História Danger vs Love - Capítulo 25

Liam Pov'

 

 

Sem ordem de ninguém, chuto a porta e a cena que vejo não é a que eu esperava. Olivia está com uma arma em sua mão, a chorar desesperadamente e Richard no chão, a segurar seu pé que parece ter levado um tiro:

_ Olivia. Digo e ela me olha, vejo a arma cair e ela correr em minha direção. _ Está tudo bem agora meu amor. Digo e ela me aperta mais. Olho ao lado e vejo alguns policiais a entrar e minha sogra de fundo, vindo lentamente em nossa direção. 

_ Filha. Ela diz suavemente e Olivia olha para ela.

_ Mãe. Ouço soar de seus lábios e ela ir em sua direção, fico a admirar aquela linda cena até ouvir meu nome. 

_ Oi? Digo e vejo meu pai de joelhos.

_ Ligue para uma ambulância Liam, agora. Ele manda e eu assinto, pego meu celular e começo a ligar. 

_ Acho melhor vocês irem na viatura, eu tenho que ficar aqui pois sou o responsável do caso. Digo para Olivia e sua mãe ao terminar de me comunicar com o pessoal da ambulância.

_ Promete que depois vai me ver? Olivia diz chegando um pouco perto de mim. 

_ Claro, creio que vá para casa de sua mãe? Pergunto e a mesma assente. _ Passo lá a noite. Beijo a mesma e ela sai andando junto a sua mãe, peço a um policial que leve as duas e ele assente.

_ Ele precisa ir logo ao hospital, a bala ainda tá aqui dentro. Ouço meu pai falar e vou ao seu lado. 

_ Podemos levar ele a um hospital.

_ Não, e se fizermos errado e acontecer algo?

_ Façam qualquer merda, mas faça essa dor maldita acabar. Ouço Richard dizer e sinto um ódio extremo passar pelo meu corpo, se ele estivesse bem, eu mesmo daria um belo de um soco em seu nariz.

_ Cala a boca. Digo.

_ Os paramédicos chegaram. Ouço Harry dizer e uma equipe entrar.

_ Como? Eu acabei de ligar. Digo ao me levantar e ele ri.

_ Acho que em alguns casos temos que chamar antes, e eu fiz isso do carro pessoal esquecido.

_ Muito bem policial Styles. Meu pai o parabeniza e eu fico a olhar Richard sendo atendido.

_ Poderia colocar algemas em você. Digo e ele ri.

_ Nunca fará isso.

_ Eu vou sim. Serei eu que irá falar que está preso e vou te levar para um novo lar. Sorriu e saiu andando, antes que eu pegue o mesmo e já o tranque numa penitenciária.

_ Gostei do jeito que conseguiu se segurar. Meu pai diz.

_ Eu só quero que isso tudo termine e que Olivia seja feliz, como ela merece.

_ Vamos procurar outras coisas pela casa, depois eu te libero para que vá ficar com ela. E claro, que durma já que faz mais de 24h que não prega os olhos.

_ Ok. Riu e nós entramos novamente. 

 

 

Olivia Pov'

 

 

Entrei numa viatura junto a minha mãe, a mesma me entregou uma manta por estar fazendo um pouco de frio onde estamos. Ainda não consigo acreditar que eu dei um tiro em Richard, que eu o fiz cair no chão de dor e desespero, mas sei que se não fizesse nada, seria eu em seu lugar, mas talvez não machucada e sim morta. 

Quando entramos aqui, o policial apenas começou a dirigir e minha mãe ficou a me abraçar. Não consigo dizer nada, a cena de Richard no chão ainda está na minha cabeça. Sinto uma certa felicidade, pois agora eu literalmente estou livre daquele homem que tanto me fez mal, não só a mim, como a minha mãe e meu pai. Sei que meu pai de certo modo está orgulhoso de mim, nunca disse isso a ninguém, mesmo que eu faça aulas a um tempo, mas eu morro de medo de armas e não sei como eu consegui pegar aquela de Richard. Acho que meu pai me ajudou, ele estava perto de mim a me guiar e me falando o que realmente eu tinha que fazer e não fazer:

_ Filha. Ouço minha mãe falar e olho para a mesma.

_ Hum?

_ Já chegamos meu amor, não percebeu? Olho para fora e vejo minha casa. 

