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História Dangerous. - Turn off Your Phone.


Escrita por: AimeeNam

Notas do Autor


Oin
Desculpem esse sumiço, desculpem também não ter dado satisfação alguma.
Aconteceram umas coisas bem difíceis e por tais motivos me afastei.
Quero agradecer a preocupação de todas vocês e também agradecer por ainda acompanharem a história e acreditarem em mim.
Prometo que vou fazer o possível pra postar e ficar bem logo!

Ahhh e eu tenho fic nova (com o Jay) dependendo do interesse de vocês logo eu posto!

Esse é uma cap bem esclarecedor! Espero que gostem!
Obrigado pelo apoio, amo vocês!

* Seattle Great Wheel - é um gigante roda-gigante localizada no Pier 57 em Elliott Bay , em Seattle- Washington .

*Jagiya - Significa querida ou bebê. É uma forma carinhosa qual os namorados costumam tratar as meninas na Coréia.

Ps: O cap tá enorme.

Leiam as notas finais.

Capítulo 10 - Turn off Your Phone.


Os shows do EUA passaram tão rápidos quanto começaram, hoje seria o encerramento da tour, Seattle foi o local escolhido para fechar com chave de ouro. Estava um alvoroço só, Jay uma pilha de nervos, os meninos igualmente ansiosos e eu rezando pra que esquecessem do meu aniversário.

Por mais que eu tente fugir deles de alguma forma, no fim sempre sou surpreendida... E dessa vez não foi diferente.

- Você acha mesmo que iríamos deixar isso passar em branco? - Loco me "chacoalha" empolgado e em seguida põe um chapeuzinho em mim.

- Loco isso é ridículo! - Tento me livrar do chapéu mas a insistência dele é maior. - Pelo amor de deus eu só quero voltar pro hotel e dormir... - Faço manha.

- Aish, deixa disso... vem! - Segura minha mão e sai me puxando pelos corredores até o "camarim".

Mesmo estando preparada eu consigo me surpreender ao entrar e ver todos com chapeuzinhos temáticos e um bolo com velas "faiscantes".

Tentei ao máximo me manter tranquila, mas foi só ouvir a versão AOMG de "parabéns para você" e eu entrei em prantos, eu definitivamente amo esses idiotas. Ganhei presentes e abraços de todos... até mesmo Simon, eu não achei que ele lembrasse ou até mesmo que quisesse algum contato comigo, na verdade eu mesma achei que não queria contato algum com ele, mas quando ele me abraçou e sussurrou um: "Feliz aniversário Baby". Eu quase fui ao chão no mesmo instante. O clima estranho que nos assombrava passou, não que eu tenha o "perdoado", não que ele precisasse do meu perdão... acho que agora ele é só uma pessoa que eu conheço. 
  Não abri nenhum de meus presentes, ou eu choraria ainda mais, vendo pelas  embalagens foi algo bem pensado e escolhido a dedo por cada um deles.

Com o passar dos minutos fui me afastando de fininho da sala cheia... mas minha fuga foi em vão. Jay me encontra no corredor e me abraça, tão forte, que fico sem saída.

- O que achou dos presentes? - Ele pergunta.

- Eu ainda não abri nenhum... não tenho estabilidade alguma pra isso. - Sorrio.

- Pode abrir depois do nosso passeio... e não, você não pode negar! - Ele pisca.

- Okay... eu só vou voltar para me despedir dos meninos. A propósito você viu o Gray? - Pergunto.

- Assim que o show acabou ele voltou para o Hotel, disse que tinha algumas coisas para resolver. - Dá de ombros. - Vou chamar um táxi, te espero na saída dos fundos. - Diz por fim e se afasta.

Volto para o camarim e recolho meus pertences. Os meninos também não sabem sobre Gray... achei estranho essa ida tão rápida para o hotel, mas fazer o que! Me despeço dos meninos, como eles mesmos dizem: Do modo brasileiro. Um por um os abraço e agradeço pela surpresa e presentes.

Já no hotel tento me arrumar o mais rápido possível, mas como sempre acabo demorando... e muito. Provo três vestidos diferentes e no fim opto pelo primeiro, um tanto justo, branco e simples. Calço uma sandália alta e solto os cabelos, evito usar maquiagem... não quero parecer uma idiota, também não quero que Jay pense que estou tentando impressiona-lo... é eu não estou!

Droga... eu estou sim!

Antes de sair penso em mudar de roupa várias vezes. Ando de um lado para o outro e até mesmo ensaio algumas falas... pois é, eu estou ficando cada vez pior. Faz muito tempo que não tenho nenhum tempo longo o suficiente com Jay, e mesmo todos os anos no dia de meu aniversário quando ele me leva para jantar, por mais acostumada que eu esteja, sempre vou me sentir como uma adolescente que sai pela primeira vez com o namorado. Eu nunca entendi o que realmente somos, Jay é, e sempre vai ser meu melhor amigo, mas eu não sei mais definir meus sentimentos por ele. Talvez eu tenha evitado pensar em algo que é tão óbvio mas, não quero estragar nossa amizade... Ah maldito!

Eu odeio sofrer esses "efeitos Jay Park".

Depois de quase uma hora de atraso encontro com Jay no hall do hotel 

- Ah droga... - Ele resmunga assim que me vê.

- O que foi?

- Você está maravilhosa! - Sorri e segura em minha mão, me fazendo dar uma vergonhosa "voltinha". - Gostosa... com todo respeito! - Ele ri alto e viro os olhos.

- Não se esqueça que eu sempre posso chutar suas bolas... - O provoco.

- Prometo que vou me comportar Jagiya*... - Diz e dá uma piscadinha.

- Uau! Quanto tempo faz que não me chama assim? - Falo e aceito o braço qual ele me oferece. - Eu não tenho nada além de meu celular. - Entrego o aparelho a ele que sorrindo o guarda em seu bolso.

- Não se preocupe... por enquanto só o celular serve! - Brinca.

- Já pode me contar onde vamos? - Pergunto enquanto andamos de braços dados até o estacionamento.

