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História Dark Paradise - Meet Up


Escrita por: taina_pitanga

Capítulo 12 - Meet Up


Depois de dar uma volta pelas ruas as quais ondas de vento soprava fazendo com que seus cabelos chacoalhasse em ondas. Começava a escurecer, então voltou para casa meio desanimada. Tinha esperanças de encontrar algo, ou melhor, alguém, pelo caminho. Suas esperanças foram pro ralo. Aquela noite deveria ter sido um sonho. Um sonho o qual logo seria esquecido.

Foi para o seu quarto e deitou em sua cama, pegou o seu celular e deu uma olhada nas redes sociais, mas parecia que nada acontecia no mundo, estava tudo parado, sem nenhuma novidade. Então ouviu o barulho da porta e saiu do quarto para olhar e viu que era sua mãe chegando. Voltou a se acomodar em sua cama e minutos depois ouviu batidinhas em sua porta.

- Hey. - sua mãe apareceu. - Já jantou?

- Hmmm. Não.

- Eu vou tomar um banho e vamos jantar então. Trouxe comida japonesa.

- Ah. Okay.

Comida japonesa parecia bom para aquela noite completamente quieta e sem graça. 

Depois do jantar que foi mais alguns minutos de silêncio apesar de sua mãe ter tentado lhe arrancar como tinha passado o dia. Contudo suas respostas se resumiam a 'bem' e 'nada de mais'.

Enquanto estava tudo no "tranquilo de mais", a sua mente parecia um turbilhão de pensamentos e lembranças que assim que se deitou pegou logo no sono.

Sua mãe saiu quase no fim da tarde naquele sábado e disse que não teria hora para voltar. Essa seria só mais uma noite solitária sem nada para fazer. Sentou-se no sofá e olhou para a televisão desligada, o controle estava bem ao seu lado, mas pegá-lo não parecia que fosse resolver nada então só o olhou e logo levantou-se.

- Meu Deus! O que eu vou fazer?

A casa estava tão silenciosa que sua voz mesmo tendo sido um sussurro, ecoou.

Foi até o seu quarto e pegou seu celular,  pensou em telefonar para Caroline, mas provavelmente ela estaria ocupada então desistiu jogando seu celular em cima da cama. Pegou o seu casaco pendurado na porta e saiu. Tinha a ideia de conseguir algo para lhe fazer companhia. Agora como iria conseguir que seria o problema. 

O vento frio atingia o seu rosto e suas mãos começaram a ficar geladas, então começou a andar mais rápido para que não congelasse. Passou na frente daquela loja de bebidas, mas ali não iria conseguir nada. Precisava achar um outro lugar, tinha de haver um outro lugar que fosse mais acessível e talvez pudesse até mentir para o vendedor e dizer que estava comprando para o pai de presente para quando ele voltasse de viagem. Essa seria uma ótima mentira.

Algumas ruas estavam muito escuras e alguns postes de iluminação estavam com a iluminação fraca. Passou na frente de uma lanchonete que tinha poucas pessoas, apesar de ser um sábado a noite. Depois de andar um pouco mais avistou um bar e um sorriso surgiu em seu rosto. O lugar era do tipo que ninguém ligava para nada. Tinha um estacionamento para motos na frente e só havia duas estacionadas ali. Nem pensou duas vezes antes de entrar no estabelecimento. Caminhou em direção a porta e assim que entrou viu alguns olhares sobre ela, o que a fez pensar se seguia em frente o dava meia volta e ia embora. Todos que estavam ali eram homens, a maioria velhos e barbudos.

Respirou fundo e continuou a andar até chegar ao balcão. Um cara que aparentava ter pelo menos uns 35 anos apareceu.

- Então o que a mocinha veio fazer aqui? - ele perguntou e se as pessoas no lugar não conversassem tinha certeza que a voz do homem iria ecoar e todos iriam olhar para ela esperando-a dizer o que desejava.

Pigarreou para que limpasse a garganta e sua voz soasse madura para a sua idade.

- Hã... Eu quero uma garrafa de bourbon.

Os olhos do homem se arregalaram por um instante.

- Uma garrafa de bourbon! - gritou ele batendo no balcão e assustando-a.

Barulhos de motos do lado de fora a fez ficar mais nervosa ainda. Significa que mais homens iriam passar por aquela porta e iria deixar a situação mais constrangedora.

- É. - sua voz quase não saiu, mas se concentrou e tentou fazer melhor.  - Quero dá-la de presente para o meu pai. Uma surpresa, sabe? - e piscou um olho.

Ouviu a porta se abrir e mais vozes masculinas invadirem o ambiente, porém não olhou para trás.

- Seeeei. - disse o homem e continuou a olhá-la. 

As risadas masculinas se aproximavam cada vez mais até que chegou bem perto dos seus ouvidos e uma outra batida no balcão quase a fez pular de susto.

