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História DanSing - Um Sonho - Arrependimentos


Escrita por: JoeZeeyo

Notas do Autor


MEU DEUS!
Não morremos ainda :O

Tentei escrever, sentimos muito pela demora </3

Capítulo 6 - Arrependimentos


Fanfic / Fanfiction DanSing - Um Sonho - Arrependimentos


- Acho que pegamos pesado com ela. - Disse Vini com olhar triste.
- Se Cris não tem coragem, não deveria nem estar aqui para começo de conversa. - Falou Lizi bufando.
- É verdade. - Concordou SungKyu.
- Além de tudo, para ser um Idol é necessário força. - Sunny virou seu copo antes de continuar. - Pessoas fracas não conseguem ir em frente, mesmo que queiram.
- Apenas 3 irão ir em frente, e eles estão aqui. - Falou Joe se levantando. - Eliminamos o elo mais fraco, e não terá mais nada em nosso caminho.
Joe se retirou em passos apressados. Queria voltar logo ao dormitório. Sim, ele queria a vitória, mas porque não se sentia tão bem, quanto achou que se sentiria? Era como ter pisado em um animal ferido, sem forças para se rebelar. Mas era isso, a guerra sempre fora assim. Os mais fracos deviam perder, e os fortes ficavam com a glória.

Chegou ao dormitório e se deitou em sua cama. Em sua cabeça apenas ficava a imagem de uma garota inocente, frágil e com saudades da família. Foi jogo sujo, estava ciente disso.
- Droga! - Reclamou se sentando em sua cama.

Se levantou em seguida e foi lavar o rosto. Se olhou no espelho, e pensou o que havia acontecido com ele. Estava ali para ganhar, a vida dele se resumia a isso, e do nada estava se sentindo estranho. Por alguém que nem se quer conhecia direito, por uma inimiga. Ele não era mais o Joe de antes, mas precisava ser.
- Oi. - Se virou e viu Vini encostado na porta. - Tudo bem?
- Por que não estaria? - Secou o rosto e foi para sua cama.
- Seu plano deu certo, era o que queria não é? - Perguntou Vini, sentando-se em sua cama. - Colocar pressão para que ela desista.
- Você é mais inteligente do que parece. - Respondeu em tom de deboche e Vini sorriu. - O que foi?
- Nada não.
Os dois se deitaram depois de apagarem as luzes. Joe pensava sobre as aulas de amanhã, sobre o que teria de enfrentar. Mas também pensava em seu sonho, ser um idol, ter pessoas gritando seu nome. Essa ideia o fez sorrir.
- Eu me sinto estranho. - Falou Vini, mas Joe o ignorou. - Eu sei que isso é uma competição, que todos somos concorrentes, mas tem algo em mim que me faz ficar triste por Cris. Você sente isso também, Joe? - Ele sentia, mas não queria admitir. Não podia.
- Não. Eu quero dormir, fique quieto. - E ouviu uma risada abafada.
No dia seguinte, se dirigiram para a aula de canto, e notaram quando Cris entrou. Estava com olheiras fortes, e um olhar triste.
- Parecem que alguém não dormiu hoje. - Provocou Lizi.
- Cala a boca garota. - Disse Vini irritado. Cris não deu a mínima e se sentou no canto da sala.
Joe observou ela, parecia estar focada em seus pensamentos e não na aula. Lizi provocava ela de todas as formas, Vini sentia-se compelido a defendê-la. Seus olhares se cruzaram por alguns segundos e Joe se odiou, estava sentindo pena. Ela era a porra de uma perdedora, uma criatura deprimente e fraca, não merecia sua pena. Mas ela a tinha. Porque?
- Cris, gostaria de se retirar? - Perguntou o professor e todos olharam em sua direção. - Cris…
- Hun? - Piscou e voltou sua atenção para o professor.
- Não está prestando atenção na aula por quanto tempo?
- Eu… eu… - Gaguejou.
- Ela estava prestando atenção sim. - Respondeu Lizi por ela, o que surpreendeu todos. - Cris teve uma noite ruim e não dormiu, por isso cochilou por alguns segundos. Ela irá prestar atenção agora, não é? - Se virou para ela.
- S-sim. - Respondeu, mas notava-se a evidente desconfiança por aquele ato.
A aula continou normal, e Joe se perguntou o que havia de errado naquele lugar. Ele sentia pena, Vini defendia Cris e até mesmo Lizi fez isso. Todos estavam estranhos, mas nenhum deles entendia o porque.
- Estão dispensados para o almoço, entretanto… - Todos já estavam prontos para sair, mas pararam. - Cada um precisa escolher uma música, irão cantar depois que voltarem do descanso.
Acentiram e foram para o almoço. Joe sentou-se com Lizi e Vini, comiam em silêncio e isso apenas havia acontecido nos primeiros dias que se conheceram, agora o silêncio parecia estranho. Não era natural.
Joe comia, e notou que Lizi brincava com a comida. Estava pensativa e não colocou nada em sua boca. Vini mastigava 100 vezes antes de engolir e parecia estar em câmera lenta, com os olhos focados no nada. Cris não apareceu para comer.
- Vaca idiota! - Xingou Lizi, e os garotos olharam para ela. - Fica com aquela cara de cachorro sem dono, andando por todo lugar.
- Não xingue ela, a única vaca aqui é você. - Disse Vini.
- Ela é uma vaca sim. - Lizi disse, mais parecia um lamento do que xingamento.
- Não vai comer? - Perguntou Joe quando ela se levantou. A garota olhou para seu prato, e se deu conta de que não havia comido nada.
- Estou sem fome. - Então saiu pisando fundo.
- Sem fome? - Perguntou Vini, olhando para ela. - O mundo está acabando e eu não to sabendo?
Joe olhou para o prato dela, e depois para o seu. Ele também não sentia fome, mas estava se forçando a comer. Apostava que Vini se sentia assim também.
Andando de volta para a sala, se deparou com Cris encostada na parede ao lado da porta da sala. Estava falando no celular, e deu um sorriso sem vida, desligando em seguida.
- Você não parece bem. - Falou Joe, se aproximando dela.
- Mas estou. - Forçou um sorriso para ele. - Hope me ajudou a escolher uma música, ele é um amor. Sempre sonhei com o dia que poderia ver ele e tudo mais.
- Hum. - Ele a analisou, não havia empolgação nenhuma em sua voz. Estava tentando enganar a si mesma. - Vai desistir? - Olhou para ele confusa. - Vai voltar para casa?
- Ah… - Ela olhou para a porta. - Não. - Mas seus sentimentos eram outros, e ele percebeu isso.

