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História Danganronpa Remake: The Future Never Known - Capítulo 13: Moving Foward


Escrita por: Archryun

Notas do Autor


E aí gente? Postei bem rápido né?
/ironia

Desculpa a demora de novo, mas pelo menos acho que fiz um capítulo bom.

Boa leitura!

Capítulo 16 - Capítulo 13: Moving Foward


Fanfic / Fanfiction Danganronpa Remake: The Future Never Known - Capítulo 13: Moving Foward

Capítulo 13: Moving Foward

P.O.V.: Yue Otonashi

≈Dia 25 – 09:00≈

– Ai, não...! – falei pra mim mesma enquanto corria para lá pra cima. Não tem ninguém nem no primeiro andar nem no segundo, então deve ter sido lá... O anúncio soou... Quem morreu?!

Eu consegui diversos choros vindos... Daquela direção! Na sala do incinerador!

– Pessoal... – falei, ofegando, enquanto olhei para todos. Mai-chan, Takata-kun, Yuki-chan, Hirai-kun, Tsuji-san, Kinoshita-kun, Hotaru-chan...

Não... Assim, só quem resta é...

Hotaru-chan, Kinoshita-kun e mesmo Tsuji-san estavam chorando tanto que suas gargantas deviam estar doendo. E eu também.

Yuki-chan chorava bastante, mas ela não estava caída no chão, e sim encostada numa parede.

Não era possível ouvir muito do choro de Hirai-kun, visto que o seu rosto estava encostado sobre o peito de Takata-kun. Este último que chorava sobre o cabelo de Hirai-kun, com os punhos cerrados.

Mai-chan estava atordoada, também.

...

E nós continuamos naquilo por cinco minutos... Até que Monokuma apareceu e disse que há um tempo limite para a investigação e nos mandou parar de chorar antes que todos morressem. Ele falou assim como se realmente ligasse pra quem morresse.

– Vamos investigar... – falou Tsuji, que havia se levantado e se encostou na parede. Os olhos dela estão vermelhos. Ela não está em condição de investigar.

– Mas, você-

Vamos investigar...! – ela se forçava a dizer.

Tsuji-san...

≈Investigação≈

Olhem aqui primeiro! – eu imaginei Miyake-san falando para nós, mas... Isso não ia mais acontecer.

Ah... Chorar mais não vai adiantar. Eu tenho que ser forte como Miyake-san sempre foi! Mas não estou pronta para investigar...

Tsuji-san disse que iria olhar o primeiro e segundo andares.

Mai-chan se ofereceu para limpar. A sala estava cheia de sangue, de qualquer forma. Ela acabou de voltar do banheiro – todos os banheiros têm uma vassoura, um rodo e uma pá. Normalmente isso não fica num tipo de sala de materiais de limpeza? Enfim...

Vamos começar pelo Arquivo Monokuma.

[Pista nº 1: Arquivo Monokuma 5:

“A vítima é Haruka Miyake.

Ela foi morta no terceiro andar e encontrada na sala do incinerador.

Após receber uma única ferida, um golpe na parte de trás da cabeça com uma arma de metal de aproximadamente 80mm de diâmetro, morreu instantaneamente.

Ela morreu calma. ”]

O que ‘ela morreu calma’ significa?

Enfim, vou falar com Yuki-chan.

Eu me dirigi ao canto da sala, no lado oposto ao incinerador, onde Yuki-chan investigava.

– Yuki-chan, onde você estava quando o sinal do descobrimento do corpo tocou?

– Eu fui uma das que descobri o corpo, na verdade... – ela falou cabisbaixa.

– Você já estava por aqui? Por quê?

– Na verdade, Miyake-san me chamou, junto de Hotaru-chan, Tsuji-san e Kinoshita-kun para nos encontramos aqui as nove horas. Ela mandou o pedido via um recado, ontem a noite. Eu cheguei 20 minutos antes, mas fiquei na estufa até 08:58, e só depois fui a sala de mantimentos.

[Pista nº 2: Testemunho da Fuyuki:

Kubo disse ter chegado 20 minutos antes, e ficado na estufa até dois minutos antes de ir para a sala de mantimentos]

– Hm... E você ainda teria esse recado aí?

– Sim, está no meu quarto. Quer que eu vá buscar? – ela perguntou.

– Sim, por favor.

Logo após isso, Yuki-chan saiu da sala do incinerador.

Vejamos... Com quem eu devo falar agora?... Uhm, já sei.

Eu andei até próxima do incinerador.

– Hirai-kun, achou algo aí? – perguntei a ele, que olhava para dentro do incinerador.

– É estranho... A pequena porta onde jogamos o lixo está travada. – ele falou.

– Na verdade... – falou Monokuma, acho que nem preciso dizer que ele surgiu do nada a essa altura, certo? – Alguém encheu o incinerador demais, então eu fui forçado a impedir o uso dele temporariamente.

– Com usar muito, você quer dizer o assassino?

– Ah, claro que não! Foi o mastermind. – Monokuma suspirou – É claro que foi o assassino.

Então, ele desapareceu.

[Pista nº3: Incinerador cheio:

O incinerador foi utilizado demais e Monokuma teve que impedir seu uso. ]

– Grr... – Hirai-kun grunhiu, chateado pelo sarcasmo de Monokuma.

– Calma... Haha. – eu falei.

– Mas se realmente usaram tanto o incinerador... Isso é um problema. – ele disse.

– É verdade.

– Oh, você está olhando o que as pessoas estão descobrindo, certo? – ele perguntou e eu concordei. – Na verdade, eu descobri que quando chegamos aqui, o incinerador estava ligado. O botão estava no “ON” e não no “OFF”, mas como está um calor infernal aqui, eu desliguei.

[Pista nº 4: Incinerador ligado:

O incinerador estava ligado até antes da investigação. A sala estava muito quente por causa disso. Hirai o desligou. ]

– Enfim, obrigado pelo bom trabalho – agradeci, e fui procurar outra pessoa para conversar, até que, perto do cadáver, estava Takata-kun... Não, eu vou falar com ele depois. Er... Kinoshita-kun está ali no canto.

