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História Dasein - Capítulo 6


Escrita por: ladylocksley

Notas do Autor


Olá, gente!
Espero que gostem do perosangem novo. 😜

Capítulo 6 - Capítulo 6


Os dias que passaram não foram os melhores para ela. Por ironia, a grande culpada pelo seu péssimo humor era ela mesma. Dias se passaram desde que aquele mago insuportável congelou o seu corpo. Havia dias que ela sonhava com o calor de Robin, as mãos dele passeando pelo seu corpo, o hálito quente fazendo seu corpo arrepiar toda vez que ele sussurrava em seu ouvido. Ela ainda sentia em cada grama do seu ser a sensação de pressionar seu corpo no dele. Tão másculo, tão quente, tão... Ela grunhiu. Detestava desejá-lo, detestava ainda mais tudo que ele lhe causava. Não era para ser assim, em hipótese alguma ela podia nutrir qualquer sentimento, mesmo que fosse carnal, por Robin. Droga, ela não queria magoá-lo, muito menos criar expectativas sobre eles dois, sobre continuar viva. Todavia, era completamente difícil não sentir nada por ele quando Robin se mostrava bastante gentil. Desde o seu desentendimento com Daniel, Locksley tem se mostrado bastante protetor. Ele se impôs diante de todos aqueles magos, deixou bem claro para Daniel que não toleraria outro ataque de magia contra ela. O clima mudou completamente e agora ninguém olhava para Regina com cara de nojo ou tecia comentários sempre que ela entrava em algum cômodo com Diana. Os dias tinham sido uma maravilha e tudo graças a ele. Robin tinha lhe levado para conhecer o templo, mesmo não sendo permitido a sua entrada. Eles fizeram vários passeios a cavalo, junto com Diana. Robin também levou-a para visitar o jardim a luz do dia. Eles estavam passando bastante tempo juntos, mas em nenhum momento falaram sobre a noite que dormiram abraçados. Mills ainda lembrava da manhã que eles acordaram e Robin saiu da cama como se nada tivesse acontecido. Aquele momento dos dois não afetou ele, e ela se odiava por ter se afetado tanto, por pensar tanto naquele abraço acolhedor. É claro, ele jamais poderia sentir qualquer coisa por causa de um simples abraço. Ele não era um solitário em busca de qualquer calor humano igual a ela. Regina era solitária, tinha apenas Zelena como amiga, e Robin... Ela tinha absoluta certeza que ele era um homem que tinha sempre alguém pra lhe fazer companhia.

Ela queria gritar, mas engoliu suas emoções. Queria ir embora dali, correr para longe dele, mas não podia. Regina queria poder dizer que conseguiria morrer muito antes de completar um mês. Mas já havia se passado um, e ela se odiou ainda mais quando percebeu que ele a distraiu do seu plano inicial, de morrer antes que completasse um mês ao lado dele. Ela tinha falhado miseravelmente. Queria socar alguém, queria o colo de Zelena e também queria Lilo. Qualquer coisa que pudesse melhorar o seu humor. Qualquer coisa menos Robin. E Diana. Porque Diana lembrava Robin. Eles tinham os mesmos olhos, o mesmo sorriso e... e lá estava ela novamente, descrevendo as características dele que estavam gravadas na sua mente.

Quando finalmente saiu da mansão, ela desejou que ele fosse como ela sempre imaginou: um mago velho, com barba branca e uma barriga enorme, não um homem esculpido pelos deuses.

“Preciso de ar!” Exclamou, seguindo em direção a floresta. O clima estava agradável e ela resolveu caminhar. Precisava pensar e nada melhor que uma caminhada para clarear seus pensamentos. Regina caminhou alguns minutos até chegar no chalé que Robin mantinha no meio da floresta. Ela chegou na porta e forçou a fechadura. Mesmo sabendo que aquilo a manteria perto dele, ela entrou quando a fechadura cedeu. A mulher vasculhou o lugar. Não tinha muita mobília ali, apenas a cama e a lareira, que estava apagada no momento. Ela sentou na cama e o cheiro dele a invadiu, era como se ele tivesse visitado aquele lugar muitas vezes. Deitando na cama, ela abraçou o travesseiro e fechou os olhos, deixando que o silêncio lhe invadisse. Ela não podia passar mais 5 meses ao lado dele, porque tinha medo que seu coração lhe traísse. Ir embora ela não podia, então teria que voltar a ser a Regina rabugenta que apareceu na porta dele tratando-o como um criado. Isso, era isso que ela faria.

