1. Spirit Fanfics >
  2. Dangerous Love >
  3. Danger line part. 2

História Dangerous Love - Danger line part. 2


Escrita por: AilaLivia

Notas do Autor


Hey girls!!! Quanto tempo... Estávamos mortas de saudades de vocês, ♡. Então, ficamos quase três meses sem nootbook, a Lívia resolveu quebra-lo sabe? rsrsrs. Então como as fic's estavam todas neles ficou difícil continua-las sendo que ele estava na assistência técnica. Mas graças a Jah estamos de volta e pra ficar (se a Livia não resolver quebrar a tela de volta né). Pedimos mil desculpas por esse contra tempo, sabemos o quão ruim é ler uma fic que não é atualizada sempre, então pedimos para que vocês releiam o ultimo capitulo e depois voltem para cá, só pra refrescar a memória mesmo. Enfim, é isso ai... Tenham uma boa leitura e talvez depois de amanhã saia o próximo cap.

Beijinhos e até mais.

Capítulo 21 - Danger line part. 2




Acordei-me com batidas desesperadas na porta. Cocei os olhos com preguiça e abri-os, a claridade que vinha da janela quase cegou-me. Levantei e sentei-me na cama observando o relógio que estava em cima da pequena mesinha ao lado de minha cama, marcavam 10h00 da manhã. Eu havia perdido o horário, droga. As batidas incessantes contra a porta de madeira não paravam, revirei os olhos.

— Já estou indo! — Reclamei.

— Abre essa porta, Audrey! É urgente! — Joey gritava.

Levantei depressa e prendi meus cabelos louros em um coque desleixado, encaixei a velha pantufa cor-de-rosa em meus pés e caminhei até a porta abrindo-a.

— Que foi? — Fitei Joey e perguntei com a voz ainda embargada pelo sono.

— É o Michael! 

A garota pálida de cabelos louros acinzentados carregava em seu rosto uma expressão visível de pânico. Tinha as mãos sobre os lábios e os olhos estavam marejados. Um calafrio tocou-me levemente a espinha fazendo com que os pelos de meus braços se eriçassem, minha respiração falhou por alguns segundos e pude sentir o cheiro de sangue fresco que vinha do meu casaco que estava jogado em baixo de minha cama. Respirei fundo e fitei Joey com olhos despreocupados.

— O que tem ele? — Perguntei fingindo interesse.

— Foi dado como desaparecido, estão dizendo que fugiu do reformatório...

— Que egoísta — Revirei os olhos — Porque não nos levou com ele?

Diferentemente de Joey eu mostrava auto-controle e uma quase indiferença. Por dentro queria jogar-me no chão e rolar de tanto rir. Michael merecia aquilo mais do que ninguém, mais do que a sua namoradinha patética. Dei as costas a Joey e me dirigi em direção ao pequeno banheiro de meu quarto, debrucei-me sobre a pequena pia de mármore fria á minha frente e liguei a torneira enquanto fitava-me no espelho.

— Como assim, egoísta? — Joey carregava em sua voz um tom de revolta — Não há como fugir desse lugar, é praticamente impossível! — Joey postou-se atrás de mim e fitou-me pelo espelho — Esse reformatório é o mais famoso de Memphis, se a noticia de que um aluno simplesmente desapareceu daqui for à tona a reputação desse lugar estará acabada. Estão tentando cobrir a sujeira com o tapete.

Segurei um sorriso que queria escapulir pelos cantos de meus lábios, molhei minhas mãos com a agua fria que caia da torneira e joguei-a em meu rosto lavando-o e fazendo com que todo o resto de meus sonhos da noite passada fosse pelo ralo. Voltei meus olhos para o espelho observando o reflexo de Joey.

— Então onde você acha que ele esta agora? — Indaguei com um sorriso implícito no canto dos lábios.

Nenhuma palavra foi dita. O único som que se podia ouvir era o barulho da água fria que escorria da torneira e caia sobre a pia. Desliguei-a fazendo com que a torneira fizesse um barulho demasiadamente estridente. Virei-me para observar Joey que mantinha os olhos azulados em cima de mim, pareciam mais escuros do que o normal hoje, recostei-me na pia e cruzei os braços.

— Me diga você... Audrey — A garota sussurrou enquanto deixava um sorriso maldoso brincar no canto de seus lábios.

Meus olhos arregalaram-se e pude sentir meu corpo amolecer por alguns rápidos segundos. Observei o sorriso de Joey e depois os olhos que hoje estavam escuros, pude ver sua alma através deles, e era horrível.

— O que você quer garota? — Indaguei-a.
Desencostei-me da pia e dei alguns passos ficando próxima de mais de Joey. Nossos olhos alinharam-se abruptamente e o sorriso de Joey desmanchou-se instantaneamente. 

