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História Dangerous Ocean - The Pirate and Sailor. - Problemas


Escrita por: Camiskase

Notas do Autor


Domingão no tédio
Está aí o resultado, postei bem antes do prazo estimado.
Por mais dias assim na minha vida.

Capítulo 7 - Problemas


O retorno para Arkadia foi tranqüilo. Assim como Indra previu, não levou um dia e meio. Clarke e Raven não cruzaram com ninguém, o caminho foi limpo durante todo o trajeto.

Ao chegar à cidade, Clarke sentiu um enorme vazio. Ela sabia que todas as decisões que ela tomou em pró de sua vingança tinham sido precipitadas. Mas agora, olhando muito além, ela faria tudo de novo. Não por Jake, pois ela sabia que ele não iria querer isso para ela. Mas por Polis, pelo hospital e principalmente por Lexa. Porra, pensar nessa mulher fazia Clarke ficar com tontura.

As duas semanas que ela tirou foram tão surpreendentes que ela por diversas vezes se beliscou esperando acordar a qualquer momento. Tanta coisa aconteceu em 14 dias. Ela suspirou com as lembranças.

Raven estava silenciosa ao seu lado enquanto elas cavalgavam em um ritmo lento nas ruas de Arkadia. Durante 3/4 do tempo da viagem tudo que Raven fez foi falar, ela estava tão entusiasmada que se esqueceu completamente que tinha sido cúmplice de Clarke quebrando todas as leis possíveis. Clarke temia pela amiga, mas ela conhecia Raven o suficiente para saber que a morena a acompanharia enquanto ela estivesse vivendo toda essa loucura. Ela tinha uma fiel aliada e se sentia muito grata por isso.

– Hey, princesa – Raven quebrou o silêncio – vamos direto pra sua casa?

Clarke a olhou e acenou positivamente.

– Sim, nós podemos almoçar e descansar um pouco antes de ir para a sua. Não sei quanto a você, mas eu estou exausta.

Raven suspirou concordando.

– Será que Octavia nos viu chegando? – perguntou abrindo um sorriso.

– Aposto que sim – Clarke sorriu animada – Vamos confirmar nossas suspeitas assim que chegarmos em casa.

Assim como o esperado, cinco minutos depois elas chegaram até a casa de Clarke, e lá estava Octavia em pé na frente da porta explodindo em animação.

– MEU DEUS, QUE SAUDADES! – Ela nem esperou Clarke e Raven descerem do cavalo direito e já pulou em cima de Clarke puxando Raven junto para um abraço grupal.

– Estou sem ar, Octavia – o tom sufocado de Raven fez Octavia hesitar.

– Ai meu Deus, desculpe por isso.

Clarke gargalhou da situação.

– Senti sua falta, O – disse Clarke com sinceridade.

– E eu a sua – Octavia pulou novamente em cima de Clarke apertando-a ao máximo – Eu queria ter me juntado a Raven, mas Marcus só dispensou ela.

Clarke sorriu constrangida. Marcus sabia de seus planos e ele deve ter deduzido que Raven aceitaria mais fácil seu plano do que Octavia. Em partes ele estava certo, apesar de Octavia ser mais inocente que Raven, ela tinha um gênio muito mais delicado.

– Certo, vamos descarregar suas coisas – propôs Raven pegando a mala de Clarke.

A casa de Clarke estava do jeito que ela tinha deixado antes de partir. Nada fora do lugar. Ela suspirou fundo ao lembrar-se de sua mãe, sentia saudades.

Ela teve uma agradável surpresa ao entrar no próprio quarto e ver Abby sentada na beira de sua cama.

– Mãe! – ela se jogou em Abby fazendo as duas caírem na cama.

Abby riu enquanto Clarke permaneceu no abraço e após cinco segundos as duas se ajeitaram na cama para poder ter uma conversa.

Raven deixou a mala de Clarke próximo à cama e fez menção de sair do quarto com Octavia.

– Espere, fiquem por favor – Abby pediu sorrindo.

– Nós imaginamos que vocês precisem de privacidade – Octavia disse com educação. Raven concordou com a cabeça.

– Nós teremos muito tempo para conversar, certo querida?

Clarke acenou sorrindo. Sentia-se aliviada por ver sua mãe menos abalada e mais contente.

– Vou fazer o almoço agora – Abby se levantou, mas antes de sair se virou para Clarke – Só uma pergunta. Você conseguiu encontrar o que procurava?

