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História Dangerous Ocean - The Pirate and Sailor. - Grounders


Escrita por: Camiskase

Notas do Autor


Pra quem tá chegando agora, bem vindo! Essa é a única fic que eu tenho publicada e guardo com bastante carinho, pois Clexa é o melhor otp de todos. A história está completa, mas faz muito tempo que escrevi. Mesmo já estando finalizada, peço por favor que continuem a comentar, até mesmo pra me ajudar com possíveis correções que eu precise fazer.
Pretendo postar mais fics delas, assim que minha vida der uma acalmada hahahahah. No mais, muito obrigada por darem uma chance, não vão se arrepender!
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Então, eu nunca postei nenhuma fanfic por puro ciúmes, falo mesmo. Mas estou disposta a escrever, atualizar e PRINCIPALMENTE compartilhar minha imaginação pra lá de absurda com vocês (porque eu de fato nunca fiz isso antes). Isto é, se vocês quiserem. Então por favor, façam aquele pequeno esforço de mandar nem que seja um vá a merda ou um sinal de fumaça só para eu saber se vocês gostaram e querem que eu continue, valeu? Valeu! Beijos de luz e boa leitura.

Capítulo 1 - Grounders


As nuvens negras cobriam o céu naquela tarde de inverno, o mar estava agitado dando sinais claros que uma tempestade estava para chegar. O navio balançava violento, obrigando os piratas do bando Grounders a se prepararem para o que estava por vir. Próximo ao leme, Indra observava com cautela tudo que acontecia e gritava ordens para que tudo acontecesse com perfeição. Ela era o braço direito da capitã, era seu dever manter a ordem quando a própria não estava disponível.

Trinta minutos mais tarde a tempestade nasceu mais viva do que nunca, o grande navio enfrentava as extensas ondas e os piratas faziam tudo ao alcance para vencer a força da natureza. Não era novidade para eles, embora. Vivendo no mar, era algo completamente a se esperar e eles faziam tudo com facilidade e sem medo. Cada movimento, cada ordem acatada por Indra, todos os pequenos detalhes de uma tripulação que estavam juntos há anos somavam em um grande sucesso. Os Grounders eram a segunda gangue de piratas mais ricos do mundo, perdendo apenas para o bando Wallace’s, comandado por Dante Wallace e seu filho Cage, inimigos mortais da Marinha e dos próprios Grounders.

Duas horas mais tarde a tempestade cessou. Os piratas gritaram comemorando, gritos que se ouvia nitidamente na cabine da capitã, Lexa Woods. A mulher estava sentada em frente a sua mesa com um sorriso discreto no rosto por ouvir seu pessoal satisfeito. Ela correu os olhos pelo papel em cima de sua mesa, um ar de satisfação aparente ao ver os números. Sua atenção logo foi cortada ao ouvir três toques sutis na porta.

- Entre! – ordenou a capitã.

A porta se abriu e um homem alto, moreno e forte entrou. Ele se desmanchou num sorriso ao ver o papel que Lexa segurava.

- Perdão interromper, Indra me mandou para informar que a situação está sob controle lá fora. Ela não veio pessoalmente porque foi evitar um caos na cozinha – o homem riu – você sabe como nosso pessoal fica depois de enfrentar uma tempestade desse nível.

Lexa assentiu e sorriu em resposta.

- Não é algo que não estejamos acostumados a fazer, Lincoln, embora canse muito – Lexa disse – veja, nosso mês foi realmente muito bom – ela entregou o papel que estava segurando nas mãos de Lincoln.

- Não acredito que conseguimos saquear tudo isso – ele observava o papel com certa surpresa.

- Por isso que amo saquear os ricos, eles sempre vão ter algo para nós – ela respondeu sorrindo – além disso, o contrabando também está favorecendo muito nossos números.

A conversa foi interrompida quando uma mulher entrou na cabine sem pedir licença. Os olhos verdes de Lexa suavizaram ao reconhecer Anya. A mulher estava suja e molhada devido a tempestade, mas ela não parecia se importar com  isso quando entrou, e ela sabia que Lexa também não se importaria.

- Só vim avisar que em trinta minutos nós vamos chegar à praia afastada de Arkadia – Anya disse séria, encarando Lexa.

- Tem certeza que você só veio me avisar isso? – Lexa perguntou retribuindo o olhar.

- Bom... – Lincoln interrompeu e depositou o papel com a renda dos saques novamente em cima da mesa de Lexa – eu vou ver se Indra precisa da minha ajuda – ele finalizou recebendo um aceno de Lexa e fechou a porta depois de sair.

