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História Danger Of Green Eyes - 0.7 Psychiatric Clinic (Parte I)


Escrita por: larrymediato

Notas do Autor


Olá, amores. Essa primeira parte era para ter sido no final do capítulo anterior, mas eu esqueci de incluí-la, então ficou nesse mesmo. Não é nada bah, mas só avisando kk.
Boa leitura ❤️

Capítulo 8 - 0.7 Psychiatric Clinic (Parte I)


Fanfic / Fanfiction Danger Of Green Eyes - 0.7 Psychiatric Clinic (Parte I)

Dentro do veículo, sequer fora ouvido o barulho da respiração de ambos. Os dois estavam alheios e distantes de si, perdidos em pensamentos. Harry queria entrar nos pensamentos de Louis, mas foi proibido de fazê-lo, então a única coisa que fazia era olhá-lo de canto para verificar se o mesmo não estava tentando pular do carro ou coisa assim. Mas não, ele não estava. Ele estava imóvel e impassível, observando alheiamente a paisagem. E assim continuou depois que saiu do carro, sem ao menos se despedir.

Louis, por outro lado, permitiu-se respirar normalmente e já sentia as lágrimas borrarem sua visão. Estava se sentindo terrível; se sentia destruído, usado, machucado, um inútil. E só precisava entender o que havia feito para Harry o detestar tanto.

— Louis, graças a Deus, estávamos preocupados... — Liam quase gritou assim que viu o garoto entrar apressado e com o rosto baixo na casa. — Louis?

— Louis, volta aqui! O que houve? — Niall gritou, enquanto os dois corriam atrás do menor que corria em direção a seu banheiro. 

— Me deixem em paz! — Louis gritou em resposta com a voz embargada, e se trancou no banheiro, suspirando de alívio ao ter dado tempo de os amigos não o barrarem. 

— Louis, onde você estava e o que aconteceu? Saia daí, vamos conversar, por favor. Ou se não quiser, podemos te fazer um chá ou algo assim... — Niall dizia delicadamente e Louis sorriu sem humor para como o garoto era carinhoso com ele. Diferente de Harry.

— Eu não quero. Por favor, me deixem sozinho, por agora. — Louis pediu com a voz baixa e falhada, enquanto se sentava no chão.

— Mas Louis...

— Por favor.

Liam e Niall suspiraram.

— Está bem, Lou. 

E assim, Louis estava sozinho no andar de cima. Eram apenas ele e seus problemas. Bem, não só eles. Louis possuía uma solução para isso, e embora sua mente tentasse, a todo custo, expulsar aquela ideia maluca, ele queria e precisava e nada iria impedi-lo.

Seus olhos avermelhados pelo choro voltaram-se à pequena caixinha em cima do armário. Estendeu seu braço até conseguir alcançá-la e procurou dentro dela sua salvação.

— Vamos lá, Louis. — Sussurrou a si mesmo, tirando a pequena navalha de dentro da caixa. 

Fechou seus olhos e então deslizou com a mesma por seus braços, sentindo sua angústia ir se esvaindo aos poucos. A cada corte, Louis se sentia mais leve e tranquilizado. Poderia dizer, realmente, que a sua dor era substituída e que tudo agora parecia mais leve. A atmosfera havia mudado e Louis apenas sorria satisfeito com os olhos fechados e com a cabeça encostada na parede. 

Toda a sua energia negativa escorria por seus braços, manchando sua roupa e o chão, mas o menor não poderia se importar menos com isso. A única coisa que lhe importava agora era viajar em sua mente vazia e, mesmo que temporariamente, estável. Mas olhemos por seu lado bom; ele se sentia bem e calmo, e não apavorado e angustiado como vinha se sentindo ultimamente. Quer dizer, isso era algo bom, não? Para Louis, era. 

Nada de pensamentos ruins, pesadelos, energias negativas ou coisa assim, era apenas Louis tendo seu momento de paz e clareza. A escória de sua alma estava sendo expulsa de seu corpo, embora ele estivesse pagando por isso, mas ele nunca viu problema em pagar algo em troca do seu bem-estar.

