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História Dark Paradise - Serial Killer


Escrita por: afffgabi

Notas do Autor


Olá, essa é a nossa primeira Fic juntos... Espero que gostem, se gostarem comentem, divulguem. Vamos aceitar sugestões sempre *-* Não tem muito o que dizer, ENJOY

Quero dar uma sugestão...Que vocês comecem lendo o Cap. com essa música >>>> NAS NOTAS FINAIS

Twitter: @afffgabi @papozicka @bravehonestbeat

Capítulo 1 - Serial Killer


Fanfic / Fanfiction Dark Paradise - Serial Killer

Sobre duas passagens que possibilitavam a percepção do meu campo de visão pela máscara, fitei o corpo vivo que se encontrava acorrentado a grossas e enferrujadas correntes de ferro.

Sweet Dreams do Marilyn Manson invadia o ambiente fazendo aumentar cada vez mais minha sede por sangue. Sangue de vingança. Girei o objeto pontiagudo que segurava, segurando com mais força. Dirigi o objeto até o abdômen dentro do meu campo de visão, girei mais uma vez e sem mais delongas, introduzi o objeto todo sobre o órgão, arrancando fortes e torturáveis gemidos, que eram músicas clássicas para meus ouvidos.

 Some of them want to use you

(Alguns deles querem te usar)

Some of the them wanna get used by you

(Alguns deles querem ser usados por você)

Some of them want to abuse you

(Alguns deles querem abusar de você)

Some of them want to be abused

(Alguns deles querem ser abusados por você)

Logo após o a entrada das batidas constante e o som pesado da guitarra, esperei menores instantes, finalizei girando ainda mais o objeto e logo o tirando de dentro. Onde o sangue escorreu em liberdade, percorrendo o caminho dos definidos músculos.

Havia sangue em minhas mãos e meu coração batia descompassadamente. Cada gota que pingava por entre meus dedos era como se um pouco de minha dor fosse embora. Eu estava ofegante. Comecei a desabotoar minha camisa xadrez vermelha e preta para esfregá-la em minhas mãos. Eu precisava me livrar desse sangue sujo, desse maldito sangue que impregnava todo ambiente. Era tão nítida minha satisfação. Senti frio ao retirar a camisa, eu usava apenas um lingerie preta rendada por baixo e a noite estava muito fria. Assim que me limpei do seu imundo sangue, senti alívio ao ver suas partes espalhadas por todo ambiente, eu sorria de satisfação e tudo começava a fazer sentido pra mim, eu estava saciada e calma. Sentei-me no chão gélido e observei um pouco aquela cena, estava me vangloriando, eu precisava desse momento, só eu, afinal ninguém sabia e eu não podia compartilhar com ninguém e na real eu nem sei se queria, queria toda vanglória para mim, todo orgulho pra mim, toda excitação para mim, minha calcinha estava encharcada observando ainda sua boca jorrar sangue agonizando em seus últimos suspiros. Ele queria pronunciar alguma coisa, talvez quisesse pedir perdão, mas eu não permitia erros, desculpe, espero que queime no limbo, eu com toda certeza queimaria, mas não me preocupava porque com certeza, minha mãe de onde estava, estaria orando por minha alma, talvez o seu Deus a escute, eu também não me importava se ele a escutava ou não, eu me preocupava em mandar almas imundas ao inferno, eu nasci para isso, eu viveria e morreria para isso e nada me faria pensar diferente.

Game over – Sussurrei com pura excitação enquanto caminhava em direção ao som o colocando no último volume. Retirei a máscara que tanto me sufocava. Minha música preferida estava ao fundo, era Marilyn Manson - Sweet Dreams, ao ouvir a música inundar meus ouvidos, senti minha intimidade pulsar, nada me dava mais excitação que observar minha presa se agonizar ao som de uma boa música.
I wanna use you
(Eu quero te usar)
And abuse you
(E te abusar)
I wanna know what's inside
(Eu quero saber o que tem dentro)