Lexa ficou em pé e se aproximou de Anya.

- E então? – ela pressionou.

- Eu acho loucura você nos levar para Arkadia – Anya disse com calma – A base da marinha fica lá, e você sabe que eles tentam nos caçar por dois anos, agora mais ainda, pois roubamos de muitas pessoas poderosas ultimamente.

- Não há perigo nenhum em irmos, nós já fizemos isso muitas vezes – Lexa deu uma pausa para suspirar – nós nunca entramos em Arkadia, de fato. Nós atracamos o navio na praia leste que fica a 5 km da pequena vila que nós já fomos incontáveis vezes – Lexa olhou para a mulher em sua frente que continuava inexpressível – Jesus, Anya, o que está acontecendo? Quer que eu narre nossa caminhada até a vila também?

- Não – ela murmurou – eu recebi informações quentes de Gustus.

- Que informações? – ela arqueou as sobrancelhas.

- Clarke Griffin, ela é a mais nova comandante da marinha. E ela está muito disposta a te pegar.

- Clarke Griffin? – Lexa riu – você realmente acha que ela vai fazer alguma coisa? São dois anos, Anya, não dois dias. Deixe que ela venha, garanto a você que nós vamos ganhar como sempre.

- Mas capitã, Clarke foi vista em Arkadia. E se ela descobrir que nós atracamos em suas terras? – Anya estava realmente preocupada.

- Ela não vai descobrir – Lexa disse firme, erguendo a mão assim que Anya abriu a boca para respondê-la. O gesto calou a mulher, que deu meia volta e deixou a cabine.

Lexa suspirou fundo e voltou a se sentar, ela cruzou os braços enquanto pensava nas palavras de Anya. Lexa conhecia a fama de Clarke, ela já havia capturado vários piratas, e destruído um bando inteiro uma vez, o bando de Nia, mais conhecida como a Rainha de Gelo. O que Clarke não sabia era que Lexa tinha tido uma participação muito importante nessa guerra matando Nia com as próprias mãs. Ela invadiu o navio, disfarçada, e foi até a cabine da rainha para obter sua vingança pessoal. Nia havia tirado de Lexa a coisa que mais importava para ela.

Então, quando Clarke alcançou o navio da Rainha, pegou o bando inteiro desestabilizado porque tinham acabado de descobrir o corpo de sua capitã. Em comando de Clarke, todos foram presos e os que tentaram fugir acabaram mortos. A morte da Rainha se tornou um mistério, pois ninguém nunca descobriu quem foi o responsável pela faca cravada no peito da mulher.

Lexa balançou a cabeça numa tentativa de afastar as lembranças que ainda a assombrava todas as noites. Ela sabia que Clarke era determinada e poderia pôr em risco sua tripulação, mas ela não deixaria, ela nunca tinha perdido uma batalha e já havia derrubado muitos navios, não seria agora que ela ia cair.

Poucos minutos se passaram até Lexa ouvir o grito de um de seus homens indicando que a praia leste de Arkadia já estava sendo vista. Ela suspirou aliviada, quem sabe naquela noite ela pudesse ter algum descanso, enfim.

 

O navio estava atracado, toda a tripulação estava em terra com exceção de alguns que ficariam no navio para o turno de guarda. A praia leste era abandonada, havia muita vegetação em volta e o cais precisava de uma reforma. O lugar era vazio porque anos atrás havia muitos saqueadores, fazendo assim com que as pessoas evitassem passar por ali. Quando o bando de Lexa chegou, eles deram um fim nessa confusão e fizeram um laço com a pequena vila que tinha ali perto. Eles vendiam as mercadorias roubadas por um preço acessível para que os habitantes pudessem revender por um preço justo no mercado.

A caminhada não durou mais que trinta minutos. A taverna da vila logo estava cheio e podia se ouvir as risadas altas e a música que animava o ambiente. Muitos dos piratas estavam se entretendo com alguma prostituta, outros aproveitavam para beber até apagar. O que era totalmente compreensível, depois de vários dias em alto mar.

Lexa no entanto, estava em uma mesa afastada sentada com Indra, Lincoln e Anya. Eles estavam a beber cerveja e jogar conversa fora sobre alguma história passada. Era um dos raros momentos que Lexa de fato se divertia. Ela percebeu embora que Anya estava apreensiva, e ela sabia que era por causa do assunto da conversa que haviam tido mais cedo. Ela deu um grande e ultimo gole da cerveja, secando a caneca.