_ Não, não tinha visto. Abro a porta ao meu lado e saiu do carro, minha mãe faz o mesmo e fecha a porta. _ Não me lembro seu nome, mas obrigada. Abraço o policial que nos trouxe.

_ Tudo bem, espero que fique bem logo. Ele sorri e sai andando, minha mãe destranca a porta e nós entramos. Vejo minha antiga casa do mesmo jeito que estava quando vim aqui pela última vez, não costumava vir por conta de Richard, mas parece que agora que ele nunca mais voltará, o ar está limpo e o que eu quero mesmo, é tirar todos os vestígios daquele imundo.

_ O que acha de tomar um banho para relaxar? Ouço minha mãe dizer e me viro, assinto e ela sorri. _ Vamos no seu quarto, não estou afim de entrar no meu por agora. Subimos as escadas e vamos me direção ao meu antigo quarto, que está do mesmo jeito que tinha deixado quando me mudei. _ Vou preparar a banheira para você. Ela sorri e vai ao banheiro, me sento na ponta de minha antiga cama e fico a olhar para os lados e relembrar de quando eu ainda morava aqui.

_ Poderíamos jogar as coisas dele fora. Digo um pouco alto para que minha mãe ouça, vejo a mesma voltar e se sentar ao meu lado. 

_ Acho melhor não, vou entregar aos pais dele e eles decidem o que vão fazer. Ela solta um grande sorriso.

_ Está feliz?

_ Muito. Você voltou, o assassino do meu marido foi preso.. Agora só falta a separação, daí estarei mais feliz que nunca.

_ Mãe. Me aproximo um pouco da mesma. _ Nunca tinha acreditado em mim mesmo? Tipo, nenhum pouco quando eu dizia?

_ Sobre o assassinato? Ela pergunta e eu assinto. _ Algo me dizia que sempre esteve certa, mas por conhecer Richard a anos e ele nunca ter machucado si quer um bichinho, eu não poderia acreditar em tamanha coisa. Mas a alguns dias.. Eu ouvi ele falando, eu queria ter conversado com Liam antes mas por conta de uns problemas com o ateliê eu preferi deixar pra depois.

_ Não deveria, talvez isso nem tivesse acontecido. 

_ Eu sei, senti o meu erro ao descobrir que ele tinha te levado. 

_ Mas agora estou de volta. Me aproximo mais da mesma e a abraço. _ E nunca mais ele irá nos separar, nunca. 

_ Isso mesmo. Ela me solta e se levanta. _ Acho que a banheira já está cheia, venha. Nos levantamos e vamos em direção ao banheiro, minha mãe desliga e pega alguns sais de banho que deixei dentro de um móvel. 

_ Vai me dar banho como antes? Brinco e ela ri.

_ Se quiser, eu não me importo. Isso me deixará muito feliz.

_ Não será como antes, mas pode ficar comigo. Sorriu e começo a me despir, deixo tudo ao canto do banheiro e entro na banheira. _ Pensei que nunca mais sentiria isso.

_ Teve muitos pensamentos negativos, né? Ela diz ao voltar, a mesma tinha ido buscar um banco para se sentar. 

_ Ele me fazia ter vários, dizia que iria me matar e pagaria sua pena no inferno. 

_ Filha eu acho.. Ela se aproxima. _ Melhor você esquecer isso, ok? Sei que vai ser difícil mas é bom não só pra você, pra mim também.

_ E por que pra você?

_ Por ter confiado nele, me entregado a ele e ele ter feito isso a você.

_ Mãe.. Por que nunca aceitou ter um filho dele? Vejo a mesma ficar um pouco corada. 

_ Ele não era o seu pai, eu amo crianças e sei que se tivéssemos eu iria amá-la como eu amo você. Mas não me sentiria confortável ter um filho dele, eu me lembraria do seu pai de 5 em 5 minutos como eu me lembrava quando estava com você. Eu pensaria... Que aquela criança poderia ter sido dele... Vejo a mesma com seus olhos marejados. 

_ Mãe. Digo e ela solta uma risada. 

_ Ainda dói. 

_ Pra mim também. Suspiro e passo minha mão molhada sobe a  bochecha da mesma. 

_ Não chora mais, ele não quer ver a gente assim.

_ Eu sei. Ela solta uma risada e limpa as lágrimas. _ Agora tome banho logo, daqui a pouco Liam aparece e você ainda vai estar nessa banheira. Assinto e começo a tomar banho.

 

 

[...]