Joe abriu a boca para falar algo, mas se calou. Não seja fraca, não desista. Era o que falaria, mas se odiou por pensar isso.
Ambos entraram em sua sala e foram para seus lugares. O ar estava diferente, percebeu Joe. Lizi e Vini pareciam mais distantes, e não estavam se bicando como de costume.
- Joe, pode começar. - Pediu o professor e ele se levantou.
Escolheu uma música que achou adequada para o momento, para o que sentia. Never Mind, do BTS.


Eu posso sentir o gosto da falha e frustração e abaixar a cabeça. Ainda somos jovens e imaturos, nem se preocupe com isso, musgo com certeza cresce em uma pedra que não rola. Se você não puder voltar, vá e atravesse diretamente pela sua frustração e esqueça-as. Deixe para lá, não é fácil, mas grave isso no seu coração. Se você sentir que irá bater então acelere mais, seu idiota.
 Deixe para lá, deixe para lá. Não importa o quão difícil o caminho é, corra. Deixe para lá, deixe para lá. Existem várias coisas no mundo as quais você não pode mudar, é melhor você deixar para lá, deixar para lá. Se você sentir que irá bater então acelere mais, seu idiota.
Deixe para lá


Ele largou o microfone, sentia-se bem depois de cantar.

- Porque escolheu essa música? - A pergunta do professor o pegou de surpresa.
- As pessoas se preocupam muito, esquecem de seguir seus sonhos por causa disso. Acho que essa música serve como um empurrão, para que deixemos para lá esse medo, e então aceleremos em direção ao nossos sonhos. Podem haver paredes das quais você vai bater, mas mesmo assim, não se deve desistir. - E viu o sorriso no rosto do professor.
- Muito bem. - Joe foi se sentar. - Sua vez Lizi.
- Vou cantar I'm not a girl, not yet a woman da Britney Spears.
A garota se levantou e foi até a frente, olhou para Cris e suspirou.

