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História Dark Paradise - The Cop


Escrita por: afffgabi

Notas do Autor


Olá, Estão gostando da Fic?
Bem, vamos agora atualizar semanalmente, se tudo der certo, todas as segundas.
Espero que estejam curtindo (:

Vcs sabem que eu (Gabi) e a Gabs escrevemos outras fics né? vou deixar no final o link das outras... Essa nós escrevemos junto do nosso amigo Ander.

Beijos!
@afffgabi @papozicka @bravehonestbeat

Capítulo 3 - The Cop


Fanfic / Fanfiction Dark Paradise - The Cop

POV Lauren Jauregui

Aquela simples palavra de quatro sílabas foi o suficiente para mudar completamente minha expressão facial e um tanto sentimental. Quer dizer que todo esse tempo, eu poderia estar mandando provas que me incriminam para a moça que eu acabei de beijar e, por modéstia parte, beijava um tanto bem? Não consigo fazer com que isso entre em minha cabeça. Soltei as minhas mãos, que antes, estavam entrelaçadas sobre os quadris desenhados de Camila, e os levei até o pescoço, massageando rapidamente o local e aproveitando, para jogar os cabelos que estavam caídos sobre minhas costas, para o lado. Respirei fundo e soltei o ar quente aromatizado com menta, que estava preso em meus pulmões, fazendo Camila gemer baixinho.

- Delegada? – Reforcei a ultima palavra, desta com menos ar de dúvida e insegurança.

- Sim – Respondeu a jovem um pouco confusa.

- Tão jovem – Disse tentando parecer natural e ela parecia compreender – Em qual delegacia a moça trabalha? – Disse afastando uma mecha de cabelo que caia em seus olhos.

- Trabalho em uma delegacia um pouco longe daqui do centro. – Camila informou, buscou ar e separou as mechas salientes sobre a sua testa, prendendo-as atrás da orelha que sustentava um lindo brinco prateado. – Mas por que a pergunta? Você por acaso é uma criminosa? – Camila completou com uma risada irônica e aproximando mais ainda nossos rostos que não estava lá essa distancia toda, foi quando eu percebi o quão bêbada ela estava, tinha os olhos semicerrados, a um instante de adormecer, ela era tão linda, tinha traços latinos que me deixavam hipnotizava, ela balançava as pernas, dando a ela um ar infantil o que me fez sorrir involuntariamente, por estar tão bêbada, talvez não se lembre do que aconteceu aqui, talvez.

- Oh, claro que não. – Menti e nos distanciei. Aquela informação jogada a frente do ventilador me causou sério remorso. – Queria pedir mais uma desculpa hoje, por ter te beijado á força, eu realmente não entendo meus instintos.

Me distanciei dessa vez direcionando até o espelho ao lado da pia, dando de costas á ela.       

  Camila saltitou da pia sob na qual estava e, com passos apressados, alcançou-me e antes que pudesse começar qualquer ação, segurei sua cintura e apertei com certa força. E logo em seguida, aproximei minha boca do seu ouvido, colando nossos corpos e passando a língua pelo lóbulo da moça, e senti um arrepio delicioso sobre seu corpo, bom, já que ela pode não se lembrar, não custa nada aproveitar mais um pouco não é? Afastei os cabelos da morena e fui para selar nossos lábios quando ouvi a voz mais que familiar no outro lado da porta.

- Lauren, amor, está ai? – Britt. Eu adorava Britt, mas já estava ficando “intima” demais.

- Britt – Sussurrei para mim mesma, mas a moça me ouviu.

- Britt? Quem é Britt? – Disse ela me empurrando pelos ombros.

- Lolo, estou com saudades, amor. – Britt se esgoelava do outro lado.

- Tudo bem, eu já entendi. – Disse Camila um pouco confusa, deu dois passos para trás e se desequilibrou, eu fui ao seu encontro e a segurei novamente – Tudo bem, eu estou bem – Disse ela com a voz arrastada, parecia que estava mais bêbada.

  - Eu adorei ter que te pedir desculpas, Srta. Cabello, agora que já sabe onde eu trabalho, venha aqui sempre que quiser. Bonne nuit. – Finalizei a apoiando na pia e me afastando,  girei parcialmente, fazendo com que meus cabelos girassem em ritmo compassado ao restante de meu corpo. Senti seu cheiro doce amadeirado ficando para trás conforme eu saía do local. Eu não queria que ela voltasse, eu não tinha certeza de quem ela era.

