História Daughter of Artemis - Isso é muito irritante, sabia?

NARRADOR:

O Olimpo estava mais calmo do que há treze anos, quando a filha de Ártemis nasceu, mas mesmo passado esse tempo Zeus estava nervoso, não sabia o que essa criança poderia gerar, a única coisa que sabia que ela era sábia igual Atena, controla a água igual à Poseidon, pode invocar a morte como Hades, divertida com Hermes, vingativa como Hera, controla o céu como Zeus, linda com Afrodite, controla o fogo como Hefesto, pode causar uma guerra como Ares e por fim pode cantar e tocar qualquer instrumento como Apolo.

Ártemis estava ao mesmo tempo orgulhosa e preocupada com sua filha, sabia que ela importante tanto para a guerra contra Gaia, tanto para seus novos amigos. Ela tinha o mesmo defeito mortal que os filhos de Poseidon: a lealdade, faria qualquer coisa para ajudar aos mais próximos, arriscaria até a própria vida. Agora, o que restava era esperar, ninguém poderia mudar o futuro e nem mesmo adia-lo...

            POV BONNIE:

Não tive mais sonhos depois de sonhar com Nico di Ângelo e Hades, mas estava louca para saber do que eles estavam falando. Que maldição era essa? O único irmão de Nico era Jonh, mas Alison não tinha falado de nenhuma maldição para mim..

Deixei esses pensamentos de lado e me levantei da cama, me espreguiçando, mas para começar o dia bem eu tive que bater com tudo meu dedinho na quina da cama, e como essa porcaria dói, puta que pariu (desculpa os palavreados, mas classifiquei para maiores de 18 por causa disso, até porque hot aqui não vai ter não, ouviu, maliciosos de plantão... kk). Sai pulando com uma perna só pelo chalé, xingando com todas as palavras de meu conhecimento, até que me conformei com a dor (já que dor é psicológico, sqn) e peguei uma roupa e fui me trocar.

Alison havia dito que todos os campistas tinham atividades para fazer e eu estava louca para começar, ainda mais para escolher uma arma/espada para mim.

Sai do chalé encontrando outros campistas indo em direção ao pavilhão, inclusive Alison que me avistou e veio até a mim.

- Oie, dormiu bem? – perguntou ela sorrindo.

- Só alguns sonhos, nada de mais, e você? – falei, me lembrando novamente do sonho.

- Bem, tirando a gritaria hoje de manhã por causa que os Stoll roubaram a maquiagem das patricinhas... – ri. Queria ter visto isso.

- Como é que eu sei que quais são as minhas atividades? – perguntei para a mesma.

- Você tem que escolher pelo três de quatro atividades, depois lhe dou os horários de cada uma, as vezes é em conjunto, mas daí Quíron fala quando tem. - assenti

- Qual você faz?

- Faço esgrima, arco e flecha e exercícios comuns, era o único jeito de não fazer canoagem.. Sou muito ruim – sorri. Iria fazer essas, tirando os exercícios e colocando a canoagem, adoro ficar em contato com a água.

Chegamos no pavilhão, me separei de Alison e fui sentar em minha mesa. Pedi um sanduíche e um café com leite, cortei metade do sanduíche e joguei na fogueira, como oferenda, agradecendo Ártemis por ter me reclamado ontem à noite, quando eu tinha pedido. Me sentei novamente, desta vez comendo o meu café da manhã.

Sabia que o silêncio em minha mesa seria para sempre (tirando, é claro, se eu conversasse sozinha, o que é pouco provável), mas eu já estava acostumada a isso, em todas as tarefas que eu fazia era sozinha, ninguém queria chegar perto de mim, então aprendi a fazer tudo do meu jeito, ninguém me ajudava.

Terminei meu lanche e sai do pavilhão, me sentando em umas pedras meio escondidas que tinham por ali para esperar Alison.

- Aqui é meu lugar – escutei alguém falar, me assustando.

Olhei para o lado dando de cara com John, o filho de Hades, me olhando com cara de mau? Se é que posso chamar assim, estava mais para tédio.

- Desculpa, mas esse lugar não é seu. – falei e me virei. Ele ficou em silêncio, parecia meio espantado.

- Por que você não saiu? – perguntou ele.

- Já disse que esse lugar não é só seu.

- Você sabe de quem eu sou filho? – revirei os olhos. Ele acha que eu vou sair correndo daqui só porque ele é filho de Hades? Idiota.

- Sim, por quê?

- Nada não, normalmente as pessoas saem correndo quando sabem que eu sou filho de Hades, o deus dos mortos!

- São uns idiotas, saem correndo só porque você pode invocar a morte. – falei, me virando novamente para ele. – e por que você parece um emo – falei mais baixo, para o mesmo não escutar, mas acho que não deu muito certo.

- Hey! Eu não pareço um emo! – reclamou ele. Levantei as sobrancelhas (sim, ‘as’ porque eu não consigo levantar as duas, me processem..).

- Parece sim, se veste como um e se comporta como um, pelo menos não se corta, ou corta? – falei. Ele riu.

- Não, não me corto. Mas como sabe como eu me comporto se chegou ontem aqui?

- E como sabe que eu cheguei ontem? – respondi com outra pergunta.

 - E como não sabe que ontem chegou uma filha de Ártemis? – bufei.

- Ta, você venceu. Te vi ontem na fogueira, isolado de todos, Alison disse que você era filho do Deus dos Mortos e dai tirei minha conclusão. Satisfeito?

- Sim. Por que você não tem medo de mim?

- Por que eu deveria?

- Isso é muito irritante, sabia? Você responde com outra pergunta!

- Ta bom, sempre gostei de Hades, ele sempre foi excluído pelos deuses e nunca teve um lugar ‘verdadeiro’ no Olimpo, além do mais eu acho tri massa como os filhos dele invocam esqueletos, pelo menos é o que aparece nos livros... – disse.

- Hum... – ele falou e ficamos em silêncio.

Não demorou muito e ouvi passos, olhei para a direção do barulho e vi Alison saindo do pavilhão.

- Er... Tchau, nos vemos por ai – não esperei respostas e sai, indo na direção de Alison, ela ia me matar quando soubesse que eu havia falado com John, mas foda-se, não tenho culpa que ele sentou onde eu queria sentar...

Continua...