- Temos uma reserva no Din Tai Fung. - Sorri orgulhoso.

- Jay!!! Comida tailandesa é meu ponto fraco!

- Eu sei! - Ele festeja e abre a porta do carro para mim.

Passamos o jantar todo conversando, fomos interrompidos algumas vezes com ligações estranhas em meu celular, mas fora isso foi extremamente agradável. Jay me contou sobre os planos futuros com relação a agência e falou muito sobre a tour americana.

De volta a estrada Jay dirigia por uma área até então desconhecida por mim, mas quando me dou conta que estamos indo rumo a Elliott Bay, um sorriso surge em meus lábios e por instinto me aproximo dele deixando um beijo em seu rosto.

- O que foi? - Ele sorri largo.

- Nada... Não posso mais te beijar? - Brinco.

- Ah... até pode, mas não mais no rosto! - Ele fala e seu sorriso aumenta.

- Tcs, deixa de ser idiota Jay!! - Bato de em sua perna. - Vai mesmo me levar a Seattle Great Wheel?* - Pergunto.

- Droga! - Ele finge estar chateado. - Como descobriu? - Pergunta sorrindo travesso.

- Eu conheço o caminho de Elliott Bay...

- Realmente... quando a construção começou você me enchia a paciência para vir até a Great Wheel. - Ele me olha. - Bons tempos!

- Sim, eram bons tempos... - Fico em silêncio. - Mas devido ao horário acho que não vai mais estar funcionando. - Comento um tanto chateada.

- Eu sei. - Jay responde e faz um bico involuntário. - Mas acho que só a vista que teremos vai valer a pena!

- Vai sim! - Sorrio compreensiva.

Chegando a bacia descemos do carro e caminhamos pela tranquila "avenida".

- Pelo menos as luzes estão acesas! - Falo e engancho meu braço ao dele.

- Eu sinto muito. - Ele comenta envergonhado.

- Tcs, deixa disso! Eu fico feliz só de estar aqui... - Solto de seu braço e ando de frente para ele. - Sabe de uma coisa... eu adoraria uma foto lá! - Aponto para a iluminada roda gigante.

- Ah é? - Ele se aproxima e enlaça minha cintura. - Uma foto comigo? - Pergunta divertido e eu confirmo. - Pois então vamos... mas fique muito feliz, você vai ter um Fan meeting particular. - Ele gargalha.

- Claro! Sou a fã número um! A fundadora do Fandom! Seria uma tremenda injustiça caso não tivesse meu Fan meeting particular. - Entro em sua brincadeira.

- JAY? JAY PARK? AI MEU DEUS!

Escutamos algumas vozes de garotas e um grupo de quatro meninas "animadíssimas" se aproximam e devagar me afasto de Jay.

- Podemos tirar uma foto? - Uma delas pergunta.

- Aí Deus, eu to tão Feliz. A tour foi ótima! Sério. Caramba eu não acredito! - Outra garota comenta e as quatro começam a falar sem parar.

Jay sorri timido, como sempre fica quando encontra fãs, fico o observando tirar foto com cada uma das garotas, que aparentemente a qualquer momento teriam um treco. Depois de longos minutos elas se despedem de Jay, que aguarda elas se afastarem e devagar vem se aproximando até mim. Enquanto caminhavamos na rua Jay vez ou outra esbarrava em mim ou arrumava alguma forma de me chamar a atenção. Eu poderia bancar uma de chata e fingir não notar suas investidas, mas é tão bom ter alguém que nos quer bem, que nos faz bem. Eu definitivamente me sinto uma mulher diferente perto de Jay.

-É bom ser especial pra alguém não é? - Comento, lembrando do momento dele com as fãs.

- Me diga você! - Sorri e aperta meu nariz. - Como é ser muito especial pra alguém? - Pergunta e volta a caminhar ao meu lado.

- Eu sou muito especial para alguém? - Pergunto e o encaro.

- Você sabe que sim. - Me encara e segura em meus ombros.

- Mas eu adoraria ouvir... - Sorrio tímida.

Jay me puxa mais para perto de si, com um sorriso qual não sei definir exatamente o que queria dizer. Por impulso rodeio meus braços ao redor de seu pescoço e olho em seus olhos.

- Você é muito especial. - Ele diz. - É a pessoa mais especial que já conheci na vida.

Ele sorri e de repente seus braços estavam me envolvendo, desta vez curvando-se para me beijar. Seu gosto é tão bom quanto seu cheiro. Deslizei meus braços em direção a seus largos ombros, me aproximando mais dele. Nós nos encaixavamos perfeitamente. Fiquei brincando com os dedos em sua nuca, onde seus cabelos ficavam mais grossos. Minhas unhas roçaram a pele macia da sua nuca o fazendo estremecer e soltar um gemido vindo do fundo de sua garganta.

- Você é tão gostosa... perfeita! - Ele murmurou junto a meus lábios.

- Você também é. - Sussuro em resposta.

Aperto meu corpo contra o dele e o beijo mais forte.

- Jay...

- Shhhhhi. - Ele sussurra contra os meus lábios. - Não pense, ____. O tempo para pensar acabou. - Sua boca continua me acariciando com beijos. - Só me sinta. - Sua voz rouca exigindo de mim. Uma de suas mãos está na parte de trás do meu pescoço, enquanto a outra desce lentamente até meu quadril. - Merda... - Ele resmunga. 

- O que foi? - Pergunto.

- Seu telefone de novo.

- É o mesmo número? - Pergunto e Jay tira o aparelho de seu bolso.

- É sim. Quer que eu atenda?

- Não precisa... - Pego o celular da mão dele.

~ Alô? Alooô. - Chamo e só escuto uma leve respiração do outro lado da linha, como anteriormente já havia acontecido. - Sério já é a quarta vez só essa noite! - Reclamo. - Se for algum de vocês eu juro que vou mata-los quando chegar ao hotel. Caso contrário pare de ligar, por favor, você está incomodando! - Desligo.

- Me dê isso. - Jay pega o celular. - Vou desligar... chega de sermos incomodados. - Sorri.

