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História Dark and Cold: O casal perfeito - O primeiro dos desejos


Escrita por: Matsu__

Notas do Autor


Eae? Já ta na hora de dar inicio as tretas mais pesadas e como eu disse no facebook (acho que eu tenho a maioria daqui no facebook)... Acho que esse casal vai me fazer ficar pensando neles assim como eu penso no Matsumoto sensei...
ENFIM!!! Vamos lá... Venham tretas pesadas... Venham!

*Era pra eu ter postado ontem, mas o SS não deixou e eu acabei trollando a Groselha, desculpe Gro ;u;/<3

Capítulo 10 - O primeiro dos desejos


Fanfic / Fanfiction Dark and Cold: O casal perfeito - O primeiro dos desejos

Aquela foi a primeira noite que eu considerei como “normal” naquela casa. Depois do restaurante voltamos para casa, ambos colocamos qualquer roupa confortável e chegamos ao consenso de que seria bom assistir um filme e eu acho que nem eu, nem Yutaka, percebemos em que momento pegamos no sono, por que eu acordei as 2:30h da manhã, sendo abraçado por Yutaka e a luz da TV ligada fazia com que as sombras do quarto tremessem de acordo com a mudança de imagens.

Passei a mão pelo colchão, procurando pelo controle, desligando a TV logo em seguida, me virando para me confortar nos braços de Yutaka, que também se ajeitou, rindo um pouco.

-Que porcaria de filme. –Ele disse baixinho e eu também ri. –Dormi nos primeiros quinze minutos.

-Você parecia cansado...

-Mesmo?

-Sim... Sua expressão... Estava cansada... -Senti o corpo dele tremer um pouco.

-Estresse... Você não sabe como é carregar tantas coisas nas costas.

-De certa forma eu sei... Talvez não na mesma proporção, mas sei...

-Eu acredito. –Ele me apertou um pouco e nós ficamos em silêncio por algum tempo. –O que você ouviu hoje?

E meu coração parou por alguns segundos, voltando a bater tão de repente e com tanta força que fez meu peito doer.

-O que?

-Eu sei que você nos ouviu, mas quero saber o quanto ouviu.

-Ah... –Demorei para responder. –Eu... Acordei com o toque do seu celular...

-Você não se entregaria tão fácil se não ficasse tão nervoso quando mente. –Escondi mais meu rosto contra o peito dele. –O que te assusta?

-Como assim?

-Você parece sentir medo de tudo e o tempo todo. Tem medo de mim?

-Ahn... Não é medo... Não... É que você... Parece sempre tão sério...

-Mesmo?

-Sim... Sempre acho que vai acabar brigando comigo...

Ele riu, se virando de barriga para cima e me puxando para que eu deitasse a cabeça em seu peito.

-Obrigado! Me senti um velho rabugento agora. –E eu também ri.

-Me desculpe, eu não quis dizer isso... É que eu estava acostumado a me envolver com... Com...

-Idiotas?

-Idiotas... Era... Era só sexo e... Era estranho por que... Eu não conseguia sentir nada...

-Hum.

-Era como se eu fosse... Uma boneca, entende?

-Sim.

-Ahn... Me desculpe, isso não é da sua conta e eu estou aqui falando... Deve estar querendo dormir...

-Não, tudo bem, pode falar. –Eu podia sentir que ele estava sendo sincero e isso me deixava feliz, e eu ri um pouco.

-Eu me sinto um bobo... Mas eu estou feliz...

-Não é bobo. Não se sente no direito de estar feliz?

-Às vezes...

-Um sofredor nato? –Ele riu. –Por que está feliz aqui?

-Eu não sei bem... Eu me sinto útil de alguma forma... –Ele pareceu pensativo, depois voltou a se virar de frente para mim, me encarando enquanto levava a mão fria para o meu rosto.

-Ontem você disse que faria tudo por mim. Isso é verdade?

-Ahn... -Senti meu rosto queimar. –Eu não me lembro...

-Entendo. –Ele me encarou. –Mas faria?

-Ah... Sim... Tudo que eu puder fazer... –Ele me encarou sério dessa vez, como se me analisasse, mais uma vez como na noite da festa.

-Você sabe o que eu quero. –Engoli seco. –E você disse que me daria.

Eu ri sem graça, desviando os olhos dos dele. Minha mente caindo em um buraco tão escuro que por um instante eu pensei que havia desmaiado e então recobrei a consciência, a realidade escura do quarto me atingindo como um tapa.

