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História Dark Paradise - Não tem perdão


Escrita por: afffgabi

Notas do Autor


Olarrrrrrr... como estão?
Primeiramente queremos agradecer a todos os comentários do ultimo capítulo, chegamos aos trends de novo, e woowww isso é tãaao legal ahshashs obrigada de verdade, eu e Gabs estamos muito felizes.
Bom, desculpe a demora para postar, enfim, espero que gostem desse capítulo, agora as coisas vão começar a fazer sentido pra vocês kkkkkkkkk beijoss.
Esse cap foi editado mt rápido, espero que não tenha muitos erros, mas se tiver, nos avisem.
Enjoy
@afffgabi @orgasmcabeyo

Capítulo 37 - Não tem perdão


Fanfic / Fanfiction Dark Paradise - Não tem perdão

POV Lauren Jauregui

 

Duas semanas haviam se passado, duas estranhas semanas, estranho no sentido do meu mundo ter virado de cabeça para baixo, sendo mais específica... Camila é o motivo disso, a latina me trouxe o que eu acreditava ser o pior dos sentimentos, o sentimento de amar, eu amo Normani a tenho como uma irmã, mas com Camila Cabello era diferente, um amor diferente. Nessas duas semanas eu e a Delegada passamos boa parte do nosso tempo juntas nos conhecendo, fora do nosso expediente de trabalho, claro, mas mesmo assim a delegada às vezes me contemplava com sua visitas, segundo ela, ia apenas para apreciar minha voz.

Eu havia acabado de acordar, estava exausta, ontem fiquei até tarde ajudando com algumas coisas na boate. Camila, assim como eu, também ficou até tarde na delegacia. Eu havia dado uma pausa em meu hobbie, mas a delegada estava a todo vapor, Miami não era assim um lugar tão tranquilo.

Levantei-me e sem mais delongas fiz minhas higienes matinais, me vesti e desci as escadas, estava muito animada, hoje eu havia combinado de passar o dia com Camila e mais alguém em especial, mas primeiro tinha que ir na casa de Normani, prometi a ela contar tudo sobre esse “namoro” meu com Camila, com os dias corridos, mal tivemos tempo de nos falar.

Eu dirigia com pressa pelas ruas de Miami, estava com saudades de conversa com a minha amiga. Parei o carro na porta de sua casa, desci e ativei o alarme, caminhei até sua porta e toquei a campainha duas vezes apressadamente, foi possível ouvir passos a cada vez mais próximos a porta.

- Você foi rápida, isso é saudade? – Sussurrei sentindo um aperto em meu pescoço.

- Idiota – Normani se afastou dando um tapa em meu ombro – Não achei que você levaria a sério minha ameaça de vir aqui hoje, fico feliz que você percebeu quem manda nessa nossa amizade. – Comecei a rir.

- Amor esta falando com... – Veronica não terminou a frase assim que surgiu na porta e me viu abraçada com sua namorada, a morena olhou para Normani e em seguida para mim. Se um olhar podia queimar, o de Vero com toda certeza teria me carbonizado.

- Olá Vero – Me aproximei da morena com um sorriso cínico nos lábios, Veronica não saia do lugar, só moveu sua mão até minhas costas assim que eu a abracei.

- O que faz aqui Jauregui? – Resmungou baixo por entre os dentes, soltei uma risada nasal.

- Como o que faço aqui? Aqui é a casa da minha melhor amiga, venho aqui quando eu quiser – Sussurrei antes de me afastar e olhar para Veronica que mantinha um semblante sério.

- Urn – Normani limpou a garganta chamando nossa atenção – Esta acontecendo alguma coisa?

Nós duas a olhamos a mulata estava com um semblante confuso, suas sobrancelhas estavam arqueadas e seus braços cruzados abaixo dos seios.

- Não é nada amor, podemos entrar? Fiz alguns bolinhos – Disse Vero abrindo caminho para nós duas.

Normani apenas sentiu pegando em minha mão e me puxando para dentro, não olhei para trás, apenas continuei meu caminho sendo guiada por Normani.

Sentamos em seu sofá de couro preto, ele me fez lembrar da noite em que eu e Camila transamos loucamente na sala de Ster, aquele dia logo de manhã eu e Camila saímos a pressas, pois surpreendentemente Ster apareceu na boate, por minha sorte eu havia acordado antes e visto seu carro chegar.