Foram minhas últimas palavras após me perder no escuro assim que passei pela porta preta fosca do banheiro.

- LAUREN! – Fui recebida calorosamente por uma mulher muito bem vestida, estava com um vestido preto justo ao seu belo corpo e um scarpin nos pés, maquiagem não muito pesada, Britt era sinônimo de elegância.

- Britt! – Disse sem muito entusiasmo

- Nossa, eu já fui mais bem recebida.

 

POV Camila Cabello

- Pensei que tinha ido resolver um caso urgente na delegacia, ou desmaiado no caminho do banheiro. – Vero ironizou enquanto empurrou a grande porta preta, permitindo também a passagem de Dinah e Ally.

 - Eu já estava voltando para nossa mesa, não precisava vir aqui. – disse enquanto me olhei pela última vez no espelho, curvando-me para ir embora.

  - E quem disse que viemos aqui só pra te procurar, chancho? – Dinah disse enquanto caminhou até o espelho. – Vim aqui retocar minha maquiagem, algo que as mulheres normalmente fazem, não acha?

  - Como se precisasse. – Disse já me arrependendo em seguida, quando recebi um olhar malicioso de Vero, ela era impossível e me deixava nervosa.

Dei as costas á todos que estavam no local e me retirei imediatamente, me dirigindo ao bar. O que diabos estava acontecendo comigo? É como se a mistura de álcool e o corpo escultural da morena me fizessem delirar. É a primeira vez que fico com mulher, na verdade, houve experiências passadas, mas nada que me prendesse como aconteceu hoje. O gosto de menta daquela boca era simplesmente incrível. A textura aveludada se chocando com minha língua ardendo em excitação era algo inexplicável.

 Assim que desci as enormes escadas  de vidro que ecoavam o barulho do meu salto. Meus cabelos juntos á orelha estavam completamente suados, talvez o ambiente fechado e abafado ajudasse um pouco, ou talvez eu estivesse em chamas internas. Minha mente só procurava descanso, algo que parasse seus trabalhos lógicos e a relaxassem, voltar para a casa não era o necessário. Assim que avistei o bar lotado em meu campo de visão, pulei dentro de mim como se tivesse acabado de ganhar um troféu em uma competição de trouxas. Sem mais delongas, segui com passos apressados até o local com um letreiro de cor vermelho sangue, sinalizando freneticamente que aquilo era um local de bebidas.

 - Me dê a bebida mais forte da casa, por favor. – Pedi enquanto massageei minhas têmporas, e soltei o ar cansado enquanto sentava nas cadeiras distribuídas a frente do balcão onde eram preparadas as bebidas. 

 - A senhorita parece estar com algum problema. Porque sua carinha de anjo está tão preocupada? Deveria ir para casa e...

  Interrompi o bar-man que posicionou o copo de misturar drinks sobre a mesa e secou as mãos em um pano disposto sobre seus ombros.

 - Me dê apenas o que eu pedi, por favor. – Falei seca, tudo rodava, Rob me vinha a mente e eu estava prestes a ter um ataque nervoso com tudo o que aconteceu a poucos minutos.

   Sem dizer palavras inúteis qualquer, o mesmo apenas virou-se á procura de uma garrafa que julguei ser a mais forte entre as milhares garrafas dispostas em caixotes preto-fosco, alguns presos á parede, outros sustentados por cabos de aço ao teto. O líquido amarelo preencheu todo o copo com gelo, e meus olhos brilharam ao ver aquela cena.

     - Aqui está senhora. – O bar-man colocou o copo sobre o balcão e empurrou um pouco para que chegasse até meu cotovelo esquerdo disposto sobre o mesmo.

   Não devolvi palavras e apenas agradeci a Deus por aquela maravilha estar á minha frente, implorando para ser atacada com fervor. E foi apenas isso que fiz. Levei o objeto que armazenava o líquido até a boca, inclinando-o para descer. O contato do líquido com a minha língua seca era prazeroso, e assim que engoli, o mesmo desceu como se estivesse levando todas as minhas preocupações e meus órgãos juntos.

                Rosnei em prazer.

 - Me passa seu cartão, senhora. – Disse a voz grossa do rapaz que estava atrás do balcão, após sentir minha visão turva, olhei para frente e pude ver a morena, ela estava conversando com uma loira, muito linda por sinal, quando achei que não poderia ficar pior, senti seus olhos quentes sobre mim, ela então abriu um largo sorriso e levantou seu copo em cumprimento. Maldita. Eu tentei ignorar e apenas me concentrar no que estava fazendo, porém, foi quando a mesma frase se repetiu em um tom maior. – SEU CARTÃO, SENHORA!

