História Day by day - Não se apaixone

11 de agosto de 2012 - Los Angeles




Faziam exatamente uma semana que eu estava morando em Los Angeles.  Vim da Coreia do sul para terminar minha faculdade de fisioterapia nessa incrível cidade. Também para ser futuramente a nova presidente do hospital memorial de LA, no qual meu pai era o dono. De acordo com ele, eu serei a melhor pessoa a ficar no seu lugar e a melhor a atuar nessa area.

Meu nome é Alice Jung,  tenho 21 anos e de Altura tenho apenas 1,55 m, isso dificulta bastante na hora de procurar emprego,  porque de acordo com a sociedade,  eu sou muito infantil pra qualquer cargo.  Ah, não tenho culpa dessa cara infantil que tenho.


   Nesse exato momento estou em busca da melhor escola de dança da cidade, a academia de dança internacional de LA. Meu pai não sabe, mas eu aceitei vir pra LA também pra fazer uma das coisas que mais amo, dançar. Ele é totalmente contra eu dançar, diz que isso é coisa de pessoas que não tem nenhuma outra opção e escolhem pelo mais fácil. E ele está totalmente errado!

Finalmente cheguei a academia e fui recebida por uma moça gentil e sorridente.

– Boa tarde! – falei. – eu gostaria de me matricular nas aulas de dança.

– Olá garotinha.  – disse ela sorrindo. – eu sinto muito, mas aqui não damos aulas a pessoas da sua idade.

Era sempre assim. Por mais que eu use salto ainda fico nanica.

– Anh.. Agatha.. – olhei seu crachá.  – Acho que pessoas de vinte e um anos podem se matricular sim. – falei mostrando minha identificação.

– Ops! Desculpe querida. – se desculpou ela em meio a riso. – Bom, tem alguma dança específica que queira fazer? – disse pegando sua pasta com anotações.

– Dança popular e sapatiado. – respondi.

– sortuda, temos vagas,  na verdade só uma, que já é sua se anotar seus dados aqui. – me entregou um tipo de ficha. – muitas garotas procuram essas aulas, mas é por causa do lindo professor.  – dizia Agatha,  enquanto eu anotava meus dados. Ela suspirava ao fala dele. – ele parece aqueles galãs de Hollywood sabe?! – assenti sorrindo.

–Pronto!  – lhe entreguei a fixa. Ela olhou rapidamente e guardou em uma pasta.

Quando terminamos de acertar tudo sobre os horários e a mensalidade, ela insistiu para que eu fosse explorar o locar. Claro que não podia negar, segui as informações que ela deu e logo encontrei um incrível palco, era um teatro. Provavelmente seria ali as apresentações de dança. Não contive a ansiedade e me direcionei ao centro dele. Com uma musica em mente eu dancei.  Já havia feito sapatiado antes de vir pra cá,  aquilo era literalmente a minha paixão.

Estava tão distraida em meu próprio passo, que só fui desperta daquele tranze quando ouvi aplausos vindo do canto do palco, que acabaram me fazendo desequilíbrar no final da dança.

– Muito bom garota!  – disse o homem de lindos e brilhantes olhos cor de mel.

– O-obrigado. – agradeci sem jeito.

– Você dança muito bem, gostaria de ser seu professor,  mas aqui não damos aulas para garotas de doze anos. 

– Eu não tenho doze anos. – protestei.

– Dez?!

– Não!  Tenho vinte e um. – cruzei os braços.  – e já estou inscrita em aulas de dança popular e sapatiado. – falei. – Por falar nisso tenho que procurar minha sala, e meu professor. – passei por ele rapidamente.

– É um prazer conhecer você nova aluna. – disse ele, me fazendo parar no meio do caminho.

– Você é meu professor?  – perguntei ainda parada de costas pra ele.

– Sim, meu nome é Justin Bieber,  seu novo professor. – tocou em meu ombro. – Acho que agora teremos uma mascote. – sorriu apertando meu nariz.


É,  acho que as mulheres tem mesmo motivos pra estar na aula dele. Vou ignorar o fato dele ter me chamado de mascote, afinal ele parece ser um cara legal.

– Prazer em conhece-lo professor,  sou Alice Jung.  – nos cumprimentamos com um aperto de mãos,  Que acabou fazendo meu coração acelerar.


Oh! Não se apaixone pelo professor de dança Alice,  provavelmente ele é gay... mas que seria um desperdício seria em!!

Ele segurou em meus ombros e foi me empurrando para a sala de dança,ele queria me aprensetar as outras alunas. Chegando a sala onde a parede do lado esquerdo era em espelho,  ví sete mulheres fazendo um alongamento, mas assim que me viram na sala pararam e me olharam de maneira curiosa, algumas até cochichavam, talvez não estivessem gostando de ter mais uma nova colega de grupo.


– Garotas, essa aqui é Alice Jung,  nova parceira de você. – avisou Justin, ainda segurando em meu ombro.

