História Dangerous Love - Perdão

Sasuke on

Carreguei Sakura com cuidado pra fora da casa, sendo seguido pelos outros, os corpos dos capangas de Sai estavam espalhados ao redor da casa.

- Perdemos eles! – disse Suigetsu vindo dos fundos acompanhado por Juugo.

- Vamos embora! Não vai adiantar procurá-lo na floresta nessa escuridão. – disse sério – Tenho que levar Sakura ao hospital... – disse olhando para a garota em meu colo.

Todos concordamos e começamos a andar mata a dentro em direção da estrada onde estavam os carros. Era preciso muita atenção para não acabar tropeçando pelo caminho, ainda mais com Sakura em meu colo.

Em um momento tive que mover um pouco meu corpo para desviar de alguns galhos e a ouvi gemer, então parei de caminhar.

- Desculpa! Tá doendo muito? – perguntei a olhando.

- Tá doendo, mas tudo bem não é culpa sua... – disse baixo e voltei a caminhar um pouco mais rápido para chegarmos logo ao carro.

Depois de alguns minutos pude ver os carros, sem esperar a coloquei deitada no banco de trás e fui até o porta-malas revirando a bolsa que tinha ali com roupas limpas.

- Itachi quero que volte pra casa e avise que vou leva- lá ao hospital, mande Kizashi me encontrar lá! E Naruto você vem comigo, os outros estão dispensados! – disse tirando a blusa que estava, ficando apenas de calça, e coloquei um moletom, Naruto fez o mesmo colocando uma roupa comum.

Todos concordaram então entramos nos respectivos carros, eu conduzi o carro de volta para a cidade e Sakura permanecia quieta no banco de trás.

- Sakura?! – disse Naruto olhando para ela atraindo sua atenção – Sai disse o que planejava fazer agora? – perguntou curioso.

- Ele ia me tirar do país amanhã, disse que iríamos pegar um voo direto para a China... – disse suspirando cansada.

- Não se preocupe! Se depender de mim ele nunca põe as mãos em você de novo! – disse sem desviar os olhos da estrada, sentindo o olhar do loiro sobre mim.

- Acho que devíamos avisar a Vovó Tsunade que estamos indo lá! Na última vez que eu tive que procurá-la pra me ajudar quase que ela terminou de me matar! – reclamou o loiro emburrado tirando uma leve risada da rosada.

- Como conhecem a Tsunade? – perguntou curiosa.

- Ela é conhecida da minha família... Naruto manda uma mensagem pra ela e fala que estamos com a Sakura e que ela provavelmente está com uma costela quebrada.

- Ok!

[...]

- Sasuke de novo ela se machucou? Isso não é sua culpa né?! – perguntou Tsunade do lado de fora do quarto onde Sakura estava anestesiada por causa da dor.

- Claro que não! Quer dizer... Se eu soubesse que Danzou tinha um filho antes, talvez isso não tivesse acontecido. – disse sincero e a mulher suspirou, mas quando foi retrucar o pai de Sakura apareceu ofegante.

- Como está minha filha? – perguntou tentando recuperar o ar.

- Ela está bem Senhor Haruno, a costela direita quebrou mesmo, mas por sorte não perfurou o pulmão, já demos sedativo e remédio para dor, ela vai precisar repousar e não se esforçar por um tempo. Fora isso ela vai ficar com alguns hematomas nos pulsos devido o que usaram para prende-la, no tronco e no rosto mas esse deve ser o que vai sumir mais rápido. – disse a loira aumentando a minha vontade de matar aquele maldito.

- Aquele desgraçado! Irei arrancar a cabeça dele! – disse o homem apertando os punhos, e coloquei minha mão sobre seu ombro.

- Não quero vocês falando sobre matar ninguém aqui no meu hospital! – repreendeu – Se quiserem podem entrar pra vê-la, mas ela ainda deve demorar algumas horas para acordar – concordamos e Kizashi foi o primeiro a entrar seguido por mim.

Ele se aproximou da filha passando a mão de leve em seu rosto, e se sentou na pequena poltrona que havia ao lado da cama segurando sua mão.

Eu os observa encostado na parede perto da porta.

- Você acha que ela vai me perdoar? – perguntou em tom preocupado.

- Não sei... Mas você precisa contar tudo a ela. -respondi sério.