 

 

Depois de terminar meu banho e me vestir com uma roupa de minha mãe, nós descemos e ficamos a conversar enquanto a mesma fica a preparar algo para comermos. Não tocamos em um só momento em Richard ou sobre a merda que acabo de passar, ficamos a planejar viagens futuras, ajudas no ateliê e até mesmo em ideias para perfumes da empresa. Depois de tudo terminado, coloco a mesa para nós duas e ela traz o prato, seu maravilhoso escondidinho de carne seca para relembrarmos a minha infância, onde ela fazia quase toda semana por eu e meu pai amarmos:

_ Mãe, pode passar anos você nunca vai mudar. Isso está como antes, uma delicia. Digo e ela ri.

_ Obrigada meu anjinho. Ela sorri e prova, ouço a campainha tocar e encaro a mesma. _ Deve ser o Liam. 

_ Talvez. Digo e me levanto, vou até a porta e encontro o mesmo junto a seu pai. _ Oi. Abraço Liam.

_ Oi meu amor. Ouço o mesmo dizer e me beijar. _ Está melhor. Ele passa as mãos sobre minhas bochechas e eu assinto. _ Que bom. 

_ O que veio fazer aqui, sogro? Pergunto ao mesmo.

_ Vim ver com os meus próprios olhos que está bem.

_ Convide eles para entrar, querida. Ouço minha mãe falar.

_ Claro, entrem. Digo e os dois entram. 

_ Que cheiro bom. Ouço meu namorado dizer. 

_ Escondidinho de carne seca, vocês querem?

_ Eu aceito. Liam se senta e eu riu.

_ Eu prefiro ir para casa, hoje o dia foi bem cansativo para mim. Meu sogro diz.

_ Sério? Pergunto e ele assente. 

_ Mas se não se incomodam, podem me dar um copo d'água? Ele pede.

_ Claro, vou servir o senhor. Minha mãe se levanta e os dois vão a cozinha, me sento ao lado de Liam que está a devorar meu prato.

_ Eu que fiquei horas num cativeiro, não estou com tanta fome assim.  

_ Desculpa, não comi muito depois que sumiu.. Solto um leve sorriso e beijo sua bochecha. _ Estava tão preocupado, que estou a mais de 24h sem dormir.

_ Imagino. 

_ Conseguiu dormir?

_ Sim, ele me bateu e eu cai no sono..

_ Filho da... Desculpa. Ele sorri e volta a comer. _ Entramos no porão, aquilo estava precário. 

_ Demais. 

_ E aquela cadeira com cordas.. Aff, que homem horrível.

_ Onde ele está agora?

_ No hospital, mas a vários policiais para observá-lo.

_ Que bom. Solto um leve sorriso.

_ Achei isso. Ele tira meu celular de seu bolso, mostra o mesmo totalmente quebrado. 

_ Obrigada. Digo e coloco o mesmo ao lado. 

_ Queria mesmo trocar.. Ele fez um favor a você. Rimos juntos.

_ Pelo menos algo. 

_ Ainda está mal?

_ Um pouco, essas horas junto a ele.. Serão difíceis de sumir.

_ Estarei aqui para ajudar você... Ele me abraço e beija minha cabeça. 

_ Casal, estou indo. Ouço a voz de Geoff e ele aparecer junto a minha mãe.

_ Obrigada por vir me ver senhor Payne, espero que volte para almoçar. Digo ao me levantar e abraçar meu sogro.

_ De nada. E sobre o convite, pode deixar que vou aparecer.

_ Tchau pai. Liam se despedi e ele sai andando, minha mãe abre a porta e ele sai. 

_ Liam. Minha mãe diz e nós olhamos a mesma, que aparece com uma mochila preta e entrega a mesma.

_ Ué, passou em casa antes de vir?

_ Não, tinha combinado com sua mãe se não conseguíssemos te achar hoje, dormiria aqui para fazer companhia a ela.

_ Entendi. Sorriu e tiro um pedaço do prato que minha mãe fez, começo a comer e ela fica a me admirar com cara de preocupada. _ Que foi, mãe?

_ Seus braços. Ela aponta e eu olho, vejo as marcas das cordas que Richard colocou. 

_ As cordas? Liam diz e eu assinto. 

_ Não tinha visto isso antes, filha?

_ Não, nem reparei.

_ Acho melhor.. Ela suspira. _ Eu fazer um curativo, isso pode piorar. Ela se levanta e sai andando, aproveito e olho meus pés, que estão do mesmo jeito. 

