1. Spirit Fanfics >
  2. Dangerous >
  3. Vamos jogar

História Dangerous - Vamos jogar


Escrita por: Analua_maloa

Capítulo 8 - Vamos jogar


Fanfic / Fanfiction Dangerous - Vamos jogar

Os olhos azuis se fixaram nos meus e o sorriso sarcástico no canto dos lábio surgiu logo. Meu coração acelerava mais a cada segundo, senti meu corpo todo estremecer e o ar ir me abandonando aos poucos. Não conseguia acreditar na figura a minha frente, só podia ser um sonho. Tinha que ser! 

- Surpresa, Lune? - disse em seu tom debochado, enfim me colocando de pé. 

- O que faz aqui? - perguntei ríspida e ele sorriu mais abertamente

- Vocês se conhecem? - Perguntou Henri se colocando ao meu lado.

- Claro, de longa data. Coincidência nos encontrarmos aqui, não acha? - Andy perguntou com sarcasmo carregado. Senti meu sangue ferver por tamanha cara de pau, balancei a cabeça rapidamente e me virei para Henri. 

- Henri, pode procurar a Becca pra mim ? - pedi calma e ele assentiu virando-se em seguida e indo em direção á saída do corredor. Quando o perdi de vista, virei-me para Andy que me olhava com seu sorriso cínico nos lábios. 

- Não mereço um abraço? um "estava com saudades meu amor"? - disse se aproximando de mim

- O que veio fazer aqui? Como descobriu que eu estava aqui? - perguntei me afastando 

- Sinceramente, achei que você fosse mais esperta. Fugir pra cá não foi nada inteligente da sua parte. - respondeu como se fosse algo obvio 

- Eu não fugi, fui obrigada a vir. - revirei os olhos e em fração de segundos fui pressionada contra a parede com força, soltei um gemido de dor quando senti os choque em minhas costas. 

- Não revire os olhos para mim! - rosnou me apertando mais contra a parede. Ele sempre odiou isso. 

- Vá embora! - rosnei e ele riu

- Me dê o que é meu e eu posso pensar no seu caso - sussurrou aproximando os lábios dos meus e descendo as mãos que antes seguravam meus ombros até minha cintura, apertou-a e colocou seu corpo ao meu me fazer suspirar involuntariamente. 

Sentir o calor de seu corpo, juntamente com o cheiro amadeirado que ele transmitia me fazia sentir o sabor da nostalgia se misturar com a saudade. Respirei fundo e aproximei meus lábios dos seus, fechei os olhos e sussurrei. 

- Não tem nada seu comigo - sorri o contrariando e ele me empurrou de volta a parede, que apesar da pouca distancia ainda me causou uma pequena dor. 

- Não brinque comigo, já tive muita paciência com você. - disse encarando meus olhos, eu via o ódio transbordar por suas pupilas. 

- Tudo bem, é o esqueiro que você quer para ir embora? Te darei e você me deixará em paz. - disse por fim me dando por vencida.

- claro, ele também. - disse abaixando e levando os lábios até meu pescoço fazendo-me arrepiar 

- Como também? Não tenho mais nada além dele que pertença a você! - bradei e ele riu. Sua risada era gostosa de se ouvir, mas me dava um certo medo. 

- Acho que você já se esqueceu - sussurrou e eu arqueei uma sobrancelha em confusão, ele continuou - você também me pertence, Lune!

- Eu não pertenço a você! - disse o empurrando e indo em direção ao meu quarto, mas antes que eu pudesse chegar a porta, senti os braços fortes rodearem minha cintura e me virarem com brutalidade. Ele subiu uma das mãos até meus cabelos, entrelaçando os dedos ali e puxando com certa força. Com a outra mão pousada em minha cintura, colou nossos corpos e antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, colou seus lábios nos meus iniciando um beijo calmo e intenso que eu logo retribui. 

Era inevitável, eu não conseguia resistir. A saudade que eu sentia daquele calor e do gosto de vodca misturado com maconha me corrompia e me impedia de raciocinar. 

Ele deslizava a língua na minha e as entrelaçava em perfeita sincronia. Mordi seu lábio inferior e ele foi cessando o beijo com selinhos calmos. Suspirei ainda de olhos fechados e ao abri-los vi o sorriso de canto dançando em seus lábios. 

- Se não me pertence, por que seu corpo diz o contrário? - sussurrou passando o polegar em meu rosto e rindo baixo em seguida. Foi como um soco no estomago. Ele só estava me provando que eu era seu brinquedo, que eu dançava conforme a sua música. Balancei a cabeça e o empurrei brutalmente. Se ele queria jogar, eu o mostraria que também sou jogadora. 

- Não devolverei nada, ache-o se conseguir! - sorri cínica e ele fechou o sorriso. 

- Acho que já se esqueceu como as coisas funcionam. - 

- Acho que você não entendeu... Não sou peça do seu jogo, não pertenço a você e é melhor se acostumar a viver sem o seu objeto querido. - Me virei para abrir a porta e senti ele se aproximar, não me tocou, apenas aproximou o lábios do meu ouvido. 

- Você acaba de desafiar o próprio diabo. Que vença o melhor, Lune - ele sussurrou entre risos, me fazendo estremecer e saiu andando lentamente pelo corredor, entrando em um quarto a três portas a frente. Só podia ser brincadeira! 

Entrei no meu quarto encontrando Becca deitada em sua cama. Bati a porta a fazendo saltar da com o canivete na mão.

- Quer me matar, porra? - disse abaixando a guarda e colocando a mão sobre o peito.

- Ta devendo? - ri de seu susto e fui até minha cama.

- Claro que não - bufou - Se perdeu no caminho foi?

- Quem me dera. - sussurrei colocando o travesseiro em meu rosto. 

- O que houve? - perguntou vindo até a minha cama-  Bom, depois você me conta. Preciso dizer que vi os novatos, puta que pariu, que delicia! - disse em tom malicioso e eu revirei os olhos

- Não tem nada de mais neles, ta legal? - resmunguei e ela fez careta. 

- Como não? Um parece anjo, todo tatuado e de olhos azuis e o outro um gostosão forte bronzeado. Só de lembrar me dá calor. - ela se auto abanou. 

- Anjo? Acredite, ele é tudo, menos um anjo...- sussurrei mas ele ouviu

- Os conhece?

- Digamos que mais do que gostaria... - disse por fim e me virei cobrindo todo o corpo. 

- Ei, hoje é sábado. Vamos aproveitar e ir para a piscina. - me cutucou e se levantou e só então percebi que ela estava de biquíni e saída de banho. 

- Pode ir na frente, aproveita e vá atrás do Henri, o pedi para te procurar. 

- Tudo bem, você tem meia hora ou eu volto pra te buscar - Ela disse em tom ameaçador e saiu batendo a porta. Uma ameaça a mais, uma a menos, não faz diferença mais.

Respirei fundo e abri a gaveta do criado mudo que havia do lado da minha cama, peguei o esqueiro e a caixinha de música. Ao abri-la, ouvi a voz de minha mãe soar. Sorri de canto enquanto passava o dedo sobre as inciais gravadas na prata do esqueiro. Eu estava entrando em um labirinto sem volta. Não era mais só sobre um esqueiro ou sobre o ego... Eu deixaria de pertencer a ele, eu mostraria que era tão boa jogadora quanto ele. 


Notas Finais


Olha quem voltou, Andy delicia!
Aí como eu amo esse homem! hahaha
até mais


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...