– Ela não é muito novinha? – perguntou uma garota loira que era incrivelmente linda.

– Não se enganem com esse rostinho infantil. – avisou sorrindo. –   mostre a elas o que você sabe Alice.  – pediu.


As garotas se sentaram em uma pequena arquibancada que ficava ao lado e ficaram me encarando. Naquele momento me bateu um certo frio na barriga, já que o olhar de algumas delas torcia para que eu errasse.  Me posicionei confiante e logo pude ouvir a musica começar a tocar. Por sorte a musica que Justin tinha colocado já era de meu conhecimento,  então foi fácil dançar ela. Eu iria mostrar o meu melhor alí.

Quando terminei a dança ví todas as garotas me olhando, e novamente cochichando. Ignorei tudo isso, afinal eu estava confiante em meu potencial,  não sou nenhuma grande dançarina, mas eu me dou bem na dança.

– Lola você vai ficar responsável por passar a elas a coreografia da apresentação de sábado.  – disse Justin,  me fazendo dar um pulo.

– Ok professor!  – disse a garota de cabelos curtos e sorriso angelical.

–Sábado? Esse sábado que vem? – perguntei.

– Esse mesmo,  algum problema?  – perguntou Justin com a sobrancelha arqueada.

– Não!  – menti. – eu estarei aqui com certeza. 


A verdade é que justo nesse sábado eu teria que comparecer ao hospital,  pra conhecer alguns dos médicos, os novos projetos, a verdade era que hospital cada dia mais estava crescendo.  Meu pai me fez prometer que faria tudo certo aqui, sem faltar a faculdade,  e sem perder os compromissos marcados por ele antes mesmo de eu vir pra LA. Meu pai Yuhwan Jung além de um ótimo médico, é um senhor muito correto e rígido,  gosta de tudo do jeito que deve ser, ou do jeito que a sociedade está acostumada a ver.

– Bom, por hoje é só isso, minha esposa já deve estar me esperando pro jantar.  – Justin sorriu junto as alunas.


– Oh, ele tem esposa?! – pensei, sentindo um certo desapontamento no fundo do meu coração.

Ótimo,  mais um motivo pra eu parar de me imaginar com ele.. porque era isso que minha imaginação estava fazendo desde o momento em que o ví.

"– Lembre Alice, você não vai pra LA pra se apaixonar,  porfavor não se envolva em um problema como esse. – lembrei das palavras ditas por meu pai."


Eu não acho que o amor seja um problema, amor é um sentimento unico, pode ser traiçoeiro as vezes, mas isso faz parte, todos já encontramos um garoto que achavamos que seria o nosso unico amor pra vida toda, mas ai a vida te mostra que o que é seu estar pra vir. Eu me pergunto,  como minha mãe – Hyorin Jung – aguenta o gênio forte, com pensamentos da época dos dinossauros que o meu pai tem.

– Alice? Ei! – chamou justin estalando os dedos em minha frente.

– Anh? – perguntei arregalando os olhos.

– No que estava pensando? Estava tão calada. – perguntou ele.

– Em nada, já posso ir? – perguntei.

– Não sei se percebeu mas estamos só nós aqui. – ele disse rindo.

Seu sorriso era com certeza o mais lindo que ja ví.

– eu já estava trancando a porta quando te ví ai parada olhando pro nada. – ele sorria.

– Oh,  desculpe.  – falei corada. Eu e minha falta de atenção,  isso sempre me faz pagar micos.

– tudo bem. – falou ele trancando a porta da sala de dança. – posso acompanha-la até a saída?

– Anh, sim. – sorri.

– Você sempre cora desse jeito? – ele riu. – isso te deixa ainda mais fofa. – ele falando desse jeito me deixa ainda mais envergonhada. – me fale sobre você,  quero conhecer a nossa mais nova mascote.

– Bom, eu sou da Coreia do sul, e vim pra LA à uma semana termina minha faculdade de fisioterapia,  talvez começar uma nova, Terapia ocupacional.  – falei. Realmente eu pensava em fazer mais uma faculdade,  me especializar nessa área.

– Você deve ser uma pessoa muito boa, pra se dedicar a estudar anos para cuidar de pessoas com algum tipo de deficiência.  – disse Justin,  me deixando sem palavras.  passamos pela recepção e nos despedimos de Agatha,  que abriu um enorme sorriso.

– Quando eu era pequena sempre que eu saia da escola eu ia pro hospital em que meu pai era presidente, eu não tinha com quem ficar, então ficava no escritório do meu pai, mas sempre que ele saia eu dava uma escapada para passear pelos corredores.  – falei, lembrando daquela época.  – Então eu acabei fazendo amizade com alguns pacientes,  eu era uma espécie de companhia para os que não podiam sair mais. – falava controlando as lagrimas. – eu convivi diariamente com essas pessoas, e acabei criando um carinho muito forte.. mas com o tempo eu fui perdendo grandes amigos, então eu jurei que iria cuidar de pessoas, e fazer o possível pra encontrar uma cura para elas.. ou pelo menos lhes dar mais algum motivo pra sorrir.