 - Será que você não pode ir atender as outras dezenas de clientes esperando por atendimento e me deixar em paz? Eu já vou te passar o maldito cartão! – Disse abrindo a pequena bolsa que eu tinha em mãos em busca do cartão da boate.

- Mas para que toda essa fúria, Mila? – Ouvi a voz de Mani sussurrar aos pés dos meus ouvidos.

- Esse homem filha da puta!

- Vá atender os outros clientes, eu já estou voltando. Ah, e deixe essa pendurada na minha conta. – Mani piscou o olho direito como sinal de liberação.

- Não precisa, eu tenho o cartão aqui, eu pago. – Disse enquanto ainda buscava minha carteira dentro da bolsa.

                ESPERA. CADÊ A CARTEIRA?!

Urrei em bom tom e me levantei da cadeira rapidamente, que me causou uma pequena tontura.

 - Senta aí e se acalma, se você estiver perdido, eu levo até você depois.

 - Isso se não tiverem roubado! Meus documentos estavam todos lá, preciso deles para trabalhar, puta merda!

 Levantei-me de novo, com estabilidade total do meu corpo e posicionei minha mão sobre o meu revólver abaixo do vestido, marcando-o.

- O que está fazendo?! – Mani levantou-se da cadeira e agarrou minhas mãos com sinal de preocupação estampada em sua face.

- Sou uma policial, Normani, vou resolver isso.

 - O melhor que você tem a fazer é voltar pra casa e descansar, vou chamar um taxi, depois nos falamos, ok?

 Sem que pudesse murmurar em desgosto, Vero, Dinah e Ally chegaram até o bar.

- O que houve, Mila? – Vero procurou.

 - Nada, não houve nada! – Disse irritada ajeitando meu vestido.

- Ela discutiu com o bar-man, perdeu a carteira com todos os seus cartões e documentos e estava se recusando a pagar a conta – Disse Normani em um tom brincalhão.

- EU NÃO EM RECUSEI A NADA! – Disse bufando sem humor nenhum – Mas a carteira é verdade – Fiz um biquinho involuntário.

- Tinha que ser você não é, Camila? – Dinah ironizou e cruzou os braços, bufando.

- Está à procura do que, mocinha? – Olhei para trás já sentindo as pernas bambearem, eu reconheci a voz e todas seguiram a voz atrás de nós.

- Oh! E-eu perdi minha carteira. – Disse e sentia tudo rodar mil vezes mais, eu não poderia mais ficar perto daquela mulher. – Foi isso, eu perdi – Falei arrastado, o álcool estava presente em cada veia do meu corpo.

- Eu voltei ao banheiro para retocar meu batom e não a vi por lá – Ela disse me olhando maliciosamente, óbvio que eu sabia o porquê seu batom estava borrado. – Nunca nada some aqui nessa boate, mas eu e Normani vamos nos certificar de encontrar, não é Mani?

- Vocês se conhecem? – Normani perguntou confusa e Dinah também parecia estar bem confusa.

- Sim, Manibear – Disse Lauren – De um quase atropelamento, agora se me permitem, vou embora – Ela disse se aproximando e depositando um beijo em meu rosto deixando todo local quente – Foi um prazer conhece-las senhoras – Ela se virou e eu apenas fiquei observando a moça sumir do meu campo de visão entre a multidão.

- Quem é ela, chancho? – Dinah perguntou curiosa.

- Eu não sei quem é, mas senti tensão sexual no ar – Ouvi Vero se manifestar do outro lado o que me fez corar.

- Longa história – Cortei o assunto.

- Mas eu quero saber – Porra! Dinah era bem persistente quando queria.

- Esperem, Camila não esta em um bom estado para explicar agora. Vá para casa Camila, eu te levo, não há perigo já que não ingeri nada alcoólico. – Ally informou enquanto se digeriu até mim, segurando em meu braço. – Depois daremos um jeito em seus documentos e cancelamos seus cartões.

- Você tem razão, obrigado Ally, de verdade. – Agradeci e Ally apenas assentiu com a cabeça. – Vocês ficam? – perguntei enquanto dei dois passos para trás por conta da embriagues.