Clarke engoliu seco com a pergunta da mãe. Se ela encontrou o que procurava? Sim, muito mais que isso. Ela encontrou paz que seu espírito não tinha há muito tempo. E ela precisava retornar o mais rápido possível para a fonte que causava todas essas boas sensações.

– Sim, mãe – Clarke limitou-se antes de terminar – Muito mais que isso.

Abby deu um sorriso significativo para Clarke e por algum momento a loira tinha certeza que sua mãe sabia exatamente o que tinha acontecido nessas duas semanas. Feito isso, Abby saiu do quarto deixando as amigas sozinhas.

– Wow, o que foi isso? – Octavia perguntou animada enquanto cruzava os braços – Muito mais que isso – repetiu as palavras de Clarke – Sério, gurias. Contem-me tudo o que aconteceu.

– Err, não agora, O – Raven respondeu desconfortável.

– Preciso arrumar minhas coisas – disse Clarke tentando mudar o foco da conversa.

Octavia fez uma cara de desconfiada.

– Vocês estão me escondendo algumas coisas – deduziu certeira.

Raven e Clarke se olharam sérias enquanto Octavia alternava o olhar entre suas duas amigas esperando por alguma resposta.

– Certo. Você vai terminar de arrumar suas coisas e então me dará respostas.

Clarke se limitou a pegar sua mala e colocar em cima da cama enquanto deixava o silêncio se aprofundar. Ela assistiu Octavia sentar ao lado da mala enquanto ela tirava em ritmo lento cada peça de roupa. Ela não podia dar uma resposta sincera a Octavia, era perigoso demais.

As três permaneceram em silêncio enquanto Clarke separava as roupas sujas e guardava as limpas. Octavia permaneceu de braços cruzados apenas esperando pelo momento mais oportuno para começar a metralhar as amigas com perguntas, ela podia sentir que ambas estavam desconfortáveis para falar sobre qualquer coisa e isso fazia sua curiosidade crescer ainda mais. Algo estava muito errado ali.

Clarke já estava no fundo da mala, havia apenas algumas peças para arrumar. Então ela levou a mão até uma camisa de tecido branco, um pouco desbotada que ela não prestou atenção na hora de guardar suas coisas na mala. Quando ela estendeu a camisa na sua frente para reconhecer de onde isso vinha, ela sentiu seu coração parar. E era tarde demais, Octavia tomou a camisa de suas mãos e se colocou em pé enquanto observava a peça com estranheza. Clarke viu Raven abrir um pouco a boca e ficar sem ar ao reconhecer que aquela camisa era de Lexa.

– Isso não é seu, você não usa roupas assim – observou Octavia virando-se para Clarke – E não é de Raven também. De quem é isso?

Clarke sentiu seu rosto empalidecer.

– E-Eu comprei – gaguejou nervosa.

Octavia olhou desconfiada para a loira e levou a peça até o nariz, onde cheirou profundamente a procura de alguma fragrância conhecida. Ela continuou com a mesma expressão desconfiada.

Droga, droga, droga.

– Clarke – Octavia falou um pouco mais rude – De quem é isso?

Clarke ficou perdida por algum momento. Ela abria a boca, mas não conseguia dizer nada.

Notando o nervosismo da loira, Raven se adiantou e pegou a camisa das mãos de Octavia que a fuzilava sabendo que as duas estavam sendo cúmplices de alguma mentira.

– Certo. Procurem-me quando quiserem me dizer a verdade – ela se virou e começou a andar para a porta.

– Não, O. Espere! – implorou Clarke.

Raven arregalou os olhos para Clarke. Ela não podia estar cogitando a idéia de dizer a verdade para Octavia. Mas ela estava. Ela estava fazendo aquele olhar que Raven conhecia muito bem. A verdade viria à tona e Raven não tinha idéia se isso acabaria bem.

Octavia cruzou o braço esperando que alguma das duas começasse a falar.

– Estou tão fodida quanto você – Raven disse à Clarke – Quer que eu conte?

Clarke suspirou concordando.

– Por favor, eu já tive que passar por isso com você. Sua vez. – ela abraçou seu travesseiro e deitou na cama enquanto Raven começava a atualizar Octavia.

/

A reação de Octavia não foi menos que o esperado.

– VOCÊS ESTÃO LOUCAS? – berrou sem acreditar no que acabara de ouvir.

– Shh! Fala baixo. Alguém pode ouvir – repreendeu Clarke desesperada enquanto chacoalhava as mãos para baixo.

Octavia andava de um lado para o outro balançando a cabeça negativamente.

Raven ficou em silêncio desde que terminou de contar toda a história. Ela já tinha feito muito, agora era com Clarke.