Acabo sorrindo também. E novamente o abraço.

- Obrigada! - O beijo de novo, as mãos dele me apalpam em todos os cantos e eu puxo os cabelos dele, minha barriga começa a dar voltas e antes que o clima esquente eu paro o beijo.

- Deixe-me olhar para você. - Ele sussurra. - Deus, você é linda!

Envergonhada o abraço e enterro meu rosto em seu pescoço. Ele acaricia meus cabelos e então busca minhas mãos. Enlaço meus dedos ao dele e em silêncio caminhamos até a lindíssima roda gigante. Jay me lembra da foto e ao invés de uma, tiramos várias. Jay levou-me pelo caminho todo enlaçado em minha cintura a todo momento me puxa para mais perto, e novamente nossos lábios estavam um sobre o outro. O restante do passeio foi regado a beijos e a doces palavras sussurradas em meu ouvido.

  *

- Jay. - O chamo. - Obrigado, por tudo! - Ando até ele e o abraço. - Eu amo você. - Sussurro e com um sorriso tímido me afasto vendo o sorriso dele aumentar.

Tiro o cartão da bolsa e abro a porta.

- Porque não entra? - Pergunto. - Quero que esteja por perto quando eu abrir os presentes. - Sorrio.

Jay concorda e entra junto a mim e quando presto a devida atenção ao quarto quase caio de costas.

- Gray... - Solto em um sussurro surpresa.

- Não sabia que teríamos companhia...- Gray diz com um sorriso de canto nos lábios e um enorme buquê de tulipas em mãos.

Não o respondo. Apenas analiso o ambiente ao meu redor... Isso é mesmo real?

Algumas velas estão simetricamente espalhas pela escrivaninha, vinho, duas taças e mais tulipas. Um tanto estupefata me aproximo da cama onde Gray está sentado e o mesmo se levanta.

-Por Deus Gray! - Exclamo e me jogo nos braços dele. - Isso é lindo! - Fico abraçada nele, pendurada em seu pescoço, tentando controlar a vontade de chorar.

- Feliz aniversário Linda. - Ele Sussurra e me afasto para olha-lo.

O sorriso esplendoroso que Gray exibe no rosto deixa tudo mais maravilhoso. Sorrindo feito uma idiota fico na ponta dos pés e novamente o abraço.

- Você pensou em tudo isso? - Pergunto sorrindo. 
  Gray sorri e arruma meus cabelos.

- Eu sei que não é grande coisa...

- Ah por favor Sunghwa! Isso é maravilhoso! - Beijo o canto dos lábios dele e o escuto suspirar. - Obrigada por isso!

- Não precisa agradecer. Eu faria qualquer coisa pra te ver bem minha linda! - Sorri. - Se soubesse que teríamos companhia eu traria outra taça. - Gray olha para Jay que exibe um sorriso perverso.

- Companhia? - Pergunto.

- O que você acha Linda... hum? - Gray se abaixa e sussurra em meu ouvido, me deixando arrepiada.

- Eu não me importo de ficar... Você se importa Jagiya? - Jay pergunta fazendo minha espinha gelar.

Assustada olho para Gray que assim como Jay tem um sorriso repleto de segundas intenções nos lábios.

- Eu acho será interessante! Claro se a ____ aceitar. - Gray me olha e pisca.

Fico variando meu olhar entre Gray e Jay, como uma idiota de boca aberta. Eu não posso acreditar no que estão me propondo. Continuo sem saber como reagir mas só até sentir as mãos de Gray me segurarem mais rente a seu corpo e sussurrar em meu ouvido: - Prometo que vai ser tão bom para você, quanto para nós... - Sorri soprado e deixa um selinho em minha nuca.

- Não vamos te fazer mal Jagiya... - Jay se aproxima e segura minha mão. - Se você não quiser nós iremos entender...

No mesmo instante conto até cem na velocidade da luz.

Meu corpo está em choque e ansioso para ter ambos... eu não pensei nessa possibilidade, mas após essa proposta... eu seria uma completa idiota se não aceitasse.

- Eu quero! - Falo decidida por fim.

Gray me vira de frente para si e seu sedutor sorriso faz a sensação em meu estômago aumentar.

... Deus eu realmente vou fazer isso?!!!

As mãos dele seguram com firmeza em minha cintura, enquanto desajeitadamente eu abro os botões de sua camisa. Gray continua a sorrir mas agora de um jeito sedutor e perverso. Antes que eu faça qualquer coisa ele me beija devagarinho. Meus lábios continuam seguindo seu torturoso ritimo, mas só até sentir os lábios grossos e quentes de Jay tocarem suavemente meu ombro. No mesmo instante gemo entre o beijo de Gray e sinto minhas pernas amolecerem.

Gray aumenta a intensidade do beijo e me agarro em seus cabelos o trazendo mais perto. Jay começa a abrir devagar o zíper de meu vestido, as mãos firmes e quentes me tocam com delicadeza, cada vez que ele baixa um pouco o zíper deixa um beijo molhado em minhas costas.

Começo a me sentir entregue e tão excitada que não cabem palavras. Eu tenho agora os dois caras mais incríveis que já conheci na vida, me proporcionando, o que eu acho, que será a melhor experiência da minha vida.

Com certa dificuldade termino de desabotoar a camisa de Gray e quase no mesmo instante, como em forma de tortura Jay lentamente arrasta as alças de meu vestido por meus braços o fazendo ter o mesmo destino da camisa. Gray para o beijo e se afasta. Não entendo o motivo, mas logo minha mente volta a tornar-se um breu.

Jay me vira de frente para si. Seus olhos são duas profundas orbes negras e seu sorriso é como o inferno.

Eu estou perdida.

Ele tira sua camisa, botão por botão, e quando acho que estou sob controle, sinto minha respiração falhar ao ter a visão deliciosa de seu corpo.

Pela primeira vez meu.