Um estrondo na porta fez Regina levantar a cabeça alarmada. Seus olhos se arregalaram e ela abraçou o travesseiro, como se aquilo lhe protegesse do homem parado a porta. Engolindo em seco, ela fez um grande esforço para não deixar seu medo transparecer. Ela ergueu o queixo, levantou da cama e encarou o mago bem a sua frente.

“O que você quer?” Disse pausadamente, tentando controlar o tremor na sua voz. Se arrependia por não ter avisado a Robin que havia saído. Por que imaginou que estaria segura ali? Ela nunca estaria segura longe de Locksley. “Não acredito que meu marido lhe deu permissão para estar aqui.”

“Não!” Ele a olhou dos pés a cabeça. Seu estômago revirou. Regina abraçou ainda mais o travesseiro. “Não acho que ele aprovaria as coisas que tenho em mente sobre você.” Um sorriso maligno brincava em seus lábios. Regina nunca sentiu tanto medo na sua vida. Ela sabia se defender de um homem com más intenções, mas não sabia se defender de um homem com más intenções que tinha magia. Estava perdida.

Olhando pela janela, enquanto observava cada passo dela para dentro da floresta, Robin se amaldiçoou por vigiar cada movimento de Regina. Sua intenção não era controlá-la, mas ele não podia deixar de vigiá-la, não confiava no seu irmão, muito menos naqueles outros magos que residiam naquela mansão. Agora ele percebia o erro que tinha cometido ao levá-la com ele. Mas não tinha escolha, de qualquer forma ela teria que acompanhá-lo. Ele saiu da janela e encarou a cama bem-arrumada. Ela tinha arrumado antes de sair. Olhar para aquele móvel fazia sua mente viajar para o dia que a teve em seus braços, que emprestou um pouco do seu calor para ela. Mills parecia tão frágil, bem diferente da mulher que gostava de testar sua paciência. Ele odiou tanto vê-la vulnerável.

Ainda podia sentir o cheiro de rosas que exalava da pele e do cabelo dela. A pele macia sob o seu toque, o corpo dela pressionado ao seu. Robin amou a forma que o corpo dela se encaixou no seu. Tudo parecia muito perfeito. Todavia, ele sabia que não era. Odiava desejá-la, não queria ser um obstáculo para os planos dela. É claro que ele não queria vê-la morrer e faria de tudo para fazê-la mudar de ideia, mas não daquela forma, brincando com o coração dela. Isso ele jamais faria. Magoá-la era a última coisa que ele queria. Se as circunstâncias fossem outras, ele a cortejaria e então veriam aonde isso os levariam. Ele se sentiu um canalha quando levantou da cama, assim que amanheceu, depois de tê-la em seus braços e agiu como se nada tivesse acontecido, como se aquela noite não tivesse significado nada para ele. Maldita seja! Apenas aquele abraço foi capaz de mexer com as suas estruturas, se ele pudesse tê-la de todas as formas que queria... tinha plena noção que ela reviraria a sua vida do avesso. Ela tinha esse poder.

Quando saiu da mansão, ele avistou Diana. Robin nunca entenderia porque ela acordava tão cedo. Sua irmã era uma mulher incomum e ele tinha desistido de entendê-la.

“Venha comigo!” Pediu. Se Diana estivesse com ele, Regina não poderia acusá-lo de persegui-la.

“Bom dia para você também, Robin.” Ele não respondeu, sua feição ficou seria. Diana também sentiu o mesmo pavor que o dele. Os nós da magia em seus dedos se apertaram e ela soube, assim como Robin... Regina estava em perigo.

O mago não esperou nem mais um minuto e saiu correndo floresta adentro. Diana o acompanhou, mas ela ficou bem atrás, Robin era muito rápido. Ela só podia estar no chalé dele. Robin apenas pedia aos deuses para que ela estivesse bem. Ele correu sem parar, pulando os tocos que encontrava pela frente, tentando controlar a respiração desregulada e o tremor que invadia todo o seu corpo. Ele não se perdoaria se ela estivesse ferida.

Notando a porta do chalé escancarada ele correu ainda mais rápido, e quando entrou no imóvel e observou Daniel amarrando Regina contra a cama, a ira tomou conta de todo o seu corpo.

“Solte-a seu bastardo infeliz!” Daniel ofegou com aquelas palavras. Apenas Regina foi capaz de ver a reação de Colter, ele estava muito próximo a ela. Daniel levantou, virando-se lentamente para encará-lo. “Solte-a!” Disse entredentes.

