História Danger (Imagine Park Jimin) - O que você escolhe?

____ P.O.V

A garota foi até a mesa ao lado, sussurrando algumas coisas para o marido, depois se virou, voltando à nossa mesa.

-Vamos? –ela disse e logo seu marido se levantou, a abraçando de lado.

-Claro –falei e então nos levantamos, puxando nossas malas e seguindo o casal.

-Vocês são todos amigos ou o que? –Victor perguntou.

-Eu sou noiva do Jimin, Sophia é namorada do Yoongi, Sue é namorada do Jungkook, Hoseok e Taehyung tem um caso, assim como o Namjoon e o Jin –respondi apontando assim que falava o nome do pessoal, numa tentativa de apresentação –E sim, nós somos todos amigos.

-Ah, finalmente descobrimos o nome de todos vocês –Lua disse sorridente.

-E vocês pretendem viajar quando para a Coréia? –Jimin perguntou.

-Ano que vem, esse ano estamos ‘’cuidando’’ do filho da minha irmã, já que a mesma teve que viajar à negócios. Assim que ela chegar, nós vamos.

-Ah, entendi. Gentil de sua parte cuidar do filho dela –Jimin disse sorrindo e a moça correspondeu.

-Bom, nosso carro não vai caber 10 pessoas, 4 de vocês podem vir conosco e o resto vai em um táxi, pode ser? Qualquer coisa nós pagamos a corrida.

-Tudo bem, nós trouxemos dinheiro –falei.

-Quem vai conosco? –Lua perguntou.

-Sue, Jungkook, Sophia e Yoongi –assim que falei eles rapidamente concordaram.

-Esperaremos o táxi chegar, peça para que nos siga –ela falou e então balancei a cabeça concordando.

-Faremos isso –ela ligou para o táxi que em menos de 13 minutos chegou, entramos no carro e então eles deram partida, logo sendo seguidos pelo táxi assim como pediram.

Chegamos em frente à uma grande mansão, menor do que a que morávamos lá em Daegu mas era muito grande também. Descemos do carro e entramos na casa.

-Tem quartos nos 3 andares, tem quartos de casal com suíte pra quem quiser ficar junto também, fiquem à vontade –sorri e então fizemos uma reverência em agradecimento, subindo às escadas e indo em busca a um quarto.

Eu e o Jimin pegamos um quarto no segundo andar, era bem grande e é bem confortável. Largamos nossas malas ao lado do closet e nos sentamos na cama.

-Fofinha –falei dando pequenas quicadas na mesma.

-Verdade –ele disse rindo ao ver minha alegria.

-O que achou do clima daqui?

-Quente –já tinha ouvido falar que o Rio de Janeiro é um lugar bem quente mesmo.

-Demais até –disse tirando meu casaquinho e o deixando sobre a cama.

-Tá com calor mesmo? –Jimin falou passando a mão em meus ombros.

-Agora não, pode parar –falei e então ele fez biquinho, apertei suas bochechas e sorri –Mais tarde a gente se resolve.

-Sabia que não ia resistir.

Sorri e ele me abraçou por trás assim que me levantei.

-Vamos agradecer a hospedagem, a Lua foi muito legal em nos deixar ficar aqui –falei e ele balançou a cabeça concordando.

Demos as mãos e então descemos as escadas, indo até a sala, onde Lua e Victor estavam sentados no sofá, assistindo televisão.

-Gostaram do quarto? –Lua perguntou assim que nos sentamos ao lado deles.

-É ótimo, obrigada pela hospedagem –falei sorridente.

-Não precisa agradecer, fiquem à vontade e fiquem o tempo que precisarem.

-Vocês são muito gentis.

-Só com quem gostamos, achamos que vocês pareciam boas pessoas –Victor falou.

Nem tão boas assim.

-Vocês se casaram quando? –perguntei curiosa.

-Ano passado, foi um casamento bem simples, só nossa família mesmo. Vocês vão casar também não é? Pretendem casar aqui no Brasil? –Lua perguntou.

-Provavelmente casaremos aqui sim –Jimin respondeu me abraçando de lado.

Casamento, essa palavra ainda não fez total sentido na minha mente, não cai nunca a ficha de que vou me casar.

Sorri fraco e então passei minha mão sobre a mão do Jimin que agora se encontrava em minha cintura.

-O que vocês faziam lá na Coréia? –a maldita pergunta sempre surge do além.

-Nós tínhamos uma pequena empresa, trabalhávamos em grupo –Jimin e sua desculpa de ‘’empresários’’.

-Ah, que interessante. Empresa do que?

-Ramo de ações, cuidávamos de investimentos bancários –até pareceu importante, seria uma pena que a nossa ‘’empresa’’ envolvia assassinatos, armas e drogas.

-É um ramo bem rico, não é?

-Sim, o investimento nessa área é bem grande –Jimin falava como se realmente fosse empresário, sua enorme habilidade com mentiras ainda me surpreende às vezes.