Ele sorri e me puxa para si. Meu corpo semi nu encosta em sua pele macia e quente. Jay segura minha nuca e seus dedos escorrem para meus cabelos, seus olhos exploram meu rosto e em seguida meus corpo, fazendo seu sorriso perverso aumentar.

- Se você soubesse o quanto eu quis e esperei por isso... - Sussurra. Devagar ele me puxa deixando nossos rostos próximos.

Eu não penso duas vezes antes de beija-lo. Seu aperto em meu corpo aumenta, suas mãos que antes seguravam meus cabelos agora exploram meu corpo. Sua língua se enrosca a minha e então a sugo  recebendo um gemido em resposta. Jay toca todos os cantos possíveis de meu corpo enquanto me beija, até descansar suas mãos em minha bunda a apertando de encontro ao corpo dele.

Devagar Jay me deita sobre a cama, enquanto Gray se aproxima com a garrafa de vinho.

Deitada apenas com uma pequena calcinha os observo. Os olhos de Jay brilham intensamente e eu tremo de nervosismo e excitação, Gray exibe um sorriso vitorioso em seus lábios e seus olhos mantém a mesma expressão apaixonada de sempre.  É a primeira vez que transo com dois caras ao mesmo tempo, é também a primeira vez que tenho algo, além de beijos, com Jay.

Eu quero gritar de ansiedade.

Gray se aproxima da cama com um sorriso sacana e lindo pra porra, entrega a garrafa a Jay que automaticamente a leva até a boca me fazendo salivar. Gray se senta ao meu lado e busca meus lábios, sua língua me invade rapidamente enquanto agarro com força seus cabelos e quase como em sincronia Jay derrama um pouco de vinho sobre minha barriga. Gemo rente os lábios de Gray e quando penso que não posso mais aguentar, Jay sobe na cama e devagar lambe o vinho derramado sob meu corpo.

Minha reação instantaneamente é gemer mais alto e apertar o quão forte consigo o beijo com Gray e os lençóis da cama.

Jay continua a subir beijando e lambendo minha barriga até chegar em meus seios. Gray para o beijo e se afasta deixando o caminho livre para Jay. Respiro fundo e meu ventre revira de desejo ao sentir Jay chupar meu mamilo enquanto sua mão aperta o outro. Abros os olhos para vê-lo... céus! Ele está nitidamente se controlando, eu adoraria pedir por mais... mas eu não sei o que me espera.

Novamente sinto o líquido gelado escorrer sobre minha barriga, dessa vez quem o bebe é Gray, que lentamente arrasta a língua por minha barriga limpando todos os resquícios da bebida. Jay continua a desfrutar de meus seios enquanto acaricio seus cabelos. Devagar sinto Gray puxar minha calcinha por minhas pernas e novamente meu ventre se revira. O vinho é mais uma vez derramado sobre mim, mas dessa vez em meu "monte de Vênus" fazendo o líquido escorrer exatamente para o meio de minhas pernas. A vaga ideia de tê-lo bebendo ali me deixa louca e não sou capaz de me manter em silêncio quando sinto sua língua passear entre meus lábios. 

- Ahh Gray! - Gemo e arqueio minhas costas. 

Novamente ele está entre minhas pernas me sugando, saboreando a mim e ao vinho. Sua língua faz uma volta rápida e eu me torno mole de prazer, agarro a cabeceira da cama quando ele me abre e localiza o meu clitóris.

Eu me tornei uma bagunça.

Gemo alto, meu corpo é como um formigueiro em cada terminação nervosa, e o prazer é tão quente e intenso que tenho certeza de que morreria feliz neste exato momento. Gray mostra que não está nem perto de seu feito, acelerando, indo para o lado e ao  redor, ele está em uma missão para quebrar todas as minhas barreiras. Em desespero busco pelos lábios de Jay que me acolhem no mesmo instante engolindo meus gemido. Faço o que posso para me concentrar no beijo, mas não posso mais controlar meu próprio corpo, uma de minhas mãos ainda está ligada à cabeceira da cama, enquanto a outra foi para as costas de Jay, o arranhando me fazendo senti-lo de alguma forma.

Novamente arqueio as costas... não posso gozar agora! Fecho meus olhos e dou tudo de mim para me concentrar. Mas o que me restava de sanidade vai embora quando abros os olhos e encaro Jay.

- Em algum momento esta noite Eu quero seus quadris balançando em cima de mim, querida. - Ele fala em minha boca e logo em seguida me desfaço sobre Gray.

Caralho!

Eu não acredito... isso não pode ser real.

Jay se afasta e me apoio em meus cotovelos podendo ver Gray terminar de limpar o feito entre minhas pernas. Seus olhos se erguem e encontram os meus e ambos sorrimos. Fico de joelho sobre a cama e ele faz o mesmo deixando seu corpo junto ao meu. O beijo como nunca fiz antes, minhas mãos vão para o cós de sua box e rapidamente nos livramos dela. Enquanto o beijo, minha mão sobe e desce em seu membro duro o fazendo ter leves espasmos. Jay se aproxima novamente beija minhas costas e me divido entre masturbar Gray e beijar Jay. Eu não consigo pensar em nada a não ser proporcionar a eles o que estão me proporcionando. Com a mão livre aperto o membro de Jay, que logo entende o recado e finalmente fica nú.

Estão os dois um ao lado do outro. Diferentemente maravilhoso e igualmente duros. De quatro sob a cama eu dou a devida atenção a ambos. Primeiro um e depois outro. Os sugo, lambo e repito quantas vezes forem necessárias. Escutar os dois gemendo, ter suas mãos sobre meu corpo... é como o paraíso.

Enquanto chupo Jay, Gray se afasta até o banheiro. Jay segura em meus cabelos e então dita os movimentos como gosta, meus lábios chegam a tocar seu púbis e seu membro vai até minha garganta me fazendo engasgar levemente. O tiro da boca e me sento na cama continuado a masturba-lo. Devagar o chupo novamente e o escuto gemer, sugo a 'cabeça' e desço por seu comprimento.

- Fique de quatro Linda. - Gray pede ao voltar para o quarto.

Eu sei o que me espera... e talvez, eu estivesse ansiando por isso.

