História Dark Paradise - Fuga

POV Lauren Jauregui.

[PLAY]

Oh, mama liked the roses she grew them in the yard

(Oh, mamãe gostava de as rosas ela cresceu-los no quintal)

But Winter always came around and made the growing way too hard

(Mas o inverno sempre veio e fez o caminho de crescimento muito difícil)

Oh, mama liked the roses and when she had the time

(Oh, mamãe gostava de as rosas e quando ela teve o tempo)

A voz de Elvis saindo pelo alto falante me fez paralisar, meus olhos fixaram no pequeno barquinho pendurado no meu carro, ele balançava de um lado pro outro como se estivesse navegando em mares abertos, junto com as ondas imaginarias me veio lembranças. 

FlashBack on

- Laur – A voz doce de minha mãe me chamou, olhei para cima, ela estava na parte de cima de nosso barco me chamando, corri em direção a escada subindo-a – Não corra, filha, você pode cair. 

- Não vou cair não, mommy – Tranquilizei minha mãe que se aproximou da escada, aos poucos fui subindo, chegando no último degrau, minhas pernas curtas não permitiram que eu continuasse, me fazendo escorregar, mas em um ato rápido as mãos de minha mãe pegaram em meus dois pulsos me ajudando a subir.

- Laur, filha, eu disse para você tomar cuidado – Mamãe me puxou junto a si me abraçando apertado, minha cabeça afundou em seus seios, automaticamente meus braços pequenos tentaram se fechar em volta do corpo da mais velha, meus olhos se fecharam, respirei fundo inalando seu cheiro natural. Entre nosso abraço a voz de Elvis, um cantor que Mommy gosta se fazia presente.

 She'd decorate the living room, for all us kids to see

(Ela decorar a sala de estar, para todos nós crianças para ver)

When I hear the Sunday bells ringing in the morning

(Quando ouço os sinos a tocar domingo de manhã)

I remember crying when she used to sing

(Lembro-me de chorar quando ela costumava cantar)

Oh, mama liked the roses but most of all she cared

(Oh, mamãe gostava de as rosas, mas acima de tudo, ela se importava)

Senti o corpo de Mommy começar a se movimentar me guiando junto a ele, mantive meus olhos fechados, eu não queria abri-los.

About the way we learned to live

(Sobre a forma como aprendemos a viver)

And if we said our prayers

(E se disséssemos nossas orações)

A voz doce dela se juntou à do cantor da voz grave dando um toque mais que especial na música, nossos corpos se mexiam e uma ótima sintonia.

You know I kept the family bible

(Você sabe que eu mantinha a família Bíblia)

With a rose that she saved inside

(Com uma rosa que ela salvou dentro)

It was pressed between the pages

(Ele foi pressionado entre as páginas)

Like it had found a place to hide

(Como se tivesse encontrado um lugar para se esconder)

Mommy parou de dançar, meus olhos se abriram quando nossos corpos se afastaram, em passos lentos ela se aproximou da borda do barco, fiz o mesmo, a segui até a borda, o dia estava lindo, meus olhos percorreram por todo o espaço, mas Mommy mantinha os dela fixos em um único lugar então os segui.

Oh, mama liked the roses in such a special way

(Oh, mamãe gostava de as rosas de tal forma especial)

We bring them every Mother's Day

(Nós trazê-los a cada dia da Mãe)

And put them on her grave

(E colocá-los em seu túmulo)

Oh, mama liked the roses Mmmm

(Oh, mamãe gostava da Mmmm rosas)

Mama liked the roses

(Mama gostou das rosas)

Meus olhos pararam na ilha, onde Mommy nem sequer piscava, meus olhos desviaram para Mommy que agora estava com os olhos fechados, a maresia batia contra nosso rosto, seus cabelos voavam assim como seu vestido branco, ela parecia um anjo. A música acabou e seus olhos se abriram, o anjo olhou para mim com seus olhos brilhantes, um sorriso se abriu em seu rosto.

- Sabe filha... Eu amo essa música, assim como eu amo aquela ilha – Mommy apontou para a ilha em que olhávamos há minutos atrás.

- Por que, Mommy? – Inclinei minha cabeça a olhando com curiosidade.

-Porque a Mommy passou por momentos muitos especiais lá, com um grande amor e esse grande amor sempre me dava rosas – Ela parou de me olhar e passou a olhar a ilha, soltou um suspiro nasal, mas não de cansaço e sim de lembranças boas – Um dia a Mommy promete te contar tudo, quando você já estiver bem crescidinha.