– Oi, Kinoshita-kun. – eu falei – Achou algo?

– Oi. Eu achei essa bolsa esportiva, só. Ela está vazia e, sinceramente, é bem estranho encontrar isso aqui. – ele falou.

– Deixe-me ver.

[Pista nº 5: Bolsa esportiva:

Havia uma bolsa esportiva próxima do incinerador. Ela está vazia e não está danificada. É preta com alças brancas. ]

– Eu vou ver se acho algo em outro lugar. – ele falou, enquanto foi embora. Eu decidi falar com Hotaru-chan, que parecia estar fazendo algo interessante.

– Hotaru-chan, o que está coletando? – perguntei.

– Eu estou pegando essas facas aqui. Elas estão jogadas por toda a sala. São três... Não, quatro no total. Aquilo ali perto do incinerador é uma faca, certo?

Eu me virei para olhar naquela direção. Hm... Está derretida. Mas acho que é uma faca mesmo.

– Enfim, aquela faca derretida e mais essas três ensanguentadas.

[Pista nº 6: Facas:

Existem quatro facas na sala do incinerador. Três delas estão ensanguentadas e espalhadas. A última, próxima do incinerador, estava derretida e aparentemente não havia sido suja de sangue. ]

– Ok, obrigado. – falei, e dessa vez, fui em direção à Mai-chan, que havia acabado a limpeza.

– Você quer perguntar o que eu descobri, certo? – ela falou, assim que me aproximei.

– Sim... Como você sabe? – perguntei envergonhada.

– Eu estava prestando atenção em todos. Enfim... Eu não sei no que isso vai ajudar, mas a vassoura do banheiro feminino desse andar desapareceu.

– Hã? – perguntei.

– Quando eu fui pegar o rodo pra limpar esse sangue todo, eu vi que só havia o rodo e a pá no banheiro. Até chequei o masculino, já que fica livre para investigação, mas estava tudo normal lá. – ela disse.

– Hm...

[Pista nº 7: Testemunho de Chiba:

A vassoura que ficava no banheiro feminino do terceiro andar desapareceu. No banheiro masculino, está tudo normal. ]

– E outra coisa, o sangue está quase seco, acredito que seja por causa do calor que estava aqui.

[Pista nº 8: Sangue na sala do incinerador:

O sangue espalhado por quase toda a extensão da sala do incinerador estava quase seco. Provavelmente, pelo calor gerado pelo incinerador ligado. ]

– Isso é tudo? – Perguntei.

– Não, ainda tem mais. Veja aqui.

Ela me levou a olhar a poça de sangue no canto da sala. Bem, ela não tinha pra onde jogar todo aquele sangue, então colocar encostado na parede foi a melhor opção.

– Vê isso aqui? – ela apontou para a poça, e eu vi... Algumas lascas de alguma coisa, talvez?

[Pista nº 9: Lascas:

Existem lascas pequenas e irreconhecíveis no sangue. Estão vermelhas, mas provavelmente por causa do sangue. ]

– De onde será que isso veio? – eu perguntei.

– Quem sabe. – ela respondeu.

Eu decidi falar com Takata-kun, finalmente.

– Takata-kun... A autópsia... Como foi a autópsia? – eu perguntei, com medo.

– Mais desagradável que sempre... – ele falou, trêmulo – Em baixo do corpo, da cintura pra baixo, tem um pó alaranjado. Pela cor, me lembra do veneno usado no primeiro caso. Tem alguns sacos plásticos com resíduos desse pó. Um deles, o menor, foi violentamente aberto. O estado do corpo é exatamente o que é dito no arquivo Monokuma.

[Pista nº 10: Pó alaranjado:

Há um pó alaranjado sob a parte de baixo do corpo da vítima. A cor bate com o veneno usado no primeiro caso. ]

[Pista nº 11: Sacos plásticos:

Existem três sacos plásticos próximos da vítima. Dois têm o mesmo tamanho e estão juntos próximos do pé da vítima e um é bem menor e estava flutuando por perto da barriga. ]

– Yue-chan, eu achei! – falou Yuki-chan, chegando.

– Ah, obrigada Takata-kun! – falei enquanto fui em direção a ela, que me mostrou o papel.

Depois de ver o papel, perguntei a Kinoshita-kun e Hotaru-chan onde estavam os deles, mas ambos jogaram os papéis fora.

[Pista nº 12: Chamado de Haruka:

Miyake chamou Uchida, Tsuji, Kubo e Kinoshita para uma reunião na sala de mantimentos às 09:00. Kinoshita e Uchida jogaram os papéis fora. ]

– Ah, sim, Tsuji-san também foi pegar o papel dela. Ela disse que não achou nada no segundo andar mas achou algumas coisas no primeiro.

⌇ ------------------------------⌇

Assim que Tsuji-san chegou, eu perguntei os resultados da sua investigação. Ela me disse que o porta facas que ela comprou desapareceu...

[Pista nº 13: Porta facas desaparecido:

O porta facas que Tsuji comprou há alguns dias desapareceu. ]

E que, das 16 bolsas de sangue da enfermaria, duas estavam faltando, uma de sangue AB- e uma de sangue A-.

[Pista nº 14: Testemunho de Kohaku:

Segundo Tsuji, havia 16 bolsas de sangue na enfermaria, cada tipo sanguíneo tinha duas: A+, A-, B+, B-, AB+, AB-, O+ e O-. Depois do incidente, faltava uma bolsa de sangue A- e uma AB-. ]

– Ok, agora vamos olhar as outras salas do terceiro andar – falou Yuki-chan.

⌇ Pessoal! Se juntem em frente à escadaria do Class Trial. Não demorem, a menos que queiram ser explodidos!

– Ah?! – ela exclamou – Não pode ser!

– Droga... ficamos todos aqui e esquecemos do resto – falou Takata-kun.

– É o jeito, temos que nos virar com isso – falei, embora estivesse preocupada. E se tivesse uma pista importante em outras salas?