Ele queria se levantar e dormir pelo resto da noite até, possivelmente, a próxima semana, mas assim que tentou se levantar, caiu de costas no chão por estar muito fraco. Que se foda, ele iria dormir no chão. Não lhe faria mal mesmo. Aliás, agora era seu momento e nada lhe faria mal. Suas pálpebras se fecharam e a inconsciência lhe tomou de imediato.

Enquanto isso, Harry estava sentado sobre uma árvore alta, apenas sentindo, de longe, o cheiro inebriante do sangue de Louis. Com uma feição sem emoção e impassível, não permitia-se nem a pensar. Ele apenas lembrava-se dos episódios anteriores, e derrubara uma lágrima sincera. Porque, apesar de tudo, ele sabia que era tudo culpa sua

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1 semana depois...

Louis estava se sentindo desgastado por diversas razões. Algumas delas eram: Harry não ter feito nada mais do que apenas olhá-lo de soslaio pelos corredores, que seus amigos não o deixavam nem cortar uma maçã sequer depois do incidente e que, apesar dele sentir a falta de Harry, ele estava com medo do mesmo e queria distância.

Mas hoje foi diferente.

Em sua aula de Psicanálise, que Harry parecia ter se transferido propositalmente, o professor pediu que a turma formasse duplas e Louis foi o escolhido de Harry. O mais novo bufou e tentou arranjar outra dupla, mas só sobrara Harry, e ele não teve outra escolha. Agora, ambos estavam em silêncio e de braços cruzados; Harry aguardava o bendito momento em que Louis deixaria de birra e o ajudaria com a porcaria do trabalho.

— Isso já está ficando chato. — Harry comentou distraidamente.

— Isso o quê? — Louis perguntou fingindo desentendimento.

— Esse clima. Não pedi que fosse minha dupla para ficarmos sem ao menos olhar um para o outro.

— Eu não queria nem estar aqui, para começo de conversa, Harry. — Retrucou meramente irritado.

— Mas já que querer não é poder, então dê seu jeito e me ajude com essa merda. — Harry jogou o caderno com as anotações, sem piedade, na frente de Louis, que afastou-se por seu reflexo.

— Para isso, eu preciso da minha cara. — Harry revirou os olhos. — Vejamos... Eu prefiro a entrevista e você?

— Eu prefiro o que for menos trabalhoso. — Harry deu de ombros e Louis pôde sentir a raiva o tomando em cheio.

— Você quer minha ajuda ou quer que eu faça tudo sozinho?! — Soltou irritado e Harry apenas riu.

— Eu vou reformular a frase e então você decide como quer interpretá-la; o que for melhor para você, Louis. — Harry respondeu calmamente com seu pequeno sorriso.

— Então faremos a entrevista. Espero que não tenha problema com clínicas ou coisas do tipo.

— Não tenho.  

Louis apenas deu de ombros e então inclinou-se para frente para anotar o que fariam. Harry, que até então permanecia jogado despojadamente na cadeira, observou a curva da bunda de Louis e em como o menino sentava empinado. Ele não apenas observava, ele também ansiou por tocar e assim o fez, passando delicadamente três dedos por dentro da blusa do mesmo, em sua cintura, perto da curva de Louis.

Enquanto isso, Louis engatou a respiração e sentiu arrepios involuntários e repentinos atingirem seu corpo inteiro, e se amaldiçoou por isso, ainda mais por Harry ter percebido e rido baixo.

— Harry... O que você está fazendo? — Louis pergunta com a voz baixa, tentando se manter calmo.

— Sentindo você. 

Louis quase gemeu por essas palavras. Concentre-se, Louis, você ainda o detesta.

— Pare com isso. — Louis tirou a mão de Harry de sua pele, contra sua vontade, ele deve admitir, e agradeceu aos céus por sentarem na última carteira. 

— Eu não vou parar até que você deixe de me detestar. —Harry sussurrou no ouvido do menor, logo em seguida mordendo seu lóbulo e começando a tocar a coxa, coberta pelo jeans apertado, de Louis, subindo lentamente e apertando em provocação.