— Quero que você permaneça longe de William e de Jeffrey. Caso o contrario terei que gastar minha madrugada cavando um buraco atrás da igreja para enterra-la — Deixou um riso frouxo sair de seus lábios — Você nunca consegue fazer nada direito não é?

Dito isso a garota deu-me as costas e saiu de meu quarto batendo a porta. Engoli em seco.

Virei-me novamente para o espelho e não gostei do que vi. A menina a minha frente possuía olhos profundos e escuros, os lábios levemente ressecados e machucados e os cabelos louros caiam-lhe pelos ombros acabando na altura da cintura, totalmente desgrenhados e mal tratados. A camisola branca de seda deixava seus ossos das clavículas a amostra. Possuía ombros pontiagudos. E ao levar as mãos até o rosto notou como seus dedos eram finos e compridos. 

— Vida de merda... — Resmunguei baixinho. Uma reclamação silenciosa.

Levei meus dedos finos até uma tesoura que estava repousada sobre o canto da pia de mármore e encaixei-a com destreza em meus dedos. Fitei-me novamente no espelho e levei a tesoura até meus cabelos, deixando-os um pouco mais a cima do ombro. Fiquei algumas horas ali cortando-o e os cabelos louros que caiam em tufos no chão grudavam em meus pés descalços deixando-me irritada.

O vento gelado tocava-me o rosto com delicadeza. Era inicio de outono e as folhas antes verdinhas agora possuíam um pigmento alaranjado puxando para um tom marrom escuro. Elas desprendiam-se das arvores com delicadeza e pousavam sutilmente sobre o gramado, enchiam o quintal, estavam por todas as partes, e o mundo continua o mesmo, só há menos razões para se viver. O pátio estava quase vazio, era um finalzinho de tarde de quinta-feira e todos estavam preocupados com o sumiço de um aluno, tão repentino, provavelmente seria o assunto do mês. Dei a volta pelo pátio e segui em direção à igreja. Eu só queria meus cigarros, eles me deixariam lucida outra vez.

A igreja encontrava-se clara devido aos raios solares que vinham das vidraças coloridas no imenso teto do local. O silencio pairava sobre o local como de costume. Agora meus passos seguros contra o chão de mármore eram nítidos até chegar ao altar e sentar-me no terceiro degrau.

— Gostei do novo cabelo.

A voz grave e deliciosa vinha logo de trás de mim. Não precisei virar-me para me deparar com a figura de William que sentou-se bem ao meu lado com um cigarro apagado no canto dos lábios.

— Muito obrigada — Agradeci.

Deixei um sorriso brincar no canto de meus lábios enquanto sentia os braços fortes do garoto pousar delicadamente sobre meus ombros. Antes que pudéssemos sequer começar um diálogo a enorme porta da igreja abriu-se deixando um vento gelado tomar o local. Joey caminhava com passos rápidos até nós. Parou diante de mim e de Axl e agachou-se alinhando seus olhos azuis com os olhos esverdeados de William que pareceu pouco importar-se com isso.

— Já esta sabendo? — Perguntou. Possuía em sua voz um tom de deboche.

William arqueou uma de suas sobrancelhas e fitou a garota com os olhos semi cerrados.

— Posso saber por que você esta dirigindo a sua palavra para a minha pessoa? — Indagou-a.

Joey deixou uma risada sair de seus lábios e levou as mãos até o rosto de William segurando-o.

— Seu amigo Michael esta enterrado atrás da igreja, isso lhe interessa?

William levou as mãos até os pulsos finos da garota e apertou-os com força. Fixou seus olhos nos olhos dela e empurrou-a se livrando de Joey.

— Nunca mais encoste em mim — Praticamente cuspiu as palavras na cara de Joey — E o que diabos eu tenho a ver com isso? Michael era apenas mais um verme aqui dentro — Perguntou aparentemente despreocupado.

— Audrey o matou! — Joey fitou-me com olhos cheios de raiva.

— Eu não sei de nada — Ergui as mãos e deixei uma risada debochada sair de meus lábios.

— Sério que veio até aqui para me dizer isso? — William fitou-a com olhar debochado — Perdeu seu tempo, esse tipo de informação não me interessa. Agora faz o favor de sair da minha frente, sua cadela.

Joey levantou-se e fitou William novamente.

— Audrey já sabe por que você esta aqui? — Perguntou-o.

Fitei-o curiosa.

— Aposto que você não contou a ela a história toda — William acendeu o cigarro no canto dos lábios e segurou-o entre os dedos finos — Não é Joey?
A garota loura deu as costas e nós indo em direção a porta de saída dos fundos.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...