, com aquela mesma cara frustrada.

-Taeyeon! -gritei e ela arregalou os olhos no mesmo instante- Taeyeon! Vem aqui! -gritei atropelando as palavras e ela olhou para os lados, vindo correndo.

-O que foi? -ela perguntou preocupada.

 -A garota, a vendedora, viu Haeyeon hoje de manhã.

-O quê? -ela disse com a voz trêmula e eu assenti, a puxando loja adentro.

Suas mãos tremiam e ela quase voou na vendedora, que parecia também apreensiva atrás do balcão.

-Essa é Taeyeon, irmã da Haeyeon, que você viu hoie de manhã. -a menina assentiu e Taeyeon apertou sua mão rapidamente- Ela viu o cara que estava com Sofia. -disse para Taeyeon que rapidamente desdobrou o papel que estava no bolso de sua calça e o estendeu para a loirinha.

-Era esse cara? Parecia com esse cara?

-Sim.. -ela disse num tom distante, como se tentasse lembrar de algo- Eu tenho certeza absoluta, agora ele está com uma barba rala e os braços dele tem tatuagens enormes e coloridas. Jay, o nome dele é Jay, ele comprou muitas bonecas pra ela.

-Hoje? -Taeyeon perguntou quase desesperada.

-Sim, hoje de manhã. -ela disse com firmeza e Taeyeon me olhou com uma certa agonia nos olhos.

-E como.. Como ela estava? Digo.. aparentemente? Ela estava bem..?

-Sim, eu.. Nossa! Eu estou me sentindo tão culpada... -a menina disse com uma das mãos sobre o peito enquanto segurava uma foto de Haeyeon- Eu nunca imaginei isso.. Eu.. Ela estava com ele e ela parecia feliz, ela estava feliz na verdade, ele entrou aqui com ela nas costas, ela estava risonha e apontou as bonecas que queria, ele comprou todas.. Ela estava com um vestidinho amarelo.. Tão fofa.. -Taeyeon a encarava para que ela dissesse mais coisa- Ele tava com lentes azuiz, cabelo preto com um topete -ela disse e Taeyeon assentiu, isso estava no retrato falado- então eu perguntei se a mãe dela tinha olhos assim, ele me disse que era tio de consideração, que meio que trabalhava para o pai dela e ela estava de férias com ele.. Eu achei estranho, mas nunca ia passar nada desse tipo pela minha cabeça.. Ela estava tão feliz..

-Qual era o nome dele? -Taeyeon perguntou no mesmo tom desesperado.

-Jay, Jay Park.

-Você.. você não tem nada dele? Telefone, identidade, qualquer coisa! -ela quase gritava debruçada no balcão com os olhos esbugalhados e a menina negava com a cabeça, com seu olhar triste e culpado.

-Taeyeon.. -disse baixo, afagando seus ombros mas ela ainda fitava a garota com seu olhar desesperado, beirando as lágrimas e a menina agoniada, chegava a dar pena- Taeyeon.. -ela não me deu atenção, mas eu falei mais perto de seu ouvido- Taeyeon, não se altera, vamos embora.

-Vamos o quê? -ela virou o rosto rapidamente, completamente indignada e eu respirei fundo- Como assim vamos embora?

-O que você acha que vai acontecer? Sua irmã vai brotar aqui? Que ele vai passar por aquela porta à qualquer momento pra trocar uma boneca? Já sabemos que ele está aqui, em Yongin, ele não vai avançar mais que isso, não com a cara de Haeyeon espalhada por aí.

-Tiffany, ele pode se sentir ameaçado se ver os panfletos, pode fugir com ela pra outro lugar.. Eu não sei que tipo de maníaco é esse cara!

-Taeyeon, nós passamos pelos bairros baixos hoje, ele não é idiota, ele vai ficar pela cidade, Yongin tem muita criança e isso dificulta o reconhecimento dela, muitas famílias, me escuta, já são sete e pouca da noite, não vamos conseguir nada desse jeito...