- Terra chamando Lauren – Normani estalava os dedos a minha frente, balancei a cabeça e olhei para minha melhor amiga que começou a rir – Em que mundo você estava? Parecia bom porque esse seu sorriso no rosto...

- Não era nada demais... Quero dizer, era algo bom... Era Camila – Sorri mordendo o canto dos lábios, nem percebi que Veronica já estava ao lado de Normani.

- Awwwwnt – Suspirou Normani me fazendo fazer uma careta – Não faça essa cara Lauren, eu achei estranho de inicio, mas agora acho que vocês foram feitas uma para a outra... Quero que você conte tudo, já me enrolou muito Jauregui.

- É Lauren, nos conte como tudo isso rolou... Queremos detalhes – Disse Veronica chamando minha atenção.

Cínica

- Por que não deixamos isso para outro dia – Ignorei Veronica e olhei para Normani, a mulata formou um bico enorme e cruzou seus braços, sua cara de marra era meu ponto fraco – Não Mani, sem essa cara.

A mulata insistiu sem sua “manha”

- Ok, ok eu conto – Bufei enterrando meus dedos em meus fios de cabelos e os jogando para trás.

Normani sorriu vitoriosa e bateu palmas em comemoração, olhei para Veronica, ela olhava a mulata com admiração e paixão.

Frouxa demais.

- Bom o que quer saber?

- Quero saber desde o inicio...

- O que você sente por ela? – Perguntou Vero atropelando as falas de Normani.

Veronica acha que me intimida só por ser uma merda de policial, eu não aceito ser intimidada, eu poderia muito bem quebrar a cara dela nessa mesinha de centro e usar um dos cacos para rasgar sua artéria, mas Normani estava ali, é com ela com quem vim conversar e me abrir, então vai ser para ela que vou responder essa pergunta.

- Eu a amo – Deixei as palavras escorrerem em minha boca enquanto meus olhos se mantiveram fixos em algum ponto qualquer – E- Eu me apaixonei por ela, no inicio não passava de uma amizade com benefícios, mas com o tempo veio acontecendo coisas com a gente que não acontecem nesse tipo de amizades.

- Que tipo de coisas? – Perguntou Veronica.

Respirei fundo levantando meu olhar, as duas me olhavam atentamente, mas meu foco era apenas na mulata, seus olhos brilhavam.

- Ciúmes, eu sei que isso é normal de se acontecer...

- Mas não com você – Disse Normani – Você mudou muito Laur, antes mesmo desse “relacionamento” apesar de manter essa pose de durona, você amoleceu mais – A mão da minha melhor amiga pegou na minha iniciando um cariciar de leve, olhei para minha mão mas logo desviei o olhar para a mulata que sorria gentilmente.

- Camila me mudou muito, até me abrir com ela eu me abri – Normani arregalou os olhos espantada – Eu arrancaria a cabeça de qualquer um pela Camila.

- Todos na delegacia percebemos isso – Disse Vero atraindo nossa atenção.

Ela só pode estar brincando...

- Como assim amor? – Disse Normani rindo.

- Horas... Não te contei que a cabeça do cara que quase matou a Camila apareceu de presente para ela la na delegacia? – Normani se espantou negando com a cabeça – Pois bem amor, chegou la embrulhada e tudo, vai saber se não foi a Lauren e seu romantismo.

Vero olhou para mim com um sorriso sarcástico, minha mão livre fechou-se em punho, meus dentes estavam tão trincados que minha mandíbula chegava até doer.

- Palhaça – Normani deu um tapa em Veronica antes de começar a rir – Lauren não faz mal nem a uma mosca.

- Não teria tanta certeza amor – Disse Veronica rindo  forçadamente olhando para mim – Ainda mais com esse visual dark dela.

As duas riam eu no máximo forçava um sorriso. 

O momento tenso já havia se passado e Veronica resolveu parar de me provocar, mas eu não esqueço as coisas fáceis, ninguém me provoca e sai em ileso.

- Amor vou na cozinha pegar uns bolinhos – Disse Veronica se levantando, mas antes, deixou uma sequência de selinhos nos lábios de Normani. Era gritante o quanto se gostavam, uma pena.

- Eu vou te ajudar com as bebidas – Normani já se levantava mas eu a impedi.

- Fique ai Mani, eu ajudo.