Louis respirava com dificuldade e temia que o professor ou algum aluno percebesse o que Harry fazia; começara a distribuir beijos por seu pescoço de Tomlinson, e apertava o interior do início da coxa do mesmo, roçando sua mão na semi-ereção do mesmo. Louis engoliu seco e reconquistou seu auto-controle. Colocou sua pequena mão sobre a de Harry, e por um momento o mais velho pensou que Louis havia cedido, mas foi desiludido assim que o mesmo alcançou-lhe o ouvido.

— Então você vai ter que fazer muito mais que isso para conseguir que eu pare de te detestar, Hazza. — Deu ênfase no antigo apelido, que usara de forma sarcástica. Louis se afastou com um sorriso cínico e tirou as mãos de Harry de si.

— Vá se ferrar, Louis. — Harry bufou com raiva, e assim seguiram os dois até que fossem liberados. 

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— Niall, seu merda, me ouça! — Louis gritou, batendo freneticamente na porta.

Ele se sentia bastante intimidado no meio de todos aqueles jogadores gostosos, e provavelmente já teria chupado ao menos um deles, se Harry não estivesse voltado e atrapalhado toda a sua sanidade mental. 

— Espere, Lou, eu já estou terminando. — O loiro respondeu risonho, finalmente abrindo a porta e saindo com a toalha enrolada em sua cintura. — Ok, o que você quer?

— Seu grosso. — Louis disse ofendido. — Eu preciso que peça algo à sua mãe. 

Niall encarou profundamente Louis e então gargalhou alto, atraindo olhares dos outros caras do vestiário e deixando o menor completamente confuso.

— Do que você está rindo? 

— Não é possível que tenha levado a sério o papo sobre a lingerie. 

Assim, Louis arregalou os olhos e deu um tapa forte no braço do amigo, que gemeu ofendido.

— Seu doente, já pensou em se internar? 

— Minha mãe me pergunta isso sempre. 

— Não consigo entender o porquê. — Louis diz irônico, revirando os olhos. — Mas é sobre isso que quero falar.

— Então fale. 

— Preciso que veja com sua mãe se posso visitar a clínica o mais rápido possível, você sabe, trabalho de psicanálise... Eu realmente preciso desses pontos. — Louis responde, batendo seu pé no chão consecutivamente em função de seu nervosismo.

Ele teria que ir até lá com Harry, e estava com medo, muito medo. E se ele o machucasse de novo? Ou pior, se tentasse machucar algum dos pacientes inocentes? Harry não faria isso, não é mesmo? Louis não sabia dizer que não, nem que sim. Desde que Harry tentou machucá-lo e viu os olhos do mesmo e de seu amigo adotarem tons escuros, ele não conseguia mais confiar no mesmo e quanto mais mantivessem distância, melhor. 

— Não preciso pedir, Lou. Você sabe que é só mostrar sua cara e ela o permite entrar. 

— Mas eu não vou sozinho, Niall.

— Não? — Niall franziu o cenho. Normalmente, os trabalhos de psicanálise eram sempre individuais. — Com quem você vai?

— Com o Harry. — Louis respondeu baixo, encarando seus pés e ouvindo o amigo suspirar.

— Você não podia ter escolhido outra dupla não? 

— Eu fui obrigado! Não tinha mais ninguém e o Sr. Ashton não me deixou trocar. Niall, me entenda.

— Claro que vou entender, ainda mais se ele for tão Harry atual a ponto de induzi-lo ao suicídio dessa vez! — Niall cruzou os braços indignado. Não queria ver Louis mal novamente por conta do mais velho, só se preocupava demais com o amigo.

— Ele não fará isso, Niall, confie em mim. Por favor, me ajude nessa. — Louis fez um biquinho e envolveu seus braços no pescoço do amigo, em um quase abraço, bufando ao ouvir os murmúrios e risadinhas dos outros jogadores. Malditos sejam esses intrometidos sem vida própria.

Niall suspirou e apertou as bochechas de Louis.

— Eu quero você vivo até as 22h em casa, entendeu?

— Obrigado, mate! — Louis apertou o mesmo em um abraço forte, sendo empurrado por Niall que fingiu estar enojado.

— Arg, seu plebeu, não me toque.

Louis riu, sendo acompanhado por Niall e beijou a bochecha do loiro, logo em seguida saindo do vestiário contente por saber que não teria que se preocupar em arranjar algum lugar para a entrevista, mas ao mesmo tempo tenso pois ele iria com Harry. 