- Mas Mommy, eu ja estou com 7 anos – Resmunguei manhosa fazendo sete com a mão – Já sou bem crescidinha. Mamãe começou a rir me puxando novamente para um abraço que prontamente retribui.

- Um dia filha... Um dia aquela ilha será nossa e lá mesmo contarei toda a história – Ela praticamente sussurrou antes de se afastar um pouco de mim e me olhar, um sorriso se abriu em meu rosto assim como no dela também.

- Feliz dia das mães.

FlashBack off

Não havia percebido as lágrimas que escorriam sorrateiramente pelo meu rosto, pela primeira vez, lembrar de minha mãe não me fez chorar de tristeza mas sim de alegria, de saudade, eu precisava ir lá, o único lugar que a fez melhorar por um tempo... A ilha Angel. Ouve um tempo que insistir para Mike comprar a mesma, eu precisava disso, era o mínimo que ele poderia fazer por mim e por minha mãe. Mas como eu não tinha idade para fazer isso, então Mike comprou em meu nome, claro, acho que foi a única coisa boa que ele já fez por mim e por Clara, ela já estava internada, mas pedi para que ela passasse ao menos um dia lá comigo, e foi o que ela fez, mas não passou um dia, passou praticamente uma semana, Clara estava tendo melhoras lá, mas teve uma recaída, então tivemos que interná-la novamente. Soltei um longo suspiro, estiquei minha mão pegando a garrafa de uísque a virando novamente em minha boca bebendo o conteúdo enquanto as lágrimas escorriam por meu rosto timidamente, algo vibrou em meu bolso, estiquei minha mão pegando meu celular, não vi quem era, apenas atendi.

- A-Alô? – Minha voz saiu embargada por conta do choro. 

- Lauren? Você está chorando? – Era Normani sua voz parecia estar preocupada, mas um soluço escapou, fechei os olhos apertando-os e chorei – LAUREN... – Normani me chamou mais uma vez.

- N-Não – Respondi tentando me controlar, levei a garrafa até minha boca dando mais um gole antes de largá-la no banco do carona e ligar meu Volvo, o ronco do motor chamou a atenção de Normani.

- LAUREN VOCÊ TA BEBENDO E DIRIGINDO? NÃO MINTA, ESSE BARULHO É DO SEU CARRO.

- P-Preciso desligar, tenho que ir na Angel.

- LAR... – Não deixei minha melhor amiga terminar de falar, apenas desliguei jogando o celular junto a garrafa de bebida e saindo cantando pneu. 

Não sei como não bati meu carro, minha visão estava turva, mas graças a minha habilidade no volante, cheguei em meu destino em poucos minutos. Estacionei meu Volvo em sua vaga de sempre, desci do mesmo o travando e me direcionando para as docas onde meu pequeno Iate ficava, entrei no barco com um pouco de dificuldade por conta da minha pequena embriagues, estava tentando arrumar o mesmo para partir.

- Lauren, aonde você pensa que vai? – A voz da minha melhor amiga se fez presente, continuei a tentar preparar o barco, as lágrimas ainda escorriam pelo meu rosto, por mais que a lembrança de minha mãe tenha me causado uma sensação de paz, ainda não era o suficiente, meu dia tinha sido muito difícil, muita pressão e humilhação, eu precisava extravasar de alguma forma e fugir um pouco da realidade.

- E-eu só preciso de um tempo, só meu, preciso de paz, fugir um pouco do meu dia a dia – A respondi já terminando de arrumar, mas paralisei quando seus braços rodearam meu corpo.

- Então eu vou com você – Sussurrou Normani com a cabeça deitada em minhas costa – Não vou te deixar sozinha, não mais – Fechei os olhos sentindo todo meu corpo relaxar, me virei de frente a minha melhor amiga e a abracei o mais forte possível, as lagrimas vieram com mais violência, a mão de Normani subiu em meus cabelos começando a acaricia-los – Não chore, eu estou aqui e vou te ajudar, tudo vai se resolver.

"Tudo vai se resolver" Com toda certeza vai tudo se resolver.

POV Camila Cabello

- Rob, o que acabou de acontecer aqui? – Disse me levantando, eu estava totalmente sem entender nada.

- Eu não sei, Mila, essa sua amiga é uma desequilibrada, precisava ver ela na reunião hoje. – Ele disse retirando o blazer.