-E vocês, com que trabalham? –perguntei tentando desviar o assunto, se eles perguntassem mais coisas poderia me sentir pressionada e ficaria nervosa, deixando na cara que é mentira.

-Eu sou dona de uma loja de roupas e o Vic é dono de um mercado –tá explicado de onde eles tem tanto dinheiro.

Ser dono de uma loja significa riqueza, claro, se souber como investir. Não adianta montar a ‘’padaria do seu José’’ em uma esquina qualquer e esperar milhões de reais no mesmo dia.

Ouvimos alguém forçando a maçaneta e então um garoto loiro de olhos azuis entrou, nos encarou rapidamente e então veio até nós.

Perguntou algo em português para a Lua e logo ela o respondeu.

-Esse é o Rafael (autora on: aparência e nome inspirado no Cellbit senpai <3), ele fala inglês fluente, podem falar com ele em inglês –ela falou pra nós e então sorrimos.

-Prazer em conhecê-lo Rafael –falei rapidamente, eu não sou um gênio, mas digamos que sei falar inglês.

-O prazer é meu ____ -Lua deve ter falado meu nome na hora que falou em português com ele, não prestei muita atenção pra ser sincera.

-Vão ficar aqui por um tempo né? –perguntou sorridente.

-Sim, mas não queremos ficar muito, não queremos incomodar.

-Não incomoda, a Lua adora conversar com pessoas mais novas. Vou pro meu quarto, qualquer coisa me chama lá –falou sorrindo e então se virou, indo até o quarto.

-Impressão minha ou o garoto simplesmente ignorou a minha existência? –Jimin perguntou e então o encarei.

Verdade, ele ao menos disse ‘’oi’’ pro Jimin, que estranho.

-Não entendi também.

-Vou fazer um lanche pro Rafa, vão querer também? –Lua perguntou se levantando.

-Não, obrigado –Jimin respondeu sorridente.

-A Lua sempre foi cuidadosa assim? –perguntei pro Victor assim que ela foi pra cozinha.

-Sim, mas ficou ainda mais depois que fez um exame.

-Que exame?

-Quando nos casamos, ela tentou engravidar diversas vezes mas não teve sucesso, depois decidiu fazer um exame e descobriu que não pode ter filhos.

-Ai que pena, ela seria uma ótima mãe.

-Seria mesmo, por isso agora ela trata o Rafa como filho dela, e também pode saber que ela vai se preocupar muito com você e o pessoal, o instinto materno dela é muito aguçado.

-Queria muito que ela pudesse ter um filho –deve ser horrível querer ter um filho e não poder.

-Pensamos em adoção, mas a burocracia no nosso país é muito grande, e a lei aqui é BEM falha.

-A conversa está muito boa mas vou ter que sair rapidinho –Jimin disse e então o encarei.

-Onde vai? –perguntei em um sussurro.

-O Jungkook me mandou mensagem, ele conseguiu falar com um dos contatos que tínhamos aqui no Brasil e ele arrumou algumas armas pra nós, vamos buscar rapidinho –ele cochichou em meu ouvido e então balancei a cabeça concordando.

-Se cuidem, por favor –falei e ele me deu um selinho rápido, se levantando e indo aos quartos para chamar os meninos.

Sophia e Sue vieram em minha direção assim que os meninos saíram.

-Pode me explicar o que tá acontecendo? –Sophia perguntou e eu sorri fraco.

-Já explico, você pode nos dar licença rapidinho Victor? –perguntei e ele sorriu.

-Fique a vontade -me levantei e então as puxei até o meu quarto.

Tranquei a porta e então me sentei na cama.

-Os meninos conseguiram conversar com um cara que ajudava eles, ele vai arrumar algumas armas pra nós, pelo menos pra podermos nos defender. Provavelmente ainda essa semana os garotos vão atrás de vendedores confiáveis e vão fazer negócio, tanto com armas quanto com drogas –falei e elas me encararam.

As meninas balançaram a cabeça demonstrando que entenderam e depois levantaram, Jungkook e Yoongi estavam chamando elas, vai ver que agora eles vão explicar melhor.

Elas abriram a porta e saíram. Me levantei e decidi começar a arrumar o closet, abri minha mala e a mala do Jimin, tirando as roupas das mesmas e então guardando e pendurando nos cabides.

Senti uma mão apertando meu braço e me virei achando que seria algum dos meninos.

-Rafael? –perguntei assim que vi aqueles olhos azuis me encarando.

-Eu ouvi tudo, você e seus amigos mexem com tráfico de drogas e armas ilegais –FODEU.

-Olha Rafael, eu...

-Não precisa explicar, tenho uma proposta pra você.

-E qual seria?

-Sabe que se eu contar isso pra minha tia, ela vai surtar né?

-Imagino que sim.

-Então é o seguinte, se você transar comigo, não conto nada pra ninguém e seu noivinho querido não vai ser preso pela Interpol –tá me achando com cara de puta?

-Eu não sou prostituta, Rafael.

-Não falei que era, só fiz uma proposta. Ou você fica comigo, ou vocês todos voltam presos pra Coréia, o que você escolhe?