-O que você quer que eu faça? -ela me olhou com os olhos marejados e a respiração alterada, daquele jeito que apertava meu peito.

-Vamos procurar um hotel por aqui, tá legal? -disse tentando manter a calma e ela negou com a cabeça- Vamos sim, vamos continuar isso amanhã, Taeyeon. Pensa com a cabeça, não com seus instintos, precisamos manter a calma.

Taeyeon não queria sair da loja de jeito algum, parecia que ela não estava raciocinando. Ela hiperventilava e andava de um lado para o outro enquanto eu tentava argumentar com ela devagar, mas ela é cabeça dura demais. Depois de uns quinze minutos ela acabou cedendo, mas estava nervosa demais para dirigir, então eu fui obrigada a pegar o carro. Isso não é bom, mas era melhor do que uma Taeyeon nervosa no volante. Ela se mantinha de braços cruzados, calada, como se travasse uma batalha em sua mente. Eu dirigia à 20 km por hora porque sou muito desastrada, mas não demorei muito pra encontrar um hotel e puxar Taeyeon pela mão, porque ela não queria sair do carro.

-Dá pra você parar de agir feito uma autista? -disse séria, olhando em seus olhos enquanto passávamos pela recepção já com a chave do quarto. Ela não respondeu, apenas me lançou um olhar raivoso e voltou a fitar o chão.

O quarto era maravilhoso, custou o olho da cara, mas era maravilhoso. Uma enorme cama de casal, tapetes felpudos e uma grande televisão fixa na parede, com dois banheiros,  em cada canto do quarto. Convencional, porém luxuoso.

Taeyeon respirou fundo e jogou as mochilas na cama, já com uma muda de roupa na mão e se dirigiu para o banheiro, sem dizer uma só palavra, batendo a porta com força, ótimo. Peguei minhas roupas e fui para o outro, fechando a porta devagar e com muita lentidão, deixando a água bater contra meu corpo.

Não que eu estivesse sendo pensimista ou coisa do tipo, mas eu não estava esperando aquilo. Por mais duro que estivéssemos buscando, não estava esperando que alguém a visse, eu não tinha mais tantas esperanças e acho que Taeyeon pensava da mesma forma. Agora, não sei o que vamos fazer, Haeyeon está na cidade e Taeyeon não vai parar até encontrá-la. Acho que a única coisa que podemos fazer agora é manter a calma e agir com coerência para que o desespero não tome conta de nossas ações e é pra isso que estou aqui, porque se Taeyeon estivesse sozinha, ela tinha quebrado toda aquela loja de brinquedos e saído pela cidade, gritando por Haeyeon, até ser presa.

Taeyeon é a melhor pessoa que eu conheço, de verdade, seu coração é cheio de boas intenções e isso as vezes a deixa completamente cega. Quando ela precisa manter a calma, ela não consegue. Seus instintos a fazem agir impulsivamente e se ninguém a fizer frear, ela vai bater com tudo. Tenho medo do que ela é capaz de fazer quando está tomada pelas emoções, tenho certeza que se não estivesse ali, ela já teria feito alguma burrada e agora, mesmo tendo-a feito agir com a cabeça, terei de pedir desculpas para amenizar a situação, e arrumar um jeito de fazê-la manter a calma e desviar os pensamentos disso até amanhã de manhã.

O baby doll rosa e curto era perfeito para o tempo quente que fazia, mesmo com o ar condicionado ligado, eu me sentia confortável. Soltei os cabelos e saí do banheiro, dando de cara com uma Taeyeon paralisada, sentada na cama, fitando o chão. Exatamente como ficava na faculdade nos primeiros dias em que Haeyeon desapareceu. A blusa fininha de seda e o short de tectell estavam respingados pelo seu cabelo molhado, mas ela não parecia se importar, se mantinha na mesma posição, fitando o chão sem parar. Soltei um leve suspiro e estiquei minha toalha sobre a sua na cabeceira da cama, agachando-me entre suas pernas sem causar efeito algum, ela sequer olhou para mim, continuava com os olhos mortos em um ponto fixo no chão.