Todos foram deixando a sala, um por um. Quando eu fui sair, porém, eu notei algo estranho em frente à porta da sala.

[Pista nº 15: Mancha no chão:

Há uma mancha pequeníssima no chão em frente à sala do incinerador. É rosa... Ou vermelho. Difícil de identificar. ]

Depois de ver essa última pista, eu me virei para a sala novamente e eu senti que tinha outra coisa estranha, em Miyake-san dessa vez, só que eu não percebi o quê. Então, eu fechei a porta, e fui ao quinto julgamento de classe.

Ao Class Trial de Miyake-san.

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Class Trial

P.O.V.: Fuyuki Kubo

Primeiro, eu disse sobre a mancha avermelhada. Depois, nós nos pusemos nos nossos lugares, da direita para a esquerda: Mai-chan na frente do Monokuma, um estandarte do Daichi-sensei, Kinoshita-kun, um estandarte de Miyake-san, Takata-kun, um estandarte do Kazuhiko-kun, Yue-chan, Hotaru-chan, eu, um estandarte do Oono-san, um estandarte do Yamaguchi-kun, Hirai-kun, Tsuji-san, um estandarte do Hayakawa-kun, um estandarte da Chie-chan e um estandarte da Hayashi-san.

– Uchida: Hm... Eu ainda não me acostumei a isso. Mas vamos. Começaremos falando sobre...

– Kubo: O horário da morte, que tal?

– Otonashi: Ele não foi citado no Arquivo Monokuma, certo?

– Hirai: Sim. E, graças ao incinerador estar ligado quando chegamos, é impossível descobrir o horário, certo, Takata?

– Takata: É.

– Kubo: Por esses motivos mesmo, nós temos que presumir o horário.

– Tsuji: Espere, Kubo-san.

– Kubo: Hã?

– Tsuji: Sugiro que releia nossos dados!

[Rebbutal Showdown] – Tsuji

– Tsuji: Antes de presumir o horário, temos que discutir outras coisas.

Devemos discutir a arma do crime, a motivação...

                                               Tantas coisas antes do horário.

– Kubo: Por que não podemos falar do horário primeiro?

– Tsuji: Você pode estar tentando reduzir o tempo possível da morte para nos cegar...

                               Afinal, você pode ser a culpada.

                                               Não posso não desconfiar de ninguém.

– Kubo: ...!

– Tsuji: E mais, devemos deixar o horário pelo fim, pois ele é o maior mistério do Arquivo Monokuma.

                               Nos outros casos também houve isso, lembra?

                                               A coisa mais definitiva e mais difícil de descobrir.

– Kubo: Ah!

[Rebbutal Showdown] – Tsuji – Fim

– Kubo: Eu não consegui rebatê-la... Vamos ter que deixar o horário da morte para depois.

– Takata: E então, vamos discutir a arma do crime?

– Kinoshita: Por que não?

– Otonashi: Só pra ter certeza, tira essas ombreiras, Kinoshita-kun.

– Kinoshita: Por quê?

– Otonashi: No caso passado, essas facas curvas causaram muito problemas, quero que você tire a ombreira, por favor.

– Kinoshita: Tá, né.

Ele então tirou as ombreiras e as entregou para Yue-chan.

– Kubo: Yue-chan, a arma foi descrita como uma arma de metal de aproximadamente 88 milímetros, obviamente não é a faca.

– Otonashi: Hm, certo.

– Kinoshita: Pode devolver agora?

– Otonashi: Não!

– Tsuji: Otonashi-san está agindo muito estranho...

– Takata: Vamos continuar logo...

– Uchida: Como Fuyuki-san falou, a arma é de metal e tem aproximadamente 88 milímetros. Alguém pode pensar em algo com essas características?

– Hirai: Hm... Uma coisa de metal, com 88 milímetros...

[Hangman’s Gambit] – Hirai

Eu tentei me ver em frente à um grande anagrama, e então resolve-lo.

F-S-A-A-O-R-C-P-T-A

É isso! A resposta é...

[Hangman’s Gambit] – Hirai – Fim

– Hirai: Tsuji-san, o PORTA FACAS que você comprou havia desaparecido, certo? – ele falou com uma expressão confiante.

– Tsuji: ..! Entendo. O porta facas desapareceu porque o assassino o usou para matar Miya-chan e então se livrou dele...

– Uchida: Espera, ‘se livrou’? Onde?

– Kubo: O lugar em que o assassino se livrou da arma do crime... Estava na cena do crime...

[Spot Selection]

Se eu me lembro bem, na sala do incinerador tem só algumas coisas... O corpo, o incinerador, a bolsa esportiva e o sangue espalhado...

A resposta é óbvia, só pode ter sido lá...!

– Kubo: Obviamente, no incinerador.

– Uchida: Jogar metal num incinerador não explode tudo?

– Kubo: Err... Eu... Não sei?

– Kinoshita: Não, não explode. O assassino podia livremente ter jogado o metal lá, ele só não ia derreter tão rápido.

– Uchida: Então está decidido. A arma é o porta facas.

– Chiba: Algo vem me incomodando... O local da morte é mesmo a sala do incinerador?

– Kubo: Acredito que só possa ser lá.

– Otonashi: Esse argumento está sem forma!

[Rebbutal Showdown] – Otonashi

– Otonashi: A vítima não morreu na sala do incinerador.

                               E existem provas para isso.

                                               O Arquivo Monokuma diz que ela morreu no terceiro andar!                  

– Kubo: A sala do incinerador é no terceiro andar!

– Otonashi: Eu sei disso!

                               Mas não é estranho sempre dizer o local exato e...

                                               Só dessa vez não?

– Kubo: Pode ser uma falha proposital, para nos confundir, como Tsuji-san falou há pouco do horário.

– Otonashi: É, mas eu lembrei de algo mais.

                               Existem manchas avermelhadas em frente à sala do incinerador.

                                               É como se o corpo tivesse sido movido, não?!

– Kubo: Gh!

[Rebbutal Showdown] – Otonashi – Fim

– Kubo: As manchas… Eu havia esquecido...