Me afasto rapidamente de Jay para me arrumar na cama. De frente para Jay me empino para Gray... eu havia me esquecido o quão gostoso ele é. Gemendo e olhando nos fundo dos olhos de Jay, sinto Gray me penetrar devagar. 

Após a primeira estocada volto minha atenção a Jay. O coloco na boca e meus gemidos saem abafados, suas mãos seguram com força em meus cabelos enquanto as de Gray estão cravadas em minha cintura.

Eu não consigo suportar. Deixo Jay de lado por alguns instantes para poder me concentrar em Gray investindo tão arduo em mim. Seu quadril vai e vem, entrando e saindo de mim como uma deliciosa tortura. Minhas mãos procuram por apoio e encontro novamente Jay, não tenho nada a perder então o coloco novamente em minha boca.

Enquanto sugo Jay sou fodida por Gray... Sim, eu estou realmente fazendo isso!

Por fim me afasto de Jay e o deixo observar, com as próprias mãos ele se masturba enquanto admira a Mim e Gray. Minha cabeça gira e minhas paredes se apertam ao redor de Gray... 

- Sunghwa por favor...

- O que você quer? Hum? - Gray pergunta e segura em meus cabelos. - Peça Linda... o que quer?

- Quero mais... por favor, eu quero mais.

- O quanto quer? - Pergunta se curvando sobre meu corpo. 

Abro os olhos e encaro Jay. Sorrio satisfeita ao vê-lo perdido em prazer admirando nossa cena.

- Quero muito Gray! - Peço.

Gray segura forte em meus cabelos e com toda a força investe em mim. Não sou capaz de manter-me em silêncio. Não tenho mais sanidade pra isso. Gemidos saem incontrolavelmente, assim como algumas palavras que não sou nem capaz de dizer até o fim...Gray investe em mim e quando chega em seu climax suas mãos apertam minha bunda com força, o que certamente deixará uma incrível marca.

Deixo meu corpo se desfazer sobre a cama enquanto Gray devagar acaricia minhas costas... eu não sei mais o quanto aguento! Jay se aproxima e com carinho beija meus lábios. Seguro em sua nuca e me mantenho apoiada nele, minhas pernas não tem forças, devagar paro o beijo e logo Gray se aproxima com uma taça de vinho em mãos, ele a entrega a Jay que com um sorrisinho no rosto me serve o vinho. Tomo o conteúdo todo e quando me dou conta estou novamente aos beijos com Jay.

Dessa vez Gray nos observa bebendo do líquido direto da garrafa. Sorrio para ele que me retribui em uma piscadinha. Jay se senta a beira da cama e me lava consigo. Me sento em seu colo e novamente nos beijamos.

Como esses homens podem beijar tão bem?

Com a mão que apoiava minhas costas ele aperta meu quadril de encontro a seu membro. Com a mão livre me abro para ele que me penetra devagar, ele tomba a cabeça em meus ombros e o escuto gemer abafado. Seguro com certa força em seus ombros e meus olhos reviram com a primeira estocada... é muito melhor do que se imagina. Jay segura em minha cintura me impulsionando para cima e para baixo, em momento algum desvio meus olhos do seu. Admito que estou fazendo uma puta força para mante-los abertos, mas não posso perder sua expressão de prazer.

Continuo a subir e descer, Jay me preenche com dificuldade, cada canto de meu corpo absorve o prazer que ele me proporciona. 

- Você é tão, tão gostosa. - Jay diz e volta a tombar a cabeça sobre meu ombro. - Merda como é possível ser tão apertada...

Suas mãos agarram minha bunda com força. É até um tanto dolorido já que Gray fez um ótimo trabalho anteriormente. Ele continua a me mover da forma como gosta... e eu admito, ele sabe o que faz. Minhas pernas já não conseguem se manter firmes a tempos o único apoio que tenho são seus ombros. Jay enlaça minha cintura com os braços e me puxa para o meio da cama se deitando na mesma.

- Quica em mim Jagiya... Me dê tudo o que tem... - Ele pede.

Como se algo se ascendesse dentro de mim, começo a rebolar sobre seu membro.  Suas mãos voltam para minha bunda me impulsionando contra seu pau. Me curvo sobre seu corpo e como ele pediu quico em seu membro.

- Caralho ____! Como você é gostosa... porra!

- Ah Jay... Ah... Não sei se aguento mais. - Falo quase em um sussurro. 

Busco por Gray com os olhos. Rapidamente ele se aproxima e Jay me coloca de quatro na cama. Agora com as posições invertidas quem está por trás é Jay enquanto novamente chupo Gray.

- Ahh... não para Jay! - Imploro.

Suas investidas aumentam e mais uma vez as sensações chegam. Coloco Gray em minha boca e com delicadeza ele segura meu rosto impulsionando seu membro para dentro de minha boca. Gray continua a entrar e sair assim como Jay, ambos estão no mesmo ritmo e após poucas investidas Gray goza, derramando seu líquido sobre o lençol da cama. Ele fica ajoelhado a minha frente ofegante e seguro em suas mãos.

- Eu quero sentir você gozar para mim  ____. - Jay sussurra em meu ouvido, o som de meu nome saindo de seus lábios me fez praticamente convulsionar em torno dele. Ele geme e enterra o rosto em meu pescoço, colocando beijos suaves de meu pescoço até minha orelha, seus dedos deslizam para baixo circundando meu clitóris. - Venha para mim Jagiya.

Eu podia me sentir se desconstruindo aos poucos, arqueei as costas e grito  quando meu orgasmo chega. Meu corpo treme e logo ouço Jay gemer meu nome depositando tudo o que tinha em mim, causando outro espasmo em meus  músculos que se fecham em torno dele, levando tudo o que eu tinho.

Ele caiu em cima de mim, uma confusão ofegante e suada. Meus olhos se fecham com força, aperto as mãos de Gray e me deixo desabar sobre a cama ao lado de dele que apoiado na cabeceira da cama ainda está ofegante e com um sorriso triunfante no rosto. Suas mãos acariciam minhas costas e logo Jay se levanta.