A duas semanas atrás, tudo que ele mais queria era que Harry voltasse. Agora? Ele apenas queria distância para seu próprio bem. 

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A última aula acabara de terminar e Louis guardou todos os seus pertences rapidamente em sua bolsa, correndo à velocidade da luz para o estacionamento para conseguir avisar a Harry. Ele sentia que estava se humilhando ao fazer isso, mas talvez fosse realmente necessário.

— Harry. — Chamou ao ver o mais velho deitado no banco de motorista e passageiro em seu carro, fumando, nada mais nada menos, que maconha. Foi ignorado de primeira, então deu um beliscão na coxa do mesmo, que grunhiu, recuando.

— Louis, quantos anos você tem? — Harry indaga intrigado e com as sobrancelhas arqueadas.

— Levante-se, eu preciso falar com você. 

Harry bufou e sentou-se na cadeira do passageiro, tendo uma visão direta das coxas de Louis. Ele não mentiria; gostou e não foi pouco.

Mas voltando sua atenção a Louis, o qual sabia que reclamaria por ele ainda estar sentado, ele cortou o menino antes que ele pudesse começar a falar. — Não vou me levantar, ou você se ajoelha ou pode ir embora.

Louis jogou-se de joelhos no chão com raiva, e Harry apenas riu, ignorando isso. 

— Agora eu que mal estou te vendo. — Reclama Louis.

— É só olhar para cima. — Harry diz revirando os olhos. — Ou você também pode se sentar em meu colo, eu não me importo. 

— Eu prefiro a morte. — Louis retrucou friamente, e Harry apenas deu de ombros. — Nós iremos à clínica psiquiátrica onde a mãe de Niall trabalha, amanhã depois da aula, tudo bem? 

— Por que não hoje? 

Louis parou por um segundo. 

— Bom... E-eu não sei.

— Vamos hoje, aproveitemos que você já está aqui. — Terminou de fumar seu cigarro e o jogou no chão, logo em seguida pisoteando-o.

— Mas eu nem avisei que iria...

— E daí? — Franziu o cenho e fez menção de levantar, sendo barrado por Louis. — Com licença?

— Toda. 

Louis levantou-se e ele saiu do carro, parado ao lado da porta e o olhando como se estivesse mandando-lhe entrar só pelo olhar.

— Não pode esperar até amanhã mesmo? — Louis grunhiu, cruzando os braços.

Ainda estava se preparando psicologicamente para entrar novamente no carro de Harry, e ele adiantou as datas e isso era no mínimo terrível, pois ainda não estava preparado.

— Não, agora entre no carro, por favor. — Harry bufou, empurrando Louis até que o mesmo caísse no banco.

Ele estava em uma guerra interna para decidir se ficaria no carro ou se jogaria-se do mesmo. Dêem um desconto, Harry estava agindo como um monstro, sem contar todas as perguntas que rodeavam a mente de Tomlinson. Queria saber se ele adquirira dons psicopatas ao longo do anos ou alguma anomalia em seus olhos, pois, porra, que merda era aquela?

— Eu agradeceria se parasse de pensar um pouco e me dissesse o endereço. — Harry diz calmamente, sem olhar para Louis.

O menor acordou do transe profundo e dramático que estava, e repassou o endereço a Harry, que grunhiu sem motivos aparentes. Não aparentes para Louis, pelo menos. Levariam, possivelmente, meia hora até lá, então pegou seu celular para se distrair e não ter que manter o silêncio constrangedor ou ter que quebrá-lo. 

Três mensagens; duas de Niall e uma de Liam. Estavam preocupados com ele, e Louis entendia perfeitamente o porquê. Enquanto digitava uma resposta, viu pelo canto de seus olhos que Harry estava visivelmente incomodado.

— Algum problema?

Harry o olhou de soslaio.

— Você realmente prefere ficar em seu celular do que conversar comigo?

— E você quer isso? Porque até uma semana atrás, você estava tentando me dar uma surra porque eu descobri seu segredinho sujo. — Louis cuspiu as palavras com raiva e se arrependeu ao ver Harry suspirar alto e o lançar um olhar medonho.