– Takata: Ei, espere!

[Scrum Debate]

Equipe 1 – A mancha foi causada quando a vítima foi movida: Kubo, Tsuji, Otonashi, Chiba.

Equipe 2 – A mancha não tem nada haver com esse assunto: Takata, Uchida, Hirai, Kinoshita.

– Takata: Se o corpo foi movido, ficaria algo bem maior que só uma mísera mancha de sangue. Deveria ficar uma marca grande.

– Uchida: É, essa mancha pode ter outro significado!

– Otonashi: Bem, essa coisa é realmente intrigante. Mas eu não vou desistir!

– Kubo: Talvez o assassino juntou o sangue com o sangue da sala, para misturá-los.

– Kinoshita: É, mas como? Não importa como eu pense, não acho uma solução.

– Tsuji: ...

– Hirai: Acredito que... Não podemos usar essa mancha como pista por agora. Não há evidencias o suficiente.

– Chiba: Não. Existem evidências sim.

– Equipe 1: Essa é a nossa resposta!

[Scrum Debate] – Fim

– Chiba: Otonashi-san, lembra do que eu falei a você antes?

– Otonashi: Seu testemunho... Espere... Ah, agora entendi tudo!

– Uchida: Do que falam?

– Otonashi: Mais cedo, Chiba-san falou pra mim que uma das vassouras dos banheiros do terceiro andar desapareceu.

– Kinoshita: Hm... Há uma vassoura, um rodo e uma pá de lixo em todos os banheiros, certo?

– Otonashi: É.

– Kubo: E então?

– Otonashi: Que tal o seguinte: O assassino pegou a vassoura de um certo banheiro do terceiro andar para varrer o sangue?

– Tsuji: Porque não pegar o rodo? Seria mais fácil, já que é um líquido.

– Otonashi: Isso eu não sei... Mas Mai-chan deve saber! – ela recuou seu argumento fervoroso.

– Chiba: É porque ele, o assassino, não poderia se dispor das pistas se fosse um rodo. Ao menos, foi o que ele pensou.

– Hirai: Antes de avançarmos, diga-nos: De qual banheiro foi tirada a vassoura?

– Otonashi: Isso... Foi do banheiro feminino.

– Hirai: Isso quer dizer que as chances de qualquer um de nós três, Kinoshita-kun, Takata e eu, sermos culpados, é bem reduzida, correto?

– Kubo: Ao que parece, é.

– Hirai: Prossigam.

– Tsuji: Por que ele não poderia se dispor das pistas se usasse um rodo?

[Hangman’s Gambit] – Kubo

Eu preciso reescrever essas letras.

T-I-E-R-M-A-L-A

Entendi! O motivo é...

[Hangman’s Gambit] – Kubo – Fim

– Kubo: Entendo... O material dos equipamentos...

– Hirai: Como?

– Kubo: Pense, o rodo é de metal, aço, ferro, sei lá, e a vassoura é de madeira. Qual é mais fácil de destruir?

– Tsuji: A vassoura.

– Uchida: Ah, entendi! O assassino destruiu a vassoura pra se livrar das pistas! Mas... Ué, porque ele só não usou o rodo e depois limpou?

– Takata: Mistérios da vida.

– Chiba: Se isso não a convence, eu achei lascas de madeira depois de juntar o sangue pela sala, provavelmente quando o assassino usou uma daquelas facas para partir a vassoura e então coloca-la no incinerador. Certo, Otonashi-san?

– Otonashi: É.

– Uchida: Não, tipo, isso me convence... Só questionei mesmo.

– Tsuji: Talvez estivesse nervoso e não pensou direito.

– Uchida: É, pode ser.

– Chiba: ...

– Kinoshita: Podemos falar de algo que tá me incomodando?

– Kubo: Sim, claro.

– Kinoshita: É aquela bolsa esportiva.

– Uchida: Definitivamente tem algo conectando isso com as facas espalhadas, eu posso sentir! – Ela falou, convicta.

– Otonashi: Hm... Porque essa bolsa estava aí?

– Tsuji: Talvez, levaram alguns materiais para a sala do incinerador através dessa bolsa.

– Kubo: Eu concordo com isso! O porta facas, bem como as facas dentro dele, foram colocados dentro dessa bolsa e levados para a sala do incinerador, pelo assassino.

– Kinoshita: Hm, pode ser, mas alguém viu alguém subir com essa bolsa esportiva?

– Tsuji: Acredito que não, o assassino deve ter levado isso num horário em que sabia que ninguém estaria perambulando por aí.

– Uchida: Ninguém subiu mais cedo pro incinerador hoje, né?

Todos disseram que não haviam subido para o terceiro andar.

– Hirai: Hm... Acredito, Kubo-san, que não apenas as facas foram levadas para a sala do incinerador através da bolsa esportiva.

– Kubo: Hã? O que mais poderia...?

– Hirai: Acredito que todos lembram do sangue espalhado pela sala, certo?

– Otonashi: Sim...

– Hirai: E, Takata, você encontrou coisas como sacos plásticos, estou correto?

– Takata: Isso aí.

– Hirai: Juntando isso, eu consigo imaginar uma coisa. Será que na verdade, esses sacos plásticos não são bolsas de sangue da enfermaria, que foram levadas no mesmo horário que o porta facas, dentro da bolsa esportiva?

– Uchida: Entendi! Faz sentido.

– Tsuji: É, devo concordar. Ótimo raciocínio. E haviam mesmo sumido algumas bolsas de sangue da enfermaria.

– Hirai: Obrigado.

– Takata: Mas porque o assassino faria isso? Jogar um monte de sangue na sala?

– Kinoshita: Nos distrair?

– Otonashi: Quem sabe?

– Kubo: O assassino pode ter usado esse sangue todo para tentar encobertar alguns resquícios de pistas que ele deixou, como as lascas de madeira.

– Chiba: Será mesmo?

– Kubo: Eh?

– Chiba: Assim sendo, o sangue teria que ter sido jogado na sala depois do assassino matar Miyake-san e sujar a cena do crime, o que cobriria o corpo dela com sangue, o que não aconteceu.