 Esse estava demorando mais que o esperado. Levantei-me e me direcionei a mesinha de madeira maciça de tom escuro que havia ao lado esquerdo da cama e peguei um maço de cigarros que eu sempre deixava ali, o acendi e traguei o máximo que pude, até minha visão ficar turva e minha garganta arder. Prendi por alguns segundos a fumaça e eu me recusava sentar na cama, precisava ficar ali, ao lado dele, acariciando seus cabelos grisalhos macios, eu gostava quando eles agonizavam por longos minutos, me deixava excitada, eu ficava competindo comigo mesma o momento em que eles desfaleceriam.
Movin' on, movin' on
(Mexa-se, mexa-se)
Movin' on, movin' on
(Mexa-se, mexa-se)
Movin' on, movin' on
(Mexa-se, mexa-se)
Movin' on!

   Em um último jato de sangue, seus olhos se arregalaram para me ver e eu sorri em satisfação. Levantei-me e abri o guarda roupas que havia no quarto, peguei minha câmera Polaroid, que estava embrulhada em uma toalha guardada estrategicamente lá e então olhei para minha presa... Flashes dos últimos acontecimentos começaram a rondar minha cabeça como o de costume. Isso me ajudava a não sentir remorso, como um subconsciente que te ajuda a superar uma perda. Olhei em seus olhos e eles estavam um castanho opaco, como eu gosto. Como eu amo vê-los. Eu sempre tirava uma foto dos seus olhos abertos, sempre os vendo perder seu brilho, era assim que eu me saciava, vê-los sem divertimento, apenas mortos e inofensivos. Quando eu era pequena, por infortúnio da vida, eu que encontrei o corpo do meu avô, ele já estava muito doente e usava aparelhos para se manter vivo. Os médicos disseram que era só questão de tempo, o meu avô era forte, mas infelizmente não é assim que me lembro dele, quando o encontrei ele estava muito frágil, estava magro e com a pele sem brilho. Ele havia morrido de olhos abertos. Aquela cena me chocou por anos e minha mãe me contou uma lenda que dizia que, as pessoas que morrem de olhos abertos, é porque querem vingança. Um dia eu iria descobrir sobre a tal vingança que minha mãe tanto dizia, sei que desde então tenho comprovado a veracidade dessa lenda, eu, com toda certeza morreria de olhos abertos.

Fugi dos meus pensamentos ao sentir uma lágrima querer escapar ao pensar no meu querido avô, respirei fundo, posicionei minha Polaroid em meus olhos embaçados, prendi a respiração e o clique me fez sorrir confortada, soltei a respiração ao ver a foto sair da câmera, aos poucos, balançando-a e levemente o brilho opaco se fazia presente. Traguei novamente o cigarro que estava entre meus dedos e soltei a fumaça o mais rápido que conseguia.

Porra, eu não sou doente, sou apenas um livro mal escrito, ou talvez, ninguém saiba ler, ninguém saiba interpretar, mas gosta do cheiro, gosta do maldito prólogo. Eu não gosto de arrancar suas entranhas, mas era necessário, era preciso e eu o faria, hoje eu fiz talvez amanhã eu o faça novamente ou daqui a seis meses, quem sabe daqui alguns anos, eu não roubei nada de ninguém, sou apenas a filha do papai, ele me criou, estou apenas praticando o que ele havia me ensinado.

Bem, eu precisava limpar toda aquela bagunça e eu o faria, eu eliminaria seus rastros, seus vestígios imundos. Eu me perguntava se era planejado ou se era tudo um grande engano, em uma sexta feira como essas mulheres da minha idade estariam colocando seus vestidos mais apertados e estariam dançando em uma pista de uma boate qualquer, mas eu apenas buscava paz e era quando seu sangue sujava minhas mãos que eu me sentia em casa, essa era a minha festa e eu tenho certeza que no final da noite eu estaria com a minha garota, a garota da noite, claro.

O silêncio foi cortado pelo toque do meu celular. Eu não disse?

- Hey baby!

- Lauren, onde você está? Estou te esperando!

- Me dê duas horas, tudo bem? – Disse olhando para bagunça que eu havia feito.