— Conforme-se, Louis. — Foi tudo o que disse e então ligou o rádio, calando-se friamente e não lançando nem um olhar canteiro a Louis durante todo o percurso.

...

Assim que chegaram, Harry ainda estava emburrado e andava na frente de Louis, sem ao menos ter a intenção de esperá-lo. Ele, por sua vez, estava intrigado pelo comportamento de Harry. Ele faz merda, e quando lhe é jogado na cara, age como uma criança imatura que não aceita que errou? 

Todavia, essa era a preocupação de Louis. Ele não transparecia ser uma criança imatura, e sim um indivíduo afrontado. 

Assim que entraram na clínica, que cheirava a gel antisséptico e eucalipto e possuía colorações azuis claras e brancas, Harry parou em frente à bancada da recepcionista juntamente a Louis, que estava meio ofegante por tentar alcançar o mais velho. Styles apenas riu silenciosamente, sem que Louis percebesse.

— Boa tarde, Megan. — Louis saudou assim que a mulher ruiva olhou para ele, com uma feição simpática. — Eu estou procurando a Doutora Horan.

— Boa tarde, Lou. Você pode encontrá-la na ala 2, na sala 4, acredito que ela não esteja ocupada agora. — Megan respondeu calmamente, e Louis agradeceu a mesma, virando-se para seguir seu destino, mas não antes de notar o olhar que Harry lançava a mesma. Sentia uma onda de raiva desconhecida subir por todo o seu corpo e então puxou o mais velho pelo pulso com força, sem se importar se levaria um tapa ou palavrões. 

Mas ao contrário do que pensou, só pôde ver o sorriso convencido e discreto do mesmo. Revirou os olhos e se direcionou às escadas. Elevadores levam mais em conta, mas por que questionar a mente dos arquitetos não é mesmo?

Não demorou muito até que estivessem de frente à sala 4, e Louis sentiu seu coração esquentar ao ver a Sra. Horan conversando delicadamente com Lexie, que era uma garota que possuía esquizofrenia. Ele vinha até a clínica constantemente, visitar e conversar com os pacientes, mas com o tempo suas vindas diminuíram significativamente e ele realmente sentia falta daquele lugar. 

Abriu a porta calmamente e a Sra. Horan o olhou rapidamente, dando um sorriso largo e murmurando mais alguma coisas à garota, e então se levantando, indo em direção a eles.

— Louis, que supresa adorável! Faz tempo desde a última vez que veio. — Abraçou o menino, que retribuiu carinhosamente. — E quem é este rapaz bonito que lhe acompanha? 

— Sim, fico feliz em estar aqui de novo. — Louis mordeu o lábio inferior, atraindo toda a atenção de Harry para si. — Esse... É Harry Styles, meu... Amigo.

— Oh, então esse é o Harry de que tanto falava? — A mulher disse sorridente e inocentemente.

Louis sentiu suas bochechas ruborizarem, principalmente pela risada irônica que Harry deu.

— Sim... — Respondeu baixo, assistindo a mulher puxando Harry para um abraço, o qual o mesmo se assustou com. Louis ficou em dúvida se ele retribuiu por obrigação ou por espontânea vontade. 

— Então Louis falava muito de mim? — Harry pergunta com seu sorriso, e para a Sra. Horan o mesmo soa como gentil, mas Louis reconhece bem este sorriso cínico.

— Oh, sim, e como falava! Estava sempre dizendo que você era maravilhoso, amável, encantador... E de fato, você é um rapaz adorável. — Sra. Horan diz com um enorme sorriso e Louis só podia sentir a vergonha tomando-lhe por inteiro e sua pressão abaixando.

Meu Deus, eu vou desmaiar. Pensou.

— Oh, obrigado. — Harry agradeceu simplesmente, e olhou para Louis. — Louis também é um garoto adorável e encantador.

Tomlinson balançou a cabeça negativamente com os olhos estreitados ao ver a feição cínica e o olhar sarcástico de Harry diretamente a ele. Sentiu que poderia voar em seu pescoço a qualquer instante se ele não parasse com isso.