- Não, ela não é uma desequilibrada e eu não vou aceitar que fale assim dela novamente – Eu estava totalmente sem fôlego ainda – Pegue suas coisas espalhadas, você não está na sua casa.

- Calma, amor, você nunca falou assim comigo antes – Ele se aproximou e eu recuei.

- E a partir de hoje, eu quero que você seja anunciado antes de entrar desse jeito aqui em casa – Ele quase me presenciou aos beijos com Lauren, ele quase presenciou o que poderia ter acontecido se ele não tivesse entrado daquela maneira e confesso que queria explodir a cabeça dele por isso.

- Mas nós já estamos quase nos casando e...

- E NADA... Ainda não casamos. – Rob se aproximou e segurou em meu braço, tentei me livrar dele, mas ele era infinitamente mais forte.

- Desde quando começamos a ser rudes um com o outro? – Os olhos dele estavam indecifráveis, um misto de raiva e mágoa.

- Desde quando você aparece com esse maldito cheiro – Eu não estava mais aguentando, eu não queria mais fechar os olhos para isso, eu não merecia, ou merecia? – Me solta e vai tomar um banho, não quero você cheirando a puta aqui dentro da minha casa.

Meu celular tocou e eu corri para atendê-lo.

- Vero?

- Finalmente consegui falar com você – Vero praticamente berrou do outro lado da ligação.

Relaxei meu corpo, era bom ouvir a voz de minha amiga ainda mais depois daquela ligação estranha às 3h da matina.

- Desculpa, eu estava em uma operação na Little Haiti hoje pela manhã, os traficantes estão tomando conta de lá novamente.

Veronica bufou do outro lado da ligação, ela odeia o tudo que envolve drogas, a morena já teve grandes problemas em sua família por conta desse veneno.

- Mas que porra, conseguiu algo?

- Sim, prendemos alguns traficantes que faziam pontos descaradamente, estão passando por interrogatório.

- Ótimo, bom, peço desculpa por minha ausência, tive problemas familiares – Veronica soltou um suspiro cansado ficando por alguns segundos em silencio – Só liguei pra dizer que ainda está de pé a reunião do seu casamento aqui em casa. 

- Espero que tenha resolvido Vero, e não, deixa pra lá, fazemos isso um outro dia, você deve estar ocupa...

- Não Camila, combinamos, não podemos desmarcar com todas, sem falar que comprei algumas coisas para comer e... Cervejaaaa.

Revirei os olhos rindo, é incrível como Veronica não se cansa de nada, ela pode estar tendo um possível pior dia, mas faz de tudo para melhorar até mesmo uma reunião chata de casamento ela torna mais animado.

- Ok, ok te vejo agorinha.

- Até mais, bunduda. 

Tentei protestar o apelido, mas foi tarde demais, Veronica finalizou a chamada. Vendo por um lado essa reunião seria uma boa, precisava urgentemente resolver os preparativos de meu casamento. 

- Eu já te expliquei sobre esse perfume, Camila. – Rob disse vindo atrás de mim enquanto eu ia até o quarto onde Sofi estava. – Eu trabalho com muitas mulheres vaidosas. – Sem dar ouvidos abri a porta do quarto dela.

- Sofi, eu sei que praticamente suas férias acabaram e eu fui uma péssima irmã te deixando sozinha muitas vezes – De fato, a pequena havia se animado por passar as férias comigo e só o que eu fiz foi deixá-la sozinha – E infelizmente eu preciso sair agora.

- Tudo bem, Mila – Ela se levantou da cama e veio em minha direção – Eu gostei muito de ter ficado aqui, só de não ter que ficar naquele internato.

- Sofi – Disse pousando minha mão em seu rostinho e o acariciei – Eu preciso sair hoje novamente, mas eu prometo que conversaremos sobre seu internato quando eu voltar, tudo bem?

- Sim, mas ele – Ela disse apontando para alguém atrás de mim e só ai me dei conta de que Rob estava próximo a mim. – Vai ficar aqui?

- Você lembra que eu te pedi uma chance para dar a ele? – Ela balançou a cabeça. – Então, será que pode ser hoje?

- Sofi, vamos nos divertir, ver algumas series enquanto Mila vai resolver o que tem para resolver.

- Tudo bem, mas se eu te ligar, você volta? – Perguntou ela.

- No mesmo instante.

- Então, tudo bem – Ela sorriu e eu beijei seu rosto em agradecimento.