- Tudo isso? – Questionou através de uma voz trêmula.

- Ou nada de Jauregui na sua caminha meu bem! – Disse com um sorriso sarcástico nos lábios.

- Duas horas é ótimo – Disse soltando uma risadinha desajeitada.

 

POV Camila Cabello

Por Deus, esse maldito telefone não parava de tocar, minha cabeça explodiria em segundos, eu tinha certeza. Estava deitada de bruços como o de costume, passei a mão em meus cabelos, jogando todas as mechas para trás, me inclinei até a cômoda que havia ao lado da cama e peguei o bendito celular que praticamente gritava.

- Alô – Minha voz saiu arrastada.

- Camila, temos mais um – Dizia a voz grossa do outro lado.

- Mais um o quê? – Disse impaciente – São... – Me esforcei para olhar o relógio – 05h15min da manhã, se você não for muito explicito, as coisas vão se complicar.

- Mais um do seu favorito – Ao ouvir essa frase, meu corpo todo estremeceu, ficou em alerta e o sono pareceu ter sido arrancado de mim, em um solavanco me sentei na cama.

- Você tem certeza? – Eu dizia com a voz trêmula

- Veio com a foto! – Foi o que ouvi por último antes de desligar o telefone e me arrumar para ir até a delegacia.

Era mais uma vítima. Já fazia meses desde a última vez e isso estava me deixando louca. Ainda não tinha ido a público, mas era oficial que tínhamos um serial killer entre nós. Mark se referiu como “meu preferido” porque não podia ser diferente, eu sei que é doente, mas eu me apaixonei pelas fotos, pela paixão doentia em que foram tiradas, tudo o que sabemos sobre esse assassino é que ele manda as fotos para que saibamos que foi ele quem matou. Vaidoso? Talvez! Os corpos sempre vêm aos cacos, com sinais de tortura e isso me deixava com medo até de respirar, mas eu era a autoridade máxima por aqui e eu precisava o mais breve possível colocar as mãos nesse mostro.

Rob estava dormindo e eu resolvi não acordá-lo, estava exausto com o trabalho e ainda arrumava tempo pra mim e eu era grata por todo tempo que tenho passado com ele, é muito bom fugir dessa loucura com alguém que nos quer bem.

Fiz minha higiene e tomei um banho rápido. Coloquei uma camisa azul marinho com uma calça jeans clara, saltos pretos e resolvi não me maquiar, eu não estava no clima, um óculos escuro resolveria. Sobre meus cabelos ainda molhados deixei-os secar naturalmente. Direcionei-me até a cozinha, peguei uma maçã e deixei um bilhete para Rob na geladeira: “Amor, emergência de novo, te encontro no almoço, amo você.”

Entrei no meu Mercedes e joguei a bolsa no banco do passageiro. Liguei o rádio e tocava 30 Seconds, deixei me levar pela música. A delegacia ficava a uns 20 km da minha casa. Eu ainda não estava acreditando que ele estava de volta, queria entender sua linha de raciocínio, queria saber o porquê fazia isso, por que matava apenas homens, por que os torturava. Eu apenas queria entender essa mente doentia.

Não demorei muito para chegar à delegacia, a essa hora da manhã as ruas de Miami eram meio vazias, passei o caminho todo ansiosa para saber o que houve dessa vez e se o nosso assassino maníaco tinha deixado rastros facilitando meu ótimo trabalho. Passei pelas portas da delegacia e alguns dos policiais se aproximaram de mim tentando falar comigo sobre problemas aleatórios que haviam ocorrido.

– Agora não, tenho que ver a nova vítima do maniac man, sinto que estamos perto de pegar esse maníaco e botarmos um fim nessa chacina – entrei em meu escritório e observei ao meu redor, todos já estavam lá, Verônica meu braço direito, Jacob e Dinah meus mais fiéis agentes – Bom Dia, vou colocar meus apetrechos e vamos no local onde o corpo foi encontrado.