Sorrio, sentindo-me completamente esgotada e satisfeita. Os dedos de Jay passearam pelos meus cabelos, levantei a  cabeça para olhar para ele, seus olhos brilham em uma intensidade inimaginável. Olho para ele e Gray, não havia necessidade de palavras, eu podia ver claramente o amor que eles tem por mim.

Descanso minha cabeça sobre a cama, fecho os olhos, ofego e então começo a rir. Como a tempos não fazia.

- Acho que enlouqueci de vez. - Olho para Gray e seu sorriso aumenta.

- É a sua primeira vez não é? - Pergunta e aceno em positivo.

- Você e Jay...

- Não vamos falar sobre isso agora. - Ele pisca. E volta a acariciar minhas costas.

- Como está se sentindo? - Jay pergunta.

- Agora bem... já não posso garantir sobre amanhã.

- Tome um banho e lhe trago um comprimido... - Gray diz e com certa dificuldade me levanto. - Vai, nós cuidamos disso.

- Obrigado! - Eu o abraço. - Pelas flores, pelo vinho. Por tudo... eu nunca vou poder retribuir o que você significa para mim Gray. - Interrompo o abraço.

- Shhh. Não precisa agradecer! - Deixa um selinho em meus lábios. - Eu te adoro tanto!

- Deixem isso pra depois. - Jay se aproxima e coloca um roupão sobre meus ombros. - Venha para o banho e já já voltamos.

Jay liga a ducha e logo deixo a água morna escorrer em meu corpo, relaxando meus músculos.

- Acha que Gray ficou chateado? - Ele pergunta se sentando próximo ao box.

- Não sei... pensei que haviam planejado isso. - Falo.

- Dessa vez não! - Ele confessa.

- Mas acho que ele não se chateou. Eu ainda não sei o que pensar sobre isso... sem contar que Gray, ah... ele é incrível! Ele preparou vinho branco, as tulipas... eu nem se quer me lembrava de já ter mencionado essas coisas a ele! - Desligo a ducha.

- Sabe que ele gosta muito de ti, não é? - Jay pergunta envolvendo meu corpo com a toalha.

- Sei sim... sei que ambos gostam. - Sorrio e me aproximo dele. - Obrigada Jay. - O abraço.

- Se agradecer novamente eu vou pedir reembolso. - Brinca e me dá um selinho. - Sabe de uma coisa? - Pergunta e eu nego. - Nós formamos um ótimo trio. - Sorri.

   - Deixa de ser perverso! - Lhe acerto um tapa em seu braço. - Aish porque continuo a ouvir suas besteiras?

Volto para o quarto e Gray nos espera sentado à beira da cama. Ele me olha e me entrega um copo d'agua e um comprimido para dor. Tomo rapidamente e lhe agradeço com um selinho. É estranho beijar Jay e logo em seguida beija-lo... mas acho que posso me acostumar com a ideia.

Jay vai para o banho e eu reviro minha mala atrás de uma roupa para dormir. Visto uma camisa grande e me deito sobre a cama já arrumada.

- Vem cá. - Bato ao meu lado na cama. Gray se aproxima e se deita ao meu lado. - Você ficou chateado? Sabe... o Jay.

- Não! Talvez se fosse outra pessoa eu ficar, mas sei que Jay lhe quer tão bem quanto eu. - Ele acaricia meu rosto. - Não se preocupe Linda! Agora descanse... amanhã vamos fazer algo todos juntos. - Sorri. - Afinal ainda é seu aniversário. - Pisca e me dá um selinho. 

Fico deitada na cama, cansada de mais para fazer qualquer outra coisa. Jay sai do banho e logo Gray entra, depois ambos estão no quarto. Gray veste seu pijama e logo se deita ao meu lado, Jay se enrola um bocado e quando vem para cama está usando apenas uma calça de moletom.

Entre os dois devagarinho busco pelas mãos de ambos, Gray enlaça nossos dedos e leva minha mão para cima deixando um selinho na mesma.

- Durma bem Linda. - Sussurra. 

- Durma bem! - Me aproximo dele e beijo seus lábios.  Gray fecha os olhos e logo pega no sono.

- Jay? - Chamo.

- Hum?

- Achei que já estivesse dormindo.

- Quase. - Responde simples. - O que achou do seu aniversário?

 - Foi o melhor da minha vida. - Sorrio.

- Eu fico feliz. - Ele se deita de lado me olhando. - Agora descansa vai! - Passa a mão em meu rosto e me beija devagar. - Durma bem Jagiya.

Fico de costas para Jay que se encaixa em meu corpo e me faz leves carinhos. Gray dorme tranquilo ao meu lado, ainda de mãos dadas comigo.

Acordei com certa dificuldade e um tanto assustada devido ao toque do telefone do quarto. Com o devido cuidado me levanto deixando Gray e Jay espalhados sobre a cama. Dou um sorriso um tanto orgulhoso e antes que o toque se torne insuportável atendo ao telefone.

~ Alô? - Pergunto e escuto uma respiração tranquila do outro lado da linha... eu posso estar enlouquecendo mas me parece muito com a ligação de ontem à noite. - Quem é? - Pergunto. 
  ~ Querida... será que pode descer até o Hall do hotel para conversarmos? 

Minhas pernas travam e minha boca abre e fecha sem parar. E como em um passe de mágica, lágrimas surgem em meus olhos... é Ela.

~ Querida? - A escuto chamar...

~ O que quer aqui? Q-Quem lhe disse onde estava? Porque você veio? - Pergunto em um tom um tanto alto e antes que possa fazer algo Jay já está em pé ao meu lado e Gray se levanta as pressas da cama. - O que quer aqui... Vá embora. VÁ EMBORA! - Grito em desespero e deligo o telefone.

- ____, quem era? - Jay pergunta segurando em minhas mãos.

- E-era ela Jay... - Falo em um sussurro.

Jay imediatamente solta minhas mãos e começa a se vestir. Eu continuo sem reação a não ser deixar as lágrimas escorrerem por meu rosto. Gray se aproxima e sem entender nada me abraça.

