História Dangerous fellows - LOONA - Revelações e mais acusações

 

Na manhã seguinte, Jinsol, Sooyoung e Jungeun se reuniram na frente das escadas depois de terminarem suas rondas matinais como haviam combinado.

- As rondas de vocês correram bem?

- De boa, tudo tranquilo.

 

Mas não tinha sido uma manhã tranquila para mim.

 

 

- Kahei unnie, por que está saindo da sala da Jungeun? – Hyeju perguntou assim que as viu sair juntas de lá.

- Ah, bem… Não é nada.

- O que foi? Vocês duas estavam planejando um massacre ou algo assim? – insinuou Heejin – Tenha cuidado, unnie, é capaz de você se tornar a próxima Jiwoo sem ao menos perceber.

- Pare com isso. – a mais velha pediu – Eu só queria saber mais sobre ela por conta própria.

 

Pelo visto o nome dela foi parar na lista negra de Heejin logo abaixo do meu.

Kahei parecia bem irritada com o comportamento dela,

Porém sorriu quando me pegou olhando pra si.

Minhas respostas na noite anterior surtiram efeito nela?

 

 

- Que pena que não pudemos trazer as lanternas. – essa fala de Sooyoung trouxe Jungeun de volta ao presente.

- Já que estamos fazendo isto por conta própria não deveríamos gastar os recursos do grupo, mesmo que seja em prol de todas. – disse Jinsol.

- Acho que temos sorte de as luzes estarem funcionando lá em baixo.

- Sim, apesar de que é algo bem estranho. – finalmente entrou na conversa.

- Vamos logo.

- Com cuidado, hm? – a de cabelos azuis olhou séria para as duas, mais para a Kim, e então desceram as escadas que davam ao porão com o máximo de atenção.

 

Senti que algo não estava certo.

 

- As luzes estão apagadas.

- Você não apagou quando saiu?

- Não, deixei-as acesas quando voltei. Nem pensei na hora.

- É uma evidência de que outra pessoa passou aqui.

- Deve se preocupar com a conta da luz. – brincou Sooyoung e ao ver a cara das outras arrependeu-se – Má hora? Ok, vou me calar.

Jungeun andou lentamente até onde previamente encontrou o interruptor de luz e o ligou novamente. Bastou um toque e pronto, o porão ficou iluminado.

- Funciona mesmo! – a morena que falou que se ia calar arregalou os olhos surpresa.

- Eu disse.

- Não é que não tenha acreditado em você, é que isso é bem louco.

- Shhh. – Jinsol colocou o dedo à frente dos lábios, aquele não era o lugar mais indicado pra conversar descontraidamente daquela maneira.

Andaram mais um pouco, as caixas que a Kim havia derrubado estavam agora perfeitamente organizadas.

- …Foi aqui onde achei o grampo.

A mais velha das três foi até à pilha de caixas e abriu a tampa de uma delas para dar uma examinada, mas parecia que não tinha nada de especial dentro.

- Aparentemente tem algumas salas para checarmos aqui. – Jinsol falou sem tirar os olhos das portas de um lado e do outro do porão com receio que algo (alguém) saísse de lá de repente e lhes fizesse mal.

Se dividiram para tentar abrir as portas. Já que eram três não demorou pra verificar tudo e o mais importante era que estava muito menos assustador, contudo…

- Eu não fazia ideia de que todas estariam trancadas.

- Quem foi que fez isto, na moral? – Sooyoung estava zangada – Tá na cara que alguém esteve aqui, mas por que estão todas trancadas? É suspeito demais…

- Ainda não olhámos naquele canto ali, vamos até lá?

No momento em que Jungeun ia responder Jinsol, o porão inteiro ficou escuro.

 

As luzes pararam de funcionar ou será que…

Um ruido muito estranho acabou com o silêncio.

Uma voz na minha cabeça calmamente me dizia pra sair correndo.

 

- Corram! – desataram a correr sem olhar pra trás, não veriam nada mesmo se quisessem uma vez que estava escuro demais para tal.

Por sorte o corredor do porão era bem reto e a pessoa que o estava usando tinha organizado as caixas que Jungeun fez cair no dia anterior então bastava correr em linha reta, todavia o pé da mais nova prendeu em alguma coisa e ela perdeu o equilíbrio.

 

Por que estas coisas têm de acontecer sempre a mim?

 

Já que ia cair não importa o que fizesse, decidiu rolar para a direita se lembrando do que Sooyoung falou sobre estar sempre à sua direita e que se estivesse em perigo para se jogar pra lá. Ouviu alguma coisa cair exatamente onde estava há poucos segundos e sentiu alguém se aproximar de si.