Sai do quarto e Rob ainda me seguia.

- O que você quer? – Perguntei seca.

- Saber que horas você volta.

- Não tenho hora, vou para casa de Verônica, vamos discutir sobre os preparativos do casamento – Peguei meu casaco que estava em cima da cama e o vesti. – O que foi? – Rob me olhava com os braços cruzados.

- Hoje foi um dia importante para mim e você nem me perguntou como que foi.

- Pelo humor de Lauren eu já sei que você é o novo representante da empresa, meus parabéns, mas eu confesso que não consigo ficar feliz com esses casos que você defende, tem noção do quanto cruel é isso tudo – Chega me dava nojo. Rob defendeu muitos casos nos quais iam contra meus princípios, mas alguém tinha que defende-los, eu sei, mas preferiria que essa pessoa não fosse o cara com quem se casaria comigo.

- Por que tudo gira em torno dessa Lauren? Já percebeu? Tudo.

- Estou sem tempo para isso agora – Passei por ele fui em direção ao sofá onde estava minha bolsa e as chaves do meu carro. Peguei as mesmas e Rob parou em minha frente, se inclinou e selou nossos lábios – Por favor, seja paciente com Sofi – Ele apenas assentiu e eu sai pela porta.

[...]

Toquei a campainha do apartamento de Veronica. A porta se abriu revelando minha melhor amiga, Veronica estava vestida por um shorts jeans claro, chinelo e uma blusa xadrez, aquela blusa acho que já vi em algum lugar e não foi no corpo de Veronica.

- Entra logo. bunduda – Praticamente gritou Veronica.

- Como você está? Melhor?

- Sim, melhor e você – Perguntou ela me dando espaço para entrar.

- Aquela operação com os traficantes está me esgotando, tanto é que tive que tirar o resto do dia de folga – Suspirei cansada ao abraçar minha amiga.

- Eu não sei você, mas eu já posso ver uns fios de cabelo branco crescendo ai – Dinah surgiu do meu lado pegando em um fio de cabeço meu, me assustei espalmando seu braço.

- Sai – Um bico se formou em meu rosto, Dinah e Vero começaram a rir – Não tem graça, viu?! – Senti os braços de Dinah me envolver.

- Relaxa, Chancho, toma – A morena me entrega uma lata de cerveja – Venha, estamos na sala – Peguei a lata de sua mão e junto com minhas duas melhores amigas me juntei as outras meninas. Poucas amigas estavam, eu sinceramente não achava necessário que estivessem, mas quando se trata de casamento, toda mulher enlouquecida parece ser pouco.

- Eu não sei o que o que as duas estão fazendo aqui se ainda é horário de expediente. – Fingi estar irritada.

 -Bom, Jacob ficou no seu lugar e ele nos liberou um pouco mais cedo – Dinah disse rindo se jogando no sofá.

- Os gatos saem e os ratos fazem a festa – Ally disse e eu revirei os olhos, mas logo me juntei a elas.

[...]

Já havia se passado mais de uma hora, já havíamos combinado tudo sobre o casamento, mostrei a elas os vestidos e já marcamos a prova, mostrei as fotos do local onde será a festa e todas amaram, até Dinah que odiava a ideia do meu casamento com o Rob opinou nas decisões. Agora estávamos apenas Ally, Dinah, Vero e eu sentadas na sala da minha melhor amiga, bebendo e dando risadas.

- Então Camila, está animada? – Perguntou Ally chamando minha atenção, a pequena tinha uma garrafa de cerveja em sua mão.

- Sim estou, apesar de que Rob e eu demos uma afastada por conta do trabalho, essa última semana nos aproximamos mais. 

Ally sorriu enquanto dava um pequeno gole em sua cerveja, a pequena se ajeitou no sofá. 

- Eu tenho certeza que tudo vai dar certo com vocês dois, basta querer.

- Só uma louca igual à Camila para querer o Rob – Dinah surgiu bufando se sentando de frente a nós duas com mais uma garrafa de cerveja.

- Dinah! Não fala assim – Repreendeu Ally, comecei a rir, já estava acostumada com os insultos de Dinah em relação a Rob. 

Ally e Dinah começaram uma pequena discussão, então me levantei, senti a sala rodar um pouco por conta da quantidade de álcool que eu havia ingerido.