– Uchida: Espere! Se despejado com cuidado, não sujaria o corpo dela todo e é perfeitamente possível o sangue ter ficado apenas abaixo dela, então o que Fuyuki-san falou pode ser verdade.

– Otonashi: É verdade! Eu finalmente lembrei do que vi quando saí da sala do incinerador...

– Tsuji: Que seria?

– Otonashi: Os sapatos da Miyake-san não estavam com uma gota de sangue! Isso significa que o assassino não pode ter jogado o sangue depois de derrubá-la no chão!

– Kubo: Tampouco poderia ter pisado Miyake-san no chão sujo de sangue e não ter sujado os sapatos.

– Kinoshita: Isso é realmente importante?

– Tsuji: Acredito que, se descobrirmos isso, podemos descobrir o quão bem preparado o assassino estava.

[Scrum Debate]

Equipe 1 – O chão foi sujo antes de Miyake-san morrer: Kinoshita, Tsuji, Otonashi, Chiba.

Equipe 2 – O chão foi sujo depois de Miyake-san morrer: Kubo, Uchida, Takata, Hirai.

– Kinoshita: Se os sapatos estavam sem sangue... Ela só pode ter sido derrubada pelo assassino depois que ele jogou o sangue no chão.

– Takata: Kinoshita, você ouviu o que Kubo-san falou?

– Otonashi: E-enfim, não importa! Ela não estava com os sapatos sujos, então eles não entraram em contato com o sangue!

– Uchida: Não exatamente, Yue-san. O assassino pode ter usado algo de dentro daquela bolsa esportiva para limpar o sangue e depois jogou no incinerador.

– Tsuji: Mas você não tem provas para isso. O assassino poderia muito bem ter deitado Miyake-san sobre o sangue já derramado com cuidado para não sujar os pés dela.

– Hirai: Mas aí, os sapatos do assassino...

– Chiba: Pela mesma lógica, ele poderia ter descartado e trocado por outro, arremessando-o no incinerador.

– Kubo: Não, eu tenho provas de que definitivamente o sangue foi colocado depois de Miyake-san morrer.

– Equipe 2: Essa é a nossa resposta!

[Scrum Debate] – Fim

– Kubo: Lembram-se do pó alaranjado encontrado sob a parte de baixo do corpo dela? O movimento do sangue derramado no chão que passou por debaixo de Miyake-san fez o pequeno saco de veneno sair do blazer de Miyake-san e se espalhar por baixo dela. Se ela tivesse sido jogado por cima do sangue, nunca teria esse efeito.

– Chiba: Entendo, muito bem pensado.

– Tsuji: Continuemos.

– Hirai: Kubo-san, você poderia revisar o que já sabemos?

– Kubo: Sim, claro.

[Thesis Dissection]

Antes de mais nada, sabemos que o assassino preparou e levou uma bolsa esportiva com vários objetos que utilizaria no seu crime para a sala do incinerador num horário que ninguém viu, muito provavelmente o horário noturno. Somado a isso, temos as mensagens que Miyake-san, a vítima, enviou para mim, Kinoshita-kun, Tsuji-san e Hotaru-chan, pedindo para nos encontramos às 9h da manhã de hoje na sala de mantimentos.

Hoje mesmo, eu cheguei lá exatamente 8:40. Como ninguém tinha chegado, decidi ficar na estufa olhando as plantas. Eu não sei se o corpo de Miyake-san já estava lá, porque não senti nenhum cheiro na sala do incinerador nem nada me levou a abrir a porta. Enfim, depois, as 8:58, eu fui para a sala de mantimentos, onde me encontrei com Tsuji-san, Kinoshita-kun e Hotaru-chan. Nós achamos estranho Miyake-san não ter chegado ainda, já que ela sempre chega antes, e fomos procurar por ela. Aí, quando eu e Hotaru-chan abrimos a primeira porta que vimos, a da sala do incinerador, vimos Miyake-san.... Já sem vida. Depois de Kinoshita-kun e Tsuji-san chegarem, o sinal de descobrimento de cadáver tocou.

Depois disso, todos foram chegando um a um, primeiro Hirai-kun, depois Takata-kun, depois Mai-chan e por último Yue-chan.

Agora, falando do que deduzimos sobre o caso, sabemos que o assassino matou Miyake-san em frente à sala do incinerador com o porta facas que Tsuji comprou, arrastou-a para a mesma e varreu o sangue para dentro. Logo mais, ele derramou duas bolsas de sangue pela sala do incinerador, e com uma faca, quebrou a vassoura que usou para varrer o sangue, logo fazendo algumas lascas de madeira voarem, e então jogou a vassoura no incinerador. Ele pegou as facas e espalhou, e depois por algum motivo esquentou uma a ponto de derreter no incinerador. Ele também jogou o porta facas no incinerador.

[Thesis Dissection] - Fim

– Hirai: Obrigado, Kubo-san.

– Takata: ...Hã? – Takata-kun colocou a mão no rosto, descrente e assustado com algo.

– Kubo: O que foi? – Eu perguntei, tentando manter a calma, mas eu queria saber porque ele estaria fazendo aquela cara, que está me deixando bem desconfortável.

– Takata: Você disse que... Depois de você e a Uchida verem o corpo, o sinal tocou depois que ‘Kinoshita e Tsuji’ chegaram?

– Uchida: É.

Aonde ele quer chegar... ?

Será que... Será que ele descobriu...?

P.O.V.: Shigeo Takata

Não, não pode ser. Isso não pode estar acontecendo. Hirai e Tsuji também já perceberam.

– Tsuji: Mas... Kubo-san... O sinal toca depois que três pessoas veem o cadáver...

– Kubo:  ...! – ela parece ter percebido.

– Kinoshita: Hã? Agora que você falou isso, é verdade...

– Hirai: Algumas vezes, essa regra teve uma exceção, né...?

– Kinoshita: Hum?

– Tsuji: Às vezes, é quando três pessoas, exceto o assassino, veem o cadáver.