– Bom Dia – responderam todos em um coro só e apenas assenti com a cabeça enquanto virava-me e caminhava em direção ao meu armário, pegando minha cinta onde carregava meu distintivo e meu bebê, minha pistola CZ. 83 Cal. 380, um verdadeiro xodó.

– Então, onde foi encontrado o corpo? Podemos ir ao local agora – Todos estavam parados me observando, apenas Jacob se aproximou de minha mesa colocando um saco plástico transparente com algumas evidências. Terminei de arrumar meu cinto, então caminhei até minha mesa sentando-me na mesma.

– Apenas foi encontrado uma foto como em todos outros casos – Abri um largo sorriso enquanto esticava a mão para pegar o saco que havia em minha mesa, mas antes de abri-lo coloquei uma luva.

– Algo diferente foi encontrado ou visto? – Peguei a pequena foto tirada por uma Polaroid, observei atentamente cada detalhe na foto tentando ver algo diferente, mas era a mesma coisa que a outras, havia apenas os olhos opacos e sem brilhos da vítima. O local em volta era escuro, mas eu mandaria para a investigação.

– Bom, a vítima foi encontrada no mesmo local de sempre, no beco próximo a delegacia e não, ainda não reviramos e nem mexemos no corpo, preferimos aguardar a sua chegada e a dos peritos para fazer isso. – Completou Jacob.

Por que tirar foto dos olhos? Ainda mais olhos sem vida como esse? Por que sempre homens? Por que deixar os corpos de suas vítimas próxima à delegacia? Milhares de perguntas passaram por minha cabeça e todas não tinham respostas, nem mesmo uma pista e muito menos sentido, nada daquilo fazia sentido, não sei por quanto tempo fiquei observando aquela foto, mas tenho certeza que não foi pouco, eu a olhava a procura de respostas, na esperança dela criar vida e me falasse quem era o autor de tal atrocidade. Coloquei a foto de volta ao saco plástico e o lacrei novamente antes de esticar e entregar nas mãos de Dinah.

– Dinah, por favor, leve para o setor da perícia e peça para examinar essa foto para ver se há vestígios de algo que possa nos ajudar. Depois, a quero de volta em minha mesa para guardá-la junto com as outras. – Dinah apenas assentiu antes de se virar e se retirar de minha sala. Abaixei a cabeça apoiando minha testa em minhas mãos enquanto massageava minhas têmporas, o dia literalmente mal começou e já estava com dores de cabeça, soltei um suspiro cansado enquanto levantava meu olhar e observava Jacob em sua postura ereta de sempre e Verônica com um olhar preocupado para mim – Bom, vamos até o local dar uma examinada, ver se encontramos algo dessa vez, depois podemos passar em uma cafeteria, estou morrendo de fome e sono, preciso de um café – Os dois assentiram com a cabeça, então me levantei e pegando minha arma e meu distintivo o colocando em meu cinto e me retirando de dentro da sala seguida pelos meus dois melhores agentes.

Quando chegamos ao local onde o corpo foi encontrado, dois dos meus melhores peritos estavam lá observando o lugar, cumprimentei a todos antes de me aproximar do cadáver no qual já não estava mais tão fresco, mas completamente destruído. Agachei-me e o observei, observei seus olhos eram exatamente iguais ao da pequena foto, sem vida alguma, sem brilho nenhum.

– Encontraram algo, Vic? – Perguntei a Victória uma das peritas.

– Não, Delegada Cabello, reviramos as latas de lixo e todo o quarteirão, nada foi encontrado, nem mesmo uma digital – Victória fez uma breve pausa – A pessoa que está cometendo esses crimes está fazendo tudo muito pensado, ele está jogando com a gente – Jogando com a gente. Sim, provavelmente Victória esteja certa, o assassino está jogando com a gente como eu havia dito. Nada de seus atos faz sentido, ele não era um maníaco burro, ou como os que já pegamos em todos esses meses.

