História Filha da Maldade - Dando uma volta

Dez minutos depois, Ava finalmente chegou à casa de Rosemary e Nathan. Era uma casa como as outras: um iglu de areia. A única diferença é que tinha uma placa feita de tecido pendurada na parede exterior da casa que tinha um fundo azul com estrelas, uma lua e também uma frase escrita assim, em prata: “Pilotar pela galáxia é como explorar um paraíso que nunca tem fim e abrir um baú que tem tesouros que não acabam mais. ” Havia também um desenho de uma nave voando logo abaixo da frase. Depois de ler a frase, Ava respirou fundo e bateu na porta. Um homem alto, de cabelos castanho-escuros como Nathan e Rosemary, olhos castanho-claros, que usava camisa branca, colete preto, calças pretas e botas marrons atendeu a porta. “Deve ser o Han, pai do Nathan e da Rosemary. ”, pensou Ava, ao ver o homem.

- Olá... quem é você? – Perguntou o homem, para Ava.

- Eu sou Aimee Drust. Vim falar com o Nathan e a Rosemary. – Respondeu Ava.

- Aimee Drust? Os meus filhos falaram muito bem de você. Seja bem-vinda. O meu nome é Han Solo, mas pode me chamar de Han. Prazer em conhecê-la. – Disse Han, sorrindo e apertando a mão de Ava.

- O prazer é meu, Han. – Disse Ava, sorrindo de volta.

- Pode entrar. – Disse Han, abrindo espaço para Ava entrar na casa. Depois que Ava entrou, Han fechou a porta da casa. Ava viu Nathan e Rosemary sentados em um sofá laranja e foi cumprimenta-los.

- Oi, Nathan! Oi, Rosemary! – Disse Ava, sorrindo.

- Oi, Aimee! Que bom que você veio nos visitar! – Disse Nathan, sorrindo de volta.

- Oi, Aimee! Tudo bem? Você já deve ter conhecido o nosso pai. – Disse Rosemary.

- Sim, foi ele quem abriu a porta para mim, na verdade. – Disse Ava, rindo.

- Sente-se naquela poltrona. É bem confortável. – Disse Nathan, mostrando uma poltrona da mesma cor do sofá que estava logo atrás de Ava, que sentou lá quando Nathan disse aquilo.

- Gostaria de alguma bebida? Água? Chá? Café? – Perguntou Han.

- Não, obrigada. – Respondeu Ava. Han então sentou próximo a Ava em uma outra poltrona.

- Então, Aimee, por que veio aqui só hoje? Achei que você viria ontem! Estávamos te esperando! – Disse Rosemary, inconformada.

- É que ontem eu não tive tempo, então eu resolvi vir só hoje. – Disse Ava.

- O que você estava fazendo ontem? – Perguntou Rosemary.

- Eu fui comprar comida e colher o pouco de milho que tenho plantado. Foi um trabalho duro. – Respondeu Ava, rindo.

- Você contou várias coisas sobre você para o Nathan. Me conte um pouco também. – Pediu Rosemary, sorrindo.

- Bom, eu nasci aqui, moro perto e sozinha. Minha família morreu em um incêndio em um dia em que fui comprar sementes. Apenas minha tia Paloma havia sobrado para me servir de companhia, mas nós nos separamos rapidamente. – Contou Ava.

- Que triste... Mas você tinha amigos para te consolar?  – Perguntou Han.

- Infelizmente não, Han. Minha única amiga era a minha tia, mas nos afastamos. – Respondeu Ava.

- Bom, agora você tem a nós pelo menos. Sempre ajudamos os nossos amigos quando eles precisam e faremos o mesmo com você. – Afirmou Nathan, sorrindo.

- Obrigada, Nat. – Disse Ava, sorrindo de volta.

- Vamos falar de coisas boas. Qual é o seu hobby, Ava? – Perguntou Rosemary.

- Gosto muito de artes marciais. Ainda faço algumas aulas. Gosto bastante de jogos também. – Contou Ava.

- Interessante. Como você já sabe, o que eu mais gosto de fazer é pilotar, já participei de corridas de naves, inclusive. Gostaria de aprender como se faz? – Perguntou Rosemary.

- Eu gostaria muito, mas tenho muito medo. – Respondeu Ava, rindo.