– Vocês vão morrer se descobrirem – Octavia disse desesperada – e se descobrirem que eu sabia, vou morrer também. Caralho, por que vocês me contaram?

– Porque você insistiu – disse Clarke corajosamente.

– Sério Clarke? – Octavia parou bruscamente arqueando as sobrancelhas para a loira.

Clarke deu os ombros fazendo sua melhor cara de culpa.

– Olha. Eu nunca quis que vocês entrassem nisso, ok? – desculpou-se.

– Não é como se tivéssemos alguma opção – Octavia disse – Você é nossa amiga, nos importamos contigo. Eu só nunca pensei que você fosse capaz de chegar tão longe, seu pai jamais iria querer isso.

Clarke revirou os olhos. Octavia estava surtando por saber cerca de 70% da história. Raven omitiu a parte que elas tiveram realmente um tempo ótimo em Polis. E claro, não comentou sobre sua aproximação com Lexa e nem da dela com Anya. Imaginar Octavia sabendo sobre todos os mínimos detalhes quase fazia Clarke convulsionar.

Um grunhido saiu da garganta de Clarke. Ela não sabia mais o que dizer ou fazer.

Octavia ficou quieta e se sentou ao seu lado.

Antes que ela falasse qualquer coisa, a porta se abriu e uma figura masculina entrou. Bellamy.

– Hey, cara – disse Raven animada. Ela se levantou e foi ao encontro de Bellamy para um abraço apertado.

– Senti saudades – ele disse sorrindo.

Clarke repetiu o gesto e o abraçou firme. Ela tinha se esquecido do quão carinhoso Bellamy podia ser quando queria.

Octavia apenas assistiu. Nervosa demais para qualquer coisa.

– Eu não vim aqui apenas para matar as saudades – Bellamy riu – Jaha quer te ver, Clarke. Ele pediu que eu viesse pessoalmente te avisar que ele te espera após o almoço.

– Mas eu só volto a ativa amanhã – Clarke disse confusa.

– Parece que tem jogada importante na área. De qualquer forma, após o almoço você deve se apresentar em sua sala.

Clarke acenou confirmando.

O cheiro da comida se impregnou pelo ar de maneira que fez o estômago de todos dar um nó.

– Certo. Hora de descer – disse Octavia fingindo que nada tinha acontecido minutos atrás.

Clarke e Raven se olharam confusas antes de prosseguir.

/

 

Alto Mar

Há 15 mil milhas de Arkadia.

Navio bando Wallace’s

 

O homem grisalho estava sozinho, sentado em sua cabine tratando de seus negócios quando foi surpreendido com a presença de seu filho.

O rapaz entrou pela porta, acompanhado por um homem careca e negro. Ele tinha a estatura baixa, mas era forte.

– Pai. Conheça Charles Pike, embaixador da Marinha – apresentou Cage Wallace num sorriso extremamente convencido.

Dante franziu as sobrancelhas olhando para o homem desconhecido.

Ao ver que o Capitão não sairia do lugar, Pike se adiantou a sentar em uma cadeira disponível a frente da mesa de Dante. Estando acomodado, ele estendeu a mão.

– Por favor, me chame apenas de Pike. É um prazer finalmente te conhecer, Capitão – disse Pike com expressão séria.

Dante observou a mão estendida por alguns segundos antes de finalmente retribuir o gesto num forte aperto de mão.

– Sobre o que isso se trata? – Perguntou direto.

Cage se apressou a abrir a boca pronto para dizer alguma coisa, mas Dante ergueu a mão pedindo que ele se calasse.

– Nos deixe sozinhos, por favor – pediu o homem mais velho.

Cage engoliu seco.

– Claro pai – ele apertou sua mandíbula com raiva antes de deixar a cabine batendo a porta com força.

– Me desculpe por isso, o menino é impaciente – Wallace voltou sua atenção para Pike.

– Totalmente compreensível, mas ele é um rapaz inteligente.

– Vamos direto ao assunto. Por que um embaixador da Marinha procura por um pirata renomado? – perguntou apontando para si mesmo.

Pike soltou uma longa respiração.

– Acredito que as coisas estejam um pouco fora de controle ultimamente dentro do Departamento da Marinha.

– Sem jogos, Pike. Seja direto – o tom de voz mostrou impaciência enquanto Dante se remexia na própria cadeira.