– É,  você é realmente como eu pensei, uma raridade entre milhões de pessoas. – dizia justin olhando no fundo de meus olhos. – Você vai ser uma grande médica, tenho certeza.  – fez carinho em minha cabeça. 

– Obrigado. – falei.

– Eu que agradeço,  ouvir suas lindas palavras me fizeram repensa em algumas atitudes.  – disse colocando as mãos dentro dos bolsos.

Já estavamos no estacionamento. apesar de eu não ter carro, fiz questão de acompanhar justin até seu carro.

– Bom, eu tenho que ir. – falei, olhando para meu relógio.  Eu teria que sair correndo se quisesse pegar o próximo ônibus.

– Você não tem carro? – pergunta Justin destravando seu carro.

– Não,  na verdade eu me dou bem com ônibus.  – falei rindo.

– Não quer uma carona? As ruas de LA podem ser perigosas a noite.

– Ah,  não precisa. – falei balançando a cabeça.  – tenho que ir, o ônibus passa em alguns minutos. – a forma com que Justin me olhava e sorria ao mesmo tempo me deixava encantada. – Tchau! – falei.

– Tchau!  Te vejo na quarta. – disse acenando.

Acenei e comecei a andar tranquilamente até a saída do estacionamento. Quando sai dele, comecei a corre até o ponto de ônibus mais próximo,  eu não podia correr o risco de perder o ônibus.

Sinto em meu coração que foi bom conhecer Justin, apesar de conhece-lo a poucas horas, era como se meu coração já o conhecesse,  e quisesse a todo custo o proteger.  É um sentimento estranho, mas eu não posso recusa-lo.

Felizmente consegui pegar o ônibus.  Sentei tranquila em uma cadeira nos fundos soltando um logo suspiro. Vim o caminho inteiro observado os lugares pelo qual o ônibus passava, eu teria que memorizar esse caminho, pra caso eu perder o ônibus e ter que voltar pra casa a pé. Minha cabeça dava voltas e mais voltas, mas sempre justin estava lá,  como meu último pensamento.


"Se eu fechar meus olhos você estará atrás de minhas pálpebras!"


Depois de alguns minutos cheguei a meu flet, um lugar aconchegante e moderno, com enormes janelas de vidro dando vista para toda a cidade. Quando cheguei em LA essa apartamento já estava pronto, meu pai mandou o preparar pra mim. Minha família é muito bem financeiramente,  apesar de eu achar que dinheiro não é tudo nessa vida.

Troquei de roupa e preparei algo rápido pra comer. Sentei na mesa de jantar e logo abri meu email,  vendo duas novas mensagens.  Abri o primeiro email e ví que era do meu pai.


"
De: Appa (pai)

Para: Jung Alice




Como vai querida? Não tem me ligado, aconteceu alguma coisa? Espero que nenhum desses homens americanos tenha te desvirtuado!

Bom, quero saber se já fez sua matrícula,  se esta bem, você já compareceu as reuniões do hospital?  Você sabe que isso é importante.  ligue para nós,  sua mãe está preocupada, e você sabe que quando ela fica assim, não para de me ligar no trabalho.
Estamos esperando sua ligação. 

Um beijo do seu querido pai e mamãe. "


– Me admira você pai, não ter me ligado ou colocado um investigador particular para seguir cada passo meu. – falei pra mim mesma.

Sou filha única,  isso faz meu pai ser um homem ainda mais rígido,  protetor e ciumento. Eu sei que ele quer o melhor pra mim, que eu seja uma ótima profissional,  e seja a melhor. Ele sempre exigiu muito de mim, não seria agora, com eu prestes a tomar a presidência de seu hospital que seria diferente. Abri o segundo email e me surpreendi quando vi de quem era.



"


De: Justin "professor de dança"

Para: Mascote


Antes que se pergunte, peguei seu email na ficha que deixou com Agatha.

Bom, só queria saber se chegou bem em casa, você é uma garota muito simpática e ingênua,  alguém pode tentar algo com você. . Não pense que sou nenhum pervertido, Ok!? Apenas gostei bastante de você,  não me entenda mal, hehe. Só era isso, espero não ter te assustado por conta de nossa cultura diferente. Agora tenho que ir, esta na hora de colocar minha filha para dormir.

Boa noite Alice! "



Justin, Justin. . Não faça meu coração começar a sentir algo por você. Talvez seja tarde demais para isso já que meu coração está acelerado ao ponto de soltar de meu peito. Tenho que por na cabeça e coração que ele já tem uma família,  tem até uma filha, apesar de parecer jovem demais para as duas coisas. Se meu coração está mesmo pensando em se apaixonar,  eu peço que ele pare, seria demais pra mim gostar de um homem que ama outra.


Não se apaixone,  não se apaixone...