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História Dangerous Attraction - I2.38I Do Zero


Escrita por: findHenrique

Notas do Autor


Olá, como estão?
Gente, a fic vai acabar no capítulo 40!
Espero que gostem!

Capítulo 78 - I2.38I Do Zero


Fanfic / Fanfiction Dangerous Attraction - I2.38I Do Zero

(Pov Gustavo)

Quando Gustavo disse aquelas palavras, Lucas começou a chorar histericamente e a chacoalhar T3ddy com força. A visão de Gustavo começou a se embaçar e ele logo se pôs a chorar também. 

- Eu estou ligando pra ambulância. – Diz Carminha em pé atrás deles, com o celular no ouvido e com os olhos marejados.

- T3ddy! – Lucas gritou e o chacoalhou com violência. – Acorda!

- Lucas! – Gustavo passou o braço pelo peito do amigo e o afastou levemente para trás.

- Ele não pode morrer! – Lucas disse com voz embargada.

- Eu também não queria que isso acontecesse. – Gustavo sussurra em meio as lagrimas.

- Eu ainda amo ele. – Lagrimas continuam jorrando dos olhos de Lucas e ele suspira fundo, incapaz de aceitar o ocorrido.

- Eu sinto muito. – Gustavo puxa-o para si e aninha Lucas em seus braços. Lucas descansa a cabeça em seu peito e pousa a mão sobre o braço do amigo.

- A ambulância está a caminho. – Carminha avisa.

Minutos depois, uma ambulância para no meio-fio ao lado da calçada ligada a praia. Dois homens descem da cabine e vão para trás do veículo. Abrem o “bagageiro” e tiram de lá uma maca dobrada. Um dos homens avança dando uma pequena corridinha em direção a Lucas e aos outros e o outro homem avança logo atrás carregando a maca, um pouco mais lento.

- O que aconteceu? – O homem pergunta olhando para Carminha.

Carminha estava com os olhos marejados e com a garganta embargada, então apenas indicou com a cabeça. O homem se virou e viu T3ddy caído no chão, foi até lá e se agachou ao lado dele. Ele verifica os olhos, a boca e depois os pulsos cortados e ensangüentados de T3ddy.

- Vocês sabem por que ele fez isso?

- Não. – Lucas responde secando as lágrimas.

O outro homem alcança-os e abre a maca sobre a areia ao lado de T3ddy.

O homem agachado ao lado de T3ddy levanta o braço dele e verifica com olhos preocupados os cortes nos pulsos.

- Ele perdeu muito sangue, mas ainda está respirando.

- Ele tá respirando? – Pergunta Lucas surpreso e ao mesmo tempo feliz.

- Sim, mas a respiração está bastante fraca. – O homem responde. – Isso por conta da perda de sangue e dá queda da pressão, consequentemente. Temos que levá-lo ao hospital antes que piore. - Ele se levanta e com a ajuda do outro homem, coloca T3ddy sobre a maca. - Precisamos agir rápido se quisermos salvá-lo. – Diz e começa a empurrar a maca em direção a ambulância.

- Tudo bem, a gente tem carro para ir pro hospital. – Carminha diz.

Com os olhos inchados e vermelhos, Lucas olha para Gustavo e sorri cheio de esperança. O amigo retribui o sorriso, compartilhando da mesma esperança e o abraça outra vez.

*****

Já no hospital, Carminha e Lucas se sentam em cadeiras na sala de espera enquanto Gustavo vai até a recepção procurar noticias sobre T3ddy. A recepcionista informou que T3ddy havia dado entrada à poucos minutos no hospital e que agora estava recebendo os cuidados necessários, e pediu para que Gustavo aguardasse na sala de espera. Ele acatou e assim que chegou informou Lucas e Carminha sobre o que a recepcionista tinha lhe dito.

Sentou-se ao lado de Lucas e suspirou ansioso. Ficaram em silêncio, aguardando por notícias. Os minutos pareciam uma eternidade, o que os deixava ainda mais ansiosos. Lentamente, os três acabaram pegando no sono e dormiram ali mesmo naquelas cadeiras.

Quando Gustavo acordou, semicerrou os olhos e sentiu os primeiros raios da manhã no rosto. Ajeitou-se na cadeira e sentiu uma dor nas costas horrível. Havia dormido de muito mau jeito, e se sentia ainda mais cansado do que antes. Inclinou o corpo para frente e pousou os ombros sobre as coxas. Bocejou e enquanto suas funções acordavam completamente, Lucas e Carminha logo acordaram também, e pareciam tão doloridos e cansados quanto ele, e Lucas ainda ostentava os olhos vermelhos e inchados.

- A gente dormiu a noite toda? – Lucas pergunta fazendo uma careta e massageando o pescoço.

- Pelo visto, sim. – Gustavo responde.

Lucas olha para os lados, mas não vê ninguém.

- Como será que o T3ddy está? Por que será que não acordaram a gente?

- Não sei.

A recepcionista surge no fim do corredor e avança até eles com passos apressados e um sorriso no rosto.