– Muito bem. Lexa tem feito saques ousados e isso tem deixado os ricos extremamente putos – Pike fez uma pequena pausa para certificar se tinha toda a atenção de Dante – A Marinha está em uma forte busca pelos Grounders e parecem ter esquecido de você. Eles estão muito preocupados com o capital financeiro. Os fortes, os caras da grana estão se sentindo ameaçados e estão oferecendo fortunas pela cabeça da nossa Capitã.

– Aonde quer chegar?

– Você já fez negócios com alguém de Arkadia, Dante?

– Claro que não. Isso é impossível. Arkadia é a maior cidade da América, a base da Marinha fica lá e não existem corruptos. Nunca ninguém conseguiu tamanha façanha.

– Pois bem, e se eu disser que podemos mudar as coisas?

Dante apoiou os cotovelos na mesa e entrelaçou seus dedos, olhando firmemente para Pike. Agora ele estava interessado.

– O que você está sugerindo?

– Eles estão distraídos. Hoje eles escolheram alguém para tentar se infiltrar no bando de Lexa. Essa pessoa será encarregada de descobrir tudo sobre ela e informar suas fraquezas. Você entende o que eu quero dizer? Podemos matar dois problemas de uma vez só. Nos livramos dos Grounders e depois tomamos Arkadia.

– Tomar Arkadia? Você é louco? – Dante levou suas mãos ao ar, muito cansado por ouvir tanta besteira.

– Não é loucura. Tenho pessoas que trabalham diretamente para mim. Mas eu não conseguiria tomar Arkadia sozinho, senão não teria me preocupado em vir até aqui. Ouça o que eu digo: isso é possível.

– O que você ganharia com isso?

– Controle. Arkadia seria minha, eu governaria a cidade.

– E quanto a mim?

– Todos os negócios de Arkadia passariam por você. O contrabando seria liberado abstruso.

– Parece um bom negócio – admitiu Dante.

Pike ficou em silêncio esperando por uma resposta. Dante o olhava pensativo, mas ele já parecia decidido.

– Certo. Precisamos elaborar um plano e dentro de um mês, no máximo dois, executamos.

Os dois apertaram as mãos, selando o acordo.

De repente um barulho de tiro se sobressaiu.

Dante se levantou rapidamente dirigindo-se para fora de sua cabine. Ele viu Cage correndo em sua direção, ensanguentado.

– PORRA, MALDITOS GROUNDERS – Gritou o rapaz, apertando a mandíbula pela dor. Ele segurava a perna. O tecido da pele estava perfurado e uma bala alojada em sua coxa.

– Quem fez isso? – perguntou Dante furioso.

– Lexa – respondeu Cage.

– Eles estão aqui? Como?

– Não mais, conseguiram fugir. Mas acredito que a deixei bastante machucada.

– Vamos cuidar disso – disse Dante apontando para o ferimento – E quanto a você – voltou-se para Pike – Espero que cuide realmente dos Grounders.

Pike acenou. Quando os dois saíram, ele deixou escapar um leve sorriso vitorioso nos lábios.

/

– Isso é loucura – proferiu Clarke.

Ela estava na sala do conselho da Marinha. Havia uma grande mesa redonda e cadeiras espalhadas ao redor. Ela estava sentada de frente para Jaha, e logo ao lado havia Marcus seguido de múltiplos membros importantes.

– Nós entendemos os riscos, mas você é a melhor pessoa para esse tipo de missão – um dos membros disse.

Clarke estava atônita. Quando foi chamada para a sala de Jaha não esperava encontrar todo o conselho esperando por ela. E mais pasma ficou quando contaram a ela sobre essa missão.

Resumindo: ela comandaria um pequeno grupo para se infiltrar no bando dos Grounders. Feito isso, eles teriam que enviar correspondências com todos os detalhes que conseguissem descobrir.

Clarke sentiu cada órgão de seu corpo virar do avesso. Por um lado ela tinha sorte, pois estaria retornando para Polis. Mas por outro, o que ela diria para Lexa? Nada? Não é como se ela pudesse simplesmente ignorar tudo que vinha acontecendo entre elas. A troca de olhares, o arrepio por ouvir um simples tom de voz, a tensão quando estavam próximas, o desejo. Nada disso importava mais? Clarke não conseguia parar de pensar nas consequências.

Ela estava tão dispersa que não notou quando a reunião foi dada como acabada. Ela observou todas aquelas pessoas saírem da sala. Todas, exceto uma.

Marcus se aproximou e sentou-se ao seu lado. Ela olhava o vazio.

– O que pretende fazer a partir de agora? – ele perguntou com leviandade.

– Não acho que seja bom discutirmos certos assuntos que possam te comprometer – ela disse simplesmente.