“O que você irá fazer, Robin?” Riu com escárnio. “Ah, me deixe adivinhar! Você vai recusar o meu pedido e essa doçura.” Apontou para Mills atrás dele. “Se juntará a Lavínia.” Robin sabia que ele não podia matar Regina. Ela era imortal, diferente de Lavínia. No entanto, ele odiou ouvir o nome da sua ex esposa na voz do seu assassino.

“Solte-a!” Sua voz era baixa, mas a ameaça estava ali a espreita. “Solte-a!” Repetiu mais uma vez, controlando o seu temperamento.

“Torne-se o guardião do templo, mostre tudo que sua mamãezinha lhe ensinou e então eu a soltarei.”

“Robin!” A voz estava ofegante, por causa da corrida. Ela olhou com certo nojo para Daniel e tocou o braço do seu irmão. “Robin?” Ele a ignorou.

“Agora que estamos em família, você pode assumir seu posto. Não tenho todo tempo do mundo, Robin!” Regina gemeu de dor. As cordas apertava tanto os seus pulsos. Cada vez que Robin hesitava e continuava parado, as cordas se apertavam mais em seus pulsos, torturando-a. Colter ficaria ali o dia todo machucando-a e sentiria muito prazer nisso, ela sabia.

“Solte-a!” Locksley fechou os punhos. Diana se afastou, os olhos arregalados. Seu irmão estava um passo de explodir, ela o conhecia bem. As amarrações que fizera na magia dele estava desatando uma a uma, ela não conseguia controlar. “Solte-a!” Quando Daniel sorriu e balançou a cabeça negativo, seu irmão explodiu. A magia tomou conta de cada canto daquele chalé. Daniel sentiu seu corpo sendo lançado para longe e a magia lhe acertar em cheio. Regina sentiu as amarras se soltarem e Diana passou por Robin, tirando-a daquele embate entre irmãos. Mills estava assustada. Robin era... mais poderoso do que ela imaginava. Daniel levantou, mas antes mesmo de revidar, todo o chalé foi tomado pela magia de Robin, o que fez sua cabeça doer. Ela se sentia prestes a enlouquecer. Diana protegeu Regina com sua magia e a levou para fora do chalé, só então Regina puxou o ar de volta aos seus pulmões. Será que aquilo tinha o mesmo efeito com Daniel? A magia de Robin estava entrando na sua cabeça. O mago tinha um poder letal.

Robin observou Daniel desacordado e andou para fora com a cabeça baixa, não tinha coragem de encarar sua irmã. Ela ainda abraçava Regina, com o olhar concentrado no irmão. Ele tinha desatado os seus nós. Tinha revisado a provocação de Daniel. Robin não usava toda a sua magia, não revidava as provocações. Ela estava assustada e surpresa.

“Você está bem?” Puxou-a para os seus braços, mantendo-a firme contra o seu corpo. “Por favor, diga que está bem!” E lá estava ele novamente, sendo o homem gentil e atencioso que lhe salvá-la do irmão malvado. Como ela podia ignorá-lo? Como ela poderia pedir para seu coração não bater acelerado quando ele lhe tratava como se ela fosse preciosa demais para ele? Aquele mago lhe dava tudo que ela não teve durante todos esses anos de existência: importância.

“Eu estou bem!” Se afastou, buscando o seu olhar. “Estou bem!” Ela continuou repetindo, até que ele se convencesse.

“Vamos embora daqui, hoje mesmo!” Ela apenas assentiu, ainda assustada. “Iremos para um lugar bem melhor!”

“Você vem?” Mills perguntou a Diana, mas ela já não estava mais lá. “Mas...”

“Vou levar você para casa, Diana nunca mais voltou lá depois que mamãe morreu.” Ele ia levá-la para a casa dele, não qualquer casa, mas o lugar que morou com a mãe dele. Ela quis sorrir, mas também quis chorar. Confusa com todos aqueles sentimentos que ele lhe despertava, Regina apenas se aconchegou a ele e deixou que Robin a abraçasse. Por enquanto era o suficiente, era tudo que ela precisava.

“Perdão!” Ela se afastou da janela, buscando a voz dele. “Eu machuquei você?” Balançou a cabeça, negando. Diana encarou suas mãos e ergueu o olhar para encontrar o dele. “Tem certeza?”

“Sim! Só... fiquei surpresa! Eu falhei com você?”