_ Vê aqui, por favor. Digo me virando de costas a Liam e tirando parte de meu cabelo para cima de meus ombros. 

_ Um machucado, e sangue seco. 

_ Aí que ódio. Digo e volto a colocar meus cabelos na frente. 

_ Ele fez mais alguma coisa?

_ Não, acho que não. Digo desanimada. _ Eu só quero que ele vá preso logo, não aguento mais isso. Digo e sinto algumas lágrimas quererem me dominar. 

_ Calma amor, sei que foi horrível mas são só machucados. Com o tempo eles vão sumir, você vai esquecer isso e ele vai ser preso. A sua luta de culpá-lo por 12 anos acabou assim que entramos naquela casa e ele estava no chão, e foi porque você o fez cair lá.

_ Eu não queria... Eu só queria sair daquela casa e que ele fosse preso, não queria ter dado um tiro nele Liam, mas ele veio para cima de mim e eu não podia fazer nada...Fiquei esperando vocês, mas não entraram. Ele me abraça.

_ Não sabíamos o que estava se passando lá dentro, talvez se entrássemos ele poderia estar com a arma apontada para você a atirar ao nos ver..

_ Eu sei.. Mas, sei lá..

_ Vamos esquecer isso por uns dias?

_ Uhum. Digo e me levanto. _ E por que só por uns dias?

_ Eu sei que vai ser difícil mas... Eu preciso do seu depoimento sobre o sequestro. 

_ Tudo bem, talvez semana que vem. Ele sorri e assente. 

_ Aqui estão as coisas, deixa eu ver esses pulsos. 

_ Suas canelas, sua parte de trás da cabeça.. 

_ Mais lugares? Minha mãe se senta ao meu lado e abre uma pequena maleta de primeiros socorros, tira um vidrinho e um algodão.

_ Sim, e estaria pior se ainda estivesse lá.

_ Não pense assim, pensei que agora está de volta. Junto a sua mãe e seu namorado, que tanto te amam.

_ Eu sei... Mas as lembranças daquele lugar são horríveis. 

_ Mas uma hora passa, principalmente se você pensar menos sobre isso meu amor... 

_ Aí. Digo e ela pede desculpa baixinho por ter pressionado sobre o machucado. _ Juro que vou tentar.

_ Muito bem. Ela finaliza o primeiro curativo e passa para o segundo.

_ E agora, como vai ser? Liam diz ao colocar um pouco do escondidinho em minha boca.

_ Como assim? Minha mãe e eu falamos em coro.

_ A empresa, a casa... 

_ A empresa, vou conversar com os acionistas e ver se termino a faculdade primeiro e deixou a empresa na mão do vice-presidente ou deixo a faculdade de lado e começo de imediato.

_ E a casa. Minha mãe diz ao finalizar meu pulso esquerdo. _ Ela é de nós duas, queria muito que voltasse a morar comigo. 

_ E o meu apartamento? 

_ Podemos alugar..

_ E a mobilia? 

_ Aluga ele completo filha, apartamentos completos valem o dobro que os normais. 

_ Mais mãe... Ela me interrompe.

_ Sei que já está acostumada a morar sozinha, mas agora eu estou sozinha meu amor... Sei que vai ser difícil e também não quero te obrigar a nada.. Mas queria que você voltasse a morar comigo, só tem 18 anos e está muito cedo para sair de casa.. Olho a Liam e ele sorri.

_ Concorda? Pergunto ao mesmo e ele assente.

_ E quando se cansar ou estiver pronta para morar com Liam... Eu deixo você ir sem falar nada.

_ Sério?

_ Uhum...

_ Você me convenceu... Eu volto.

_ Obrigada meu amor. Ela me dá vários beijos em minha bochecha.

_ De nada, mas tem uma condição..

_ E qual seria?

_ Para começarmos uma reforma, na casa toda.

_ Por que na casa toda?

_ O papai gostaria, eu gostaria e sei que você também.

_ Mas filha.. Eu amo essa casa desse jeito..

_ Dona Teresa.. Não precisa fingir.

_ Estou louca por essa reforma, que comece logo amanhã.

_ Aeee. Abraço a mesma e sinto Liam me abraçar. _ Minha pequena grande família. Digo e sorriu, por sentir os dois grandes amores da minha vida a fazer contato comigo. 

 

 

[...]