– Otonashi: Espera... onde você quer chegar?!

– Takata: Só há uma explicação do sinal não ter tocado quando Kinoshita viu o cadáver. Um dos três que viram não contou na regra, porque essa pessoa era o assassino.

– Hirai: E mais, com o que sabemos da vassoura ser do banheiro feminino, Kinoshita-kun é excluído da lista de assassinos.

– Uchida: Isso quer dizer que...

– Kubo: Os únicos assassinos possíveis...

– Takata: São voc-

– Otonashi: Pare agora mesmo!

[MTB/PTA/Theory Armament] - Otonashi

"Takata-kun, está louco?"

"Como assim... Isso... É mentira!"

"Não pode ser!"

"Minhas amigas mais queridas...”

"Isso... Simplesmente NÃO está acontecendo!"

"PARA COM ISSO!"

"Elas não têm como... Elas...”

– Takata: ...

SINAL DE-DESCOBRIMENTO-DE-CADÁVER

– Otonashi: Haaaaaaah! – Otonashi-san começou a chorar freneticamente.

[MTB/PTA/Theory Armament] – Otonashi – Fim

– Takata:  ...! – porque tem que ser alguém... Sempre...!

– Chiba: ...Kubo-san. Uchida-chan.

– Kubo e Uchida: ?

– Chiba: Quem de vocês... Fez isso?

– Kubo e Uchida: Não fui eu!

– Kinoshita: Nossa... Assim... Só fica tudo mais difícil...

– Kubo: Pense... Deve ter algo que eu posso usar...!

– Uchida: É isso! Não pode ser eu!

– Hirai: ...Você tem provas?

– Uchida: Sim! Eu fui para o terceiro andar depois de Kinoshita-san e Tsuji-san, se eu tivesse mesmo matado Miyake-san, não teria tido tempo de voltar pra lá pra baixo, e depois subir e me encontrar com Kinoshita-san e Tsuji-san, a menos é claro que eu fosse o Flash.

– Kinoshita: Isso... É verdade...

– Kubo: ...! – Kubo-san parecia aterrorizada.

– Uchida: Kubo-san... Por...que? – ela olhou para o chão, acho que não queria passar mais por isso.

– Kubo: N-não fui eu!

– Otonashi: Não foi ela mesmo! NÃO FOI!

– Takata: Otonashi-san, temos que votar... Que droga...

– Otonashi: Não! NÃO!

≈Hora da Votação≈

– Monokuma: Votem aí... Vocês já sabem.

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– Monokuma: Então, o resultado n- – ele foi interrompido por Mai-chan.

– Chiba: Me desculpe, mas podemos continuar um pouco?

– Monokuma: ...

– Kinoshita: O que foi, Chiba-san?

– Chiba: Tem algo nisso... me incomoda muito.

– Tsuji: Isso seria...?

– Chiba: Tsuji-san e Kinoshita-kun, vocês têm certeza de que viram Uchida-chan subindo as escadas?

– Kinoshita: Sim, eu acho.

– Tsuji: Só a vi correndo em nossa direção, mas ela já estava perto... Você quer dizer que ela podia ter vindo de outro lugar, é isso? ... – ela parece ter entendido algo – Mais precisamente, do banheiro feminino?

– Takata: Pera aí, porque você não falou disso antes de votarmos?!

– Chiba: Desculpe, Takata-kun, mas vou ter que ignorá-lo momentaneamente. Sim, Tsuji-san, é o que eu quero dizer.

– Uchida: Mesmo que eles não possam testemunhar isso, não já votamos em Fuyuki-san?... Ao menos não seremos executados...

– Chiba: Agora eu tenho mais coisas para perguntar a você, Uchida-chan.

– Uchida: A mim? Vá em frente.

– Chiba: Qual foi o motivo?

– Uchida: Hã?

– Chiba: Qual foi o motivo?

– Uchida: E-eu não tenho como saber isso!

– Chiba: Eu não sei, também. Será algo relacionado a realizar um desejo?

– Uchida: !!! – ela ficou apavorada, ela sabia disso?

– Takata: Hey, como você sabia disso?!

– Hirai: Uchida-san?

– Kinoshita: Você é a assassina?

Eu ouvi Otonashi-san falar bem baixinho, enquanto estava ajoelhada olhando para o chão ‘ela não é...’. Eu tô com pena dela...

– Tsuji: ...O que você pediu?

– Uchida: Falem um de cada vez! – ela do nada ficou ofegante – Eu não sabia disso!

– Tsuji: ‘Não sabia’? Agora você sabe? Mas o que Chiba-san falou foi só uma suposição.

– Uchida: !!

– Kubo: Não importa de qualquer forma, eu fui votada, certo, Monokuma? Vamos logo com isso.

– Monokuma: Ok. Vocês erraram, a assassina de Miyake Haruka-san não é Kubo-san, mas devido ao primeiro dos dois desejos oferecido pela motivação, que permite até parcialmente a quebra de regras, ela, ou qualquer um que fosse votado, será executada como culpada.

Otonashi-san tinha um olhar profundo, de desespero.

– Kubo: Yue-chan, levante o rosto! Eu fico feliz de ser executada, se pelo menos todos vocês vão sair daqui. Obrigado, Takata-kun, Hirai-kun, Kinoshita-kun, Hotaru-chan, Mai-chan, Yue-chan... e Kohaku-chan. Pelos momentos que passamos juntos. Agora, até mais!

Uma corrente saiu de dentro da sala da execução puxou Kubo-san.

– Tsuji: ...! – Tsuji-san começou a chorar, e droga, eu também – Kubo-san!

Todos, sem exceção, repetiram o nome dela. Menos... Ela. O que ela tá fazendo?!

P.O.V.: Yue Otonashi

– Otonashi: Calma, Yue. Você pegou isso exatamente para esse momento, certo? Não fraqueje.

E, depressa, eu peguei as facas curvas que tinha pego de Kinoshita-kun no Trial, e corri para a sala da execução. Chorando ou não, eu vou tentar.