“Não, eu... não sei o que aconteceu. Eu apenas não consegui me controlar.” Ele suspirou. “Não foi a sua magia, foi a minha.” A loira sentiu o peso sair das suas costas. Há tempos ela tinha amarrado a magia de Robin. Ele era muito mais poderoso que ela, mas Diana sabia tecer feitiços, conseguia amarrar qualquer magia com os seus fios invisíveis. Ela tinha feito isso com ele, porque Robin não suportava lidar com toda sua concentração de poder. E agora ela percebeu que ele poderia se libertar quando quisesse. “Eu controlei! Foi difícil, mas eu controlei.”

“Por causa dela! Sua vontade de protegê-la era tanta que você quebrou meus nós.” Ela o encarou. “Não estou brava, gosto de Regina. Eu só queria entender porque...” A voz sumiu. Robin sabia que ela queria perguntar porque ele não lutou por Lavínia. Mas era uma pergunta que não tinha resposta, nem mesmo ele sabia porque não tinha a salvado.

“Eu sinto muito!”

“Eu sei!” Andando até ele, Diana o abraçou apertado. “A culpa não é sua.” Robin beijou o topo da cabeça dela. “Estava na hora de você pôr Daniel no lugar dele. Ele mereceu! Regina está bem?”

“Sim!” Respondeu, após se afastarem. “Tem certeza que não quer ir com a gente? Ela adoraria sua companhia.”

“Tenho! Aqui eu posso controlar Daniel, ou pelo menos avisá-lo dos planos dele.”

“Tome cuidado, por favor! Se mudar de ideia, sabe como me encontrar. Amo você, amendoim.”

“Robin!” Ela Ralhou. Odiava aquele apelido infantil. Ela não era mais a garotinha dele.

“Você sempre será a minha garotinha.” Retrucou, como se tivesse ouvido os pensamentos dela. Diana suspirou. Ele era o irmão mais irritante do mundo, mas ela o amava.

“Amo você, Robin. Cuide desse coração.” Ela sorriu. Foi a vez dele revirar os olhos. “Agora vamos que preciso me despedir de Regina. Meus dias não serão mais os mesmos sem ela aqui.” Eles saíram do quarto e caminharam até o cômodo onde Regina estava. Assim que entraram, os irmãos franziram o cenho, observando Regina sorrindo atoa.

“Você enlouqueceu?” Diana perguntou divertida.

“Acho que sim.” Falou entre risos. Diana encarou Robin e ele parecia fascinado pela risada dela, mas também estava levemente confuso. Regina tinha acabado de ser amarrado por Daniel, por que ela estava rindo feito uma tonta?

“Você está bem mesmo?” Perguntou o loiro.

“Sim!” Enxugando as lágrimas que escorreram dos seus olhos, ela o encarou. “Estou bem! É só que...” Ela suspirou. “Foi a melhor aventura de toda a minha vida.” Robin foi pego de surpreso com a confissão.

Antes que pudesse comentar a respeito, ela começou a rir novamente. Estava linda com o rosto corado, os olhos brilhando de alegria e a diversão tomando conta de todo o seu corpo. Mills era linda e quando sorria... Céus, ele não tinha palavras para descrevê-la. Diana começou a rir, contagiada pela alegria de Regina e então, antes que ele percebesse, ele mesmo estava rindo, não delas, mas com elas. E ele se sentiu o homem mais feliz do mundo.

A última coisa que ouviu antes de tudo girar, foi a risada de Diana preenchendo toda a sua audição. O tempo parecia se arrastar. O clima era diferente, como se ela tivesse em um universo totalmente oposto do seu. Ela conseguia sentir a presença de Robin, a mão dele segurando a sua. Fechar o olhos para dissipar a ânsia que crescia no seu estômago não resolveu. Tudo estava revirado dentro dela, sua cabeça girava e girava... até que tudo parou e a primeira coisa que ela faz assim que sentiu o solo debaixo dos seus pés foi dobrar o corpo para frente e colocar todo o seu café da manhã para fora.

“Você está bem?” Regina não respondeu. Robin prendeu o riso. Sabia que aquela travessia faria ela ficar enjoada. Não queria rir dela, mas era impossível, Regina estava deplorável. “Regina?” A mulher continuava na mesma posição, incapaz de levantar a cabeça, tinha medo que tudo começasse a rodar novamente. Ele esperou, se divertindo, até que ela se recompôs.

“Nunca mais me submeta a... seja lá o que isso seja.” Robin riu. “O que você fez?”

“Foi um teletransporte, Regina.” Locksley falou despreocupado, estava acostumado com aquilo.

“Você já ouviu falar em carruagens, cavalo e até mesmo pés? São meios de transportes menos danosos.” Ela ralhou, fechando a cara quando notou que ele estava rindo. “Você é o mago mais desprezível que já tive a oportunidade de conhecer.”