 

Depois que minha mãe fez meus curativos e eu terminei de comer, nós três subimos e ajudamos minha mãe a tirar tudo que era de Richard. Ela disse que faria isso depois, mas não se sentiria nada confortável em dormir junto de um monte de coisas dele, pegamos suas coisas e colocamos em sacos e malas, para entregarmos aos seus pais:

_ Só tem coisas dele aqui? Liam pergunta.

_ Tem o escritório, mas deixa que depois a gente vê aquilo, por enquanto é só aqui onde eu durmo. Minha mãe diz.

_ Ele era fora de moda. Digo ao colocar umas gravatas meio "brega" dentro de um saco.

_ Era mesmo, eu tentava mudá-lo mas era impossível.

_ Esse jeito dele era ridículo. Digo e jogo o restante dentro do saco. 

_ Acho que acabou. Minha mãe diz ao amarar um saco.

_ Os quadros... Digo e começo a tirá-los. Richard pintava quando era pequeno, não posso negar que os quadros são lindos, mas deixam de ser ao saber que foi ele quem os pintou. 

_ Coloca com cuidado, o restante está no escritório. Depois trago umas caixas do ateliê e coloco tudo.

_ Tá. Coloco alguns dentro de sacos e ouço a campainha tocar. _ Quem será? 

_ Não sei, acho melhor você ver meu amor. Deixa que Liam e eu terminamos.

_ Ok. Saiu andando e desso as escadas, vou até a porta e abro.

_ Oli. Ouço a voz de Babi, ao finalizar a porta vejo a mesma com um enorme sorriso em seus lábios, a mesma pula em cima de mim e me aberta. _ Você está bem? Me diz que aquele desgraçado não fez nada com você.

_ Eu tô bem minha moreninha. Só peço para não apertar tanto a minha cabeça, ai ai. 

_ Desculpa. Ela me solta por uns segundos e me abraça novamente. _ Ele fez muito mal a você? O que ele fez com a sua cabecinha?

_ Não me lembro, mas acho que foi uma coronhada. 

_ Filho da mãe. Ela me solta. _ Seus pulsos, os seus pezinhos. Ele diz e começa a chorar. _ Eu preferia estar no seu lugar ao te ver assim.

_ Acho que não, era horrível estar lá e seria horrível saber que você estaria passando por tudo isso. 

_ Own. Ela me abraça e eu reparo, que atrás de nós está Harry.

_ O que faz aqui? Digo e Babi me solta.

_ E que.. Ele começa e a mesma o interrompe.

_ Ele queria te ver, e pediu para que eu o trouxesse.

_ Falem a verdade, por favor. No começo você odiava ele, agora fica com essa?

_ A Oli, ele é meu amigo agora. 

_ E que amigo... Ouço Harry dizer e o encaro.

_ Harry. Ela o bate. _ É amigo sim.. Se não acredita, não posso fazer nada. 

_ Ok né... Digo ainda desconfiando, fecho a porta e começo a subir as escadas junto aos dois.

_ O que estão fazendo? Babi pergunta. 

_ Arrumando as coisas de Richard. Entramos no quarto de minha mãe. _ Olha quem chegou.

_ Babi. Minha mãe diz e abraça a mesma, Liam encara Harry e vai cumprimentá-lo.

_ O que faz aqui?

_ Sou amigo da Babi agora.. 

_ Aham, amigo. Ele diz e o solta. 

_ Meninos, vocês poderiam carregar os pesados para o escritório, né? Digo e os dois assente, eles pegam os pesados e saem andando, nós meninas pegamos só as roupas e os acompanhamos.

_ O cara tinha chumbo? Isso não é normal.. Harry diz ao colocar a mala no chão.

_ Talvez seja um cadáver. Babi diz para nos assustar.

_ Que horror Babi. Digo e ela ri.

_ Não é chumbo, nem um cadáver. São os livros que ele utilizava na faculdade de direito.

_ Aquele crápula fez direito? Liam diz e minha mãe assente. _ Aff.

_ Vamos terminar de trazer o resto? Todos assente e nós voltamos ao quarto.

Depois de terminarmos tudo, arrumados meu quarto com alguns lençóis e cobertas, já que estava sem isso. Minha mãe decidi ir dormir por mal ter pregado os olhos enquanto eu não estava. Desso com os outros e ficamos a conversar enquanto eu faço alguns aperitivos para comermos:

_ O celular mais fino ultimamente é o da Oli, você tem que ver Babi. Harry diz e todos riem.