— De todo caso, Sra. Horan... — Louis virou-se a ela com seu melhor sorriso simpático. — Estamos aqui por um trabalho de psicanálise, e pensei que poderíamos entrevistar alguns de seus pacientes, sabe?

— Oh, entendo, Louis... Como eu poderia negar isso? Podem ficar a vontade para seu trabalho. Só peço que os pacientes com quadros mais graves não sejam entrevistados, pois estamos passando por severos processos para ajudá-los psicologicamente e não sabemos como isso influenciaria em seus comportamentos... Talvez fiquem agressivos ou em desordem mental, então zelamos pelo bem de todos, sim? — Louis assentiu com a cabeça, completamente ciente de quais pacientes não poderia entrevistar. 

Haviam alguns pacientes que lhe eram meio esquisitos pelo fato de serem muito radicais quanto às suas... Palavras. Diziam que demônios rondavam seus corpos, suas almas e seus quartos quando não haviam olhares em si, e os mesmos tentavam dominá-los. Nunca entendera bem o que os pacientes queriam dizer com isso, mas, francamente? Depois das coisas que recentemente viu, não queria saber.

— Claro. Muito obrigado por isso. — Louis sorriu, e então a Sra. Horan seguiu seu rumo, deixando apenas Louis, Harry e um segurança no local. — Não fique que nem um espantalho, me ajude, entendeu?

— Estou aqui para isso. — Harry disse estreitando os olhos.

— Ótimo.

(...)

Levaram 2 horas, aproximadamente, para entrevistar, em média, 30 pacientes. O gravador que Louis havia levado estava quase em seu limite, e também porque ele já estava em seu limite. Harry não aparentava estar cansado, apenas entediado. Mas ao menos seu trabalho estava feito.

— Finalmente. — Louis bocejou de forma adorável, o que fez Harry entortar um pouco a cabeça para observar o garoto à sua frente.

Ele era péssimo, aliás, terrível para Louis, e sabia disso. Sabia que estava quebrando seu coração aos poucos, magoando seus sentimentos e o assustando, mas era inevitável. Todavia, Harry não poderia omitir que Louis ainda mexia com ele.

— O que faremos agora? — Pergunta Harry, enquanto Louis se apoia na parede, com a perna esquerda dobrada e pressionada contra a mesma, e pega um maço de cigarros de seu bolso. 

— Eu estou com fome, então devo passar em algum lugar para comer, se quiser me acompanhar... — Louis põe o cigarro em sua boca e o acende, expelindo a fumaça para longe. Só então se lembra de que não era permitido fumar ali. Merda.

— Não pode fumar aqui dentro, Louis. — Harry riu. Riu e suas malditas covinhas apareceram, derretendo Louis por dentro. — Eu vou te esperar aqui.

— Oh. — Louis diz surpreso. Ele meio que esperava que Harry o acompanhasse. Ele estava confuso em relação a isso, talvez fosse porque Harry fosse dono de seu coração e ele não pudesse evitar ser escravo das vontades e companhia do mesmo. — Está bem, te mando uma mensagem quando estiver voltando.

Louis está atordoado, e Harry percebe isso. Ele até sorriria em notar que Louis o queria por perto por mais que negasse, porém, se o fizesse, o mesmo o daria as costas e provavelmente passaria alguns meses sem olhar em sua cara. Não que ele fosse realmente conseguir, mas tentaria e Harry não estava afim de participar disso. De qualquer forma, ele também precisava aliviar sua fome, mas não com ketchups, batatas fritas e hambúrgueres.

Harry assentiu, e o observou dá-lo as costas e caminhar para as escadas. Ótimo. Era hora do show.


Notas Finais


Bom, espero que tenham captado as mensagens ocultas, mas caso nao, fiquem tranquilos, vocês vão entender de qualquer jeito mais pra frente.

Um lembretezinho: Harry não odeia o Louis, e também não tem a intenção de iludi-lo ou partir seu coração. Vocês ainda vão entender qual é a dele, se acalmem. Ah, e não, não terá auto-mutilação na fanfic. Isso foi somente um dos problemas adquiridos pelo Lou com o passar do tempo, mas não será um tema e nem acrescentará nada na fanfic.

Era só isso mesmo, babes, até o próximo. ❤️


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