História Dark Secrets - Dark Angels

When your dreams all fail

And the ones we hail

Are the worst of all

And the blood's run stale

I want to hide the truth

I want to shelter you

But with the beast inside

There's nowhere we can hide

When you feel my heat

Look into my eyes

Olhei novamente para seus olhos cor da grama. De repente um calafrio percorreu meu corpo. Eu conhecia aqueles olhos. Há muito tempo atrás. Eles haviam me feito rir e chorar. Abandonaram-me. Eles eram perigosos, diferentes daqueles olhos cor do céu do outro garoto.

- Quem é você? – tornei a perguntar novamente. Eu estava confusa. Minhas têmporas doíam muito e eu estava literalmente acabada.

- Ora Beth, vai me dizer que não me conhece pequena? - aqueles olhos faiscaram e percorreram meu corpo. Senti-me nua com o olhar dele. Era uma sensação boa. Eu não era santa, a vida de garota órfã era dura, meus pais haviam me abandonado depois que descobriram meu segredo e eu considero que eles morreram. O garoto de olhos azuis vendo minha aflição passou suas pontas de seus dedos macias em meu rosto e aquilo me aliviou. Senti os pelos da nuca se arrepiarem quando ele sussurrou eu meu ouvido.

- Não se preocupe com ele Lizzie, estou aqui para te proteger. Eu fiz essa promessa. Não se lembra?

- Beth? Lizzie? Só existiram duas pessoas que me chamavam assim – falei arqueando as sobrancelhas.

- E quem seriam elas?

- Meu pai e minha mãe.

- E onde estão eles?

- Eu não sei. Estão mortos pra mim.

Senti o garoto atrás de mim ficar tenso e descolar um pouco seu corpo do meu. Aproveitei e dei-lhe uma cotovelada e coloquei meu canivete em seu pescoço. Seus olhos azuis ficaram turvos e tristes.

- Não se mexa ou eu enfio isso no seu pescoço.

- Lizzie? – ele disse – Não pode ser você. O que houve com você minha pequena?

- Escuta aqui cara. Você me raptou, me prendeu e seu amigo de olhos verdes tá me fazendo um interrogatório. Queria que eu fizesse o que? E quem é você?

Ele me olhou profundamente e dentro de seus olhos cor do céu e quase pude ver nuvens de tão intenso ser seu azul. Suas pupilas eram tão grandes que pareciam dilatadas. Olhando-os profundamente eu vi uma cena que não gostaria de me lembrar. Eu conhecia aqueles olhos tanto quanto conhecia os verdes. Fiquei tão concentrada em seu azul que não percebi quando o garoto de olhos verdes me pegou na cintura. Soltei o canivete no chão, aspirando seu cheiro agridoce. Era uma mistura de morangos silvestres e suor. Suas mãos escorreram da minha cintura até meu quadril e pela primeira vez eu não consegui rejeitar as caricias de um homem. Ele roçou de leve seu nariz em meu pescoço. Eu não conseguia me mover. Suas mãos alcançaram meu rosto e ele me olhou profundamente.

- Diga Beth que não se lembra de nada. Que nunca viu meus olhos, que nunca sentiu meu cheiro. Diga isso e eu te deixarei ir embora.

When the days are cold

And the cards all fold

And the saints we see

Are all made of gold