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História Dark and Cold: O casal perfeito - Tão perfeito que parece perigoso


Escrita por: Matsu__

Notas do Autor


Sobre os reviews do primeiro capitulo... Não, o Aoi não vai morrer, acho ele um tiozinho muito simpático XD
Boa leitura ^^

Capítulo 2 - Tão perfeito que parece perigoso


Fanfic / Fanfiction Dark and Cold: O casal perfeito - Tão perfeito que parece perigoso

-Bom dia! –Desejei, entrando na cozinha, arrastando os chinelos sem receber resposta.

Ainda era muito cedo, mas eu tinha que levar as fotos para o estúdio para serem editadas.

-Esvazie o quarto que está sobrando, vou precisar dele. –Meu pai disse, se levantando da mesa assim que eu me sentei, e se retirou logo em seguida.

-Qual quarto? Não temos quarto sobrando... –Minha mãe não respondeu e eu a encarei. –Não está falando comigo também? O que eu fiz dessa vez?

-Nada...

-Mãe?

-Hum...

-É tão ruim assim? Tão... Vergonhoso?

-O que?

-Você sabe o que.

-Não sei de nada.

-Sim, você sabe... Mas se você precisa que eu seja mais direto... Tudo bem, eu posso ser... Você e o papai tem vergonha da minha opção sexual? É isso? –Ela me encarou. –É só por isso?

-Só? Qual mãe não se envergonharia, Takanori? Saber que o próprio filho fica por ai se pegando com outro homem.

-Eu não... Não fico por ai... Me pegando com ninguém...

-Você por acaso... Por acaso se esqueceu do dia em que descobrimos? Esqueceu de como tudo mundo descobriu? Você se esqueceu do que estava fazendo com aquele homem dentro do carro? Na frente da nossa casa... –Meus olhos lacrimejaram, e eu, por mais que tivesse tentado, não consegui responder. –Não é você que tem que ouvir as coisas que os outros dizem...

-Ah... Não tenho? Então você acha isso? Eu não tenho que ouvir?

-Não escuta o que eu sou obrigada a escutar...

-Eu sou obrigado a escutar isso da minha própria mãe... –Sequei as lágrimas com as costas da mão quando ela se levantou, deixando sua louça suja na pia, parecendo tranqüila demais, depois foi até a porta com passos lentos.

-O quarto que está sobrando... É o seu...

 

 

 

-Você parece doente, Matsumoto. –O Sr. Shiroyama editava as fotos e eu precisava esperar para receber meu pagamento.

-Eu só dormi pouco...

-Sei... As fotos ficaram muito boas.

-Obrigado.

-Mas tem uma seqüência de fotos bem... Inútil.

-Ah... Sim... Eu tive problemas com a câmera... Mas eu falei com o Sr. Uke e está tudo certo...

-Okay! As ultimas ficaram ruins.

-Me desculpe por isso... É que estava muito tarde e eu estava bem cansado...

-Sem problema! Tem fotos o suficiente. –Ele girou a cadeira, parando-a de frente para mim e me encarando. –Você parece doente.

Neguei com um sorriso fraco.

-Eu estou bem.

-Esteve chorando?

-Ah... Não...

-Você mente muito mal... –Ele riu um pouco, pegando o envelope de dentro de uma das gavetas e o estendendo para mim. –Fez um bom trabalho.

-Obrigado! –Forcei um sorriso ao pegar o envelope. –Sr. Shiroyama?

-Diga...

-Sabe de... De algum quarto... Um quarto barato aqui por perto? –Ele me encarou mais uma vez, aqueles olhos pequeno pareciam saber demais, depois empurrou uma cadeira com o pé, indicando-a para que eu me sentasse e eu obedeci. –Há quanto tempo eles sabem?

-Eles? Eles quem? Sabem o que?

-Não pra cima de mim rapaz... –Ele riu, tirando o celular do bolso e revirando um pouco, depois me entregou. Olhei para a foto por um tempo, nela tinha um rapaz, usava uma mascara cirúrgica, os cabelos descoloridos cobrindo um pouco dos olhos, mas tinha um olhar forte e parecia ser realmente bonito. –O nome dele é Suzuki Akira... Estamos juntos há quase nove anos.

Eu o encarei surpreso.

-Mesmo?

-Mesmo. Minha mãe era bem “cabeça aberta”, aceitou numa boa, mas meu pai, que Deus o tenha, ainda vivia na idade da pedra e achava que eu era um tipo de aberração, ou qualquer coisa assim... Quando ele morreu eu não o via há 5 anos...

-Eu sinto muito... –Ele sorriu. –Eles... Eles sabem há 2 anos...