- Bom dia! O T3ddy já está bem e está acordado, vocês podem ver ele, mas apenas um de cada vez.

Lucas sorri e se levanta.

- Eu vou.

*****

Lucas abriu a porta lentamente e entrou sem fazer barulho. T3ddy estava sentado na cama, seu rosto estava pálido e ele observava atentamente algo em seu braço enquanto cutucava a região. Seus pulsos estavam enfaixados e ele usava roupa de hospital. Há duas bolsas de sangue em um aparelho ao lado da cama e delas saem um tubo transparente com a outra ponta presa no ombro de T3ddy.

- Oi. – Lucas diz contendo um sorriso.

T3ddy levanta o olhar e olha para ele. Assim que vê que é Lucas, desvia o olhar para a janela.

- Oi.

- Como você está? – Lucas pergunta se aproximando da cama.

- Bem eu acho. – Responde parecendo incomodado com a aproximação.

Lucas se senta na cadeira ao lado da cama.

- T3ddy, por que você não olha pra mim?

- Por que eu estou com vergonha.

- Vergonha do que? – Lucas coloca a mão sobre a de T3ddy que está sobre a cama.

Ele se vira e fita Lucas com seus olhos cansados. – Olha pra mim, eu sou um lixo, totalmente decadente.

- T3ddy para, você sabe que não é essas coisas. – Lucas diz.

- Eu só sirvo para atrapalhar a vida das pessoas. – T3ddy afasta a mão de Lucas. – E eu magoei você de novo, desculpa.

- Olha, se você é um lixo, é o lixo que eu mais gosto no mundo. – Lucas diz e T3ddy exibe um sorriso rápido e tímido. – T3ddy, eu ainda amo você.

Os olhos de Lucas começaram a ficar marejados e T3ddy continua com o rosto virado, sem olhá-lo.

- Eu amo quando você mexe no meu cabelo. Eu sinto como se pudéssemos nos entender por meio do contato da sua mão e do meu cabelo. - Lucas diz. - Eu amo a sua voz. Só de ouvir você dizer alguma coisa, eu já sinto calor no meu coração. Eu amo os seus olhos. Normalmente, eles parecerem sérios, mas quando você está contando algo engraçado ou prestando atenção no que eu digo, eu amo como eles amolecem. Eu amo os seus dedos. Para alguém tão durão, você tem dedos lindos. Mas quando eu toco neles, eu sei que eles são os dedos fortes de um homem. Eu amo o seu jeito de andar. Quando andamos juntos, eu amo o jeito com que você se vira para ver se eu estou te acompanhando.

- Pare... – T3ddy diz com a voz embargada.

- Eu amo a sua aparência quando você dorme. Você parece indefeso, como uma criança e os seus cílios são longos. Quando eu toco suas bochechas, você se acalma... Eu te amo.

T3ddy vira o rosto para ele, revelando lágrimas, e Lucas pode ouvir o equipamento que mede os batimentos cardíacos começar a apitar mais rapidamente.

- Por que? – T3ddy pergunta com voz tremula.

- Quando você disse que era um lixo, isso me deu vontade de te dizer todas as coisas maravilhosas que eu vejo em você.

- Isso é mentira! Você não me conhece! – T3ddy diz em tom duro e ainda em lágrimas. – Eu me conheço melhor do que ninguém!

- Mas você só conhece a si mesmo! – Lucas responde em tom ríspido e começa a tremer os ombros, chorando. – O quanto você conhece do T3ddy que eu conheço?!

T3ddy se surpreende com a resposta.

- Por que você... me ama tanto assim? – Pergunta com voz tremula. – Eu sou fraco e insignificante, e tudo o que sei fazer é fugir! Então, porque?

- Por que você é o amor da minha vida, T3ddy. – Lucas responde secando as lagrimas. – Quando o Rafael me seqüestrou e me colocou naquele prédio, eu estava com tanto medo que fiquei sem reação, mas você me salvou. A segunda vez que ele me seqüestrou e me levou pra longe, você me salvou novamente e me trouxe de volta para seus braços T3ddy. Você me salvou de todas as formas que uma pessoa pode ser salva. É por isso que eu acredito. Quando ninguém mais no mundo acreditar em você, quando você mesmo não acreditar em si mesmo, eu vou acreditar!

T3ddy o olhou surpreso e começou a chorar compulsivamente.

- Se você não consegue se perdoar pelo o que você fez no passado, esqueça isso, e vamos recomeçar, começar tudo de novo. – Lucas diz e segura à mão quente de T3ddy. – Vamos começar daqui, do começo, do zero.

T3ddy limpou as lágrimas com as costas da mão e sorriu tímido para Lucas.

- Se for muito difícil para você andar sozinho, eu vou te segurar. Enquanto andamos, nós dividiremos o fardo e nos apoiaremos.

- Você faria isso por mim? – T3ddy pergunta.

- Não tem nada que eu não faça por você.

Os dois sorriem em meio às lagrimas e Lucas avança. T3ddy põe a mão na nuca dele e o puxa para si, beijando-o.


Notas Finais


:c


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