- Maya! – Lexa chamou. Rapidamente a moça se aproximou da mesa e encheu as canecas vazias. Lexa deu um sorriso como agradecimento e Maya se afastou.

Ela voltou sua atenção para Anya e a chutou por baixo da mesa. A mulher deu um pulo e se virou assustada.

- Que diabos? – exclamou.

- Você está tensa, Anya. Acalme-se, está tudo bem.

Indra e Lincoln apenas se olharam e permaneceram em silêncio.

- Eu realmente espero que sim – Anya murmurou.

As próximas horas se passaram rápido. Lexa instruiu Lincoln a ajudar o seu pessoal fazendo com que os mais embriagados voltassem imediatamente ao navio, e os que estivessem bem poderiam ficar e dormir na vila. Lincoln levou apenas uma hora para prontificar de completar a tarefa e voltar para a taverna. Ele havia chego à praia e sinalizado para os que ficaram a bordo para irem até ele com botes, e assim mandou os homens em segurança para o navio, evitando qualquer suicídio. Entretanto, ele chegou muito cansado e apenas acenou para Lexa que ainda estava sentada no mesmo lugar e foi direto para o seu quarto dormir.

Lexa permaneceu ali até o último de seu bando sair e ir para a pousada, ela então se deu por vencida e deu um bocejo antes de se levantar e começar a subir a escadaria e ir em direção ao seu quarto.

Ela se jogou seminua na cama, havia se livrado de todo peso que carregava em seu corpo e já tinha tomado um banho merecido. A morena permaneceu ali por cinco minutos olhando para o teto e vagueando com os pensamentos. Quando ela menos esperava seus olhos pesaram de tal forma que ela simplesmente parou de enxergar e se afundou num sono profundo naquela mesma posição, de braços abertos esparramada na cama.

No dia seguinte Lexa sentiu uma pontada na cabeça ao acordar, ela se lembraria de não beber mais tarde. Mas ela sempre pensava isso, papo de bêbado.

- Porra – murmurou ao abrir os olhos.

Ela levantou e se vestiu rapidamente. Seus olhos correram até a janela e ela viu os raios solares entrando com força no quarto. Ela não conseguia lembrar qual tinha sido a ultima vez que ela tinha dormido tanto. Irresponsável, eu sou uma irresponsável, pensou. Seus pensamentos foram interrompidos ao ouvir uma batida na porta.

- Entre! – gritou.

Anya abriu a porta com cuidado olhando dentro primeiro sem saber direito o que esperar. Ela deu um sorriso para Lexa e fechou a porta atrás dela. Anya andou até a cama e se sentou na beira.

- Você estava certa – admitiu relutante – acho que se eles não vieram atrás de nós até agora é porque provavelmente não sabem que estamos aqui.

- Por favor, não devemos falar sobre isso. Quero me preocupar com marinheiros só em mar. Nós já negociamos com os mercadores da vila?

- Já fiz tudo essa manhã, está tudo certo e o dinheiro já está guardado – Anya respondeu rapidamente. Ela olhou de largo para Lexa – então, há quanto tempo que você não transa?

- Quê? – Lexa quase engasgou, sentindo seu rosto queimar de repente.

- Sexo, foda, transa – Anya fez cara de pensativa – você conhece mais algum sinônimo?

- Anya!

- Pare, Lexa! Faz muito tempo que não vejo você tirar um tempo para se divertir, desde... – ela fez uma pausa, pensando se devia ou não dizer o nome. Mas suspirou fundo e terminou – desde Costia.

Lexa engoliu seco, ela realmente não queria ter essa conversa, mas Anya não ia sair dali sem a resposta que esperava. Lexa sentou do lado de Anya que a olhava inexpressiva.

- Não houve ninguém depois dela. Eu sequer consigo pensar nisso – suas palavras foram sinceras e Anya ficou sem saber muito o que dizer.

- Já faz mais de um ano, Lexa...

- Eu sei!

- Bom, eu vou sair agora. Em breve vai sair o almoço e mais tarde nós temos que voltar para o navio – ela disse se levantando. Antes de sair, Anya olhou pelo ombro e encontrou o olhar de Lexa sobre ela – só, por favor, não feche seu coração. Você ainda tem uma vida inteira pela frente, criança.

- Eu já tenho 23 – Lexa disse quando Anya fechava a porta. Bem a tempo de ver um sorriso no rosto da mulher.