- A noite apenas começou para nós, baby. – Dinah disse risonha e Vero a acompanhou.

- Ok, ladies, vejo vocês depois, até. – despedi com um aceno de mão fraco. – Ah, Mani, obrigada por isso – Disse entregando meu cartão de visitas a ela – Me liga, quero pagar essa conta.

- Eu ligo, mas não para acertamos a conta. – Mani respondeu sorrindo, pegando o cartão de minhas mãos.

   Ally e eu seguimos até a porta de saída. E assim passamos pelos seguranças e pelas pessoas que ainda estavam na fila do caixa, por sorte foi bem rápido tudo. Seguimos até o meu carro que estava estacionado não muito longe. Acomodei-me e Ally então deu partida.  O caminho todo foi percorrido em silêncio, sendo quebrado assim que estacionou na fachada do meu prédio.

- Está entregue. – Ally disse enquanto colocou o carro em ponto morto, impedindo-o de sair.

- Muito obrigada mesmo, de novo. Eu não queria que nossa primeira noite fosse assim. Espero que não tenha ficada chateada e que tenham mais vezes. Mas de um jeito melhor e sem confusões, é claro. – Sorri de canto.

- Que nada Camila, incidentes acontecem e não podemos evitá-los. – Ally deu uma piscadela e eu me retirei do carro  e despedi com um leve aceno de mão.

- Amanhã bem cedo eu trago seu carro. – Disse ela.

- Eu não vou estar acordada amanhã cedo Ally, mas deixo avisado na portaria – Sorrimos  e eu me afastei, Ally esperava eu entrar.

Passei pelo porteiro e segui então até o elevador, implorando para que o mesmo parasse logo no oitavo andar. Assim que as portas se abriram, segui com passos tortos até o Apartamento 105, destrancando-o.

- Lar doce lar. – Disse arrastado enquanto tirei meus saltos e os joguei em um lado qualquer e em seguida, joguei meu celular em cima do sofá.

 - Já chegou amor? Pensei que fosse demorar mais. – Rob chegou e depositou um selinho em meus lábios, me afastei em surpresa, não sei por que, mas não era certo beijar Rob, não hoje.

- Ahhhh, eu achei que tinha te dito para não estar aqui hoje e... – Fui interrompida.

- Está tudo bem, está muito bêbada?

- Claro que estou bem, ou você esquecer que eu tenho essa beleza sempre comigo? – Disse e retirei o revólver dentre minhas pernas. – E daí que estou bêbada? Eu disse para você não vir pra cá.

- Desculpa Mila, eu só queria me certificar de que você chegou bem, você é uma delegada, você tem um nome a zelar, não pode estar nessa situação em publico – Disse ele se aproximando pegando minha cintura, eu estava me desequilibrando ao retirar meu vestido, ele tinha razão, mas hoje eu não queria ouvir nada.

-Tudo bem, desculpa – Falei quase fechando os olhos, eu estava aquecida em seus braços fortes – eu só não queria que você me visse nesse estado.

Rob riu e eu lhe retribuí com um sorriso cansado enquanto me dirigi até a suíte, implorando por um banho. Calma e uma boa noite de sono eram tudo o que eu precisava, amanhã eu não estaria na Delegacia, mas algo me dizia que eu teria que ouvir Dinah no meu ouvido o dia todo.

               

POV Lauren Jauregui

Eu já havia dispensado Britt, não sou do tipo que fica com várias mulheres em uma noite só, apenas gosto de variar o cardápio, mas quando estou com uma, se eu gosto, continuo com ela, no caso, Camila já havia ido embora, mas eu não estava no clima para outra.

 Eu estava no bar onde Normani estava e estava tomando um uísque tranquilamente enquanto minha mente fervia, estava aguardando Mani terminar de atender umas pessoas para que ela pudesse começar com o interrogatório dela.

- Então, Lauren – Começou ela e eu arqueei a sobrancelha.

- Então o quê?

- De onde conhece Camila?

- Foi o que eu disse, um quase atropelamento, eu quase a atropelei – Respondi sem interesse. – E você de onde a conhece?

- Estudamos juntas, ela era minha melhor amiga – Disse Normani com um ar nostálgico.

- E o que aconteceu? – Disse enquanto brincava com o dedo indicador na borda do copo, formando círculos.

- Caminhos diferentes, hoje ela é delegada, fiquei tão feliz em vê-la. – Mani agora abria um largo sorriso e vê-la feliz era como metas diárias na minha vida, eu a amava como uma irmã, ela que estava comigo nos momentos difíceis e principalmente, ela que me ajudou a superar meu pai, sou grata de todas as formas, ela salvou minha vida.