- Sou eu. – Sooyoung sussurrou.

 

Jamais imaginei que ficaria aliviada ao ouvir a voz dela baixinho no meu ouvido.

 

De repente sentiu um calor nas costas e atrás das pernas, quase deu um grito ao sentir que estava sendo agarrada.

- Quieta! – era apenas a morena que começou a correr em direção à saída a carregando estilo princesa. Em pouco tempo chegaram ao topo da escadaria – Acho que estamos seguras aqui.

- Você pode..me colocar no chão agora.

- Com todo o gosto. – a largou no mesmo instante e a loira bateu com a bunda no chão – Você tinha que cair naquela hora, né? Que bom que rolou para o meu lado. – se apoiou nos próprios joelhos – Tô exausta.

- Não precisava ter me carregado.

- Era pra ter feito o que? Deixar você lá?

- Não, mas..esqueça, obrigada. Aquilo foi tão assustador.

- Sim, eu não esperava que as luzes fossem se apagar daquele jeito.

- Acha que a Jinsol está bem? – a coreana não estava ali, teria ficado pra trás?

- Claro. Ela só..está atrasada, eu diria. Se ela não vier logo, a gente volta lá, tá?

 

Jinsol apareceu depois de uns minutos com uma expressão exausta e ofegante.

 

- Onde esteve este tempo todo?! – perguntou-lhe Sooyoung – Estávamos pra ir procurar você.

- Foi mal, eu estava escondida pra ver se conseguia ver quem era o sujeito que acabámos provocando.

- E?

- Foi para o outro prédio assim que achou que tínhamos todas fugido, não deu pra ver nada por ainda estar escuro.

- Que bom que pelo menos conseguiu sair sem ser pega.

- Fico feliz que esteja bem. – Jungeun se sentiria culpada se lhe tivesse acontecido alguma coisa, afinal só foram lá por sua causa.

- Que pena que não conseguimos obter nada.

- O que interessa é que ainda estamos vivas. – Sooyoung se alongou, sentir um pouquinho de dor confirmava isso – Podemos voltar a tentar.

- Não sei se encontraremos pista alguma.. – a Kim estava perdendo a esperança, parecia que aquela pessoa sempre estava um passo à sua frente.

- Mesmo se acharmos alguma coisa, não vai ser fácil de provar. – sabiam disso, Jinsol não disse nenhuma novidade – E a gente também não tem ideia…sabem…de como o suspeito iria reagir se a gente o colocasse na parede.

- Bom, voltámos completamente de mãos vazias. Acho que a gente pode só mostrar o grampo que Jungeun achou.

- Mas isso não causaria confusão em todas?

- E temos outra escolha?

 

Sooyoung estava certa,

Nossa ida ao porão acabou falhando e não tinha mais nada a ser feito.

 

- Jungeun, o que você acha?

- Eu concordo com Sooyoung.

- Tá bem então. Vamos descansar primeiro, revelamos o grampo na reunião antes do jantar.

- Ok, sejam cuidadosas.

- Até mais.

Voltaram para suas salas, uma de cada vez para não ser óbvio que estavam juntas.

 

(…)

 

Ficar deitada em sua sala apenas olhando para o teto fez Jungeun se sentir sonolenta, todavia ela ainda tinha dificuldade pra dormir. Não dormia direito há dois dias.

Tinha um tempinho sobrando para o início da reunião, mas resolveu ficar esperando na sala 1-C, por isso levantou-se e dirigiu-se à porta. O corredor estava quieto.

- Oi. – encontrou Hyeju na sala de aula.

- Oi, Jungeun, Haseul estava procurando por você.

 

Por que ela queria me ver?

 

Decidiu ir ter com ela antes que a líder ficasse muito ocupada preparando a reunião.

- Sabe onde ela está?

- Deve estar no armazém verificando o estoque de comida.

- Certo, vou passar lá e ver o que quer. 

Saiu daquela sala e foi para a que fazia de armazém, bateu na porta antes de entrar.

- Oh, Jungeun, o que está fazendo aqui?

- Me disseram que você estava procurando por mim.

 

Hyunjin pegava algo lá no fundo da sala, ela parou e me olhou.

 

- Oi, Hyunjin. – a garota somente acenou com a cabeça em resposta.

- Não era nada importante. Onde você esteve? Comecei a ficar preocupada.

 

Ao ouvir isso, e principalmente por ela ser a líder, achei que devesse contar,

Mas eu havia prometido a Jinsol e Sooyoung que iria manter em segredo.