-Tae.. -disse com a voz mais suave que consegui e ela rolou os olhos para mim, completamente indiferente- Me desculpa. -disse e ela uniu as sobrancelhas como se não compreendesse- Desculpa por ter te tirado da loja ou te arrastado pra cá quase a força, mas eu só quero o melhor pra você e sei que sempre pensa melhor de cabeça fria...

-Ela estava ali, ela estava ali naquela loja.. -ela dizia num tom distante- Se a chuva não tivesse nos atrasado já teríamos a encontrado, ela estava ali, Tiffany.

-Pelo menos sabemos que ela está bem e que está pela cidade, qualquer coisa é melhor que nada. Amanhã vamos acordar cedo e revirar toda a cidade, vamos ficar sondando os lugares, outras pessoas devem ter visto, vamos encontrá-la.

-Eu não consigo pensar, Tiffany.. -ela fechou os olhos com força e segurou o rosto nas mãos- Eu não consigo pensar!

-Você só precisa relaxar, só até amanhã de amanhã, tira isso da cabeça, só pra dormir, amanhã acordamos cedo e vamos encontrá-la.

-Não dá, Tiffany, não dá!

-Só te até amanhecer, a gente sai cedinho, eu prometo.

-Eu sei que é a coisa certa a se fazer, você consegue manter a calma, Tiffany, mas eu não, eu não vou conseguir relaxar!

Fechei os olhos com força e respirei fundo ao sentir o arrepio estranho que aquele pensamento causou em minha mente. Era um jeito, mas era.. Não.. Mas eu quero. Provavelmente ela quer também. Não é a hora certa. Não tem hora certa pra isso. Eu gosto dela de verdade. Estamos eu e ela aqui. Sozinhas. Cama de casal. Noite. Precisando relexar. Quando a minha mente ficou desse jeito?

-Que cara é essa? -ela perguntou de cenho franzido e eu estreitei os lábios, me levantando sob seu olhar calculado e me sentando ao lado dela, com as pernas de índio.

-Estava pensando... -disse arrastadamente e ela suspirou, ficando de frente para mim. Pelo menos o foco da situação eu já tinha tirado.

-No quê?

-Nada... -disse com um falso sorriso envergonhado, sentindo meu rosto aquecer e Taeyeon uniu ainda mais as sobrancelhas, assumindo um semblante curioso.

-No que estava pensando, Tiffany? -ela disse num tom mais carinhoso e eu suspirei.

-Hm, é que.. Hm..

-Hm, é que.. É que o quê?

-É que estamos aqui, eu e você.. Sozinhas num quarto de casal.. De novo... -ela cerrou os olhos e eu senti meu rosto aquecer novamente sob seu olhar um tanto quanto surpreso- E.. E a gente podia.. Podia.. Sei lá, fazer várias coisas até amanhecer..

-Que tipo de coisas? -ela perguntou com um ar de riso e eu revirei os olhos, puxando-a pela camisa fina com brutalidade até seus lábios colidirem com os meus.

Ela pressionava os lábios macios contra os meus, mantendo um ritmo intenso que aos poucos se acelerava na medida que seu corpo caía lentamente sobre o meu, até sentir o baque das minhas costas com o colchão macio. Sua língua me provocava e o beijo havia se tornado competitivo, enquanto nossas línguas se entrelaçavam e eu tentava ter o domínio. Minhas mãos se entrelaçavam em seus cabelos, ora desciam por suas costas e pela barra de sua camisa que a vergonha me impedia de subir. Taeyeon pareceu notar algo e separou o beijo lentamente, mordendo meu lábio inferior.

-Quer mesmo fazer esse tipo de coisa? -seu sorriso malicioso me fez sorrir levemente e ela arqueou uma das sobrancelhas.

-Quero. -disse com a voz mais rouca que o normal e ela deixou seus lábios encontrarem com os meus novamente.