-Eu disse...

-Sim. –Ele parecia tranqüilo, não havia hesitação em sua voz.

 

-Ah...

-Você mentiu pra mim? –Eu o encarei.

-N-Não... Não, eu não...

-Você mentiu. Disse que me daria e agora está se contradizendo.

-Ah... Não... Não... Eu estava bêbado e...

-E mentiu. –Encostei minha testa no peito dele e nós ficamos em silêncio por um longo tempo.

-Só... Me dê um tempo... –Eu suspirei, meus pensamentos tão bagunçados que faziam meu estomago revirar. –Eu posso falar com ela...

-Convide-a para conhecer a sua casa nova. –Suspirei mais uma vez, sentindo as primeiras lágrimas queimando meus olhos.

-Você vai se cansar de mim, não vai? –Aposto que ele podia sentir meu coração batendo contra o peito dele.

-Eu espero que você não deixe que eu me canse de você.

-Mas... Sabe... Eu tenho consciência de que... De que um corpo feminino é bem mais... Atraente... Principalmente por que você... Bem...

-Você acha que por que eu sou “hétero” eu vou me cansar rápido de você?

-Bem... Sim...

-Não sei se isso te decepciona, mas eu não pretendo me cansar de você. –Segurei um risinho satisfeito. –Parece bom pra você? -E eu parei de sorrir, por que ele me encarava sério. –Você tem uma semana.

 

 

 

 

Mais um dia sozinho. Yutaka precisou trabalhar durante toda aquela semana por que uma de suas funcionárias havia perdido uma quantidade gigantesca de papéis... Eu não entendia nada disso, mas era o que ele havia me dito.

Meu celular já não me distraia. Na verdade nada me distraia, por que eu só conseguia pensar no que tinha prometido à Yutaka.

Por que eu tinha dito aquelas coisas? Mesmo sobre efeito de álcool e drogas... Por que eu tinha prometido aquilo a ele? E por que diabos ele tinha aceitado?

Era certo que eu sabia que desde que a viu, Yutaka a queria, mas eu nunca imaginei que ele me diria isso... Assim... Como se fosse comum desejar a irmã do namorado e contar isso a ele...

Hikari nunca aceitaria. Sempre fora quieta e muito calada, as vezes me contava sobre suas paixões, mas eram histórias fantasiosas de menina apaixonada.

Eu conhecia bem essas fantasias.

A diferença entre Hikari e eu era bem grande, eu me atirava de cabeça nas minhas “fantasias”. Me entregava de corpo e alma e acreditava que, mesmo sendo abandonado para depois chorar minhas magoas sozinho, eu ao menos teria ganho um pouco de prazer carnal.

Hikari não era assim. Era uma menina séria e tímida, possivelmente nunca havia beijado ninguém. Com certeza seria um absurdo dizer a ela que um homem de 33 anos a queria...

Eu estava com medo. Yutaka era o tipo de homem que não aceitava ser contrariado, O que aconteceria se eu disse que não?

Eu não conhecia o verdadeiro Yutaka... Eu conhecia um homem envolvente, inteligente e que de certa forma me fazia obedecê-lo sem nem ao menos insistir. Eu não conseguia entender o que acontecia. Eu sabia que ele me manipulava e que eu me deitaria e me fingiria de morto se ele mandasse, mas mesmo consciente disso, eu era incapaz de inverter ou tentar mudar.

Eu admito que o poder sexual que ele tinha sobre mim era o que me prendia daquela forma. O cheiro dele. O gosto dele. Os olhos, a forma como a boca se mexia quando falava e até mesmo o sorriso dele me despertava uma “fúria” que me fazia querer tirar a roupa e abrir as pernas... Vulgar, ridículo e quase engraçado, mas era como eu me sentia perto dele.

Inconscientemente eu já começava a planejar uma forma de atrair Hikari, mesmo que meu senso de certo/errado gritasse que aquilo era um absurdo.

Se Yutaka queria, eu faria e assim ele ficaria feliz e me recompensaria.

 

 

 

 

Eu já estava parado em frente à escola onde Hikari estudava há meia hora. Era meu dia limite. Já havia se passado uma semana desde o pedido de Yutaka, e embora ele não tivesse mais tocado no assunto, eu já começava a me sentir desesperado.