 

- Eu só estava andando por aí. A gente deve ter se desencontrado.

- Ah, é?

 

Ouvi alguém chegar atrás de mim na sala.

 

- Jungeun está aqui também?

- Sim, ela veio falar comigo.

- É, eu vim. E você, Jinsol? O que está fazendo aqui?

- É a minha vez de preparar a janta.

- Quer ajuda? – a loira prontamente arregaçou as mangas.

Ela achava que só precisava trazer suprimentos para a escola, no entanto cada item precisava ser estritamente examinado com o objetivo de ver se havia contaminação e também para dividir de forma igual para todas.

- Vocês passaram o dia inteiro fazendo isso?

- Todas arriscaram suas vidas para conseguir estes alimentos, é o mínimo que podemos fazer. – respondeu Haseul – Ah, Jinsol, pode pegar os biscoitos aí? – apontou para as caixas perto da porta.

- Claro.

 

Do nada tive um mau pressentimento.

 

No momento em que Jungeun pensou ter ouvido alguma coisa quebrando, lançou o olhar para cima da cabeça de Jinsol. Uma estrutura de madeira bem grande estava prestes a cair.

 

Eu devo ter usado alguma força sobre-humana,

Pois consegui empurrá-la para fora de perigo a tempo.

 

A estrutura caiu bem atrás delas onde a de cabelos azuis estava antes.

- Vocês estão bem?! – Haseul e Hyunjin correram para as ajudar a levantar. Jungeun estava em cima da mais velha, seus rostos estavam muito perto um do outro.

- E-E-Estou bem sim. – a loira levantou-se sozinha mesmo.

- Isso poderia ter terminado muito mal. – a líder olhou o amontoado de madeira no chão – Como que caiu desta maneira?

- Bom trabalho.

 

Hyunjin estava me elogiando por ter salvo Jinsol..?

Por falar nela, parecia ter ficado em estado de choque.

Nossos olhares se encontraram e meu coração acelerou.

 

- O-Obrigada.. Está mesmo tudo bem? Não se machucou? – perguntou preocupada.

- Não, tô bem e você?

- Eu também graças-

- Não, espere. – Haseul cortou-a apontando para a parte de trás da perna esquerda da mais nova – Receio que esteja ferida, Jungeun.

- O que? – a loira subitamente sentiu sua panturrilha ardendo. Ajeitou sua calça e viu sangue saindo de onde devia ter recebido a pancada.

- Tem um kit de primeiros socorros por aqui. – num instante Hyunjin foi buscá-lo e o deixou com Haseul que observou a ferida e a tratou com uma pomada antibiótica antes de enfaixá-la com uma atadura.

- Eu sabia que o prédio era velho, mas não esperava isto. Acho que devemos mudar o armazém para outra sala. Entretanto vamos pegar as coisas que precisamos e sair daqui.

- Não me parece que isso seja possível. – todas olharam para onde Jinsol estava olhando. A estrutura que foi ao chão estava bloqueando a porta.  

 

Fizemos algumas tentativas para levantá-la, mas não estávamos conseguindo.

 

- Não é atoa que caiu, é bastante pesada. – o comentário de Hyunjin fez a coreana de cabelos tingidos de azul querer agradecer mais uma vez Jungeun por a ter salvo – Se conseguirmos ao menos tirar este painel daqui já deve dar para nos espremermos e sair. – dava para abrir a porta uns centímetros, mas não era o suficiente para uma pessoa passar.

- O que foi esse barulho? – ouviram Hyeju do lado de fora – Vocês estão bem?! – falou mais algo quando não conseguiu abrir a porta.

- Sim, estamos bem. – Haseul olhou pela fresta para a acalmar – Apenas caiu uma estrutura e está bloqueando a nossa saída. Pode verificar se há alguma serra por aí? Tenho certeza de que temos uma.

- Ok, aguentem firme! – de seguida puderam escutar os passos da coreana enquanto se apressava para a procurar. Depois de um tempo ela voltou, mas agora acompanhada de Yeojin – Encontrei, aqui têm. – passou-lhes a ferramenta pela fresta da porta. Hyunjin, como era a mais forte, foi quem a pegou e começou a serrar o painel.

Acabaram por conseguir sair, porém tinha algo estranho na opinião de Jungeun.

 

Hyunjin era sem dúvida forte, mas não acredito que tenha sido capaz de o cortar.

Digo, aquele painel parecia super grosso e ela o cortou até que bem rápido.

Por que fiquei com a impressão de que já estava cortado?

Era como se alguém já tivesse feito um corte antes da queda.