- Vamos cara! Mais uma rodada para esse pessoal aqui! - disse um homem ao seu lado em meio a risadas. Um grupo de homens o seguia, mas um em especial chamou-lhe atenção.

- Não é possível. - murmurou Beth que com toda aquela barulheira ninguém a escutou.

Todos os homens riam e a maioria já seguravam latas ou garrafas de cerveja ou de alguma outra bebida.

Elizabeth se esgueirou mais para o lado para tentar vê-lo e ter certeza de que não estava enganada. E realmente não estava. Os olhos dele passou por ela, mas parecia terem olhado rapidamente para uma estranha.

"Será que ele não se lembra mais de mim?" - pensou Beth.

Foram só algumas horas juntos naquela noite, mas não era algo que se esquecesse assim, afinal de contas fazia menos de uma semana que se conheceram.

Ele pegou um copo com alguma bebida e bebeu de vez, batendo o copo no balcão assim que acabou e os outros aplaudiam e gargalhavam pela sua bravura. Outro cara fez o mesmo.

Eram um bando de idiotas. - pensou Beth meio incrédula com a cena patética.

Talvez ela estivesse enganada e aquele não fosse o cara que ela conheceu na terça-feira passada. No mesmo instante o grupo se dispersou do balcão e ele ficou apoiado ao mesmo e se sentou em um banco para beber um pouco mais. Foi então que ela se aproximou dele.

- James?

Ele a olhou e um sorriso surgiu nos seus lábios.

- Ei! Você não é a garota louca que quase morreu afogada?

Não foi legal ser lembrada por isso, porém ao mesmo tempo Beth se sentiu feliz por ter sido lembrada.

- É. - respondeu meio sem graça.

- Humm. - e tomou mais um gole do líquido amarelo-ouro.

- James. Você está bêbado?

Foi uma pergunta meio estúpida. Era óbvio que ele estava bêbado.

- Eu? Nããão. - ele se desatou a rir.

- Meu Deus. - Beth disse revirando os olhos e sem saber o que fazer.

- Hey garota! Não vai querer a sua garrafa de  bourbon? - perguntou o homem que a tinha atendido.

- Ah! Eu...

- Garrafa de bourbooon. - disse James rindo cada vez mais.

- Acho que vou deixar para uma outra hora.

- Mas e seu pai?

- Ele só chega de viagem no próximo fim de semana.

- Ahh. Seeei.

James continuava rindo como um retardado e isso estava começando a deixá-la nervosa. Como se não bastasse aquele ambiente cheio de velhos e beberrões.

- Venha. Vamos embora daqui. - falou puxando o braço dele.

- Mas eu ainda não terminei a minha bebida. - ele pegou uma garrafa de gim que estava perto dele e a sacudiu. O líquido nem estava na metade ainda.

O atendente surgiu como em um passe de mágica.

- Se for levar a garrafa vai ter que pagar.

- Arhh. - reclamou James, mas logo ele botou sua mão dentro do bolso e tirou um maço de dinheiro, botando tudo no balcão e agarrando a garrafa como se fosse a coisa mais preciosa de sua vida.

Por um momento Beth se perguntou se alguma vez já tinha agido assim. Era realmente vergonhoso.

Ela puxou o braço livre de James e ele se levantou.  Ele era pesado e se ele não conseguisse andar, ela teria problemas para tirá-lo dali, mas por sorte ele ficou de pé e eles começaram a andar. James quase tropeçou em uma parte do piso de madeira que estava meio acabado e quase a derrubou. Quando saíram do estabelecimento, James se desvencilhou dela por um momento e foi em direção às motos encontrando a que lhe pertencia e montando-a.

- Não podemos ir de moto se não iremos morrer.

- Eu  não vou deixá-la aqui.

- É só por alguns instantes, depois você vem pegá-la.

Ele então desmontou da moto e passou seu braço nos ombros de Beth e eles continuaram a andar. De tempo em tempo ele tomava um gole de gim. Foi assim até chegarem na casa de Beth.  Ela abriu a porta e ele entrou, foi direto para a sala e logo se jogou no sofá enquanto ela ainda trancava a porta.

- Você não pode ficar deitado aí! Vamos! Levante-se!

Tentou puxar o braço dele para que ele levantasse, mas o máximo que conseguiu foi que ele ficasse sentado e a puxasse fazendo com que caísse no sofá também. Ele voltou a passar o braço nos ombros dela e fitou-a.

- Você é linda, sabia?

- E você precisa de um banho.

- Mas antes preciso terminar - disse balançando a garrafa que tinha menos da metade do líquido agora.

Elizabeth respirou fundo olhando-o com a garrafa.

- Deixe-me ajudar a acabar logo com isso. - disse ela arrancando-lhe a garrafa e bebendo do líquido que passou queimando em sua garganta.

- Ei! - exclamou ele, tirando a garrafa dela, fazendo com que molhasse a sua blusa.

- Olha o que você fez!



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