- Eu tive tanto medo de nunca mais poder vê-la e poder explicar tudo... Sasuke eu sei você não tem obrigação nenhuma, mas gostaria de lhe pedir uma última coisa! – disse e me olhou sério.

- O que?

- Quero pedir que Sakura fique com você até que Sai esteja morto... Não posso correr o risco de perde-la de novo!

- Mesmo que você não pedisse eu ia fazer isso. – respondi sincero, desde o caminho até o hospital eu já planejava isso – O único problema vai ser ela aceitar... Quando ela souber que eu sou líder de uma máfia duvido que ela queira.

- Realmente... Mas se for preciso para mantê-la segura, eu farei mesmo que contra a vontade dela!

Franzi o cenho em desaprovação, não gostava da ideia de fazer algo contra a vontade de Sakura, mas ele estava certo a segurança dela tem que estar em primeiro lugar, pelo menos até eu por minhas mãos em Sai.

- Vou tomar um café na cafeteria, Sakura vai demorar a acordar... Você devia fazer o mesmo, tenho certeza que deve ter ficado sem comer até agora. – disse sério e homem suspirou se levantando me seguindo até o refeitório do hospital.

Pedi um café extra forte e Kizashi chá com alguns biscoitos, não conversamos, então peguei meu celular notando que haviam algumas mensagens.

Como Sakura havia dito que Sai planejava sair do país com ela, pedi que Shikamaru procurasse por todos os voos com destino a China, ele provavelmente deve ter feito uma identidade falsa pra ele e Sakura.

Shikamaru respondeu  dizendo que Neji e ele iriam juntos averiguar a situação no aeroporto e eu apenas concordei.

Havia pedido a Naruto que ficasse de olho em toda a área próxima ao quarto da Sakura, já que Sai poderia aparecer tentando levá-la novamente.

[...]

Sakura on

Abri meus olhos lentamente, dando de cara com o quarto completamente branco, mas diferente da outra vez em que estive aqui não me assustei, até por que quando Sasuke me trouxe eu ainda estava acordada.

 Não havia ninguém no lugar, devo ter ficado apagada durante algum tempo. Me movi um pouco e senti ainda um desconforto na área da costela, mas bem menor se comparado a antes... Provavelmente demoraria um tempo até estar completamente curada, diferente de outros ossos quando quebram a costela não pode ser engessada, ou seja o tratamento é feito apenas com anti-inflamatórios, e depois de dois ou três meses a costela já vai ter se curado completamente.

A porta foi aberta me tirando dos pensamentos, e meu pai entrou, assim que me viu acordada veio rápido em minha direção. Se aproximou me dando um abraço desajeitado sem muita força pra não me machucar, e senti as lágrimas dele caírem em meu pescoço.

“[...] Seu pai me prometeu você”

“Seu querido pai não te contou que era um assassino? [...]”

As palavras de Sai invadiram minha mente, me fazendo colocar a mão livre em seu peito o afastando. Ele me olhou confuso.

- Pai me diz que Sai estava mentindo! – disse sentindo um nó se formar em minha garganta – Você não era um assassino não é?! Isso foi apenas mais das loucuras que aquele imbecil disse né? – perguntei alterada.

- Filha isso... – Procurou palavras – é verdade... – disse e abaixou a cabeça.

- Não... O senhor não faria isso...

- Filha isso foi antes de conhecer a sua mãe, e antes ter você! Me perdoa por não ter te contado antes, eu só queria esquecer, queria seguir em frente e ter uma vida normal – disse e sentia minha cabeça girar.

- Se você largou essa vida por que Sai me disse que você me prometeu a ele? Que merda aconteceu? – perguntei e o vi engolir em seco.

- Filha eu conhecia o pai do Sai, ele era assim como eu um gângster, um mafioso. Nós éramos de certa forma amigos, Danzou era seu nome, ele disse que largaria essa vida e sumiu, e eu continuei a fazer meus serviços a quem me pagasse, matava quem me era mandado sem sequer hesitar – disse e senti meu estômago embrulhar – Até que me fui fazer um trabalho na China, e por acaso encontrei ele, mas diferente do que ele havia me dito não largou a bandidagem e estava criando um grupo forte. Eu por confiança comecei a trabalhar pra ele, assim teria mais estabilidade e poderia construir uma vida mais fixa. Mas no meio disso conheci sua mãe e foi amor a primeira vista, e começamos a nos relacionar escondidos, e acabou grávida, e eu estava disposto a tudo para deixar essa vida. Então procurei Danzou pedindo para sair, e depois de muita briga ele permitiu, mas quando soube que eu teria uma menina ele quis que eu cedesse sua mão a Sai, o garoto era um pequeno psicopata, apesar de ser uma criança o vi fazer coisas horríveis. Obviamente eu recusei, mas ele ameaçou matar você e sua mãe, e eu não tive outra opção, pensei que conseguiria tempo e poderia resolver a situação, mas não foi isso que aconteceu.

