História Dark Love - Please Dad

Duda P.O.V

Passei a manhã e um pouco da tarde com meus pais, e trocando mensagens com o Nash, pois ele estava em um almoço de família, e eu também.

- Filha, seu pai quer saber, se você quer ir com ele no centro ? – Minha mãe disse abrindo a porta do quarto.

- Sim, eu quero, só vou colocar uma jaqueta mais quente e já desço. – Disse sorrindo.

Coloquei uma jaqueta de lã, pois estava tão frio, e a neve já tinha tomado conta da cidade, das ruas. Meu pai já estava comprando enfeites de natal, pois mês que vem já era o natal.

- Pai, leva esse. – Disse apontando pro Papai Noel que estava sentando de pernas cruzadas no trenó e fumando.

- Esse é a tua cara. – Ele falou rindo e pegando o Papai Noel pra ver melhor. – Até que ele é bontinho. – Ele disse rindo e eu ri também. Eu e meu pai já estávamos com quase todos os enfeites comprados, quando avistei Matt e Daia, eles estavam comprando enfeites de natal também.

- Oi pessoal. – Disse sorrindo e eles sorriram quando me viram. – Tudo bem?

- Oi Duda, tudo sim e você ? – Daia disse sorrindo, Matt e ela estavam de mãos entrelaçadas.

- Cadê o Nash? – Matt perguntou com um sorriso no rosto, enquanto mastigava um chiclete azul.

- Ele está passando o dia com a família, e eu estou passando com a minha, e vocês o que estão fazendo?

- Vamos comprar enfeites de natal, vamos enfeitar a casa do Matt. – Daia falou pegando alguns enfeites.

- Já vamos começar os preparativos para o natal. – Matt falou colocando alguns enfeites no carrinho.

- Eu também, estou comprando enfeites com meu pai! – Disse rindo. – Se for pra deixar pra ultima hora, você fica louco.

- Verdade. – Daia sorriu. – Hoje almoçamos lá na casa do Matt, eu a Beca, Cameron, Carter e Taylor, podíamos ter convidado você, não sabíamos que você ia almoçar com sua família, achamos que você estaria com o Nash.

- Não...mas eu nem iria, sem o Nash. – Fiz bico. – Ai resolvi almoçar com meus pais mesmo, está sendo legal, por incrível que pareça. – Revirei os olhos, e eles riram. – Então vocês almoçaram com a Beca, como ela está?

- Nervosa e aflita. – Matt disse.

- Quem não estaria? – Daia retrucou.

- É mesmo,  espero que fique tudo bem no final, gente eu vou indo, meu pai já está passando as coisas no caixa, se falamos por mensagem qualquer coisa. – Disse me afastando e acenando.

Carter P.O.V

Eu tinha matado um rango na casa do Matt ao meio dia, e fui embora logo em seguida. Já eram quase 17:00 hrs, e eu estava ainda deitado no sofá jogando vídeo game, e as vezes eu twittava.

- Carter, vá na padaria pra mim. – Escutei minha mãe falando.

- Af...já vou. – Disse ainda jogando.

- Vai logo, ou eu vou desligar o cabo desse teu vídeo game e olha que eu desligo. – Ela disse vindo na minha direção.

- Na ultima vez você desligou o cabo errado, desligue o certo desta vez. – Falei rindo e ela riu.

- Vai logo. – Ela me entregou o dinheiro e voltou para a cozinha. Me levantei e fui para a padaria, a padaria era perto de casa, mas até eu chegar lá, eu podia correr o risco de congelar, por isso me agasalhei bem.

- Eu quero..- Falei olhando para o dinheiro. – 4 reais de pão.

- OK... – A mulher disse.

- Carter? Ai meu Deus, Carter! – Escutei alguem falando. – Lembra de mim?

- Oi...nao...eu não lembro, desculpe! – Fiquei sem jeito.

- Tudo bem, eu sou Nic, eu sou sua fã. – Ela corou. – Tirei uma foto com você, meu pai estava organizando o evento...

- EU LEMBRO! – Disse abraçando ela. – Nossa, mas foi no começo da magcon, acho que foi no primeiro evento que fizemos! – Disse rindo.

- Sim, foi! – Ela ficou ainda com o sorriso no rosto.

- Cara, que legal, digamos que você foi em um magcon relíquia. – Eu ri.

- Com certeza, mas eai, como você está? – Ela disse pegando um saco de pão.

- Eu estou bem, eu não podia estar melhor, e você? – Falei pegando meu pedido.

- Eu também. – Ela sorriu. – Então a gente se fala, eu tenho que ir, tchau...