– Então, que comece o jogo – sussurrei antes de me levantar seguida de Victória – Bom, Vic, vejo que fizeram um ótimo trabalho isolando a área e vasculhando tudo – Vic abriu um largo sorriso e assentiu com a cabeça – Chame o IML para levarem o corpo direto para o setor de investigação, quero que aproveite que ainda está meio fresco, diferente dos outros. Ah, e faça exames sanguíneos para ver se a vítima havia ingerido algum tipo de droga ou álcool, também quero que observem as unhas, tudo pra ver se há algum vestígio de pele ou sangue do assassino, estarei aguardando os resultados em minha mesa o mais rápido possível – Novamente Vic apenas assentiu com a cabeça assim como seu parceiro Walter, me virei e andei em direção a viatura preta particular no qual só delegados poderiam ter, diferente das outras ela era toda preta, bem mais confortáveis que as comuns e havia apenas uma pequena sirene redonda. Entrei em minha viatura seguida por Verônica e Jacob, coloquei meu cinto assim como eu, os dois repetiram o mesmo ato, coloquei a chave no painel e o liguei dando a partida.

– Camila, encontramos os documentos da vítima.

– Espere um pouco, Vero. Quero passar na cafeteria, lá conversamos – Vero apenas sorriu e eu pude ver a quão bonita ela ficava nas manhãs. Vero era morena, talvez a mais linda que já vi, a mais desejada dentre as mulheres da delegacia, mas era lésbica, eu confesso que nos meus mais insanos sonhos, pensei nela de alguma outra forma, mas se você a conhecesse, você não me chamaria de louca.

Dirigi o caminho todo o mais rápido possível, estava morrendo de fome e já sentia a falta da cafeína circulando em minhas correntes sanguíneas. Passei o caminho todo ouvindo a frequência da rádio policial, como sempre todos os dias haviam crimes por Miami, por isso mesmo sempre mantinha viaturas circulando todos os cantos da cidade, caso algo ocorra já terá alguma próxima ou até mesmo pegar em flagrante como ocorreu diversas vezes. Chegando à cafeteria, entramos, pedi um Capuccino acompanhado por alguns biscoitos amanteigados, enquanto Vero e Jacob me acompanharam no Capuccino, mas optaram por alguns Donut’s.

– Então Vero o que queria me dizer? – peguei um pedaço de biscoito e o levei até minha boca deixando-o derreter em minha língua, me fazendo gemer em satisfação. Meu estômago agradeceu imensamente. Olhei para Vero e ela tinha as sobrancelhas arqueadas e Jacob sorriu malicioso, senti um arrepio na espinha e corei de vergonha. – Não me olhe assim – Disse sorrindo envergonhada.

– Desculpa, Camila. Bom... – Ela pigarreou e eu apenas permaneci atenta – Encontramos os documentos da vítima – Vero fez uma breve pausa dando um gole em seu Capuccino antes de voltar a falar – Então, eu observei o nome e a fisionomia dele e me lembrei de que semana passada apareceu uma mãe com sua filha lá na delegacia para abrir um boletim por abuso sexual infantil. A menina havia sido estuprada ao voltar da escola, perto da LO.40.Como elas não faziam a mínima ideia de quem era, pedimos para a garota descrever o criminoso, então montamos o retrato falado e a vítima do Maniac Man é o mesmo que cometeu o crime de abuso sexual, precisamos confirmar formalmente na delegacia, mas eu tenho certeza.

– O que você quer dizer com isso? – Respirei fundo.

– Eu não sei, só achei mera coincidência e se nosso assassino sabia disso? – Disse ela bebendo mais um gole de seu Capuccino.

– Isso não faz sentido, Vero. Está dizendo que o nosso Serial Killer é algum tipo de justiceiro? – Minha cabeça começou a rodar e eu senti que precisava de mais ar – Me deem licença, preciso de ar.