Era muita informação, me sentia enganada e totalmente perdida. Comecei a juntar os fatos e me caiu a fixa.

- Não me diga que a mamãe... – não consegui terminar desabando em lágrimas.

- Sim foi um assassinato... – disse com a cabeça baixa – Eles nos perseguiram, sempre nos observando. Eu matei muitos capangas de Danzou que tentaram chegar perto de você e sua mãe, eu não trabalhava Sakura, a única coisa que eu fazia era cuidar da segurança de vocês duas. Por isso as coisas foram tão difíceis, apenas sua mãe gerava dinheiro em casa...

- POR QUE VOCÊ NÃO ME DISSE ISSO ANTES? NÓS PODERÍAMOS TER EVITADO A MORTE DELA!!! – gritei sentindo meu coração disparado.

- E o que eu faria? Entregaria você pra aquele louco? Sua mãe nunca me perdoaria por tamanho egoísmo!

Coloquei as mãos no rosto me permitindo chorar, ela poderia estar viva... Mas meu pai está certo, ela nunca me deixaria ir pros braços daquele lunático.

- Me perdoa filha por favor! Eu sei que errei, mas eu mudei eu juro... – se jogou aos meus pés.

- É muita coisa pra digerir... mas sei que você teve seus motivos pra entrar nisso, não vou questiona-lo quanto a isso! Eu não tenho como não te perdoar, você deu a vida por mim, é meu pai e eu te amo! – disse o puxando para um abraço e nós dois choramos.

[...]

- Filha agora temos que conversar sobre outro assunto... Sai anda está a solta e eu não posso deixar você desprotegida por aí. – disse sério e respirei fundo.

- Podemos pedir proteção da polícia até o prenderem não é? – perguntei e ele negou – Por quê não?

- Por que a vida de Sai está condenada, mas quem vai dar a sentença não vai ser a justiça da polícia e sim da máfia! – disse Sasuke que entrou sem bater.

- Como assim? – o encarei sem entender.

- Sakura. – suspirou – O pai do Sai se envolveu com a máfia e agora a vida dele pertence a ela.

- Essa parte eu entendi, mas eu não posso sob responsabilidade da polícia?

- Não, Sai está atrás de você e a máfia atrás dele... você vai ficar no meio do fogo cruzado se ficar com a polícia – disse meu pai como se fosse óbvio, mas eu continuava sem entender.

- Então o que eu devo fazer?

- Você vai ficar comigo! – disse Sasuke autoritário me fazendo erguer a sobrancelha.

- Mas você é um agente da polícia... – disse e Sasuke franziu o cenho.

- Sakura eu sou o Líder da máfia que está atrás do Sai! – disse simplesmente.

- O QUE?? – gritei – Você me enganou esse tempo todo?

- Não é uma coisa que as pessoas ficam falando umas para as outras.

- Eu não acredito nisso! – disse indignada – Eu não vou ficar sob a proteção da máfia!

- Vai sim, você querendo ou não! – se intrometeu meu pai.

- NÃO! – disse alto.

- Sakura se você não aceitar vai acabar colocando todos que estão a sua volta em perigo! – respondeu Sasuke.

- Mas...- fui interrompida pelo moreno.

- Eu disse que ia te proteger não foi?! Então me deixa fazer isso! Não irei te fazer mal... – disse e segurou delicadamente minha mão.

 Virei o rosto emburrada, não ia ter jeito.

- Eu aceito, mas tem uma condição! – disse séria atraindo a atenção dos dois – Não quero nenhuma mentira! Se acontecer alguma coisa que me envolva quero saber, se vocês mentirem pra mim não vou perdoa-los! – os olhei ameaçadora e os dois se olharam.

- Por mim tudo bem. – disse Sasuke enfiando as mãos dentro do casaco que usava.

- Estou de acordo! – disse meu pai sorrindo.

- E como isso vai funcionar? – perguntei curiosa

[...]