- Ótimo, vão trabalhar juntas as mulheres da minha vida – Brincou a mulata nos fazendo rir.

Meu sorriso sumiu assim que passamos a andar em direção a cozinha, Verônica estava alguns passos a minha frente, tão vulnerável, eu poderia acabar com ela aqui mesmo mas eu não seria covarde de tal forma, bastou passarmos pelo batente da porta eu dei apenas duas passadas largas a alcançando e a empurrando em direção da parede, Verônica tentou se virar mas foi em vão, peguei em sua mão e coloquei em suas costas, minha perna entre as suas a prensando com todo o peso do meu corpo contra a parede. 

- QUE PORRA É ESSA? – Gritou Verônica. 

Afastei Verônica e a girei dessa vez pressionando suas costas com força novamente contra a parede, Verônica gemeu e me olhou com fúria, levei meu antebraço até seu pescoço o pressionando, as mãos da morenas seguraram firmes nele em uma tentativa falha de se soltar. 

- Uma pena eu saber imobilizar não é mesmo Verônica? – Pressionei mais meu braço contra a sua garganta, as unhas da morena estavam cravadas em minha pele, a raiva que eu sentia não deixava a dor fazer efeito. 

- O-o q-que v-você es- esta fa-fazendo? – Gemeu com falta de ar. Soltei uma risada sarcástica por entre os dentes, eu olhava fundo em seus olhos o mesmo fazia ela. 

- Vou ser rápida, você sabe muito bem do que sou capaz não sabe? – Perguntei. Verônica se manteve calada com a mandíbula trincada, respirei fundo e apertei novamente meu braço contra a sua garganta – Eu te fiz uma pergunta e quando as pessoas perguntam elas tem que serem respondidas

- Si-m –  Verônica assentiu com dificuldade.

- Ótimo... Eu não queria chegar a esse ponto, mas você não me deu escolha, você tem noção o quanto eu confio em você? Deixei em suas mãos o meu maior segredo e para que? Pra você ficar com malditas ameaças por eu ter dado um fim em um lixo que quase tirou a vida de sua melhor amiga? – Soltei um riso nasal negando com a cabeça – Achei que seriamos grandes amigas, mas com você me ameaçando de tal forma não esta contribuindo... Mas relaxa, Verozinha, não vou fazer nada com você... Duas pessoas especiais em minha vida gostam de você e estranhamente eu também, isso é apenas um recado – Fiz uma breve pausa inalando um pouco de ar, Verônica ja não tentava se soltar mais e meu braço ja não estava com força em sua garganta – Primeiro, como pode ver, eu não gosto que as pessoas me ameassem e tente me controlar e segundo, se você me arrastar eu posso muito bem te arrastar junto comigo. 

- Como? Não ah provas de nada – Disse Veronica soltando um riso nasal. 

- Tem razão... Não ah provas alguma para me acusar, já você...

- O que quer dizer com isso Jauregui? – Perguntou Verônica arqueando as sobrancelhas. 

- Nada demais... Eu só quero dizer que se sou boa em esconder provas, eu sou excelente em implanta-las.

- Sua put....

- Não, nada disso – A interrompi – Por um descuido seu, você mesma colocou sua cabeça a prêmio agora – Verônica estava com a respiração desregulada, visivelmente irritada – Eu vou te soltar antes que Normani apareça, só espero que seja compreensível e me perdoe por esse momento agressivo. 

Soltei Verônica e me afastei, a morena me olhava intensa. 

- O que vocês estão fazendo que estão demorando tanto? – Normani surgiu na cozinha olhando para nós. 

- Não é nada Mani, só estava ajudando Verônica, ela repentinamente passou a ficar zonza. Acho melhor até leva-la ao um médico – Fingi preocupação.

- Amor é verdade? Meu Deus – Normani se aproximou de Verônica levando suas mãos em seu rosto, a morena fingiu um mal estar enquanto eu só observava as duas – Vamos ao médico. 

- Não amor!! Eu ja estou começando a me sentir melhor. 

Meu celular vibrou em meu bolso e seu típico toque indicou uma ligação, pedi um minuto as duas e sai para o quintal dos fundos, saquei meu celular do bolso e vi que era o numero de Taylor, atendi a ligação levando o celular até a orelha.

