1. Spirit Fanfics >
  2. Danger lives by my side >
  3. Jarra de vidro

História Danger lives by my side - Jarra de vidro


Escrita por: y1amy

Capítulo 17 - Jarra de vidro


O chão gelado era a única coisa que Dalilah sentia. Com sua visão turva, ela se ajustou e percebeu que alguém a olhava.

A loira se sentou e esfregou a mão na testa para aliviar a dor de cabeça.

— Tia Dalilah. —Michael a abraçou com um alívio no coração. — Que bom que você acordou.

Um vento frio invadiu o lugar, Dalilah olhou em volta e estava tudo escuro, exceto uma única lâmpada que iluminava os dois.

— O quê aconteceu Michael? — Dalilah colocou suas mãos nos ombros — Me conta tudo, não me esconda nada.

— Depois que você desmaio o papai te arrastou até aqui. Eu pedi para ele parar, mas ele nem me ouvia — Dalilah escutava cada palavra que Michael falava — Ele disse se eu quisesse ficar com você poderia, eu tentei falar mais ele me jogou aqui também.

Dalilah estava tentando processar o que o menor falava. A loira se levantou e tentou achar uma saída, mas a única coisa que ela enxergava era escuridão.

Um facho de luz encontrou os olhos de Dalilah. E passos foram ouvidos. A madeira rangendo deixava os dois cada vez mais apavorados.

A loira abraçou Michael e protegeu como se fosse seu filho, e Michael agarrou a blusa de Dalilah escondendo o rosto na mesma.

— Você não vai encostar um dedo nele — Cuspiu as palavras para William.

— Puff, eu não tô nem aí para esse pirralho. — William ficou cara a cara com Dalilah — Meu problema é você.

Michael espiou um pouco o que estava acontecendo. Será que eles iram brigada alí mesmo? Michael pensava em mil e uma coisas daquela situação.

— Eu vou fazer uma única proposta pra você — William apenas encarava Dalilah com seus olhos mortos — Você vai sair pela porta de entrada e não vai abrir o bico.

— Caso ao contrário, vai fazer o quê? — Desafio ele, quase fechando os olhos.

— Eu não sei... Talvez eu faça uma visitinha para sua filha. Eu do uma volta com ela e você nunca mais vai ver ela na sua vida. - O mesmo deu uma risadinha .

— Você tá blefando, você só que me botar medo — Falou com os dentes cerrados.

— Michael. — Ele se virou para o garoto e se agachou, ficando na altura de Michael. — Fala pra ela do que eu sou capaz.

— Tia... ele não está blefando — Dalilah estava cada vez mais confusa.

— Bom menino. — Fez um carinho carinho em seus cabelos e desceu para o rosto. Michael se afastou da mão do homem.

— Qual é a sua motivação para isso tudo? — Perguntou Dalilah.

— Digamos que... — Se voltou para a loira — Vê o sofrimento no rosto das pessoas. — William começou a rir. 

Em um momento rápido o rosto de William começou a arder, Dalilah havia dado um tapa no rosto de William. "Droga" pensou Dalilah. 

A loira começou a se afastar levando Michael com sigo, até suas costas bater na parede fria.

— Você é muito louca de me enfrentar — William segurou Dalilah pelo pescoço — Eu acho que você não vai sobreviver para contar história.

Dalilah começou a procurar alguma coisa em volta. Seus olhos pararam em uma jarra de vidro vazia, estendeu a mão e pegou a mesma, jogando no rosto de William.

— SUA DESGRAÇADA — Os cacos haviam acertado o olho esquerdo de William — SUA VADIA! — E William soltou o pescoço dela.

Dalilah havia cegado William de um olho. Os olhos da loira apenas observava, cacos e sangue saindo dos olhos de William.

A mais velha pegou o mais novo pelo pulso e arrastou até o outro lado de porão.

— Fica tranquilo Michael eu vou tirar agente daqui — Dalilah conduzio Michael pela escada até chegar na porta do porão.