- Você sabe em qual delegacia ela trabalha? – Tentei dizer sem interesse.

- Não – Normani disse e ficou pensativa – Espera, ela deixou o cartão dela – A morena se agachou e logo em seguida colocou o cartão em cima da mesa, o peguei. No cartão não falava sobre sua carreira policial e sim de sua carreira como psicóloga, já era de se esperar, policiais não andam com cartões que dizem “Hey, eu sou um policial e trabalho em tal lugar.” eles andavam com distintivos.

- Aqui está – Disse entregando novamente a Normani sem lhe informar da pequena descoberta, eu estava prestes a beber mais um gole da minha bebida quando vi Normani abrir um largo sorriso para alguém atrás de mim.

- Hey, em que posso ajudá-las? – Disse a Morena cheia de sorrisos, olhei maliciosamente e pude notar que Normani estava flertando com a moça de cabelos castanhos. – Mais algum drink?

- Oh! Não, eu não me sinto bem – Disse a outra morena encorpada a minha frente, ela me fitava vez ou outra. – Preciso ir embora, pode me fazer a gentileza de chamar um taxi?

- Por favor, não posso deixar as amigas de Camila irem embora com um desconhecido a essa hora – O que Normani estava dizendo? Ela não tinha carro – Meu expediente acabou Lauren vai me levar em casa e pode levar vocês também. – Disse ela e eu arregalei os olhos, quase cuspi a bebida no copo novamente o que me resultou em algumas tossidas – Não é Lauren?

- Ah, por favor, não queremos incomodar, vamos pegar um taxi – Falou a moça que hora ou outra olhava para Normani com malícia.

- Não, tudo bem, eu levo – Disse dando o ultimo gole na bebida e me levantando do banco onde eu estava. – Vamos.

- Eu já disse que não precisa – Insistiu a moça.

- Me desculpe, qual o seu nome? – Perguntei ignorando o que a moça havia dito anteriormente.

- Verônica Iglesias – Disse ela e eu olhei para a outra arqueando a sobrancelha.

- Me chamo Dinah Jane ao seu dispor – A morena bateu uma continência desajeitada que me fez rir, acompanhada por Verônica e Normani.

- Normani, coloque a conta da Srta. Jane e da Srta. Iglesias na minha conta, por favor – Disse pegando da mão de Verônica os cartões da boate, ela pareceu surpresa, mas não disse nada. – Não quero pegar fila no caixa – Disse sorrindo.

Aguardávamos ate Normani ir ao caixa e acertar tudo. Elas piscavam lentamente, eu via vários homens com os olhos famintos em cima delas, eles eram tão idiotas, aposto que só conseguiam pegar mulheres bêbadas e elas mal tinham ânimo para reagir, mulheres ficam tão vulneráveis com o álcool, eu já havia presenciado cenas que sinceramente, preferia esquecer.

[...]

Cheguei em casa, eu estava exausta, eu havia brincado com o fogo hoje, um fogo latino, diga-se de passagem. Joguei na cama minha bolsa e retirei a roupa e joguei por onde passava, já estava nua, deslizei pela minha cama pegando meu hobby e vestindo o mesmo, abri minha bolsa, retirei meu celular e chequei rapidamente se havia alguma mensagem, apenas Taylor, me desejando boa noite, como todos os dias, sorri involuntariamente. Despejei todo o conteúdo da bolsa em minha cama e agora sim eu poderia ver.

- Olá, Karla Camila Cabello Estrabão. – Sussurrei ao ver a carteira de delegada da moça em meio as minhas coisas espalhada sobre minha cama, caminhei até o lado esquerdo de minha cama me sentando logo em seguida encostando minhas costa na cabeceira, estiquei minha mão até o pequeno criado mudo ao lado abrindo a gaveta e de lá retirando um maço de cigarros e meu isqueiro reserva, peguei um dos cigarros levei até minha boca logo em seguida com o isqueiro o acendendo, fechei os olhos e puxei o máximo que podia deixando a nicotina me invadir e minha garganta queimar um pouco pelo forte trago que havia dado, lembranças dessa noite reveladora veio em minha mente, soltei toda a fumaça balançando a cabeça enquanto um sorriso brincava em meus lábios ao me lembrar do corpo quente da delegada latina, abri meus olhos me deparando com sua carteira em minha mão, meu dedo polegar brincava com seus traços em sua foto 3x4 que estampava sua identidade de delegada, que por mera coincidência foi achada por mim.