Suas mãos percorriam as laterais do meu corpo e ela segurou minha cintura, impulsionando-me para cima até que estivéssemos sentadas novamente. Passei meus braços por seu pescoço e mordi seu lábio levemente, em momento nenhum quebrando o contato de nossos lábios, que se preenchiam perfeitamente. Suas mãos entraram em contato com minha pele por debaixo da blusa, o que me arrepiou rapidamente e ela foi subindo o fino tecido até ele ser suspenso de meu corpo. De um jeito um pouco mais desajeitado e com algumas risadas, fiz o mesmo com ela e deixei que suas hábeis mãos se livrassem de meu sutiã. Seus olhos se mantiveram fixos em meus seios por tempo o suficiente para que eu corasse por completo, então nossos olhares se encontraram e ela me aproximou pela cintura, beijando-me ternamente, sorrindo contra meus lábios.

-Linda. -ela disse baixinho e eu lhe selei os lábios seguidas vezes.

Minhas mãos curiosas percorriam seu corpo parcialmente inclinado sobre o meu, apertando suas curvas e livrando-se de cada peça de roupa enquanto Taeyeon se matinha ocupada beijando meu rosto, meu pescoço, mordendo, chupando, escorregando as mãos por todo meu corpo, livrando-se de minha calcinha e deixando meu corpo em chamas com cada beijo lânguido que ela distribuía em minha clavícula. Seus beijos foram descendo pela extensão dos meus ombros até meus seios, onde senti todo meu corpo se enrijecer com o contato de sua boca com meu mamilo.

Ela abocanhou um de meus seios enquanto massageava suavemente o outro e eu arfava, revirava os olhos de prazer e a prendia sobre meu corpo, enlaçando minhas pernas em volta dela, arranhando suas costas nuas, puxando seus cabelos encaracolados. E ela revezava entre um seio e outro, chupando-os, mordendo-os suavemente e me levando a um grau de prazer antes desconhecido.

Minhas pernas bambeavam, meu sangue esquentava e eu arfava alto, não querendo que aquilo acabasse nunca. Suas mãos desciam por todo meu corpo, arranhando-me suavemente, provocando-me, até chegar em meu sexo que já pulsava. Ela me lançou um olhar de concentimento e eu assenti, deixando que ela acariciasse as partes internas de minha coxa, traçasse círculos em minha pele enquanto eu me satisfazia com seus beijos que foram subindo até seu corpo ser impulsionado para cima novamente, voltando a beijar meus lábios.

Taeyeon tornava cada toque suave, fazendo tudo devagar, como se soubesse que aquela era a minha primeira vez. Nossos olhos se encontraram quando nossos lábios foram separados, aquela foi a troca de olhar mais intensa que tivemos desde o dia em que nos conhecemos.

-Você é a mulher mais linda que eu já vi em toda a minha vida. -ela disse com a voz arranhada pela luxúria, os olhos brilhosos, me fazendo sorrir e morder seus lábios, apertando seus glúteos com força, ganhando um sorriso malicioso.

-Nunca vi uma mulher nua antes. -disse e ela riu levemente. Seu corpo sobre o meu. Sua silhueta definida, as curvas perfeitas, o tom pálido de sua pele, ela era maravilhosa- Mas tenho certeza que se visse, ainda preferiria você.

-Eu te quero tanto. -ela disse rossando o nariz em minha bochecha e eu entrelacei meus dedos em seu cabelo, tentando conter toda a excitação que meu corpo estava por estar nua com ela nua em cima de mim, me enchendo de beijos e carinhos.

-Você não sabe o quanto eu te quero, Taeyeon.