 

Em conjunto levaram o que dava para a sala ao lado, as caixas maiores e que não passavam pela atual largura da porta teriam de ficar para mais tarde.

 

Voltámos para a 1-C com alguma comida.

Fiquei tão exausta do incidente que nem mesmo toquei nela durante a janta.

 

- Vamos iniciar a reunião. – Haseul disse assim que pareceu que ninguém ia comer mais – Alguém tem alguma coisa pra falar antes de entrarmos na nossa pauta? – o silêncio pairou sobre a sala.

Sooyoung estava com cara de sono e quase dormindo quando levantou a mão.

- Eu tenho.

- Na verdade temos uma coisa para mostrar a vocês. – Jinsol pegou o grampo de cabelo do bolso.

- Já vi isso antes.. – Kahei tentava se lembrar de onde

- Não é o grampo da Jiwoo unnie? – perguntou Yerim.

- Agora que você fala.. É, eu acho que é sim.

- Mas por que estaria com Jinsol unnie?

Todas ficaram confusas e começaram a falar umas por cima das outras.

- Por que isso está nas suas mãos? Responda de uma vez! – Heejin exigiu uma resposta.

- Vocês estão certas, isto pertence à Jiwoo.

- O que quer dizer com isso? – Hyeju questionou sem paciência para rodeios.

- É o grampo dela. – Sooyoung tomou a iniciativa – Não teria motivo para deixá-lo pra trás se tivesse ido embora por vontade própria. Além disso, encontrámo-lo numa das caixas no porão.

- Numa caixa..?

- Você disse porão?

- E quem achou isso? – como que adivinhando, Heejin olhou para Jungeun que se mantinha calada – Foi ela, né?

 

Eu não sabia o que dizer pra ela.

 

- Não, fomos nós três. Fomos lá juntas e o achámos, eu, Sooyoung e Jungeun. – a garota com o grampo mentiu como haviam planejado – Fomos ao porão porque ouvimos alguma coisa rolando lá.

- Sinceramente, isso é bastante suspeito. – Jinsol deu uma olhada daquelas em Sooyoung pedindo para que pegasse mais leve.

- O que foi, Hyunjin? – a loira perguntou vendo que a coreana parecia querer dizer algo.

- Pra falar a verdade, eu concordo com o que Sooyoung disse. Eu já volto. – saiu da sala.

- O que deu nela? – soltou Yeojin.

- Vocês estão dizendo que suspeitam de alguém aqui? – a líder perguntou direta e objetiva.

- A esta altura é necessário ficar desconfiada. – Jinsol foi igualmente direta – Não podemos nos sentir seguras até que tudo isto seja resolvido.

 

Haseul virou e olhou pra mim.

 

- Jungeun, você também acha o mesmo?

- Me desculpe, mas não dá pra ficar sem agir. – sentiu desconforto ao lhe dizer isso então evitou o contacto visual e continuou falando – Sabe, coisas estranhas não param de acontecer aqui e..não quero mais ver as pessoas desaparecendo.

- Mas é por isso que deveríamos-

Hyunjin regressou com alguma coisa na mão.

- Isso é da Chaewon..não é? – Sooyoung inclinou a cabeça ligeiramente para o lado em confusão.

- Ela carregava-o consigo o tempo inteiro, realmente adorava isso. – para Yeojin não havia dúvidas de que aquele era o colar dela.

- Ela..ela nunca deixou ninguém encostar nisso. – Kahei recordou a vez em que tentou ver o que estava dentro do medalhão do colar e recebeu um tapa em sua mão. Chaewon logo pediu desculpa por ter sido rude e explicou que era algo pessoal e não gostava de mostrar – Por que está portando isso?

- Eu achei, mas não na sala onde ela costumava ficar.

- Onde então?

 

Ouvi uns ruídos bem baixinhos.

Quando virei pra olhar o que era, vi Heejin roendo as unhas.

 

- O que está fazendo, unnie? – Yerim questionou.

- Pare com isso, você vai se machucar assim. – pediu Kahei.

- Não acham tudo isso estranho? Sinceramente não acredito que aquelas três tenham ido juntas. Não faria mais sentido se elas, na verdade, tivessem bolado essa história para cobrir o facto de que ela quem esteve com o grampo esse tempo todo? – apontou com o dedo para Jungeun – Hyunjin, você achou isso na sala dela, não foi?

- Não, não foi.

Kahei segurou o braço de Heejin para evitar que ela roesse mais as unhas, ainda assim ela continuou.

 

Por que estava tão nervosa?