- Não a deixe sair desse quarto! - Jay pede a Gray que mesmo sem saber o motivo disso tudo concorda.

- É e-ela Gray... - Me afasto dele. - Minha bolsa, você a viu? Eu preciso da minha bolsa Sunghwa.

- O que está acontecendo? E quem, quem é Ela? - Ele pergunta tentando me segurar.

- Quero minha bolsa... eu não posso ficar aqui... Gray... eu não, não posso. - Me sento a beira da cama e deixo meu choro vir.

Gray se ajoelha a minha frente e tenta segurar meu rosto.

- Me diz o que tá acontecendo pra eu poder te ajudar... porque o Jay saiu daquele jeito?

- Ela... aquela mulher, aquela maldita mulher é... minha Mãe. - Soluço.

- E o que tem ela? O que foi que ela te fez?  - Gray delicadamente limpa, em vão, as lágrimas que escorrem por meu rosto. - Me conta, o que tá acontecendo? - Pede. - Você não pode sair assim... me conta o que aconteceu, eu vou ficar aqui e te ouvir... não importa o que seja.

- Você deveria ficar longe de mim Gray... eu não mereço você, eu tenho mentido esse tempo todo...

- Não diga besteiras. Eu gosto de você... muito. Não importa, nada importa, eu só quero que você se acalme. Hum... quero que fique bem.

- Eu vou te dizer. - Respiro fundo e o encaro. - E depois se quiser ir embora eu não vou me surpreender. Eu só não quero que fique por pena... eu vou contar... não aguento mais guardar tudo isso Gray.

Respiro fundo e me sento a beira da cama.

"Eu era modelo quando jovem, foi uma carreira promissora, quase como uma em um milhão... Eu me lembro da felicidade que senti quando meus pais assinaram o contrato com a agência, também me lembro do primeiro trabalho, e da primeira viajem internacional! Era um sonho, minha família era tão miserável e eu tão inocente, para mim aquela era a chance de ter um futuro, de ajudar meus pais, de me ajudar. 
  Assim que comecei a ter mais contratos fui deixada por minha conta e risco, meus pais voltaram para o Brasil e conseguiram comprar uma casa própria e começar um pequeno negócio. Aquilo era tão bom, que eu nem mesmo me importava em não receber uma ligação se quer, ao menos, eles teriam onde morar e o que comer. Depois de um tempo eu nem se quer via mais o dinheiro que ganhava, segundo eles eu trabalhava para marcas famosas, mas era famosa de menos para ganhar um bom dinheiro... e okay, eu era só uma adolescente deslumbrada com tudo aquilo. 
   Eu morava com mais outras modelos em um apartamento de beco, elas todas saiam sempre, mas eu nunca sabia para onde, até ser convidada também.... foi horrível, era como estar em uma vitrine, onde as manequins éramos nós, todas nós, meninas jovens e iludidas com uma carreira internacional, negras, brancas, ruivas... mas lindas, e todos aqueles caras dariam tudo por alguns minutos com nós. Sim fomos... ao menos eu fui obrigada a fazer o tal "Book Rosa", eu não tinha escolha, mesmo sendo emancipada, eu não tinha para onde ir e meu inglês era o suficiente apenas para saber quando me xingavam de vadia. Eu me afastava e ficava com medo cada vez que era arrastada de um canto para outro dos luxuosos hotéis onde tudo ocorria. Sempre ganhava presentes... jóias, roupas, sapatos e perfumes de grife, mesmo que não fosse nem mesmo tocada, aqueles velhos imundos tentavam nos agradar de alguma forma. Um certo dia fui convidada por uma marca para fazer uma campanha e adivinha... era só mais um programa, uma festa, cheia de drogas e bebidas, eu fui dopada ou algo do tipo, mas me lembro de todas as imagens e sensações mesmo não tendo controle algum de meus movimentos e fala. No fim da noite eu estava jogada em um quarto qualquer, sem dinheiro, sem roupa e sem virgindade. Eu achei que iria morrer, mas a morte mesmo pareceu chegar quando fiz um teste de farmácia e descobri estar grávida. 
    Nunca senti tanto medo na minha vida, eu tinha só dezessete anos, me lembro de todas as vezes que liguei para meus pais e fui completamente ignorada, eu não podia contar as minhas "amigas" e nem mesmo a minha manager, já que a própria é quem vendia as garotas. Eu chorei durante vários dias, os sintomas começaram a se tornarem mais evidentes,  e eu tentei até mesmo tomar remédios e chás para aborto, mas eu não tive coragem de ir até o fim, fui descoberta no quarto mês de gravidez. Foi marcada uma reunião com a agência e o maldito cara que abusou de mim, no fim eu perdi meu contrato e meu filho. 
    Apanhei como nunca achei que fosse possível, fui xingada e acusada de mentir, de armar... trancada em uma sala de reuniões eu apanhei até desmaiar e quando acordei eu não tinha mais dignidade, nem condições mentais para mais nada, fiquei machucada e largada por dias, até que uma das garotas me encontrou e me levou até uma igreja onde umas irmãs cuidaram de mim... fui medicada, alimentada... e perdoada por algo que nem se quer tinha culpa. Sofri um aborto por causa da surra,e me convenci de que matei, meu próprio filho... por conta dos dias que fiquei ferida sofri uma grave infecção no útero, que atingiu minhas trompas me impossibilitando de engravidar naturalmente. Fiquei até os dezoito anos com as irmãs no converto, mas só até conseguir um pouco de dinheiro e comprar uma passagem para o lugar mais longe onde meu dinheiro me permitia, Seattle. 
   Devido aos trâmites da agência eu não tive problema algum quanto o visto, o único problema era arrumar um emprego, ter o que comer, onde morar... vaguei por vários dias, só com uma bolsa com poucas roupas, documentos e um pouco menos de vinte dólares para comer. Até ler um anúncio onde ofertavam emprego em um restaurante.
    Foi onde conheci a família de Jay, sua mãe me deu emprego, e me ofereceu abrigo, ela era a única pessoa que tinha para me ajudar. 
   Um certo dia consegui contatar minha família, mas foi tão horrível que me arrependo até hoje. Minha mãe sabia de tudo e recibia todo o dinheiro dos encontros e trabalho. 
  Eu estava sem chão, sem vida, então contei tudo a única pessoa que me parecia boa no mundo, a mãe de Jay, me tornei muito próxima a ela e com o tempo ao restante da família, seu esposo e seu filho Jehan... mas só até Jay voltar para Seattle. Quando nos conhecermos foi péssimo, Jay estava passando por um momento ruim, praticamente no fundo do poço, com a carreira arruinada, e com uma terrível depressão. Eu me sentia uma intrusa, era como se estivesse roubando o lugar dele na família, nós brigamos muito no início, depois passei a dormir nos fundos do trabalho. Até que um belo dia Jay e eu nos demos bem, como mágica! Nos tornamos tão próximos. Ele era, é, meu porto seguro, sem ele e a família dele eu não seria nada. 
   Com o tempo Jay saiu da depressão e me ajudou a ver toda essa situação com outros olhos, me salvou de alguma forma... Jay me fez voltar a me interessar pela vida, e juntos, Eu e Jay nos reerguemos... depois de um tempo consegui terminar minha faculdade, alugar um apartamento, ter uma vida por conta própria. Até que Jay alavancou novamente e me convidou a vir com ele para a Coréia..."