Eu não sei se a excitação mostrava o desespero em minha voz, mas foi o bastante para Taeyeon deixar seus dedos que antes passeavam por minhas coxas, apertando-as, entrarem em contato com meu sexo, fazendo-me gemer em surpresa com o prazer que aquilo causava. Ela massageava meu clítoris e eu fechava minhas pernas para que ela não tirasse a mão dali, deixando meus gemidos serem abafados por seus lábios, que agora chupavam violentamente os meus. Ela começou a massagear meu sexo com movimentos circulares, onde ela aumentava a velocidade devagar e eu pensava que iria explodir de tanto prazer, gemendo seu nome, me deliciando com cada sílaba da palavra, arranhando suas costas com força e apertando seus glúteos para expressar o prazer que tomava conta de mim.

Seus lábios se encaminharam para minha clavícula e meus seios, foi quando eu senti seu dedo me penetrar. Soltei um gemido alto que ecoou pelo quarto a medida que eu era tomada pelo seu vai e vem, ao poucos eu abria mais as pernas para facilitar a mão de Taeyeon. Ela não interrompia o contato dos lábios com meus seios à medida que aumentava a velocidade na penetração, inserindo mais um dedo e estimulando meu clítoris rígido com o polegar. Ela aumentava a velocidade de uma forma intensa e eu mordi seu ombro em protesto quando ela diminuiu a velocidade. Encaminhei meus dedos para o seu sexo, fazendo o mesmo com ela, estimulando seu clítoris e penetrando-a com dois dedos de uma vez, fazendo-a gemer em meu ouvido, dizer coisas desconexas enquanto eu arfava do mesmo modo, pois ela fazia o mesmo comigo. Acompanhávamos o ritmo uma da outra, movendo os quadris com maestria e preenchendo o quarto com gemidos arranhados. Taeyeon inseriu o terceiro dedo e eu arqueei meu corpo, gemendo alto e senti minhas pernas tremerem. Ela abriu um sorriso vulgar e interrompeu o contato de sua mão com meu sexo, ganhando uma forte mordida no ombro por isso. Ela respondeu me beijando de um jeito sensual, colando nossos lábios lentamente e contornando meus lábios com sua língua, descendo beijos por todo meu rosto, mordendo meu queixo, deixando marcas de chupões em meu pescoço, lambendo meus seios e fazendo uma trilha de beijos molhados por todo meu abdome que já estava suado, minha pele tremia e se arrepiava de prazer. Ela estava quase me torturando e eu sentia cada parte de mim pegar fogo, me sentia molhada, encharcada e em brasas, quente, completamente quente e gritando por ela.

Taeyeon se posicionou no final da cama, abriu minhas pernas e eu senti um rubor de outro mundo tomar conta de meu rosto ao mesmo tempo em que eu pulsava, quase implorando por um contanto maior. Ela me masturbava, estimulava meu clítoris e penetrava suavamente com seu dedo. Lentamente ela foi desfazendo esse contato e eu estremeci ao sentir sua mordida em minha coxa esquerda, depois na coxa direita e depois meu sexo ser invadido por sua língua. Arqueei todo o meu corpo no mesmo segundo, ficando quase sentada e deixando um alto e descontrolado gemido escapar de minha garganta. Ela chupava rapidamente e inseria sua língua de modo circular. Gemi alto e puxei seu cabelo, o que a fez prosseguir ainda com mais ânimo, ela chupava e depois passava a língua pelo meu clitóris enquanto eu me contorcia de prazer, puxava os lençois, gemia e gemia cada vez mais alto, puxando seus cabelos com violência na medida que ela deixava o ato ainda mais intenso. Seus movimentos em meu sexo eram rápidos e precisos como se ela soubesse exatamente meu ponto máximo de prazer.

Um gemido gutural saiu de meus lábios e eu senti minhas pernas estremesserem, deixei meu corpo cair na cama e meu peito acelerar numa respiração alterada, enquanto Taeyeon se deleitava de meu ápice. Chupando devagar, brincando com meu sexo, fazendo com que eu me contorcesse agora de um modo mais controlado. Aos poucos ela quebrou o contato de sua boca com meu sexo e veio subindo por todo meu corpo, pela mesma trilha sensual de beijos lânguidos, mordendo meus seios, lambendo-os sensualmente e parando finalmente em meus lábios, onde adentrei sua boca ferozmente com minha língua, avançando nela em um beijo voraz, explorando toda sua boca e a prendendo sobre mim com minhas pernas, na medida em que ela controlava o beijo, domava minha língua e tornava tudo aquilo muito terno. Até nossas respirações falharem e nossos olhos se encontrarem, ambos brilhantes pelo prazer satisfatório que o amor nos causara.