"Eu costumava pensar que tinha respostas para tudo, mas agora eu sei que a vida, nem sempre segue meu rumo. Sinto como se estivesse sido pega no meio, isso é quando percebo.
Eu não sou uma garota, nem ainda uma mulher. Tudo que preciso é tempo, um momento que seja só meu enquanto estou nessa transição. Eu não sou uma garota, nem ainda uma mulher."


- Por que escolheu a música? - Perguntou novamente.
- Eu pensava que o mundo girava apenas em torno de mim, que tudo feito apenas para mim e que os outros não me serviam de nada. Foi então que eu percebi. - Sorriu um pouco. - O como eu era idiota. Isso me deixou abalada, não sabia o que fazer. Era um mundo novo para mim, esse tipo de sentimento. Então essa música representa isso, quando eu mudei, quando percebi coisas novas sobre mim e os outros. Eu com certeza não mudarei do dia para a noite, só porque descobri isso mas, preciso de um tempo enquanto estou nessa transição.
- Pode se sentar. - Sorriu para Lizi. - Vini, sua vez. - Chamou depois da apresentação de outros dois.

- Escolhi Stand Up For Love , Destiny's Child.

 

 

" E tudo isso começa aqui mesmo, e começa bem agora. Uma pessoa se levanta e o resto a segue, por todos os esquecidos, por todos os não amados, eu cantarei esta canção! E eu acredito que ainda verei na minha vida,um fim para a desesperança, para a desistência, para o sofrimento… Se todos nós permanecermos juntos desta vez, ninguém será deixado para trás; Levante-se para a vida, levante-se e cante… Levante-se para o amor. "

- Mesma pergunta.
- Há coisas mais importantes que nossos egos, que nossos desejos. Uma delas é a união. Sozinho não somos nada, mas quando nos unimos podemos lutar, podemos ser melhores, podemos mudar. Mesmo que não queiramos admitir, um dos laços mais fortes é a amizade e todos sentimos ela um dia. - Ele olhou para Cris. - Quando vemos sofrimento, desesperança e a desistência em alguém que gostamos, queremos ser a força para essa pessoa. - Voltou a olhar para o professor. - Queremos que ela se levante, então levantamos juntos. Vamos viver, cantar e amar, e assim podemos ser felizes.
- Pode voltar ao seu lugar. - O professor parecia estar bem contente.

Joe olhou para seus companheiros, para todas as músicas cantadas. Ele sabia que havia algo mudando dentro deles, e estava com medo, pois algo mudava dentro de si.
Ele acompanhou Cris se levantar, caminhava sem forças e parou segurando o microfone. Seus olhos se fecharam e então ela começou a cantar.
Todos reconheceram a música assim que começou, era My Heart will go on da Celine Dion.

" Perto, longe, onde quer que você esteja, creio que o coração segue em frente. Uma vez mais, você abre a porta e você está aqui, no meu coração. E o meu coração continuará e continuará.
Você está aqui, não há nada que eu temo, e eu sei que meu coração seguirá em frente. Ficaremos para sempre dessa forma,você está seguro em meu coração. E meu coração continuará e continuará. "

 Joe percebeu algumas lágrimas saírem dos olhos dela, enquanto cantava.

- Uma música bem romântica, por quem está apaixonada? - Perguntou o professor.
- Por ninguém.
- Então por que escolheu essa música?
- Existem diversos tipos de amor, e para mim essa música expressa a força do amor. Mesmo longe, o amor vai continuar, pois é verdadeiro. Porque quando você ama, independente de quem seja ou quem sejam, você mantêm dentro do coração. E é por isso que eu escolhi essa música. Todas as pessoas que eu deixei para trás, em busca dos meus sonhos, mesmo estando longe delas, não existirá um segundo que eu não as sinta, pois estão comigo em meu coração. Esse para mim, é o amor verdadeiro.

Joe pensou nas palavras dos três, nos significados por trás de suas músicas. E chegou a uma conclusão, estavam de fato arrependidos. Ele mesmo se sentia dessa forma, só que não daria o braço a torcer, era seu sonho em jogo. Não veio para aquele lugar a fim de fazer amizades, e sim de ficar famoso.
Andando de volta ao seu quarto, reparou alguém encostado em sua porta, de cabeça baixa. Ao se aproximar notou que se tratava de Hope.
- O que faz ai? - Perguntou Joe intrigado.
Hope se desencostou da porta, e fazia cara de poucos amigos.
- Vamos conversar.

 



 



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