- Não se preocupe com isso! Todos têm medo no começo, mas uma vez que você aprende a pilotar uma nave, você nunca mais quer fazer outra coisa... – Disse Rosemary, sorrindo.

- É verdade. Antes de me tornar piloto, eu pensava em abrir um bar, acredite se quiser, mas depois fui aprender a pilotar naves e fiquei com muito medo no começo. Mas conforme fui praticando perdi o medo, peguei gosto por pilotar naves e decidi que faria isso pelo resto de minha vida. – Contou Han.

- Sério? Que legal! Mas mesmo assim, ainda não tenho certeza se realmente quero fazer isso... – Disse Ava, rindo.

- Não se preocupe. Eu não vou insistir se você realmente não quiser fazer isso. Mas se você não quer aprender a pilotar, pelo menos dar uma volta em uma nave em alta velocidade uma vez na vida você precisa! – Afirmou Rosemary, rindo.

- Como assim? Mas isso não é perigoso, Rose? – Perguntou Ava.

- Não se você fizer isso com alguém experiente. – Respondeu Rosemary, piscando.

- Rose, tem certeza de que você quer fazer isso? Acelerar a nave com a Aimee? Minha nave nunca sofreu colisões e eu não quero que isso aconteça agora... – Disse Han, preocupado.

- Fala sério, pai! Você sabe que mando bem em pilotar, não se preocupe! Aliás, nunca causei nenhum dano à sua nave! – Afirmou Rosemary, rindo.

- Você tem razão. Me desculpe. É que sou super protetor com a minha nave. Pode usá-la, não tem problema, eu confio em você. – Disse Han.

- Obrigada e também, não se preocupe, porque eu também teria um pouco medo de emprestar minha nave para alguém. Isso é normal. – Disse Rosemary, rindo.

- Enfim, você gostaria de dar uma volta comigo de nave ou não, Aimee? – Perguntou Rosemary.

- Eu quero sim. – Respondeu Ava, sorrindo.

- Ótimo! Vamos lá então! – Disse Rosemary, muito feliz.

- Quer que eu vá de copiloto? – Perguntou Nathan.

- Não precisa. – Respondeu Rosemary. No mesmo momento, Nathan suspirou, sorriu e piscou para Ava, que sorriu de volta e depois Rosemary puxou Ava pela mão. Rosemary levou Ava até uma entrada secreta embaixo da terra, desceu algumas escadas até que chegou no chão e lá estava pousada uma grande nave redonda e toda detalhada.

- Que nave grande. – Disse Ava, impressionada.

- Pois é. – Disse Rosemary, rindo e abrindo a porta da nave. No mesmo momento, Ava e Rosemary entraram. Rosemary sentou na cadeira de piloto, apertou alguns botões, Ava sentou na cadeira de copiloto e colocou o cinto, embora não fosse um copiloto. Rosemary apertou mais alguns botões e subiu com a nave. Quando a nave saiu do subsolo, Rosemary disse:

- Pronta?

- Sim! – Respondeu Ava, animada. No mesmo momento, Rosemary puxou uma espécie de alavanca e a nave começou a ir muito rápido. Rosemary e Ava gritavam, animadas, como se estivessem em uma montanha russa. Rosemary virava, ia para frente, virava de ponta cabeça... Fazia tudo com a nave. Ava estava com medo mais ao mesmo estava se divertindo muito. Rosemary também ia para trás e passava rápido por buracos facilmente virando sua nave, que eram as partes favoritas de Ava.

- Isso é loucura! – Comentou Ava, se segurando em sua cadeira.

- Você acha? Olhe isso! – Disse Rosemary, rindo e preparando a nave para fazer um looping alto. No mesmo instante, Rosemary virou a nave comigo e fez um incrível e rápido looping, depois fez outro e depois outro. Ava ficou com medo no começo, mas depois gostou muito.

- Uau! Isso é demais! – Disse Ava, animada.

- Eu sei! – Disse Rosemary, também animada. Após fazer os loopings, Rosemary acelerou com sua nave, passou por mais um buraco, a virou,  retornou para o subsolo e lá pousou a nave.

- Gostou? – Perguntou Rosemary, sorrindo.

- Muito! Você faz essas coisas nas corridas? – Perguntou Ava, feliz.