.: Heey maninha

Taylor e eu havíamos melhorado nossa relação desde a nossa conversa. Em meus tempos sem estar trabalhando ou sem estar com Camila, eu procurava minha jovem irmã, assim como ela me procurava. A menor demonstrava ter parado de consumir qualquer tipo de drogas, o assunto Rob, era extremamente proibido entre a gente.

.: Laur-Lauren – Um soluço alto saiu do outro lado da ligação, ela estava chorando.

.: Taylor o que aconteceu? – A preocupação tomou conta de mim, a menor soluçava sem parar, eu já estava me assustando – Calma Taylor, respira e me diz, onde você está?

.: Es-Estou no hospital.

.: Está fazendo o que aí? Taylor você se machucou? Esta se drogando de novo? – Eu estava desesperada, andando de um lado para o outro a enchendo de perguntas – Taylor, por Deus, me responde!!!

Normani e Veronica surgiram em minha porta, a multava me olhava com preocupação.

.: Pa - Pai e-ele vai morrer!!!

Ela estava falando de Mike. Eu deveria estar feliz com essa noticia, mas não estava, Taylor estava muito mal e precisava de mim.

.: Estou indo aí... Por você!! Primeiro eu preciso passar na casa de uma pessoa, chego aí em 20 minutos.

Finalizei a ligação, as duas ainda olhavam para mim.

- Preciso ir ao hospital... Mike está morrendo.

 

POV Camila Cabello

 

Essas últimas semanas têm sido uma das melhores em minha vida, desde que eu e Lauren iniciamos um "relacionamento" tudo tem sido mais fácil e empolgante de se fazer por mais que a coisa seja chata, isso é estranho para mim pois nunca me senti assim com alguém, nem mesmo com meu ex noivo, Rob. Eu ainda não havia contado ao moreno sobre minha relação com a Lauren, mesmo ele me mandando mensagens diariamente me perguntando como estava, se ele poderia vir aqui ou me chamando para sair, o que deixava Lauren furiosa, a morena queria que eu contasse logo a ele, mas, era complicado.

.: Não vai dar Rob, sinto muito, tenho um compromisso 

.: Camila você nunca pode... Como você quer que eu recupere nosso relacionamento, nosso novado? 

Revirei os olhos soltando um ar pesado, eu preciso contar isso, cortar suas esperanças. 

.: Rob eu preciso te contar uma coisa, mas tem que ser pessoalmente....

.: Ótimo, estou indo ai te buscar para conversamos

O que?

.: Não Rob!!! Ja disse a você, eu tenho um compromisso... – O interfone começou a tocar chamando minha atenção "salva pelo gongo" – Rob, vou desligar, tenho que ir.

.: Sinto sua fal...

Não o deixei finalizar, desliguei, eu não queria ouvir aquelas palavras, corri até o interfone e o atendi, era apenas o porteiro pedindo permissão para a entrada de Lauren, só de ouvir seu nome meu coração disparava, a liberei e pedi para que ele liberasse o acesso dela ao meu apartamento sem precisar ser anunciada.

Corri para o meu quarto, dei uma ultima olhada no espelho, eu estava com uma roupa comum, não iríamos a um lugar sofisticado, apenas um passeio ao parque, peguei minha bolsa e voltei para sala e la estava ela com seu visual de sempre

"sexy como sempre também"

Seus cabelos negros estavam soltos e enrolados, bem rebelde

"mais sexy ainda".

Não enrolei, me aproximei da morena que estava com um sorriso fraco no rosto, quando cheguei próximo o suficiente ela envolveu seus braços em minha cintura trazendo meu corpo mais junto ao seu, meus braços rodearam seu pescoço que rapidamente o puxei para mim, nossos lábios se encontraram, o corpo de Lauren que antes estava tenso, passou a relaxar, sua língua aveludada pediu passagem, prontamente cedi, meus dedos finos invadiram seus cabelos negros, quando sua língua tocou a minha eu não contive o suspiro, suas mãos estavam firmes em minha cintura.

O beijo de Lauren era como comer algodão doce, aquela sensação gostosa dele se desmanchando em sua boca, era assim que ela me fazia sentir, eu me desmanchava em seus lábios. Finalizamos o beijo com alguns selinhos, a morena não demorou para afundar seu rosto em meu pescoço como de costume, sua respiração batia contra minha pele enquanto eu inalava o cheiro de baunilha de seu cabelo. Ficamos um bom tempo nos abraçando, sua mão deslizava em minha coluna enquanto meus dedos continuavam a cariciar seu couro cabeludo, um suspiro escapou de Lauren. 