– Otonashi: Não vou deixar, não de novo! Isso acaba agora!

– Takata: Menina, você tem problemas?! Não dá pra impedir uma execução, você não lembra?!

Takata-kun e os outros vieram correndo atrás de mim.

– Otonashi: Se veio me impedir, dê meia volta.

– Uchida: Muito pelo contrário, eu vim te ajudar. – ela dizia com o olhar confiante – Com certeza Kubo-san não será executada por um desejo egoísta!

– Otonashi: Takata-kun, você deveria voltar... Hirai-kun já perdeu pessoas demais.

– Hirai: É comigo a sua preocupação? – ele dizia, enquanto sorriu para mim – Eu estou mantendo uma imagem de todos bem aqui – ele colocou a mão no coração – Por isso, não importa o que aconteça, eu vou sobreviver com os demais, em honra dos que se foram.

Eu olhei para todos, e nenhum parecia estar ali forçadamente. Assim sendo...

– Otonashi: ...Certo. Todos, não se arrependam.

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P.O.V.: Fuyuki Kubo

– Argh! – eu fui jogada no chão por aquela corrente, que se recolheu. Eu estava num campo aberto, pintado como se fosse o chão de alguma rua – o orçamento deve estar péssimo –, mas havia algo que nunca havia percebido: Na outra extremidade à porta, eu vi algo como uma cortina que se disfarçava com o ambiente, mas não tinha sido muito bem preparada. E o mais importante: Eu não sei quantos, mas haviam muitos Monokumas ao meu redor, vestidos de várias coisas.

– Desculpe você não ter uma execução original, não tinha orçamento pra mais uma – disse Monokuma, de um monitor na parede que ficava a porta da sala da execução. Ele grava tudo daquela parede, por isso nunca o vi quando assistia as outras execuções. E eu não falei do orçamento?

Eu não ligava pra isso, e sim pra um vão que se abriu entre os Monokumas. Estavam me convidando para participar? Estranho. Mas decidi ir naquela direção, em direção à cortina.

Porque tantos Monokumas diferentes? Alguns parecem vestidos femininamente, e outros não são brancos e sim morenos. Que tipo de população Monokumática é essa?

De repente, tudo se fechou de novo e eu fui forçada a parar de andar. Vozes dos Monokumas ecoaram por todo o local. Relatos de Monokumas insatisfeitos com processos, chantagens e denúncias continuaram falando, e até me xingando. E eles começaram a falar ‘morra, morra’ e se aproximarem. Mas nesse momento, eu ouvi um barulho alto e os Monokumas pararam. Não dá pra enxergar aqui, mas foi na entrada. Aproveitando esse momento, eu corri para onde havia aquela cortina.

Tudo o que o mastermind usa para fazer as execuções está ali! Eu acho... De qualquer forma, tem que haver algo útil, como uma arma.

P.O.V.: Yue Otonashi

– Onde está Yuki-chan?! – eu gritei.

– Tem tantos Monokumas aqui, argh! – Takata-kun falou nervoso.

– E pior, não há uma passagem... – falou Hirai-kun.

Nesse momento, os Monokumas abriram uma passagem para nós.

– Deve ser uma armadilha, mas se não passarmos por isso, não encontraremos Kubo-san a tempo! – falou Kinoshita-kun.

– Devemos ir! – eu disse.

Nós corremos até que a passagem se fechou.

– Isso é... – Mai-chan falou, e olhou para cima – Uma armadilha daquelas que cai algo pesado em alguém!

O ‘céu’ que na verdade era o teto pintado, tinha traços cinzas ao redor do lugar que estávamos. Será que aquilo se abriria e algo iria cair?

– Mas, se isso está fechado, Kubo-san ainda não morreu. Devemos forçar nosso caminho para o mais profundo. – falou Tsuji-san.

– Me dê uma dessas, Otonashi-san – falou Hirai-kun, se referindo às facas curvas. Eu entreguei a ele. – Obrigado. Chiba-san e Uchida-san, fiquem no meio de nós, visto que não têm como se proteger desses Monokumas.

Nós corremos enquanto eu, Hirai e Takata destruíamos os Monokumas: Eu e Hirai com as facas e Takata-kun com os punhos. Os que vinham por trás eram lidados por Kinoshita-kun e supreendentemente Tsuji-san.

– Miya-chan estava me ensinando artes marciais! – ela disse. Eu nem sabia que a Miyake-san sabia artes marciais, mas ok.

Corremos até chegar do outro lado, independente dos ferimentos que sofríamos dos Monokumas nos atacando com as garras. Lá estava Fuyuki-chan.

– Pessoal?! – ela falou – O que fazem aqui?

Eu corri para a abraçar e todos fizeram o mesmo, exceto Hotaru-chan que ficou olhando para os Monokumas.

– Fuyuki-san, encontrou algo atrás dessa cortina? – ela perguntou.

– Achei armas, bombas e... Incontáveis Monokumas.

– ...você acha que as bombas destruiriam a porta?

– Não... Pois são pequenas...

Não pode ser... – eu pensei, e olhando para os Monokumas, vi que estavam se aproximando.

– Devemos tentar, se não tentarmos, morreremos – falou Hirai-kun.

– Certo. – falou Kubo-san – Cada um pega uma bomba e voltamos para a entrada.

E assim fizemos, com Hotaru-chan pegando uma arma e pedindo para pegarmos mais bombas. Corremos e ficamos mais feridos que da última vez.

– Tsuji-san, cuidado! – Kinoshita-kun alarmou Tsuji-san, cansada, de um Monokuma atrás dela e pulou para a salvar. O Monokuma cortou o cabelo dele e machucou suas costas com a garra.

– Kinoshita-kun, tudo bem? – ela perguntou.

– Tudo bem... Vamos depressa.

Takata-kun ficou com vários pequenos cortes, no rosto e no resto do corpo, e tinha machucado o ombro. Ele estava me protegendo, a Yuki-chan e a Hirai-kun, me sinto mal por isso.

Finalmente chegamos, e juntamos todas as bombas, ativamos elas com o temporizador e corremos para longe.