Lexa suspirou e deu um meio sorriso. Anya era como sua irmã mais velha, apenas três anos de diferença. As duas se conheciam desde sempre, e quando Lexa resolveu se unir ao mar, Anya foi com ela sem pensar duas vezes. Todas as lutas, batalhas e sofrimentos foram passados com união, elas tinham uma a outra. Ela era muito jovem quando se tornou a capitã, mas Anya deu a ela todo suporte e forças para fazer um trabalho bem feito, foi a melhor mentora que ela poderia ter. E Anya também estava lá quando enviaram o corpo de... Costia. Tal pensamento fez Lexa estremecer.

Ela rapidamente se levantou e saiu do quarto, disposta a fazer de tudo para não deixar seus pensamentos se aprofundarem naquela lembrança tanto a machucava.

As próximas horas depois do almoço se passaram muito rápido. Todos os grounder se encontravam na taverna apenas esperando as ordens de Lexa para irem até o navio.

Lexa se encontrava sentada, pronta para informar ao seu bando que começassem a se mexer.

- MARINHEIROS! – ouviu-se um dos piratas gritar de fora da taverna.

Lexa saltou da cadeira e tirou sua espada da bainha. Seu bando seguiu o exemplo. Ela tomou a frente e saiu do local apenas a tempo de ver os marinheiros em uma corrida em sua direção.

- São muitos, e nós não precisamos dessa luta agora – ela ouviu Indra dizer se materializando ao seu lado.

- Você tem razão, podemos evitar iss...

- ATACAR! – um de seus homens gritou.

Antes que Lexa pudesse fazer qualquer coisa para reverter a situação o caos já estava feito. O homem que provocou o ataque se prontificou de correr e direção dos marinheiros, Lexa o reconheceu, era Titus, o maldito causador de problemas. Lexa o classificava como um real psicopata, daqueles que fazem tudo para ver sangue. Os outros piratas movidos pela comoção soltaram um grito de guerra e também começaram a correr em direção da luta. Lexa não tinha muita escolha, não podia abandonar seus homens. Ainda com a espada em mãos ela olhou para Indra e Lincoln que estavam ao seu lado, prontos para qualquer comando. Ela soltou um longo suspiro.

- Vamos fazer isso – Lexa disse firme – depois eu dou um jeito em Titus.

Os dois piratas assentiram e a seguiram.

A luta já estava sendo travada, aparentemente ninguém havia caído ainda. Os marinheiros eram treinados e sabiam lutar, mas os Grounders também eram e Lexa estava orgulhosa de seu feito quando via a maneira que seu bando se comportava em batalha. A morena entrou no confronto cruzando com força sua espada contra a espada do marinheiro que estava prestes a pegar a vida de um de seus homens. Ele deu alguns passos para trás se preparando para enfrentá-la. Ela investiu contra ele algumas vezes e começou a admitir internamente que o homem sabia lutar. Foi então que ela o venceu no cansaço. Quando o homem não aguentava mais se defender das duras investidas, ele abriu uma brecha que Lexa aproveitou para fazer o desarme seguido de um golpe final, direto no coração.

Momentos depois suas vestes estavam manchadas de sangue e ela transpirava cansada pela batalha. Ela olhou em sua volta, seu lado levava vantagem, eram muitos marinheiros caídos e poucos piratas. Lexa olhou no horizonte e viu mais soldados chegando, e eles iam continuar vindo, ela sabia disso. Eles estavam dispostos a pegar a cabeça dela, mas ela ia dificultar bastante.

- ATENÇÃO! – ela gritou quando o ultimo marinheiro caiu – essa luta não devia nem ter começado. A marinha vai continuar mandando seus soldados, vejam – ela apontou para o horizonte. Tendo a atenção de seus guerreiros, ela continuou – eu sou seu comandante – sua voz saía mais áspera e cheia de raiva – eu decido quando tem um ataque ou não! E quanto a você... – ela se aproximou de Titus, que a olhava com repugno – você vai ter o que merece.

Em poucas palavras Lexa ordenou que seus homens recuassem. Eles acataram as ordens e fizeram seu caminho pelo lado oposto dos marinheiros que marchavam contra eles. Foram em direção à praia, onde seu navio jazia atracado. Quando chegaram, os botes já estavam prontos e rapidamente os mesmos foram se enchendo e o bando começou a remar em direção do navio. Lexa esperou para ser a ultima junto com Indra, Lincoln e Anya. Quando se preparavam para entrar no bote Indra se virou para ela.