“Obrigado, esposa querida.” Desdenhou. “Bem, acabou o disfarce. Aqui você é apenas a Senhorita Mills.”

“Ainda bem! Depois dessa travessia, você não merece os meus serviços de falsa esposa.”

“Mulher cruel.” Ela riu.

“Onde estamos?” Ela varreu com o olhar. O lugar parecia o paraíso. Eles aterrissaram em um campo florido. Parecia um jardim, muito maior que o jardim da mansão que estavam anteriormente.

“Vou mostrá-la, vamos!” Ela o acompanhou. A medida que os dois atravessam o jardim, Regina percebeu que ele era realmente grande. Haviam muitas flores que ela sequer conhecia o nome. O que mais lhe chamou a atenção foi o campo de rosas. Com certeza voltaria ali para explorar melhor.

Assim que chegaram no vilarejo, Regina prendeu o fôlego. O lugar era lindo. As pessoas riam, crianças brincavam felizes pelas ruas, a floresta rodeava todo o lugar. Todas as casas eram feitas de madeira, tão floridas e acolhedoras. E aquele povo, eles tinham uma beleza incomum. Uma beleza que era encontrada apenas nos...

“Elfos...” Murmurou, olhando embasbacada para cada pessoa que encontrava. As mulheres eram lindas, muito bem-vestidas e os homens eram os mais lindos que ela já vira. “O que é isso aqui, Robin?” Ele a olhou, um sorriso lindo enfeitava seus lábios. Aquele lugar fazia bem a ele, Regina percebeu. Ele estava em casa.

“Gardênia, a cidade perdida do elfos.” Mills não sabia o que dizer. Eles não tinha sido extintos? Ela jamais imaginou que voltaria a ver um elfo novamente. Robin tinha apenas o sangue, mas aquelas pessoas... Eram elfos de verdade. “Explicarei tudo com calma, ficaremos alguns dias aqui. Quero que conheça essa parte da minha vida.” Ela ficou tocada com a confissão. Incapaz de emitir qualquer resposta, Regina apenas assentiu. Locksley conhecia cada pessoa que encontrava pelo nome.

Eles andaram por mais alguns minutos até que chegaram a uma imensa construção, também de madeira. Flores brotavam da casa, como se a natureza tivesse protegendo aquele imóvel. Madeira e flores fundidas, como uma só. A vista era incrível. Regina estava encantada com aquele lugar. Durante toda a sua existência, nunca imaginou que um dia conhecesse aquele pequeno vilarejo escondido dos olhos humanos. Ela se sentia privilegiada e tudo isso graças a Robin.

“É tão lindo!” Exclamou. Locksley concordou, olhando toda a construção. Aquele lugar lhe trazia tanta paz. Era para Gardênia que ele corria sempre que precisava se desligar do mundo, ou quando procurava um pouco de paz.

“Tio Robin.” Uma voz infantil tirou Regina dos seus devaneios. Ela sorriu quando a criança se chocou contra as pernas do loiro e ele o ergueu nos braços.

“Olha se não é meu elfinho preferido.” O menino abriu um sorriso de covinhas. Regina se derreteu com a fofura dele.

“E a tia Diana?”

“Tia Diana não veio.” Mills piscou confusa. Imaginou que ele fosse filho de Diana, visto que se referiu a Robin como tio, mas não era o caso.

“Quem é ela?” Falou baixinho no ouvido de Robin, mas Regina ouviu. O homem o colocou no chão.

“Essa é Regina Mills, uma amiga.” O pequeno cerrou os olhos, estudando Regina minuciosamente. Ela se agachou na altura dele, sorrindo de forma doce.

“Olá, meu nome é Regina. E o seu?”

“Meu nome é Roland.” O pequeno se aproximou dela, estendendo a mãozinha e afastando o cabelo de Regina, deixando a orelha a mostra. “Você não é uma Elfa.” Sua voz tinha um leve tom de decepção. Locksley riu.

“Não podemos ser amigos?” Ela fez um biquinho. Roland pareceu ponderar.

“Você vai me dar doces?”

“Claro! É só você me dizer onde encontrar.” Piscou para ele. Roland sorriu travesso.

“Vamos entrar, ela precisa descansar. Onde está todo mundo?”

“Lá dentro, tio.” Roland ofereceu a mão a Regina. Ela segurou a mãozinha do pequeno. Ela tinha um novo mundo para explorar, e algo lhe dizia que aquele pequeno vilarejo revelaria grandes surpresas.



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