- Às vezes sim e às vezes não, depende da corrida e dos corredores com quem eu estiver competindo. Faço isso com mais frequência para me divertir ou treinar manobras. – Respondeu Rosemary, também feliz.

- Entendi. Você já havia feito isso com alguém junto antes? – Perguntou Ava.

- Sim, eu já fiz isso com o Nat, com uma das minhas melhores amigas, Bryanna, com o meu pai e com o meu primo mais velho. – Respondeu Rosemary.

- Então você já tem bastante experiência. – Disse Ava, rindo.

- Sim, eu tenho. – Disse Rosemary, também rindo. No mesmo momento, Rosemary arrumou seu cabelo e disse:

- Deixe-me te fazer uma pergunta, Aimee: Você já teve namorado?

- Não. E você? – Perguntou Ava.

- Então, eu já tive dois, mas fiquei muito pouco tempo com eles e desde que terminei com o meu último namorado, passei a só sair com vários garotos, sem compromisso. Perdi minhas esperanças no amor. – Disse Rosemary.

- Por quê? – Perguntou Ava, confusa.

- É que eu comecei a perceber que a maioria dos garotos só ficam um tempo com as garotas e depois as dispensam como se elas não fossem nada. Cansei disso e resolvi só sair sem compromisso com garotos para não ficar triste depois. Mas para falar a verdade, só faço isso porque tenho medo de ficar sozinha.– Perguntou Rosemary, rindo.

 - Você vai arrumar alguém que queira ficar com você para valer, Rose. Não se preocupe. Você é uma ótima pessoa.– Respondeu Ava.

- Obrigada, mas... você acha que estou certa de ficar com vários garotos por pouco tempo? Faço isso há alguns anos, mas ainda estou na dúvida se isso é certo ou errado... – Disse Rosemary.

- Quem decide com quais garotos você vai ficar e por quanto tempo é apenas você, Rose. Uma vez que você conhece um garoto, está nas suas mãos se você ficará com ele por muito ou pouco tempo e não existe certo ou errado porque quem decide se ficar com o garoto é certo ou errado é você. Mas se você estiver fazendo isso só porque está se sentindo carente, sugiro que você pare porque isso pode te trazer problemas. Você vai conseguir arrumar um garoto que te ame de verdade um dia.  – Afirmou Ava. Rosemary ficou um pouco triste ao ouvir isso, parecia que havia se lembrado de algo.

- Espero que sim... Obrigada por falar a sua opinião. Eu estava precisando de uma opinião sobre isso, não sabia com quem falar e você me ajudou, muito obrigada. – Disse Rosemary, feliz.

- Não precisa me agradecer. Te ajudarei quando você quiser. – Afirmou Ava, sorrindo.

- Na verdade... Eu estou namorando um garoto, mas não sei se ele me ama. Tenho medo de que ele esteja me enganando. – Disse Rosemary, agoniada.

- Rose, se ele ama de verdade você vai descobrir logo. Aliás, não seja pessimista. – Disse Ava, que olhou o relógio, se desesperou e disse:

- Me desculpe, eu tenho que ir embora! Está ficando tarde!

- Tudo bem. Mas primeiro vamos subir para que eu me despeça de você. – Disse Rosemary. As duas então subiram as escadas, saíram do subsolo e Ava disse:

- Até mais, Rose! Foi muito bom passear e conversar com você! Diga ao seu pai que gostei muito de conhece-lo e diga ao Nathan que gostei muito de vê-lo novamente!

- Pode deixar, Aimee! Volte logo! Até a próxima! Obrigada pela ajuda! Você é muito legal! – Disse Rosemary, sorrindo.

- Obrigada, você também é! – Disse Ava, sorrindo de volta. “Senti algo de diferente na Rose..”, pensou Ava. No mesmo momento, Ava foi correndo embora da casa de Han, Rosemary e Nathan, foi até a nave onde Kayla, estava, entrou nela, Kayla deu partida e as duas foram embora de volta para a Estrela da Morte, afinal, estava tarde e em breve Darth e os demais funcionários acordariam. Ava havia gostado muito de seu passeio e de sua conversa com Rosemary, serviu como relaxamento e um jeito de aproximar as duas. Ava tinha certeza de que voltaria para Tatooine para encontrar Nathan e Rosemary novamente porque gostava muito de conversar com eles e achava que eles poderiam ser ótimos amigos para ela.