Eu pegava Yutaka em vários momentos me encarando de forma interrogativa e no dia anterior me perguntou para onde eu iria caso não pudesse mais ficar ali.

Uma indireta bastante direta...

Ajeitei a máscara cirúrgica no rosto e a touca na cabeça. Do outro lado da rua eu via vários alunos deixando o local. Eram barulhentos, gritavam, riam e xingavam.

Pensei que seria difícil ver Hikari em meio aquela bagunça, mas os cabelos descoloridos dela, se afastando sozinha do molho de pessoas foi fácil localizar.

Ajeitei a touca mais uma vez, incomodado com o novo acessório, depois corri até Hikari.

-Hey! Hikari! HIKARI! –Ela abraçou a bolsa, se virando para me encarar, assustada, quando toquei seu ombro.

-Taka? –A voz dela era mansa, embora parecesse tensa quando eu puxei a mascara do meu rosto.

-Oi! –Eu a encarei, sorrindo e ela ficou totalmente sem graça quando projetei meu corpo para frente para abraçá-la. –Eu estava sentindo tanta saudade de abraçar você... Você está bem?

Me afastei, segurando-a pelos ombros e ela sorriu, ainda sem graça.

-Ah... Sim e você?

-É... Bem... Muito bem... –Ela desceu os olhos pela minha roupa antes de me encarar mais uma vez. –É... Eu estou mudando algumas coisas...

-Ficou bom... –Eu ri, passando a mão pela camisa.

-Obrigado... Hikari... Como eles estão?

-Eles?

-Papai e mamãe...

-Hum... Estão “bem”...

-“Bem”?

-Estão fingindo que você nunca existiu... –Pisquei, aturdido. Aquilo doía. –Mas mamãe chora o tempo todo... –Eu a encarei. –Eu digo à ela que está bem...

Ela me deu as costas, ameaçando se afastar, mas eu segurei sua mão.

-Espera...

-Eu preciso voltar para casa, Taka... Papai fica bravo se eu demorar...

-Mas... Ahn... Eu... Queria te convidar... Pra tomar um sorvete...

-Sorvete?

-Sim... Por favor... Eu preciso falar com você... Sobre uma coisa... –Ela me encarou mais uma vez. –Por favor... Me deixe pelo menos te levar até o portão de casa...

-Eles vão brigar...

-Até a esquina então... Por favor... –Ela suspirou cansada.

-Tudo bem... –E voltou a se virar e eu me coloquei a caminhar ao lado dela. –O que quer falar comigo?

-Ahn... Ah... –Enfiei as mãos nos bolsos do casaco. –Você sabe que... Bem... Aquele homem... Aquele que estava comigo...

-É seu namorado e estão morando juntos...

Eu ri um pouco envergonhado.

-É... É isso... Bem... Eu queria que viesse conhecer minha casa nova...  –Ela me olhou de relance e eu ri de novo, aflito. –Eu falei de você para Yutaka... Ele disse que eu deveria convidá-la... Pra jantar...

-Você sabe que o papai não deixaria...

-Eu sei, eu sei... Mas pode dizer... Que vai dormir na casa de uma amiga... Eu sei que ele deixa você dormir na casa da Ayume, ai você pode dormir com a gente e... Podemos assistir um filme e comer alguma coisa que não conhecemos...

Ela riu. Eu me senti momentaneamente animado com a idéia, como se eu não soubesse o real motivo para eu estar convidando Hikari.

-Isso é legal... Hoje?

-Sim... –Ela ficou pensativa, depois sorriu.

-Pode me esperar?

-Esperar?

-Sim. Vou ligar para Ayume e pedir para ela confirmar que vou dormir lá e depois falar com papai... –Ela puxou o celular do bolso, começando a discar alguns números antes de sair correndo. –Me espere aqui...

E eu sorri, observando-a se afastar e quando ela já ia ao longe, o surto de realidade bateu de frente comigo. Abaixei a cabeça, pensativo e fechei os olhos, tentando limpar minha mente.

Yutaka não faria nada com Hikari se ela não permitisse...


Notas Finais


Chutes? Quem acertar não ganha nada, mas leva o título de primeira pessoa que acertou alguma coisa dessa porra de fic ~não me lembro se alguém já chutou alguma coisa certa e sei que a Teke tem um palpite, mas não quer me dizer e todos os que eu me lembro, estavam errados~
Até o próximo, espero eu ^^


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