- Tchau...Ei espera, me da o numero do teu celular. – Falei tirando meu celular e entregando pra ela, ela deixou seu numero nele e salvou.  

Shawn P.O.V

Eu e a Gabriele ficamos um tempo dentro da casa de hospedes, depois que Aaron e Julia saíram da casa, eu e ela ficamos tentando procurar mais pistas, porem foi em vão. Só estávamos com o canivete, a única pista que tínhamos achado. Resolvi ir no hospital ver se o Jerome já estava sabendo, ou se aconteceu algo lá, mas antes deixei meu numero com o Gabriele, para que ela pudesse me mandar mensagem, quando descobri-se algo.

- Oi Jerome, tudo bem? – Disse me aproximando da cama dele, ele estava de olhos fechados, e demorou para abrir, ele estava pálido, seus lábios estavam secos.

- O..Oi..- Ele disse engolindo seco, e corri pegar um copo d’agua e entreguei. – Obrigado. – Ele disse bebendo.

- Beca esteve por aqui?

- Sim, não faz muito tempo, praticamente acabou de sair. – Ele falou largando o copo na mesa do lado.

- Ah, ela te falou alguma coisa? Tipo que aconteceu de estranho. – Falei olhando em volta do quarto.

- Ela só disse de um serial killer, que entrou na casa da amiga dela, e agora ele está atrás de uma delas.

- Certo...- Falei ainda olhando o quarto e andando por ele.

- O que deu em vocês? – Jerome disse meio alterado. – Beca estava diferente, me fez perguntas, perguntou sobre meu novo enfermeiro.

- Como é seu novo enfermeiro? – Perguntei preocupado.

- Pare! Isso é culpa dos hormônios? – Ele disse meio fraco e riu

- Se eu contar, vai pior tudo, se Beca não te contou, quem sou eu pra contar. – Disse me aproximando da janela.

- Olá. – Escutei uma voz, e quando olhei era um enfermeiro entrando no quarto. – Está tomando os remédios na hora certa? – Ele perguntou olhando para o Jerome.

- Eu não sei, do nada trocaram todos os meus remédios. – Jerome disse se ajeitando na cama.

- Perai, por que trocaram os remédios deles? A filha dele ta sabendo disso? Quem é você? – Falei me aproximando do enfermeiro que me olhou assustado.

- Eu sou Mike, o novo enfermeiro do hospital, e quem é você? – Ele falou mexendo nos formulários.

- Eu sou Shawn, Shawn Mendes, amigo do Jerome. – Falei colocando as mãos no bolso. – Por que trocaram os remédios dele? Ele só esta piorando, a quanto tempo você está cuidando dele?

- Uma pergunta de cada vez, e pelo o que eu sei. – Ele mexeu mais uma vez no formulário. – Quem pode me fazer perguntas é apenas a Rebeca  Phillips, filha de Jerome, você é Rebeca Phillips? Acho que não. – Ele disse colocando um remédio na seringa e aplicando em Jerome.

- Eu...quero falar com um medico. – Disse meio grosso e vi a porta se abrindo, era a Beca. – Beca, que bom que você chegou, você sabia que eles trocaram os medicamentos do Jerome?

- O que? – Beca disse olhando para Mike o enfermeiro – Por que? Por que trocaram? E por que ele está tão pálido?

- Vai negar respostas para a filha? – Disse cruzando os braços.

- O medico mandou, eu não tenho culpa, sigo ordens – Ele disse se retirando da sala e pude perceber que ele tinha endurado na calça, um chaveiro de canivete.

- Ele é suspeito Beca. – Falei e ela me olhou rapidamente, pude entender que era, porque Jerome estava nos olhando.

- Pare com isso Shawn.  – Ela disse ajeitando o Jerome. – Pai, como está se sentindo?

- Não muito bem.  – Ele começou em um crise de tosse, percebi que Beca estava aflita.

- Onde está o Cameron? – Perguntei.

- Ele está achando um estacionamento vago lá em baixo, vamos passar a noite aqui. – Ela disse ainda segurando a mão do Jerome.

- Ok, então eu já vou indo. – Falei isso e logo os aparelhos começaram a apitar sem parar.

- PAI! – Beca gritou. – Shawn, ele está tendo uma parada respiratória, chame alguem! – Ela estava desesperada. Eu sai correndo da sala, e chamei a primeira enfermeira que eu vi, e ela chamou o medico, que veio correndo, e levaram o corpo de Jerome para a emergência.

- Meu deus! – Beca disse se jogando em cima da cama de Jerome, que estava vazia, já tinham levado o corpo dele para a emergência.