 

- Meu hidratante labial também sumiu. – virou-se para a loira – Você é cleptomaníaca (quem sofre de cleptomania ou de um desejo patológico e irresistível de furtar)? Ou só gosta mesmo de ficar coletando coisas? Ou você pega os pertences das pessoas que se quer livrar? Isto é assustador… Vou voltar para a minha sala, não aguento mais ficar aqui. E o resto de vocês indo para o lado dela é deveras esquisito. É claro como a água que tem algo de errado com ela. Por que ninguém me escuta? POR QUE??! – gritou e saiu dali batendo a porta com muita violência deixando um silêncio pesado para trás.

- Era por isto que eu não queria que a gente começasse a suspeitar umas das outras...

- Mas foi você quem trouxe isso à tona. – séria, Haseul encarou Jinsol – Aposto que deve haver uma boa razão para ter feito isso.

 

Preocupada, puxei a jaqueta de Sooyoung.

 

- Deveríamos ir atrás da Heejin? – perguntou bem baixinho.

- Deixe, ela ficará bem.

- O que eu queria dizer.. – Jinsol começou hesitante – ..É que todas deveriam ter o mesmo grau de suspeita de cada uma. Não vê que tudo isto aconteceu porque uma pessoa foi alvo de todas as suspeitas?

- E a possibilidade de um intruso? – Hyeju falou.

- Não podemos deixar isso de fora também.

 - Acho que essa é uma decisão muito apressada. Vocês estão se baseando apenas em um grampo que acharam? Valeu apena todo este caos? Compreendo que estejam aflitas, mas podiam ter ido falar comigo primeiro. Daí poderíamos ter pensado em algo juntas. Você não me vê como a líder? Que deceção.

 

Fiquei mal por Haseul.

 

- Melhor encerrar por hoje, temos o dia de amanhã pra pensar no que fazer.

- É, vamos deixar para amanhã. – Hyunjin concordou com Hyeju.

- Sim… A gente não quer iniciar uma briga. – Sooyoung pôs-se entre Jinsol e Haseul – Vamos nos acalmar e conversar uma outra hora.

- Eu iria falar sobre o armazém, mas tudo bem. Me perdoem, acho que vou descansar um pouco. Cuidamos do restante amanhã. – a líder saiu e pouco a pouco as outras saíram também, só sobrando Jungeun, Hyeju e Hyunjin na sala.

Por causa do longo tempo que passou, o sol já tinha quase ido embora e consequentemente começou a ficar escuro lá fora.

- Por que não sai também? – Hyeju já ia sair.

- Eu queria ficar com você.

- Isto é hora de ficar fazendo gracinha? Se acha que táticas baratas funcionam comigo.. Elas funcionam sim. – foi sentar-se ao pé da loira – Não está irritada?

- Com o que?

- Por causa das acusações da Heejin.

- Foi por isso que brigámos da última vez.

- Mas hoje não.

- Ela disse que estava com medo, não tinha muito o que eu podia fazer.

- Antes de você chegar não aconteciam coisas do tipo, né, Hyunjin? – suspirou – Ela dormiu de novo. Juro, essa garota não aguenta manter os olhos abertos quando a noite chega… – vai ter com a coreana adormecida e passa um dos braços dela por seus ombros para a ajudar a levantar – Vem, molenga, vou levar você pra sua sala. Volto assim que a deixar lá. – avisou.

- Ok. – depois de Jungeun assentir, Hyeju a levou para o corredor.

 

Me virei e olhei pela janela.

O sentimento mágico de ver as estrelas tão claramente tinha quase desaparecido.

Continuei preocupada com Heejin, ela parecia estar com medo de verdade…

Ela tem medo de mim?

 

Se Jungeun começasse a achar que todas as coisas que ocorreram recentemente foram culpa de apenas uma pessoa, ela ficaria com medo dessa pessoa também, por isso não se irritou com sua atitude.

- O que é aquilo? – viu alguma coisa lá fora. Inicialmente achou que era um zumbi, mas a forma como se mexia era bem humana – …Peraí, é a Heejin!! – arregalou os olhos.

 

Ela estava tentando ir embora? No meio da noite? É muito perigoso!

Independentemente do quanto ela me odiava, eu tinha de pará-la.

 

A Kim colocou-se de pé e correu até as escadas, desceu-as também correndo para alcançá-la antes de ela deixar o campus. Ficou recuperando o fôlego bem no meio do local enquanto a procurava com o olhar.

 

Pra onde ela foi? Será que já tinha passado do portão?

Heejin não estava andando tão rápido assim.

 

Escutou passos atrás de si.

- Heejin, eu sei que está com medo, mas você não pod- – o que estava ali não era a coreana e sim um zumbi – Ah não…