Marcus soltou um grande suspiro.

– Você está cuidando de minha mãe? – Clarke disse depois de um tempo.

– Sim. Não estou deixando ela sozinha.

– Obrigada por isso.

Clarke se levantou antes que Marcus prolongasse ainda mais a conversa.

Em passos rápidos ela chegou até os portões onde Raven, Bellamy e Octavia a esperavam ansiosos.

Clarke estava surpresa por ver Octavia agindo tão bem. Essa era a ultima reação que a loira esperava após a conversa que tinham tido acompanhado de Raven. Ela não demonstrava raiva ou contrariedade. Ela apenas tentava agir com indiferença frente à situação que havia sido colocada. Talvez fosse autodefesa.

– Certo pessoal – Clarke disse ao chegar perto de seus amigos – Vou ser direta. Vocês estão convocados para uma missão.

Os três se olharam confusos e apenas olharam para Clarke esperando por um esclarecimento.

Em poucas palavras, Clarke explicou tudo que havia sido dito na reunião. Falou sobre a missão e todos os detalhes importantes. Ela notou Raven se contorcendo diversas vezes enquanto ela falava, muito incomodada por ter um trabalho desse nível em mãos. Mas esse não era o real problema, Clarke sabia que Raven estava preocupada com Anya. As duas realmente estavam fodidas.

– Certo, e quando partimos? – perguntou Bellamy esfregando as mãos. Ele estava mais animado que o normal.

– O conselho ordenou que partíssemos esta noite – Respondeu Clarke.

/

Os quatro não conversaram muito depois de Clarke os convocar para acompanha-la na missão.

Eles descansaram durante o resto do dia para que pudessem partir tranquilos.

Bellamy era o único desinformado sobre os acontecimentos de Polis, mas ele parecia muito desconfiado.

Enquanto cavalgavam em silêncio durante a noite iluminada pela lua, Bellamy aumentou o ritmo colocando-se a frente do resto. As garotas o olharam com um ponto de interrogação em cima da cabeça.

– Certo. Qualquer um aqui perceberia que tem algo errado – ele disse alternando o olhar entre as três mulheres.

– Não é nada demais – adiantou-se Octavia – Clarke e Raven apenas passaram alguns dias agradáveis com os Grounders durante seus dias de dispensa. Tanto é que elas sabem exatamente onde estão nos levando. Percebe? – o tom de voz saiu sarcástico. Enfim a garota tinha dado o ar da graça sobre o assunto.

Clarke e Raven trocaram um breve olhar de derrota.

– Eles não são ruins – disse Raven baixinho.

Bellamy ainda estava muito chocado com a informação dita por sua irmã. E com as palavras de Raven, ele quase literalmente caiu do cavalo.

– Eles são piratas – grunhiu.

– Sim, nós sabemos – Clarke disse facilmente – podemos voltar para a viagem? Ainda temos um longo caminho.

– Eu espero que vocês duas não fodam com tudo – Octavia pronunciou voltando a colocar seu cavalo para andar.

/

Se Raven e Clarke iam foder com tudo? Nenhuma das duas sabia responder.

Clarke havia pensado tanto sobre isso. A viagem toda passou muito rápido para ela, pois tudo que ela havia feito foi pensar. E pensar um pouco mais. Os olhos verdes não saíam de sua cabeça e ela não conseguia suportar a ideia de passar Lexa para trás.

E agora, eles adentravam pelas montanhas que escondia Polis. E tudo que Clarke pensava era em ver Lexa o mais rápido possível.

Assim que chegaram a seu destino, Octavia e Bellamy derrubaram o queixo no chão.

Clarke e Raven se divertiram assistindo a cena, pois tinha sido exatamente essa a reação que elas tinham tido quando chegaram à cidade pela primeira vez.

O clima entre eles ainda estava estranho, e Clarke sabia que hora ou outra teria que resolver isso.

Mas não agora.

Pois agora ela via Indra e Anya correndo em sua direção com traços de alívio no rosto e ao mesmo tempo angustiadas.

Algo tinha acontecido.

Quando chegaram, Anya foi a única a falar.

– Clarke. Precisamos de você no quarto de Lexa com urgência. Ela está gravemente ferida – anunciou.

Clarke sentiu suas pernas vacilarem.


Notas Finais


ENTAO
Espero que estejam gostando do desenrolar de toda a história.
Minha imaginação está me levando muito mais longe do que o esperado.

Me deixem saber o que pensam, BEIJAO Q EU N AGUENTO MAIS DE SONO


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