- Vou ao banheiro – Mas nenhuma das duas me ouviu, Ally se manteve repreendendo Dinah como se ela fosse sua filha e Dinah resmungava com o bico maior que o mundo, balancei a cabeça rindo enquanto caminhava em direção ao banheiro. 

Ao me ajeitar para sair do mesmo, assim que me aproximei da pia chutei uma espécie de balde, onde ficavam as roupas sujas, a tampa caiu revelando uma roupa coberta de terra, talvez um pouco fresca, franzi a testa pegando a roupa em minha mão. Onde Vero sujou tanto assim a roupa? Aqui no apartamento dela não tem muitos vasos e mesmo se tivesse não faria esse estrago todo.

- Onde você está, amor? – A voz de Veronica se fez presente me puxando de meus devaneios, joguei a roupa de volta no cesto e o tampei, com cuidado abri a porta vendo pela fresta, minha melhor amiga estava no telefone, pelo modo de falar, deve ser com Normani. 

- Calma, Mani... Ela está bem? – Ouvir aquilo me fez congelar e minha curiosidade aumentar, sobre quem elas estão falando? 

- Ok, amor, manda um beijo para ela e diz que desejo melhoras, te vejo mais tarde então – Fechei a porta novamente, será que era de Lauren que elas estavam falando? Encostei na porta fechando os olhos desejando que nada tenha acontecido com ela, a morena estava muito estranha ultimamente e ela aparecer do nada em minha casa para “matar” a saudade me fez pensar, talvez ela estivesse com algum problema, ou de fato é só saudades mesmo, sei que me faz falta seus toques, sua companhia, sua risada gostosa. Um arrepio percorreu pelo meu corpo.

Droga preciso perguntar para Vero. Abri os olhos desencostando da porta abrindo a mesma, mas ela já não estava mais lá. Quando voltei para a sala Vero estava sentada com as meninas, ela falava algo.

- Mani está em uma ilha – Me aproximei de minhas amigas me sentando ao lado delas, todas prestavam atenção em Vero.

- Ilha? Fazendo o que? – Estiquei o braço pegando minha cerveja tomando um gole, Verônica olhou para mim com um sorriso fraco.

- Ela está cuidando da Lauren, ela surtou depois de uma reunião com o pai dela, Mani encontrou ela completamente bêbada no Iate da mãe dela, segundo Mani ela iria navegar até a ilha bêbada. 

Não sei, mas acho que parei de respirar por alguns segundos, meu coração batia rápido em meu peito "porra" era a única palavra que veio à cabeça, imagens de uma Lauren frágil em meus braços chorando pela morte de sua mãe começaram a me torturar.

- Deus, que perigo... Mas ela está bem? – Ally se pronunciou, olhei para a pequena que tinha um semblante assustado. 

- Sim, sim, Mani cuidou dela, ela amanhã está de volta, mas a Lauren vai ficar, ela disse que quer ficar um tempo a sozinha lá. 

Eu precisava ligar para ela, perguntar como ela estava "Que merda de amiga você é hein, Camila Cabello?!" eu senti que tinha algo de errado e agora essa com o pai dela... Droga.

- Camila... – Balancei a cabeça virando-a em direção a Dinah que estava me chamando – Camila.

- Oi... Desculpa.

- Você está bem? Parece que está em outro mundo, nem ouviu minha pergunta, você sabe de algo sobre a Lauren? Porque ninguém sabe, já pararam pra pensar nisso? – Questionou Dinah.

- Eu não sei – Eu ainda estava perdida em meus pensamentos.

- Lauren é muito misteriosa, talvez eu deva investigar ela um pouquinho – Dinah disse brincando.

- Você não vai fazer isso, Dinah, ela é uma boa pessoa, só é reservada – Veronica esbravejou.

- Hey, eu só estava brincando. – Dinah disse levantando as mãos em sinal de rendição. – Mas seria divertido, não seria, Mila?

- Desculpa gente, preciso ir – Me levantei rapidamente pegando minha bolsa. 

- Calma aonde você vai? – Vero se colou de pé.

- Preciso ver Rob – Peguei minha bolsa e fui em direção a saída. 

- Nossa, Camila, uma amiga nossa não está bem e você quer ver seu noivinho? Esperava mais de...

- Agora não, porra – Me virei de supetão, Dinah se calou arregalando os olhos, assim como Veronica e Ally – Tenho que ir, depois eu ligo pra ela – Me virei abrindo a porta saindo o mais rápido que podia.

Não, eu não ligaria para ela, eu iria atrás dela.