- Beca. – Disse levantando ela e abraçando ela, o mais forte que eu já tinha abraçado, acho que foi um abraço de consolo, e também pra ela saber que eu iria fazer tudo pra protege-lá. – Ele vai reagir, ele vai sair dessa. – Disse passando minha mão no seu cabelo.

- Não, ele não vai, ele está fraco. – Ela estava chorando muito.

- O que está havendo? – Cameron disse largando a bolsa da Beca na poltrona do quarto e vindo em nossa direção, pude sentir a Beca se largando de mim e indo para os braços de Cameron, eles se abraçaram e ela começou a falar o que estava acontecendo.

- Bom, eu acho que já vou indo. – Disse e Cameron me olhou.

- Fica, preciso falar com você. – Ele falou colocando a Beca sentada. – Tem um minuto?

- Claro. – Disse indo com ele até outra sala.

- Sobre a sua mensagem de hoje de manha,  pode me explicar? – Ele disse pegando o celular. – Que idéia é?

- Pode parecer loucura, mas eu quero levar a Beca comigo, eu volto semana que vem para as turnês, e acho que ela vai ficar a salvo comigo. – Falei e ele tentou falar algo mas eu não deixei.- Cameron, se você ama ela, você tem que a protegê-la.

- Isso é loucura, eu vou protegê-la. – Cameron falou se afastando e indo até Beca.

- Ok, eu te dou um tempo pra pensar. – Falei e ele não deu moral.

Beca P.O.V

Meu mundo estava desabando,  meu pai estava entre a vida e a morte, eu estava sendo seguida por um serial killer. O que podia ficar pior?

- Beca? – O medico disse entrando na sala de espera, Shawn e Cameron se levantaram na mesma hora. – Sobre o seu pai ele...

- Não...por favor. – Falei chorando e o medico me olhava com um olhar de pena.

- Ele não resistiu, a parada respiratória foi muito forte, estamos tentando entender o que aconteceu, e o por que de tudo isso.

- Pelo amor de Deus. – Falei colocando as mãos no meu rosto e senti alguém me segurar, era o Cameron, olhei para o Shawn e pude ver que ele estava chorando também. – Pode ter sido culpa dos remédios, você mudou os remédios, e ele ficou fraco! – Eu disse alterada.

- Remédios? Mas eu não mudei os remédios! – O medico disse mexendo nos formulários.

- O que? – Shawn falou rapidamente. – O enfermeiro disse, ele falou que vocês trocaram os remédios.

- Enfermeiro? – Medico pareceu confuso. – Não temos enfermeiros, Marta era a enfermeira que cuidava do seu pai, mas infelizmente ela sofreu um acidente de carro. – O Medico parecia confuso.

- Meu Deus. – Eu disse lentamente, e meu corpo foi se gelando, e rolou uma troca de olhares de nós três dentro da sala.

- Meus pêsames Beca. – O medico me abraçou e se afastou.

- Eu quero morrer! – Falei gritando. – EU QUERO MEU PAI DE VOLTA,  O SERIAL MATOU ELE NÃO FOI? NÃO FOI?

- Xi....- Cameron me abraçou. – Nós vamos descobrir, Beca.

- EU QUERO MEU PAI, PAI, POR FAVOR. – Pude perceber algumas enfermeiras vindo na minha direção, e logo tudo foi ficando escuro.

Cameron P.O.V

Beca estava adormecida, tinham injetado um calmante nela, ela apagou na hora, fiquei sentando do lado de sua cama por um bom tempo, ate que Shawn entrou.

- Foi ele, o John, ele se disfarçou de enfermeiro, e matou o pai dela, e você fica achando que pode protegê-la , você não pode!

- Shawn, isso não é hora. – Falei tentando não perder a calma.

- Não é hora? E quando vai ser? Quando ele encostar nela? Foda-se, se você é o namorado dela, eu não vou deixar isso acontecer.

- Cala boca, acha que eu não estou pensando nisso? Acha que eu não estou com medo de perde-la? Ela é tudo que eu tenho, e agora eu sou tudo que ela tem, eu vou pensar num jeito de protege - lá, mas quero ela perto de mim, eu não quero ela longe! – Falei já alterado.

-Você que sabe...Você que sabe! – Shawn disse saindo do quarto.

Liguei para todos, pra informar da morte de Jerome, e para avisar que o enterro seria, amanha pela manha. Passei a resto da noite no hospital junto com a Beca, ela ainda estava desacordada. Eu ficava olhando para ela, dormindo, tão tranqüila, e eu queria que ela estivesse tranqüila, mas infelizmente eu sabia que quando ela acordasse, tudo voltaria, o stress, a perda, o medo, e comecei a pensar na hipótese, da Beca ir com o Shawn.