- Camila? – Disse a morena se afastando de meu pescoço. Seu semblante era triste, mas seus olhos continuavam brilhantes em um verde bem clarinho.

- Sim...

- Eu sinto muito, mas acho que não vou poder sair com você – Lauren sussurrou com um olhar triste, logo um aperto veio em meu peito imaginando algo ruim, Lauren não é de se abater tão fácil. 

- O que aconteceu, meu amor? – A morena suspirou e me apartou mais contra si. 

- Tenho que ir ao hospital... Taylor ela esta muito mal, ela me disse que Mike está morrendo.

Espera... Mike?

- Mike não é seu pai? Eu vou junto com você – Disse calmamente. 

- Não precisa Camz, não quero que perca seu dia ao meu lado em um hospital – Lauren estava visivelmente abatida.

- Shhhh – Levei meu dedo indicador até seus labios fazendo Lauren se calar – Nada disso, eu quero estar com você, mesmo que seja pra ficar no hospital apoiando sua irmã, lembra? Estamos juntas. 

Lauren abriu um largo sorriso, a morena se aproximou novamente de meus labios os selando.

- Eu te amo – Sussurrou Lauren com a testa ainda colada na minha, abri um sorriso sentindo a sensação gostosa que eu sentia sempre que Lauren me dizia isso, aquelas palavras sempre faziam meu coração bater mais rápido – Agora vamos, porque Taylor realmente não esta bem.

- Vamos!!!

O caminho até o hospital foi silencioso, mas um silencio agradável, o tempo todo a mão direita de Lauren estava sobre minha coxa fazendo leves carias.

Quando chegamos no hospital, um calafrio percorreu minha espinha e tive algumas lembranças do tempo em que passei ali, a mão de Lauren estava entrelaçada na minha, só separamos assim que a morena avistou Taylor, as duas deram um grande abraço, a menor estava vermelha com o rosto molhado pelas lagrimas, as duas ficaram um bom tempo abraçadas, isso me fez lembrar de Sofi e o quanto eu estava com saudade da minha baixinha. 

- Srta Jauregui? – Um senhor de cabelos grisalhos apareceu se aproximando de Taylor e Lauren.
As duas se soltaram e viraram-se.
           - Sim – Disse Taylor tentando secar suas lágrimas, o que era em vão.
           - Seu pai... Ele já está consciente disse que quer lhe ver.
Pelo que todos diziam, Mike parecia estar muito mal.
           - É tão bom ouvir isso – As lágrimas no rosto de Taylor passaram a saírem com mais força.
A menor segurou firme na mão de Lauren e a puxou em direção do quarto mas Lauren travou seu corpo no mesmo lugar.
           - E-Eu não vou Tay – Sussurrou Lauren.
Por que ela não quer ir ver o próprio pai?
           - Por favor Laur – A menor suplicava em meio aos soluços – Por favor... Ele me disse que quer falar com você.
           - Mas eu não tenho nada a falar com ele!!
Taylor abaixou a cabeça totalmente abatida e voltou a chorar, estava aos prantos.
Me aproximei das duas que mal notaram a minha presença, minha mão tocou no ombro de Lauren fazendo-a olhar para mim, ela estava visivelmente perdida.
           - Hey – Sussurrei – Vá com ela, se algo acontecer eu entro e te tiro de lá... Ela precisa de você Laur.
Lauren me analisava, seu nariz inflou e logo soltou um ar pesado.
           - Tudo bem... Vou ver o que aquele senhor quer e logo vamos embora – Lauren aproximou seu rosto do meu selando nossos lábios, Taylor que estava em nossa frente arregalou os olhos surpresa.
           - Se precisar de qualquer coisa eu vou até lá ok? – Perguntei com a testa ainda colada na de Lauren, a morena assentiu abrindo os olhos.
Lauren se afastou de mim e sumiu no corredor, o quarto onde seu pai está não era muito longe. Não demorou mais de 3 minutos e vozes alteradas de Lauren vinham do local, me levantei e corri até a sala parando no batente da porta e uma enfermeira também estava ao meu lado.

- Tudo bem, está tudo bem, eu te chamo se algo acontecer.