-Isso foi.. -ela disse tentando conter um sorriso e eu assenti, beijando seus lábios suavemente.

-Maravilhoso! -completei e ela assentiu, deixando o silêncio pairar sobre nós.

O conforto do silêncio tomou conta de nós em segundos, sem que nossos olhos se desencontrassem em momento algum, vendo um no outro os efeitos do que acabara de acontecer, quebrando a luxúria e a transformando em ternura, nomeando o amor responsável pelo o que acontecera ali. O incêndio que estava evidente em seus olhos, agora eram apenas faíscas e meu corpo, antes em brasas, agora descansava abaixo do dela, completamente realizado e de alguma forma eu me sentia completa. Eu me sentia maravilhosa, me sentia a garota mais linda do mundo e a mais amada também. O sorriso bobo fixo no rosto de Taeyeon não me deixava sentir outra coisa, a não ser a palpitação estranha em meu coração, como se ele formigasse e saltasse de meu peito, ele batia tão alto que talvez ela também ouvisse.

-Taeyeon. -sua voz falhada foi o suficiente para que voltasse à realidade, exibindo o maior dos sorrisos- Eu amo você.

-Eu amo você. -disse no mesmo tom e ela sorriu, deixando o corpo cair para o lado levemente, sem tirar minhas pernas em volta de sua cintura, mas deitando ao meu lado, do jeito mais próximo possível.

-Eu sei que, seguindo a ordem correta dos fatos, eu tinha que ter te pedido em namoro antes de transar com você. -ela disse em meio sorriso e eu corei, fazendo-a rir e acariciar meu rosto, me dando um rápido selinho- Ainda tem vergonha de mim? Sério? -ela disse quase rindo e eu sorri, mordendo o lábio inferior- Enfim, eu.. Como sempre, fizemos as coisas de trás pra frente e bom, hãm..

-Deixa eu facilitar as coisas pra você.. -disse, apertando ainda mais minha perna em volta dela- Quer namorar comigo?

-Acho que depois de hoje não teria mais jeito de negar que eu sou apaixonada por você. -ela disse com aqueles olhos castanhos lindos fixos nos meus e eu sorri.

-Foi mil vezes melhor do que a primeira vez dos meus sonhos. -segurei seu queixo e juntei nossos lábios em um beijo terno, onde o domínio era mútuo, até Taeyeon interromper de olhos arregalados- O que foi?

-Você é virgem? -ela disse atropelando as palavras.

-Levando em consideração os últimos acontecimentos, eu acho que não. -disse contendo uma risada e ela revirou os olhos, porém ainda  uma cara engraçada.

-Tirando os fatos recentes, tipo, antes disso, você era virgem?

-Taeyeon, eu só tive um namorado na vida e nosso namoro era casto, você sabe disso.

-Você nunca tinha transado? -ela perguntou com uma cara de incredulidade completamente engraçada.

-Não, Taeyeon, eu nunca tinha transado até poucos minutos atrás, quer que eu coloque isso num outdoor para ficar bem claro pra você? -disse e ela sorriu largo, mordendo o lábio inferior- O que foi, criatura?

-Fui sua primeira.. -seu sorriso bobo me fez rir e eu revirei os olhos, impulsionando meu corpo para ficar sobre ela, sentindo seus braços se apossarem de minha cintura.

-Espero que continue sendo a única por um bom tempo. -disse juntando nosso lábios, sentindo-a sorrir contra minha boca, sentindo suas mãos traçarem desenhos em minhas costas, numa carícia inocente, encerrando ali toda a luxúria ainda presente, deixando apenas a ternura do nosso amor.