_ Cala a boca Harry. Coloco sobre a mesa. _ Ele destruiu o meu celular, queria entender como ele fez essa proeza.

_ Passou com o carro, não duvido. Liam diz.

_ Vou atrás de outro amanhã, não consigo ficar sem por muito tempo.

_ Como conseguiu ligar para Liam? Harry diz.

_ Richard deixou o celular dele sobre uma mesa, eu achei e fiquei tentando descobrir a senha.

_ Que era a data da morte de seu pai. Liam diz e eu assinto, olho para ele com cara de estranha e ele ri. _ Ele nos disse, para investigarmos o celular.

_ Então.. Daí quando eu descobri, tentei lembrar o número de minha mãe, mas lembrei do de Liam por ser mais fácil. Lá embaixo tinha pouco sinal, não sei como eu ainda consegui falar com ele.

_ E por que a dica, casa antiga? Liam pergunta.

_ Ele tinha acabado de chegar, eu fiquei apavorada e foi a única coisa que consegui falar.

_ E ele descobriu? Babi pergunta.

_ Eu consegui apagar a chamada e bloquear o celular novamente. Não sei se vocês acharam, mas lá embaixo tem uma passagem secreta para a cozinha.

_ Achamos sim, a escada estava aparente assim que entramos.

_ Ele tinha me falado.. Fiquei a procurar e achei aquela merda em baixo do papel.

_ Pra que uma passagem secreta ali?

_ Não sei, ele disse que foi o pai dele que construiu.

_ Eu em...

_ Gente, o papo tá bom mas acho melhor irmos embora. Harry diz olhando para Babi que assente.

_ Por que? Vamos falar mais. Digo e eles negam já em pé.

_ Já está tarde e eu trabalho amanhã.

_ E eu tenho que terminar uns croquis para a aula.

_ Ok. Me levanto e os guio até a porta, nos despedimos e eu volto. _ Será que está rolando algo entre eles? Digo me sentando no colo de Liam.

_ Acho que sim...

_ Gostei. Riu e o beijo. _ Acho melhor você tomar um banho para dormirmos. Está muito cansado meu amorzinho. Beijo a ponta de seu nariz. 

_ Estou demais, não sei como ainda estou em pé.

_ Então vamos. Me levanto e apago as luzes, subimos e entramos em meu quarto. _ Vai trabalhar amanhã cedo? 

_ Posso entrar às 12h, meu pai disse que é melhor eu descansar bem antes de voltar. 

_ Que bom. Sorriu e me deito em minha cama.

_ Posso? Ele aponta para o banheiro e eu assinto, ele entra com sua mochila e fecha a porta.

_ Acha que estou pronta para ser presidente da empresa? Digo ao me levantar e ir em direção ao banheiro.

_ Acho que sim. Você tem muita determinação sobre essa empresa meu amor, estudou por 2 anos e acho que já está pronta sim.

_ Eu sou muito nova Liam, tenho medo de fazer algo errado. Ele começa a tomar banho.

_ Conversa com os acionistas e vê o que vai ser melhor para você.

_ E se eu... Deixa-se com o meu tio?

_ Que tio?

_ Não sabia que minha mãe tinha um irmão?

_ Você nunca tinha me falado, meu amor.

_ Ela tem, meu tio Jhonattan. Ele fez administração e trabalha numa filial da empresa na França, lá ele tenta divulgar a empresa e vender alguns perfumes. É bem badalada por lá, e meu pai sempre confiou muito nele. Acho que ele faria um bom trabalho.

_ Converse com os acionistas e veja o que eles acham, você pode ficar com ele só como uma ajudante ou sei lá.

_ Vou ver, se der certo.. Eu deixo o meu apartamento pra ele morar com a esposa. 

_ Isso ai. Liam sai do box e começa a se secar, faço minhas higienes e nós saímos. 

_ Tô morrendo de dor nas costas. Digo ao me deitar.

_ Se não melhorar, faço uma massagem ao acordamos. Agora se eu fizer, caiu sobre você. Ele se deixa ao meu lado e nós rimos.

_ Tudo bem. Desligo a luz ao meu lado e ele faz o mesmo. _ Boa noite, te amo. Digo e o beijo.

_ Boa noite minha florzinha, durma bem. Te amo. Ele me beija novamente e nós nos arrumamos para dormir.

 

[...]