Eu prometi que não choraria mais por isso, que não deixaria mais isso me abalar. Mas quando olho para Gray e vejo sua cara de espanto, choque, talvez pena, vejo seus olhos repletos de lágrimas... eu mesma não aguento e choro. Minhas lágrimas escorrem por meu rosto, eu sempre tive medo de contar isso, de as pessoas me apedrejarem, me julgarem de alguma forma, sentirem nojo de mim!

Comecei a entrar em pânico e tremer quando Gray se levantou da cama e começou a andar pelo quarto, eu podia ouvir até mesmo a respiração dele. Ele voltou até a cama e me encarou, deixando uma solitária lágrima escorrer por seu rosto. Devagar, com receio até, ele segurou minha mão, em um aperto tão forte que achei que fosse me machucar... e então me puxou para um abraço.

Foi tão inesperado, surpreendente. 

Os braços dele me apertavam e me protegiam, eu não consegui parar de chorar, encolhida entre os braços dele eu pudia ouvir seu coração bater tão alto.

- Eu sei... eu sei. - Ele sussura. - Mas porque não disse antes? Porque ficou aguentando sozinha? - Pergunta.

Eu não consigo nem mesmo responder, demoro até diminuir o choro. Gray me oferece um copo d'agua e seu colo novamente.

- Eu sempre tive medo... de ser julgada, de ser tratada como uma vadia... - Falo baixinho. - Sempre foi difícil, pode não parecer, mas a cada dia que passava eu me culpava mais... me destruía aos poucos... eu tentei ser forte mas...

- Você conseguiu! - Ele me interrompe. - Conseguiu! Não só eu, todos sabemos o quão forte você é minha pequena! - Diz apertando o abraço e por fim beijando meus cabelos.

- Tive tanto medo de me envolver com alguém... eu sempre achei que todos os caras eram como aqueles... - Me afasto dele. - Quando você e...

- Pra mim você não é só sexo, não é só um fetiche, um corpo... - Me interrompe. - Eu vejo cada detalhe em você como uma graça! Você é tão preciosa que eu até mesmo aceitei o fato de te ter pela metade, desde de que eu tivesse apenas um pouco era o suficiente, já que para mim... cada pouquinho que recebia moldavam a grandeza do que eu sinto por você... 

E novamente eu estou chorando.

- Sunghwa... E-Eu não mereço isso! Não mereço seu carinho, nada. Eu não mereço nada disso! - Me levanto da cama.

Começo a vestir minhas roupas mas logo ele me impede segurando meu pulso com força.

- O que está fazendo? - Pergunta.

- Me desculpa. - Peço baixinho.

- Por favor ____, você não tem, não deve desculpas a ninguém. - Solta meu pulso. - Olha pra mim. - Pede. - Olha pra mim ____. - Levemente levanta meu rosto até nossos olhares se cruzarem. - Eu quero ficar com você. - Sussurra.

- Porque? Porque tem pena? - Pergunto.

Com o polegar Gray acaricia meu lábio trêmulo devagar. Aos poucos o olhar preocupado dele exibe um sorriso singelo. Com a outra mão ele segura meu rosto e encosta a testa dele a minha.

- Porque eu te amo!

Instantaneamente fecho meus olhos com força, sentindo o efeito das palavras. Abro os olhos e o observo tão perto de mim. Seu nariz roçado no meu, as mãos firmes segurando meu rosto... 

- S-Sunghwa...

- Shhhh... não precisa. - Ele sorri. - Me desculpe se ontem à noite você se sentiu mal por algum motivo.  Eu só quero que saiba que é isso que eu sinto, independente de qualquer coisa. - Sussura enquanto seus lábios roçam levemente os meus. - Desde que eu a vi... você se tornou muito para mim. Eu não quero que você me jure amor eterno ____. Eu quero apenas que aceite o que eu tenho pra lhe dar... 
 


Notas Finais


Tannnnna
A continuação tá quase prontinho...
Não sei vocês mas eu sinto falta do Simon nesse sururu... ou seja, próximo capítulo vai ter a princesa Simone sim!

Mais uma vez desculpem a demora, mesmo ;-;

Bom desculpem também o capítulo grande.
Caso queram dizer algo vejo vocês nos comentários, e se por um acaso quiserem me perguntar algo, sla, conversar podem me mandar mensagem ou me chamar lá no IG (unnie_cornio) vou adorar bater um papo com vocês.

Bom como já disse tenho uma fic com a AOMG (Jay) iniciada e mais uns one shots, se tiverem interesse ou pedido podem me dizer!

Desculpe novamente, espero que gostem <3


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