- Você tomou a decisão certa.

- Eu sempre tomo – Lexa respondeu com um sorriso presunçoso, fazendo os demais rirem.

- LEXA!

O grito pelo seu nome não veio do navio e tampouco de seus companheiros, mas sim da mata. A morena se virou rapidamente para ver do que se tratava e se encontrou olhando para o par de olhos mais azuis que ela já tinha visto, azuis que Lexa jurava que tinham atingido sua própria alma. Lexa reconheceu a bela mulher com fios loiros, era Clarke Griffin, comandante da marinha. Lexa já tinha visto retratos e pinturas dela em jornais algumas vezes, mas ela era com certeza muito mais linda pessoalmente. A morena deu um passo em sua direção, mas um braço a impediu de continuar.

- O que está fazendo? – ouviu Anya perguntar.

- Vou dar a ela o que ela quer. Uma luta – Lexa respondeu com a maior calma do mundo.

- Você não precisa fazer isso.

- Não preciso, mas vai fazer bem para o meu ego e a comandante vai entender porque que os Grounders são melhores do que qualquer marinheiro.

Lexa se afastou de Anya e dos demais. Ela desembainhou sua espada e se aproximou de Clarke que estava a cem metros de distância. A loira a olhava com fúria, e em resposta Lexa deu seu melhor sorriso e aprofundou seus olhares. Clarke ficou evidentemente mais irritada do que já estava.

- Você sempre vai viver fugindo de mim? – Clarke perguntou, arrumando sua posição de luta, a espada já em mãos.

- Depende, você vai sempre me perseguir? – Lexa rebateu.

- Bom, a Marinha está muito focada em destruir com seu bando e essa banheira que você chama de navio.

Lexa riu, sem deixar de olhar para Clarke.

- Sabe – ela fez uma pausa para certificar que Clarke prestava atenção – já faz mais de dois anos que vocês estão focados nisso, mas até agora tudo que conquistaram foram frustrações e meu navio cada vez mais rico.

- Até agora – Clarke disse quase inaudível e investiu contra Lexa que já esperava pelo ataque.

Lexa ergueu sua espada habilmente para se defender, quando em choque, as espadas fizeram um barulho estridente. Clarke olhou com fúria nos olhos para Lexa enquanto suas espadas ainda permaneciam cruzadas. A marinheira ergueu seu pé, chutando Lexa em seguida direto no estômago que caiu sem fôlego apenas a tempo de se recuperar para outro golpe que vinha em sua direção. Ela rolou e a espada de Clarke atingiu o chão, centímetros ao lado de sua cabeça. Lexa se levantou e contra atacou com fúria, mas Clarke se defendeu de todas as investidas. As duas permaneceram nesse ritmo por mais dois minutos até Lexa se defender de um golpe e levar seu punho esquerdo com força até o queixo de Clarke, que caiu paralisada. Lexa chutou a espada de Clarke para longe e encostou a ponta de sua própria na garganta da loira. Elas permaneceram sérias se encarando, uma sem conseguir se mexer no chão e a outra com total controle da situação. Lexa não conseguia evitar notar que Clarke não parecia assustada ou com medo e essa era a primeira vez que alguém enfrentava Lexa Woods pessoalmente e não sentia medo. Ela permaneceu olhando para a loira pelos próximos dez segundos e lentamente guardou sua espada novamente na bainha.

- É por isso que vocês nunca vão me pegar – Lexa disse com uma voz suave e pela primeira vez na vida Clarke teve medo. Não da morte. Ela não sabia o que tinha causado o medo, e tampouco descobriria.

A morena deu dois passos para trás sem deixar de encarar a loira imóvel. Após um breve momento Lexa deu as costas e fez seu caminho até o barco. Seus amigos já a esperavam prontos para sair, nenhum deles disse uma palavra quando a capitã entrou e se sentou de costas para eles.

Conforme o navio se afastava da praia, Lexa caminhou até a proa do navio e viu que Clarke já estava em pé assistindo eles se afastarem.

- Talvez nos encontremos de novo -  Lexa sussurrou dando um sorriso enquanto seu navio sumia de vista.


Notas Finais


Bom, é isso aí, espero realmente que tenham gostado. Pretendo desenvolver bastante a história se vocês quiserem que eu faça. Até já escrevi esboços de capítulos aleatórios aqui, juro. Acho que vou ficar louca de tanto pensar nessa fic.
Enfim, me deixem saber o que vocês pensam pokawspwejaoijdsaio


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