Os dois sairam correndo, e atravessaram a porta principal, mas a loira notou que Michael havia parado.

— O quê foi Michael?

— Eu sei que você quer me ajudar, mas eu vou ficar — Delilah arregalou os olhos.

— M- mas porquê?

— Minha mamãe vai voltar logo e eu quero estar aqui quando ela voltar — "Ótimo. Seguei um olho do marido da minha melhor amiga e agora Michael não quer vir comigo" — Só peço que não fale nada para ninguém tia.

— Tudo bem, mas por você.

Dalilah deu um abraço em Michael e depositou um beijo em sua testa, e começou  a se afastar de Michael e da casa.



Um dia depois.

Henry arruma aquela montueira de papéis em cima da mesa, e guardado tudo nos arquivos de A a Z.

O moreno ouviu uma leva batida na porta, e o mesmo gritou autorizando a pessoa entrar.

— Conlisensa querido — Era Dalilah. — Posso falar com você só um minuto?

— Dalilah, eu já disse que você não precisa bater. — Henry caminhou até a loira — Mas aconteceu alguma coisa?

— Sim, é que... — foi interrompida pela porta e um funcionário chamou Henry.

— Desculpa atrapalhar senhor, e que o assunto é urgente — Henry saio da sala deixando Dalilah alí sozinha.

— Droga, queria contar mais que raiva.

A loira escutou a porta se abrir novamente e logo começou a falar.

— Henry que bom que você voltou, eu preciso falar as coisas que eu descobri sobre o William — Dalilah se virou e deu de cara com William encostado na porta, e seus olhos apenas a observavam.

— Vai conta oque pra quem? — "Droga" pensou Dalilah. — Você não consegue ficar de boca fechada?

Dalilah viu o estrago no rosto do homem, em volta do seu olho esquerdo estava com alguns pontos pretos e havia perdido a cor.

Precisava pensar em uma boa desculpa para aquilo. "Que se dane" Dalilah pensou e ficou encarando William, até que falou:

— Sim, eu ia contar tudo, tudo o que você faz com seu próprio filho, e quem me garante que você não faz isso com sua outra filha ou com sua esposa. — Dalilah estava alterada, nem pensando no que dizia.

— Ai ai ai Dalilah, você é bem irritante as vezes você me cansa — Cruzou os braços — Eu já te disse o que vai acontecer se você abrir a boca, então eu acho melhor ficar de boca fechada.

— Você não me põe medo, seu lunático — O moreno apenas ria da situação — Eu juro que eu vou te denunciar.

—  Continua assim que eu acabo com sua vida em um piscar de olhos — Ele estalou os dedos — Só vou dar um último aviso, abre a boca e eu sumo com sua filha para sempre.

Bateu a porta ao sair.

Dalilah começou a chorar de desespero, estava perdida não sabia o que fazer. E se ele machucase mesmo sua filha? E se ele matasse ela (Dalilah) ou Henry ou Charlie?. Muita coisa se passava na cabeça da loira.

— QUE RAIVA DESSE CARA — Bateu a mão na mesa, fazendo com que os papéis se mechesem.



 Lora lia um dos seus livros, enquanto sentia o vento e o sol bater em seu rosto.

Respirou o ar fresco que não sentia a tempos, desde que se casou ficou sem tempo para fazer as coisas que mais amava.

— Fazia tempo que não te via assim, filha — Pousou uma mão no ombro de Lora. 

— Que susto que a senhora me deu — A loira deu uma risada. — Eu só estou aproveitando meu tempo, só isso.

— Eu lembro de você bem quietinha com um livro na mão sentada aqui, e mal conseguia encostar os pés no chão.

— Que pena que sua garotinha cresceu — Lora e sua mãe deram uma risada.

Lora estava escondendo muita coisas dos seus pais, principalmente que havia dois filhos aguardando ela em casa.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...