Sai da cafeteria e olhei a minha volta. Em frente havia um parque, muitas árvores, enormes árvores. Tinham algumas crianças na área recreativa brincando enquanto se dirigiam para a escola, eu precisava da calma delas, tão despreocupadas em seus mundinhos e a sua volta, tudo desabando, elas não estavam seguras, eu estava ficando perturbada com esses assassinatos. Todos me cobravam respostas, mas parecia impossível obter alguma resposta, eu não sabia por onde começar, eu não tinha um ponto de partida, todos os outros crimes pareciam ser perfeitos. Comecei a caminhar em direção a uma menininha de cabelos ruivos que me acenou de onde estava, dei dois passos a frente e um vento forte bagunçou meus cabelos tampando minha visão, rapidamente tirei a mão do bolso e comecei a retirar as mechas dos meus olhos quando de repente ouvi os freios de um carro a minha frente seguido de uma sequência de buzinas, dei dois passos para trás pelo susto, meu coração deu um solavanco e minha boca secou instantaneamente, por fim consegui enxergar e já se formava uma fila constrangedora atrás do volvo prata que quase me atropelou.

 Desceu do carro uma mulher de cabelos negros ondulados, calça de couro preta justa ao seu corpo e usava uma regata branca esvoaçante. Ela se aproximou de mim gritando meia dúzia de coisas que eu não conseguia ouvir, ela segurou em meu braço e rapidamente me fez dar uma meia volta, ela me analisava, provavelmente para saber se eu estava bem.

– Eu estou bem – disse – Desculpe, eu não vi seu carro – me limitei a dizer.

– Por Deus, você podia ter morrido – disse ela dando um meio sorriso – Você parece assustada – disse me puxando pelo braço e me posicionando na calçada.

 – EU JÁ VOU TIRAR! QUE INFERNO – Gritou ela para fila de carros que buzinavam incansáveis atrás dela.

Então a moça de par de olhos mais verdes que eu já havia visto, entrou em seu excitante volvo e o estacionou na esquina da cafeteria. Demorou um pouco para descer e veio sorrindo, ela usava um batom vermelho e mostrava os dentes mais brancos que se era possível ter.

– Desculpe pelo susto.

– Camila, Camila Cabello – Disse a ela estendendo minha mão.

– Lauren Jauregui, muito prazer. Toma – ela estendeu um cartão, abaixei a cabeça para olhar melhor sua ocupação e o cartão cinza em alto relevo, revelava que ela era cantora, cantora de uma das melhores boates da cidade. – Eu trabalho ai, quase todas as noites, passa lá e eu te pago um drink, pelo susto que te fiz passar.

– Tudo bem, obrigada – sorri fraco – Eu vou com certeza, um drink é ótimo para sustos como esses – Ela gargalhou.

– Ok, senhorita Cabello, te espero hoje à noite. – disse ela se virando.

– Eu não disse que iria hoje – falei um pouco mais alto para que me ouvisse.

– Mas você vai – disse ela por cima dos ombros e ouvi uma risadinha irônica.

 Que metida! Quase me atropela e ainda acha que pode falar comigo assim, gostei dela, sorri com minha contradição e me lembrei da garotinha ruiva do outro lado da rua, olhei e ela já não estava mais lá, dei de ombros e entrei novamente na cafeteria, Vero e Jacob já estavam no caixa, apenas fiz sinal de positivo e eles me sorriram. Entrei no carro a espera deles, abri o porta luvas e joguei o cartão de Lauren lá, liguei o rádio da viatura e muitas coisas eram ditas o mesmo tempo, sem pensar abri novamente o porta luvas, retirei o cartão dela de lá e joguei dentro da minha bolsa.

 Vero e Jacob entraram discutindo sobre algo, mas se calaram quando perceberam que eu estava olhando um ponto fixo e não dei partida no carro.

– Mila, está tudo bem? – disse Vero acariciando meu ombro do banco do carona.

– Eu quase fui atropelada – disse dando uma risadinha nasal.

– Oh My Good! Você está bem? – Jacob disse alterado do banco de trás.

– Eu nunca estive melhor – olhei para ele sob o retrovisor e sorri, dando a partida no carro.

 


Notas Finais


Música: https://www.youtube.com/watch?v=08w0LQUIZ9E Dá uma vibe muuito boa rsrsrs.

LINK do Trailer da Fic: https://www.youtube.com/watch?v=laYQKbIdkl8
EEEEEEE AIIIII? CURTIRAM? @afffgabi @papozicka @bravehonestbeat


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