 

FlashBack on

Sai do banheiro completamente conturbada e atordoada com uma vontade louca de voltar la e foder com aquela delegada em uma das cabines daquele banheiro, mas infelizmente quem brinca demais com o fogo uma hora se queima, foi até bom Britt aparecer, sem ela não sei como me livraria daquelas curvas latinas, soltei um riso nasal enquanto Britt me olhava com uma cara confusa.

- Eeeei. - Brit estalava os dedos perto do meu rosto - Qual é Lauren, sério que vai me ignorar essa noite? - Balancei minha cabeça tentando me livrar daqueles pensamentos.

- S-sim Brit eu... Eu não estou no clima - Respondi olhando para o lado e vendo Camila saindo de dentro do banheiro completamente bêbada, muitas pessoas estavam por ali o que facilitou ela não me ver, não deveria deixá-la sozinha naquele estado mas pelo visto não seria fácil me livrar de Britt agora.

- Era com ela que você estava no banheiro né, Lauren?  - Revirei os olhos e respirei fundo contando até três antes de voltar a encara-la.

- Escuta aqui Britt, você sabe as regras e sim, eu estava com ela, mas não estava fazendo nada demais, apenas a levei para o banheiro. Eu e você não temos nada então, por favor, sem interrogatório.

Ao Terminar de falar simplesmente me virei e caminhei para dentro do banheiro sem ao menos esperar o que Britt iria dizer, aposto que não diria nada, pois realmente não havia nada a ser dito, eu e ela nunca tivemos nada além de sexo sem compromisso, então ela não tinha o menor direito de estar agindo de tal maneira. Entrei no banheiro e caminhei até o local onde ficavam as pias em um enorme balcão de mármore, abri uma das torneiras e coloquei minha mão embaixo dela em forma de concha deixando acumular o máximo de água possível para logo em seguida levar até meu rosto refrescando-me, peguei um lenço de papel e sequei todo o líquido que estava em meu rosto, terminado peguei meu batom vermelho sangue no bolso de minha calça e passei por toda minha boca a deixando mais carnuda que o normal, enquanto dava uma última olhada no espelho percebi um objeto no chão, me virei e caminhei até ele o pegando, era o que eu imaginava... Uma carteira, prontamente a abri para saber se havia algum documento indicando o dono e como eu já esperava havia sim

 "Karla Camila Cabello Estrabão" era o nome estampado em todos os documentos e cartões incluindo a carteirinha de delegada.

FlashBack off

 

Meu olhar estava fixo na carteira em minha mão, eu estava confirmando onde ficava sua delegacia, por coincidência ou por infortúnio da vida, era a delegacia que estava investigando meus assassinatos, senti um arrepio percorrer todo meu corpo, eu poderia ter entregado a ela assim que achei só que não perderia a oportunidade de conhecer a delegacia, sim, eu estava decidida a entregar pessoalmente, afinal, sabe aquele tesão do perigo? Então, eu o queria, abri um largo sorriso então me levantei deixando a carteira da moça em cima de meu criado mudo, apaguei o restante do cigarro no cinzeiro e me arrastei para o banheiro retirando meu hobby de seda e mergulhei na água morna que batia sobre meu corpo o relaxando.

  Ao terminar o banho de longos minutos me arrastei até minha cama, a mensagem de Taylor me fez ter a ideia de busca-la amanhã para um passeio, minha irmã estava crescendo, já é uma adolescente e eu mal pude acompanha-la em suas fases, peguei meu celular e mandei a ela uma mensagem.

Lauren: Oi, Tay. Estou com saudades, estava pensando se você não quer amanhã dar uma volta comigo? Estou morrendo de saudades beijos e boa noite sz

Travei meu celular me afundando em meio às cobertas, me virei de barriga para cima e olhei para o teto, os flashs dessa noite não saia de minha cabeça e em todos eles a delegada fazia presença. Fechei meus olhos e me permiti mergulhar em um sono profundo, eu estava extremamente cansada pelo dia cheio. Enfrentar Michael seguido por mais uma noite de trabalho e de quebra quase transar com a mulher que estava atrás de mim a meses na esperança de me ver atrás das grades, sim eu literalmente estava brincando com grande quantidade de fogo.


Notas Finais




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