-E não te forçaram a sair de casa? Você é um filho da puta sortudo! –Eu consegui rir um pouco. –É uma sensação estranha, não é?

-É... Talvez seja melhor...

-Sempre é... Bem, pra mim foi.

-Mas o senhor pelo menos tinha alguém, não é?

-Takanori... Você é jovem e bonito e eu sei de alguém que está... Eu não diria de quatro, é muito pejorativo e eu não conseguiria imaginar isso, mas... Alguém que está caidinho por você.

-Eh? –Me assustei e ele voltou a rir.

-Você não percebeu? –Eu o encarei com certo espanto. –Yutaka.

-Ah! Ah... Não... Isso com certeza não...

-Você acha que ele veio diretamente aqui por quê? Por mais que me doa dizer isso, convenhamos que pra alguém do porte dele isso aqui é uma tapera, ele poderia muito bem pagar uma equipe de algum estúdio bem maior.

-Isso é bobagem.

-Não parecia bobagem quando ele apareceu aqui procurando um tal de Takanori, me pedindo pra não dizer que ele sabia seu nome...

-Ele... Ele procurou por mim?

-Sim.

-Ah... –Tentei falar, mas eu estava totalmente sem reação.

-Porque não aproveita essa chance? É uma boa pessoa. Não custa nada, ele é bonito, inteligente, educado, rico e está afim de você.

-Isso é...

-Perfeito! Tão perfeito que parece perigoso. –Eu fiquei pensativo, depois sorri envergonhado.

-O senhor... Acha mesmo que...

-35 anos de experiência contra 19... Se não tentar, vai ficar apenas se lamentando e se perguntando como teria sido.

-E se não der certo?

-Decepções amorosas machucam, Takanori, mas não matam.

 

 

 

Passei o decorrer do dia tão nervoso que eu tinha problemas para respirar. Eu não sabia se eu deveria ir até aquele endereço marcado no bilhete, afinal, saber que Yutaka já sabia meu nome era bastante assustador. Mas talvez o Sr. Shiroyama tivesse razão, Yutaka era um homem bonito, rico e educado, provavelmente aquele homem que eu esperava.

-Podia ao menos esperar eu arranjar um lugar pra ficar... –Eu estava no corredor esperando minha mãe terminar de tirar as coisas do meu quarto, sem muito cuidado. Hikari apareceu na porta do quarto dela, olhando de esquina e meu cenho se franziu quando ela olhou para mim, voltando a se esconder. –Desde quando a Hikari é loira?

-Desde que o pai dela permitiu que ela pintasse o cabelo...

-Hum... Mãe?

-O que é?

-Eu... Eu acho que encontrei alguém... –Ela parou o que fazia, me olhando.

-Alguém?

-É... Alguém.

-Alguém como? –Eu suspirei.

-Alguém... Eu não sei se isso vai dar certo, mas...

-Alguém como? –Eu a encarei antes de responder.

-Um homem.

-Um homem...

-É... Ele é um pouco mais velho... Mas... Mas tem uma boa condição e... É um bom homem...

-Um bom homem?

-É... Ele... Ele meio que me convidou pra sair hoje...

-Meio?

-É... –Eu ri um pouco sem graça com a forma como ela me olhava, mas mesmo assim eu começava a me empolgar. –Ele deixou um bilhete no meu bolso ontem. O Sr. Shiroyama disse que ele já sabia sobre mim antes e...

-Seu chefe enche sua cabeça com essas besteiras também? –Eu voltei a rir.

-Não é besteira! Ele me entende.

-Entende que você não tem nenhuma vergonha...

-Essa história de vergonha de novo? Enfim... Eu estou atrás de um quarto... O Sr. Shiroyama disse que sabe de um lugar bom pra mim. Só queria que soubesse... Que soubesse que eu acho que pela primeira vez eu não... Eu não sinto sozinho...

Ela me encarou mais uma vez, depois se aproximou com rapidez, me abraçando.

-Por favor, tenha cuidado lá fora. –Eu a abracei de volta, sua voz era chorosa. –Eu não quero que você vá embora... Tenho medo...

-Eu posso me virar, mãe...

-Porque fez isso com você mesmo, meu filho?

-Eu não fiz nada, mãe... Eu... Eu só sou assim...

-Ninguém “é assim”... Ninguém... Você poderia ter escolhido... Poderia ter escolhido o amor do seu pai... –Eu a afastei um pouco.

-Eu seria infeliz do mesmo jeito... Com licença, eu preciso encontrar alguém.

Tirei as mãos dela da minha camisa e me afastei, secando minhas lágrimas, decido a ir até aquele endereço e fazer o que fosse preciso.


Notas Finais


Recomendação do dia: Não é saudável sentir pena do Ruki...


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