Mas a porta não se arranhou.

A grande porta de aço que nos prendia... Nem rachou.

E os Monokumas continuavam vindo, e nos cercando.

– Então, é aqui que acaba. – falou Hotaru-chan.

– ...? – eu não entendi.

– Monokuma! Faça o que deveria fazer. Execute apenas o culpado que foi desmascarado por matar Miyake Haruka-san, a Invasora de Nível Super Colegial, Uchida Hotaru! – ela gritou com vontade. – Com o direito a dois desejos concedido a mim, é isso que eu peço.

Os Monokumas pararam.

– O quê?! Não! – eu gritei. Não mesmo eu vou deixar mais alguém morrer.

– Por favor... Yue-san. – ela começou a falar – Eu estou fingindo. Desde que cheguei nessa aeronave. Primeiro, foi sem querer, já que eu não tinha memórias. Quer dizer, tinha, mas eram falsas. Depois do caso de Yoshimura-kun, eu comecei a me recordar de várias coisas, mas nada tinha sentido. Aí, quando falaram que eu era a Invasora de Nível Super Colegial, eu me lembrei mais claramente. Eu não mereço estar aqui. Eu matei inúmeras pessoas, como membro da organização “Desespero de Nível Super Colegial”. – Ela falava, enquanto ficávamos desacreditados – Não me lembro como me juntei, ou porque, mas teve uma época que eu, realmente, fui uma assassina. É tudo muito confuso, porque eu me lembro disso como se eu estivesse mais velha, adulta. Aí... Teve algo numa ilha, e uma pessoa com heterocromia... Mas eu não lembro direito.

– Hey, Hotaru-chan... O que você está dizendo? Isso não pode... – falou Yuki-chan.

– E... Miyake-san descobriu isso. Havia um tipo de bônus para a primeira pessoa que descobrisse a motivação, que era pedir dois desejos que não quebrassem completamente as regras da escola, podiam apenas parcialmente desobedece-las. Enfim, ela descobriu isso e decidiu me matar, mas nessa hora eu estava stalkeando ela. Eu a matei antes que ela pudesse ter a chance de tentar matar a mim para impedir uma pessoa tão boa como ela de fazer algo que... Com certeza se arrependeria, e por meu próprio egoísmo. Eu pedi que qualquer um fosse executado e meu outro pedido seria apagar minhas memórias, permanentemente. Para que eu não me lembrasse... De todas essas coisas ruins. De ninguém, nem nada que aconteceu aqui.

Hotaru-chan fechou os olhos, e depois que os abriu, olhou seriamente para Yuki-chan. Ela andou até a direção da última e a abraçou, repetindo isso com todos, e falando algo no ouvido de cada um, por último eu.

Aquele desenho de todos nós sorrindo... É maravilhoso.

Hotaru-chan... – eu comecei a chorar.

– Então, vamos. – a voz de Monokuma ecoou, a porta de metal abriu, e os Monokumas vestidos diferentemente nos empurraram para fora.

– Hotaru-chan... HOTARU-CHAN! – Eu gritei, enquanto era jogada para fora.

Os outros também gritaram ou choraram, ou os dois.

Hotaru-chan pareceu ter lembrado de algo, então, após mexer em sua orelha, atirou algo para cá. Olhei para ela, mas ela se virou. Não tivemos escolha. A última imagem que tivemos de Hotaru-chan foi dela andando no caminho entre os Monokumas, depois de dar apenas um último sorriso, que eu nunca vou apagar da minha mente.

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Execução: Supressing Emotions… And more.

Uchida Hotaru está em meio a diversos Monokumas, vestidos de diversas maneiras, como as pessoas do passado dela. Eles a insultam. Ela apenas caminha sobre um único caminho, de olhos fechados, até certo ponto, onde os Monokumas a cercam. Eles se aproximam, enquanto falam ‘morra’, e todos os Monokumas pulam com suas garras em direção a Uchida, que é ferida. Do céu, então, abre-se um alçapão que faz cair um grande Monokuma, que esmaga Uchida e os Monokumas, que continham bombas dentro de seus corpos, e consequentemente explodem.

⌇ ----------------------------------------------------------------⌇

– Hotaru-chan... – eu chorava, junto com todos, depois de ouvir a explosão do outro lado da porta. Mas foi aí que algo aconteceu: Takata-kun caiu de joelhos.

– Eh? – disse Yuki-chan.

– Eu... Estou bem... É só cansaço mesmo, e... Eu acho que preciso ir pra enfermaria... Hahaha... – ele se encostou devagar no chão e desmaiou.

– Não seria melhor levarmos ele para a enfermaria? – disse Tsuji-san, apertando forte sua mão.

– Eu estou preocupado, então é. Kinoshita-kun, me ajuda a carregar ele? – falou Hirai-kun, soando frio.

– Sim, até eu mesmo preciso cuidar desses cortes também – falou Kinoshita-kun, apontando para as próprias feridas no rosto e pescoço.

E lentamente, de um em um, fomos todos saindo, menos Yuki-chan e Mai-chan.

– Vamos, Kubo-san, realizar o que Hotaru-chan nos pediu. – disse Mai-chan limpando as lágrimas.

– Vamos superar isso! – Yuki-chan deu um pulo e passou a mão no rosto para se livrar das lágrimas. – Vamos continuar. Só falta mais um Class Trial.

– É! Vamos seguir em frente, certo? – falei, me intrometendo na conversa delas, e chamando as duas para um abraço triplo.

Porque mesmo nós saindo desse lugar com uma dúzia de cicatrizes das mortes dos nossos amigos, ainda vamos sair, pelos nossos amigos. Sem olhar para trás, devemos seguir em frente, em direção à esperança.

 

*Alunos restantes: 7

 


Notas Finais


E aí..?
Eu só percebi como foi ruim a Uchida como assassina nesse caso depois que postei o capítulo 12. Dali, já não dava pra mudar, sorry. Tentei compensar com mais drama, deu certo?

E como sempre, obrigado por lerem!


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