- Olha moça, eu preciso entrar nesse quarto. – A enfermeira posicionou a mão na maçaneta da porta e eu a segurei.

Não acredito que vou fazer isso, pensei comigo mesma.

- Delegada Cabello – Retirei meu distintivo e mostrei para a jovem enfermeira – Essa é uma ordem para que não entre neste quarto.

- Você não pode fazer isso.

- Olha, eu posso, mas estou preferindo te pedir gentilmente que vá fazer o seu trabalho em outro andar. – Após dizer vi a jovem enfermeira fechar o semblante para mim e se virar saindo em passos firmes.
Abri a porta e ninguém havia notado minha presença.
- Como o senhor ousa me chamar de filha? – Ouvi Lauren perguntar visivelmente alterada – Não ache que por que o senhor esta morrendo eu vou lhe dar esse gosto!!
           - Laur por favor...
            - Por favor não Taylor – Lauren lançou um olhar para a irmã que se encolheu chorando mais ainda – Não se meta... E você – Apontou para o senhor rechonchudo deitado sobre a cama – Não me diga que me fez vir até aqui para me chamar de filha. Logo o senhor que vez o que fez comigo e minha mãe...

- Cala a boca, Lauren!! – Berrou Mike fazendo todos nós pularmos em um susto – Não ouse falar de sua mãe. 

- Não ouse você falar dela, me deixou todos esses anos achar que eu fui a culpada pela morte dela, nunca vou perdoar pelo que fez, como pode? – Lauren estava vermelha, a veias de seu pescoço estavam saltadas, eu estava assustada pois eu nunca havia visto ela assim. 

- F-Fez o-o que? – Perguntou Taylor entrando na conversa.

- Diz a ela Mike, diz, seu imundo – Mike se manteve calado, seu olhar para Lauren era de fúria, o que me deixava com raiva dele, como alguem pode olhar assim para ela? Como um pai pode olhar com ódio para a própria filha? Lauren soltou um riso nasal negando com a cabeça – Vai continuar se fazendo de vitima para ela? Vai continuar jogando todos os seus erros em minhas costas?

- Eu. Ja. Te. Mandei. Calar. A. Boca – Respondeu pausadamente. O senhor respirou pesado fechando os olhos fazendo uma cara de dor.

- Lauren? – A chamei. Automaticamente ela me olhou, havia fúria, medo e decepção em seu olhar, a minha vontade era de tirá-la de lá e abraça-la o mais forte que meu corpo suportava, me partia a alma ver Lauren assim. Me aproximei dela pegando em sua mão entrelaçando nossos dedos – Vamos embora, chame sua irmã também, não vale apena ficar aqui discutindo, isso só vai fazer mal a você e a sua irmã. – Lauren apenas assentiu.

- Vamos... Taylor – Lauren a chamou, a garota que chorava a olhou – Me desculpe, mas não posso ficar aqui, quer ir junto?

- N-Não Laur... Obrigada mesmo assim – Respondeu a mais nova que estava ao lado do pai, que nos fuzilava com o olhar. 

- Tudo bem, se precisar, você tem meu numero e sabe onde moro e trabalho, não hesite em me procurar quando se tratar de você, porque desse senhor eu não quero saber mais nada. 

Taylor apenas assentiu, Lauren e eu nos viramos e caminhamos em direção da saída. 

- Fugindo como sempre... – Disse Mike soltando uma risada sarcástica. 

Lauren foi pra se virar eu a impedi e me virei caminhando em passos largos até o senhor esparramado na cama. 

- Escute aqui... Eu não te conheço, mas já não tenho nenhuma consideração pelo senhor, não sei o que fez com Lauren, mas espero nem saber, porque se eu souber, só Deus sabe o que eu posso fazer contigo... Espero que nunca mais fale com minha mulher desse jeito novamente, estamos entendidos?

Eu estava bufando de raiva, Mike me olhava assustado, aposto que ele não esperava isso de mim, aposto que ninguém esperava isso de mim, nem eu mesma. 

- Vou levar esse seu silencio como sim... Passar bem!

Me virei e caminhei até a Lauren que me olhava espantada, peguei em sua mão e a arrastei para longe daquele lugar. 


Notas Finais


As coisas entre Lauren e o pai dela estão esquentando, será que Lauren vai contar o que aconteceu para Camila? hmm


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